Bem, há uma batalha sendo desenvolvida em torno dos salários do funcionalismo público do Paraná, centrada no campo do magistério estadual. Se, de um lado, os professores jogam pesado com informação e contrainformação, o governo do estado também mantém a sua estratégia. Assim, passou a orientar os pais para que acessem http://www.portaldatransparencia.pr.gov.br/ e na página selecionem a cidade respectiva, depois "pessoal" e, logo após, "remuneração dos professores", quando o salário de cada um dos mestres conhecidos da escola aparecerá em ordem decrescente. Aí, então, cada um poderá avaliar se pensa ser justa a reivindicação do professorado e da forma como vem sendo feita.
Aspectos sobre a vida e acerca dos fundamentos humanísticos. Ênfase à explanação e à discussão das ideias, na busca do conhecimento. Relevo ao humanismo, base necessária para nossa época.
O COMANDO DO CRIME (César Benjamin)
Em várias oportunidades escrevi sobre o desregramento moral de LULLA, assim como acerca dos desvios comportamentais da turba que está no seu entorno. Mas, nada mais desconcertante do que ver alguém que ajudou a pensar a ideologia, a construir as bases institucionais partidárias e ajudou a formar a retórica, dita esquerdista, desse pessoal, retornando ao cenário e ousando expor-se para dizer verdades e desconstruir as falácias repetidas, repetidas e repetidas, naquela tentativa insana de fazer com que todos creiamos nelas.
No caso da matéria abaixo, faço questão de salientar o trecho em que ele diz, ao se referir ao processo de corrupção petista já em avanço “ ... Passaram a ter um nível de vida que não tinham e viveram isso alegremente. ...”.
Daí, então, lembrei-me, como sempre ocorre, de “A REVOLUÇÃO DOS BICHOS”, pensando até, no meu desprezo antipetista, que George Orwell possa tê-lo escrito numa premonição à existência e à sanha ideológico-prático-criminosa de LULLA e do seu partido político.
O sociólogo e editor Cesar Benjamin foi militante do PT de 1980 a 1995.
Foi ele que revelou na Folha, em 2009, o caso do “menino do MEP”, o preso que Lula se gabou de ter tentado subjugar sexualmente nos 30 dias em que ficara detido e “que frustrara a investida com cotoveladas e socos”.
Cesar Benjamin conhece bem as violações lulopetistas.
Em 2005, durante o escândalo do mensalão, ele já denunciava ao Estadão que “tinha havido uma série de financiamentos que desconhecíamos”, “de bancos e empreiteiras, para a campanha do Lula” de 1994(!) e que o processo de corrupção “talvez tenha começado antes”.
“Quando vejo essa situação atual, tenho consciência de que não começou agora e é a expressão de uma prática continuada e sistêmica, que foi introduzida através do Lula e do Zé Dirceu”.
Naquele ano, quase uma década antes de explodir o petrolão, Benjamin também disse à Época:
“Isso foi vivido como ascensão social para um grande número de quadros, de lideranças do PT, que mudaram individualmente de classe social. Passaram a ter um nível de vida que não tinham e viveram isso muito alegremente.”
Questionado se este processo gerou o cadáver de Celso Daniel, prefeito de Santo André assassinado em 2002, o ex-militante petista respondeu:
“Eu não acho, tenho certeza. E houve muitos cadáveres morais. Este foi o físico.”
Não só este, diga-se. Sete outras pessoas ligadas ao caso morreram, inclusive o legista que atestara que o prefeito fora barbaramente torturado antes de ser assassinado.
Agora, Cesar Benjamin voltou a tratar do assunto no Facebook, por ocasião da morte no domingo (24) de um dos fundadores do PT.
Reproduzo seu post na íntegra, grifando os trechos sobre Lula e Dirceu:
“Acabo de saber da morte de Antônio Neiva. Muito teria a dizer sobre ele: seu companheirismo, seu humor, sua lealdade, sua honestidade. Velho militante da época da ditadura, permaneceu no PT até o fim. Escolho apenas um momento das nossas vidas.
Eu era da direção do PT quando percebi que o processo de corrupção se alastrava no partido. Tentei debater isso na direção, sem sucesso, pois àquela altura todos já temiam os dois comandantes da desagregação, Lula e José Dirceu.
Restou-me levar a questão ao Encontro Nacional do PT realizado em 1995 em Guarapari, no Espírito Santo. Fui à tribuna, que ficava numa quina do grande salão, de onde era possível ver, simultaneamente, o plenário e a mesa.
Logo depois de começar meu pronunciamento, vi José Dirceu se levantar, se colocar de frente para o plenário, de lado para mim, e fazer sinais na direção de um grupo que – depois eu soube – era a delegação de Santo André.
Pelo tom da minha fala, Dirceu achou que eu trataria do esquema de corrupção nesse município, que ele e Lula comandavam e que resultaria depois no assassinato de Celso Daniel.
Ele estava enganado. Eu não falaria disso, simplesmente porque desconhecia esse esquema. Minha crítica era à perda geral de referência ética e moral no partido, que nessa fala eu denominei de ‘ovo da serpente’.
Mobilizados por Dirceu, os bandidos de Santo André saltaram sobre mim, para interromper meu pronunciamento na base da porrada.
Foi Antônio Neiva quem se interpôs entre mim e eles, distribuindo safanões e impedindo a continuidade do massacre. Foi minha última participação no PT, que agora agoniza, engolido pela serpente que cultivou.
Descanse em paz Antônio Neiva, irmão, homem honrado.
Cesar Benjamin.”
Uma comentarista do post escreveu:
Na verdade, eu achei que o espaço ainda era público, público de menos, e resolvi dar uma mãozinha para que se tornasse público, público demais.
O motivo é simples: os bandidos de Santo André também saltaram sobre o Brasil.
TREM-BALA, AQUELE QUE NÃO FOI E NUNCA SERÁ
No dia 24/05/2015, o jornal Folha de São Paulo mostrou a escrita de Elio Gaspari sobre o trem-bala, aquele, arrotado como manifestação de grandeza e que nunca saiu e nunca sairá, irmão mais velho do outro arroto que gerou a proposta da ferrovia transoceânica, que também nunca veremos. Mas, chamou-me a atenção a reportagem que o colunista cita e que eu não conhecia, escrita por Leandro Demori. Busquei, então, a matéria e também eu fiquei surpreso com a sua qualidade e compreendi por que o autor teve de buscar o abrigo de um sítio estrangeiro para publicá-la. A íntegra está em https://medium.com/bang-bang/a-hist%C3%B3ria-do-trem-bala-brasileiro-f27235ccc4b7.
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ELIO GASPARI
Sai o trem-bala, entra o trem chinês
A visita do primeiro-ministro Li Keqiang ao Brasil deu bons resultados e
voltou a expor a marquetagem inútil
A máquina de propaganda do governo e a
doutora Dilma têm um especial carinho por trens. Em 2004 Nosso Guia perfilhou
um projeto de ligação ferroviária entre o Rio e São Paulo. Era o trem-bala.
Faria percurso de 500 quilômetros em 90 minutos, cobraria o equivalente a R$
120 e nada custaria à Viúva. Ficaria pronto para a Copa de 2014. Atrasando, era
certo que rodasse em 2016 para a Olimpíada. Deu em nada. Ou melhor, deu em
parolagem e pariu uma empresa estatal, a EPL. Quando o projeto naufragou,
surgiu a palavra mágica ouvida por Machado de Assis em 1883: "lingu".
Ele não esclareceu o que isso queria dizer, mas talvez significasse "investimento":
os chineses bancariam o projeto do trem-bala. Pouco depois um mandarim
explicou: "Pedir que uma empresa chinesa assuma um risco tipicamente
governamental é uma grande piada".
Antes do desembarque do
primeiro-ministro chinês Li Keqiang saiu da caixa de mágicas do Planalto o
projeto de uma ferrovia transoceânica ligando o Atlântico brasileiro ao
Pacífico peruano. Teria 4.400 quilômetros. Nas palavras da doutora Dilma,
"ela atravessará os Andes". Custaria entre US$ 5 bilhões e US$ 10
bilhões.
As dúvidas foram desfeitas quando o
companheiro Li assinou 53 acordos com a doutora. Na mesa havia apenas o
interesse mútuo de começar os estudos básicos da viabilidade do projeto. A
ferrovia que iria do litoral brasileiro ao peruano era um exagero. O memorando
assinado cuidava apenas da conexão da linha Norte-Sul, que iria de Campionorte,
em Goiás, à costa peruana. A linha para o litoral atlântico é uma tarefa
brasileira. Se tudo der certo, esse estudo deve ficar pronto em maio de 2016. O
que era um estudo básico para analisar a viabilidade do projeto virou uma
ferrovia que "atravessará os Andes".
Cuidando dos seus interesses, os
chineses assinaram diversos compromissos, compraram aviões, alugaram navios e
arremataram um banco. Todos esses negócios são bons para eles e para o Brasil.
Não havia porque botar o "lingu" de Machado de Assis numa ferrovia
transoceânica.
A agenda chinesa é sempre precisa. Em
geral eles querem recursos naturais e proteínas. Além disso, vendem serviços,
bens e máquinas. Jogo jogado. A isso junta-se um interesse do Império do Meio
de fornecer sua mão de obra para os projetos onde põe dinheiro. São mais
qualificados, conhecem a empresa e às vezes custam menos. Há cinco anos eram
740 mil, de Angola ao Uzbequistão. Obras chinesas no Brasil já tentaram
importar operários, mas foram barradas. Esse pode vir a ser um bom debate, pois
o que é preferível, um pasto goiano com 50 vaqueiros ou a obra de uma ferrovia
com 500 chineses e 500 brasileiros?
Esse item da agenda chinesa chamou a
atenção de Machado de Assis. Em 1883, quando o andar de cima queria imigrantes
para substituir a mão de obra escrava, chegou ao Rio o mandarim Tong King-sing.
Veio acompanhado de um secretário negro, fez o maior sucesso com suas roupas e
foi recebido por D. Pedro 2º. O imperador disse-lhe que não tinha simpatia por
seu projeto e, no melhor estilo chinês, ele foi-se embora.
À época, comentando a visita do
mandarim, Machado de Assis escreveu uma crônica, transcrevendo uma carta que
teria recebido dele. Esclareceu que preferiu manter a grafia do autor.
A certa altura, como se fosse hoje,
Machado/Tong escreveu:
"Xulica Brasil pará; aba lingu
retórica, palração, tempo perdido, pari mamma."
ANDAR DE CIMA
Não se conhece uma só voz saída da
banca para condenar o ajuste fiscal enquanto ele avançou sobre despesas que
beneficiavam desempregados, pensionistas e aposentados.
Agora que a doutora acrescentou ao
ajuste a pimenta da taxação dos lucros bancários, será interessante entender a
reação dessa tão fiel torcida.
RENATO DUQUE
A entrada do filho de Renato Duque na
roda do dinheiro e das investigações da Lava Jato assustou o comissariado.
O ex-diretor de Serviços da Petrobras
seria o arquivo que guarda as conexões do PT e de alguns de seus comissários
com as petrorroubalheiras.
O "amigo Paulinho" só
concordou em colaborar com o governo quando os investigadores mostraram-lhe que
envolvera familiares em práticas criminosas. Até então o PT considerava
"satisfatórias" as patranhas que ele contava.
A Lava Jato já custou a Renato Duque
uma coleção de arte de novo rico e o equivalente a R$ 68 milhões depositados em
Mônaco. Sua defesa diz que esse dinheiro não é dele. Amanhã, Eremildo, o
Idiota, pretende se habilitar à sua titularidade.
CHOQUE À VISTA
O senador Renan Calheiros e o deputado
Eduardo Cunha, ilustres figuras da lista de parlamentares investigados pelo
Ministério Público, decidiram jogar pesado contra a possível recondução de
Rodrigo Janot ao comando da Procuradoria-Geral da República.
Rejeitá-lo, caso seja indicado pelo
Planalto, além de ser uma imensa carapuça, poderá levar a uma inédita
mobilização do Ministério Público, refletindo-se em setores do Judiciário,
inclusive em seus gaveteiros.
Uma aula sobre o
falecido trem-bala
Ainda não se conhecem as fantasias que
acompanham a Ferrovia Transoceânica, mas está na rede uma detalhada narrativa
do que foi a maluquice do trem-bala de Lula e Dilma. É a reportagem "Um
Trem para Bangladânia", de Leandro Demori. (A mistura de Bangladesh com
Albânia é um neologismo criado pelo professor Mario Henrique Simonsen.)
Ele foi das raízes do sonho do trem de
alta velocidade até a morte do projeto da empresa italiana que vendeu a
novidade ao governo. Nela havia planilhas mágicas e um roteiro inexplicável,
pois o trem não parava ao longo do percurso. O primeiro administrador do
projeto, José Francisco das Neves, o "doutor Juquinha" dormiu umas
noites na cadeia por malfeitos cometidos na Ferrovia Norte-Sul, aquela que
cruzará com a Transoceânica.
O repórter Leandro Demori trabalhou
onze meses no assunto, conversou com trinta pessoas e colheu documentos
brasileiros e italianos. Conseguiu o apoio do Contributoria, uma plataforma
independente ligada ao jornal inglês "The Guardian" e seus leitores.
Quem quiser pode inscrever seus temas. Os leitores do "Guardian"
votam e quem não for assinante do jornal deve pagar US$ 3 por mês para
participar das escolhas. A ajuda é dada relacionando-se o número de votos que o
tema recebeu e a quantia que o jornalista pede. Aprovado o financiamento, o
beneficiado vai à luta e fica livre para colocar o texto onde quiser. Demori
preferiu hospedar seu texto na plataforma Medium, de Ev Williams, o criador do
Twitter.
Os repórteres, como o Fantasma das
Selvas, são imortais.
A POESIA DE MÁRIO QUINTANA
Tempestade Noturna
Noite alta,
na soçobrante Nau exposta aos quatro ventos,
em pleno céu sulcado de relâmpagos,
os marinheiros mortos trovejam palavrões.
Ó velhos marinheiros meus avós…
para eles ainda não terminou a espantosa Era dos Descobrimentos!
Santa Bárbara
e São Jerônimo,
transidos de divino amor,
escutam suas pragas como orações.
Quando eu acordar amanhã, livre e liberto como uma asa,
vou rezar a São Jerônimo
vou rezar a Santa Bárbara
por este nosso fim de século – pobre Nau perdida no nevoeiro -
que em vão busca o rumo
das eternas, das misteriosas Américas ainda por descobrir!
Noite alta,
na soçobrante Nau exposta aos quatro ventos,
em pleno céu sulcado de relâmpagos,
os marinheiros mortos trovejam palavrões.
Ó velhos marinheiros meus avós…
para eles ainda não terminou a espantosa Era dos Descobrimentos!
Santa Bárbara
e São Jerônimo,
transidos de divino amor,
escutam suas pragas como orações.
Quando eu acordar amanhã, livre e liberto como uma asa,
vou rezar a São Jerônimo
vou rezar a Santa Bárbara
por este nosso fim de século – pobre Nau perdida no nevoeiro -
que em vão busca o rumo
das eternas, das misteriosas Américas ainda por descobrir!
TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, A ENGANAÇÃO
Esta
mensagem contém um texto, que está como anexo, e um vídeo, que pode ser
aberto no endereço abaixo, antes do texto. Recomendo ler primeiramente o texto e após
assistir ao vídeo. Mas, se quiseres o contrário, o conjunto não perde o
sentido para o entendimento. Enfim, é a comprovação daquilo que já
sabemos há longo tempo, comprovando-se com o registro de fatos e de
dizeres, acerca dos quais não há questionamento, pois são claros na sua
explanação e irretorquíveis nos seus registros, em face dos
acontecimentos que vivenciamos.
Boa leitura, se a conseguires!
______________________________________
__________________________________
Ex-espião da
União Soviética: Nós criamos a Teologia da Libertação.
ACI –
Ion Mihai Pacepa foi general da polícia secreta da Romênia comunista antes de
pedir demissão do seu cargo e fugir para os EUA no fim da
década de 70. Considerado um dos maiores “detratores” de Moscou, Pacepa
concedeu entrevista a ACIDigital e revelou a conexão entre a União
Soviética e a Teologia da Libertação na América Latina. A seguir, os
principais trechos da sua entrevista:
Em geral, você poderia dizer que a expansão da Teologia da
Libertação teve algum tipo de conexão com a União Soviética?
Sim. Soube que a KGB teve
uma relação com a Teologia da Libertação através do general soviético Aleksandr
Sakharovsky, chefe do serviço de inteligência estrangeiro (razvedka) da Romênia
comunista, que foi conselheiro e meu chefe até 1956, quando foi nomeado chefe
do serviço de espionagem soviética, o PGU1; Ele manteve o cargo durante 15
anos, um recorde sem
precedentes.
Em 26 de outubro de 1959,
Sakharovsky e seu novo chefe, Nikita Khrushchev, chegaram à Romênia para as
chamadas “férias de seis dias de Khrushchev”. Ele nunca tinha tomado um período
tão longo de férias no exterior, nem foi sua estadia na Romênia realmente umas
férias.
Khrushchev queria ser
reconhecido na história como o líder soviético que exportou o comunismo à
América Central e à América do Sul. A Romênia era o único país latino no bloco
soviético e Khrushchev queria envolver os “líderes latinos”
na sua nova guerra de “libertação”.
Eu me investiguei sobre Sakharovsky, vi os seus escritos, mas não pude encontrar nenhuma
informação relevante sobre sua figura. Por que?
Sakharovsky era uma imagem
soviética dos anos quentes da Guerra Fria, quando os membros dos governos
britânico e israelense ainda não conheciam a identidade dos líderes do Mossad e
do MI-6. Mas, Sakharovsky desempenhou um papel extremamente importante na
construção da história da Guerra Fria. Ele ocasionou a exportação do comunismo
a Cuba (1958-1961); ele manipulou de maneira perversa a crise de Berlim
(1958-1961) criou o Muro de Berlim; a crise dos mísseis cubanos (1962) e
colocou o mundo na beira de uma guerra nuclear.
A Teologia da Libertação foi de alguma maneira um movimento
‘criado’ pela KGB de Sakharovsky ou foi um movimento existente que foi
exacerbado pela URSS?
O movimento nasceu na KGB e
teve um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação. Durante esses anos, a
KGB teve uma tendência pelos movimentos de “Libertação”. O Exército de
Libertação Nacional da Colômbia (FARC –sic–), criado pela KGB com a ajuda de
Fidel Castro; o Exército de Libertação Nacional da Bolívia, criado pela KGB com
o apoio de “Che” Guevara; e a Organização para Libertação da Palestina (OLP),
criado pela KGB com ajuda de Yasser Arafat, são somente alguns movimentos de
“Libertação” nascidos em Lubyanka – lugar dos quartéis-generais da KGB.
O nascimento da Teologia da
Libertação em 1960 foi a tentativa de um grande e secreto “Programa de
desinformação” (Party-State Dezinformatsiya Program), aprovado por Aleksandr
Shelepin, presidente da KGB, e pelo membro do Politburo, Aleksey Kirichenko,
que organizou as políticas internacionais do Partido Comunista.
Este programa demandou que
a KGB guardasse um controle secreto sobre o Conselho Mundial das Igrejas (CMI),
com sede em Genebra (Suíça), e o utilizasse como uma desculpa para transformar
a Teologia da Libertação numa ferramenta revolucionária na América do Sul. O
CMI foi a maior organização internacional de fiéis depois do Vaticano,
representando 550 milhões de cristãos de várias denominações em 120 países.
O nascimento de um novo movimento religioso é um evento
histórico. Como foi construído este novo movimento religioso?
A KGB começou construindo
uma organização religiosa internacional intermédia chamada “Conferência Cristã
pela Paz”, cujo quartel general estava em Praga. Sua principal tarefa era levar
a Teologia da Libertação ao mundo real. A nova Conferência Cristã pela Paz foi
dirigida pela KGB e estava subordinada ao respeitável Conselho Mundial da Paz,
outra criação da KGB, fundada em 1949, com seu quartel geral também em Praga.
Durante meus anos como
líder da comunidade de inteligência do bloco soviético, dirigi as operações
romenas do Conselho Mundial da Paz (CMP). Era estritamente KGB. A maioria dos
empregados do CMP eram oficiais de inteligência soviéticos acobertados. Suas
duas publicações em francês, “Nouvelles perspectives” e “Courier da Paix”,
estavam também dirigidas pelos membros infiltrados da KGB –e da romena DIE2–.
Inclusive o dinheiro para o orçamento da CMP chegava de Moscou, entregue pela
KGB em dólares, em dinheiro lavado para ocultar sua origem soviética. Em 1989,
quando a URSS estava à beira do colapso, o CMP admitiu publicamente que 90 por
cento do seu dinheiro chegava através da KGB3.
Como começou a Teologia da Libertação?
Eu não estava propriamente
envolvido na criação da Teologia da Libertação. Eu soube através de
Sakharovsky, entretanto, que em 1968 a Conferência Cristã pela Paz criada pela
KGB, apoiada em todo mundo pelo Conselho Mundial da Paz, foi capaz de manipular
um grupo de bispos sul-americanos da esquerda dentro da Conferência
de Bispos Latino-americanos em Medellín (Colômbia).
O trabalho oficial da
Conferência era diminuir a pobreza. Seu objetivo não declarado foi reconhecer
um novo movimento religioso motivando os pobres a rebelar-se contra a
“violência institucionalizada da pobreza”, e recomendar o novo movimento ao
Conselho Mundial das Igrejas para sua aprovação oficial. A Conferência de
Medellín alcançou ambos objetivos. Também comprou o nome nascido da KGB
“Teologia da Libertação”.
A Teologia da Libertação teve líderes importantes, alguns
deles famosas figuras “pastorais” e alguns intelectuais. Sabe se houve alguma
participação do bloco soviético na promoção da imagem pessoal ou dos escritos
destas personalidades? Alguma ligação específica com os bispos Sergio Mendes
Arceo do México ou Helder Câmara do Brasil? Alguma possível conexão direta com
teólogos da Libertação como Leonardo Boff, Frei Betto, Henry Camacho ou Gustavo
Gutiérrez?
Tenho boas razões para
suspeitar que havia uma conexão orgânica entre a KGB e alguns desses líderes
promotores da Teologia da Libertação, mas não tenho evidência para comprová-la.
Nos últimos 15 anos que morei na Romênia (1963-1978), dirigi a espionagem
científica e tecnológica do país, e também as operações de desinformação
destinadas a aumentar a importância de Ceausescu no Ocidente.
Recentemente vi o livro de
Gutiérrez “Teologia da Libertação: Perspectivas” (1971) e tive a intuição de
que este livro foi escrito em Lubyanka. Não surpreende que ele seja considerado
agora como o fundador da Teologia da Libertação. Porém, da intuição aos fatos,
entretanto, há um longo caminho.
NA CONTRAMÃO
No texto abaixo, Kanitz traça um
roteiro mais adequado à porcaria nacional. Clama por bandidos de
verdade. Chega dessa escumalha que está aí, tal qual rataria bem
tratada, ambiente em que alguns cuidam da prole e, outros, já saídos da
ninhada, partem para a roedura diária à sobrevivência do bando.
Também
penso que o mercado do crime pede bandido de verdade, que assume o erro
com coragem, pois, já que somos obrigados a tê-los senão o País fica
paralisado, conforme nos esclareceu a filósofa NELMA KODAMA, a amada
amante, então que os tenhamos destemidos, pratiquem o crime e, se pegos,
declarem-se culpados e que, preferencialmente pratiquem o "haraquiri",
de forma social ou física mesmo, para que a sociedade se livre dessa
sujeira e possa criar uma nova cidadania em bases Morais e Éticas.
A
contramão contida no clamor do texto, está em consonância com outra
contramão, a do Juiz de Franca que concedeu liberdade a também bandidos,
com base na liberação dos criminosos maiores pelo Teori, aquele que tem
teorizado em favor do crime.
_____________________
Uma nova classe que Karl Marx nunca imaginou
Bandidos normalmente sabem quando
estão cometendo um crime. Sabem também que se forem pegos terão que pagar
pelo crime.
Eles resolvem este conflito
acreditando que nunca serão “pegos”. Quando são pegos, levantam as mãos e
aceitam a pena de prisão como parte da regra do jogo. “São os riscos da
profissão”, e cumprem pena sem reclamar.
Os políticos envolvidos na Lava Jato
são caso à parte. Eles nem consideravam que estavam cometendo um
crime. E se fossem pegos, a própria classe política iria salvá-los,
porque no fundo eles são todos unidos, uma nova classe que Karl Marx nunca
imaginou. Quando são pegos roubando, não morrem de vergonha. Pelo
contrário, se enchem de orgulho. Levantam a mão no gesto de solidariedade
política socialista. Eles não olham para baixo. Pelo contrário, acham que
estão sendo perseguidos pela direita, pela Veja, que são vítimas de um ódio
irracional. Justificam-se psicanaliticamente achando que no fundo todo
mundo é corrupto. Empresários são corruptos, empreiteiros são corruptos,
banqueiros são corruptos, e assim por diante.
O Brasil precisa é de bandidos de
verdade no Congresso e na política. Bandidos que quando são pegos
roubando, levantam as mãos e com um sorriso maroto caminham para a cadeia
cumprir pena. Bandidos que renunciam quando são pegos, sem mais nem
menos.
Esta história de continuar a ladainha
de que somos coitadinhos, somos inocentes, é uma mentalidade pré-juvenil, de
crianças mimadas, não de membros de partidos políticos ditos éticos e cidadãos.
É vergonhoso que nenhum dos 33 políticos da Lava Jato teve a coragem de
dizer: “Errei, fui pego, peço desculpas, admito que errei.” Nenhum
dos 33. Nojento!
Queremos bandidos de verdade na
política. Bandidos honestos, aqueles que assumem os riscos de sua
“profissão”, levantem as mãos quando pegos, e peçam desculpas no caminho à
prisão.
Texto de STEPHEN KANITZ
REPOSICIONAMENTO DE FHC
Nos últimos dias, ou tempos, Cardoso vem manifestando opiniões confusas, antagônicas e decepcionantes sobre os mais variados temas, contradizendo propostas da oposição ao petismo e, até, do seu próprio partido político.
Mas, neste texto, incisiva e repentinamente, ele deixa entrever qual é o seu real sentimento em relação ao descalabro nacional, gerado pela incapacidade mental ou pela suprema vigarice do petismo.
Boa leitura.
Mas, neste texto, incisiva e repentinamente, ele deixa entrever qual é o seu real sentimento em relação ao descalabro nacional, gerado pela incapacidade mental ou pela suprema vigarice do petismo.
Boa leitura.
___________________
Desvendar a trama
Por Fernando Henrique Cardoso, para “O Estado de São Paulo”
‘É preciso que a Justiça não se detenha antes que tudo seja posto às claras. Só assim será possível resgatar os sentimentos de confiança no Brasil’
Eu preferiria não voltar ao tema arquibatido das crises que nos alcançaram. Mas é difícil. Vira e mexe, elas atingem o bolso e a alma das pessoas. Na última semana o início de recessão repercutiu fortemente sobre a taxa de desemprego. Considerando apenas as seis principais metrópoles, ela atingiu 6,2%, a maior taxa desde 2001. A Petrobras, ao tentar virar uma página de sua história recente, pôs em evidência que o “propinoduto”, enorme (R$ 6 bilhões), é incomparavelmente menor do que o “asnoduto”, dos projetos megalômanos e malfeitos: R$ 40 bilhões. São cifras casadas, pois quanto piores ou mais incompletos os projetos de obras, mais fácil se torna aumentar seu custo e desviar o dinheiro para fins pessoais ou partidários.
O setor elétrico foi vítima de males semelhantes (só à Petrobras as “pedaladas” da Eletrobrás custaram R$ 4,5 bilhões) e não é o único no qual os desmandos vêm se tornando públicos. Se algum dia se abrirem as contas da Caixa Econômica, vai-se ver que o FGTS dos trabalhadores deu funding para uma instituição bancária pública fazer empréstimos de salvamento a empreendimentos privados quebrados. No caso do BNDES, a despeito da competência de seus funcionários, emprestou-se muito dinheiro a empresas de solvabilidade discutível, também com recursos do FAT, ou seja, dos trabalhadores (ou dos contribuintes), oriundos do Tesouro.
No afã de “acelerar o crescimento” usando o governo como principal incentivo, as contas públicas passaram a sofrer déficits crescentes. Pior, dada a conjuntura internacional negativa e o pouco avanço da produtividade nacional, também as contas externas apresentam índices negativos preocupantes quando comparados com o PIB brasileiro (cerca de 4%, com viés de alta). Pressionado pelas circunstâncias, o governo atual teve que entregar o comando econômico a quem pensa diferente dos festejados (pelos círculos petistas e adjacentes) autores da “nova matriz econômica”. Esta teria descoberto a fórmula mágica da prosperidade: mais crédito e mais consumo. O investimento, ora, é consequência do consumo... Sem que se precisasse prestar atenção às condições de credibilidade das políticas econômicas.
As consequências estão à vista: chegou a hora de apertar os cintos. Como qualquer governo responsável — antes se diria, erroneamente, neoliberal —, o atual começou a cortar despesas e restringir o crédito. Há menos recursos para empréstimos, mais obras paradas, maior desemprego, e assim vamos numa espiral de agruras, fruto da correção dos desacertos do passado recente. Para datar: esta espiral de enganos começou a partir dos dois últimos anos do governo Lula. Agora, na hora de a onça beber água, embora sem reconhecer os desatinos, volta-se ao bom senso. Mas, cuidado, é preciso que haja senso. Ajuste fiscal, às secas, sem confiança no governo, sem horizontes de crescimento e, pois, com baixo investimento, é como operação sem anestesia. Pior: política econômica requer dosagem, e nem sempre os bons técnicos avaliam bem a saúde geral do país. Também o cavalo do inglês aprendeu a não comer; só que morreu.
Não quero ser pessimista. Mas o que mais falta faz neste momento é liderança. Gente em quem a gente creia, que não só aponte os caminhos de saída, mas comece a percorrê-los. Não estou insinuando que sem impeachment não há solução. Nem dizendo o contrário, que impeachment é golpe. Estou apenas alertando que as lideranças brasileiras (e escrevo assim no plural) precisam se dar conta de que desta vez os desarranjos (não só no plano econômico, mas no político também) foram longe demais. Reerguer o país requer primeiro passar a limpo os erros. Não haverá milagre econômico sem transformação política. Esta começa pelo aprofundamento da operação Lava-Jato, para deixar claro por que o país chegou onde chegou. Não dispensa, contudo, profundas reformas políticas.
Não foram os funcionários da Petrobras os responsáveis pela roubalheira (embora alguns nela estivessem implicados). Nenhuma diretoria se mantém sem o beneplácito dos governos, nem muito menos o dinheirão todo que escapou pelo ralo foi apropriado apenas por indivíduos. Houve mais do que apadrinhamento político, construiu-se uma rede de corrupção para sustentar o poder e seus agentes (pessoas e partidos). Não adianta a presidente dizer que tudo agora está no lugar certo na Petrobras. É preciso avançar nas investigações, mostrar a trama política corrupta e incompetente. Não foi só a Petrobras que foi roubada, o país foi iludido com sonhos de grandeza nacional enquanto a roubalheira corria solta na principal companhia estatal do país.
Quase tudo o que foi feito nos últimos quatro mandatos foi anunciado como o “nunca antes feito neste país”. É verdade, nunca mesmo se errou tanto em nome do desenvolvimento nacional nem jamais se roubou tanto sob a proteção desse manto encantado. Embora os diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser penalizados, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política? Vai-se apelar aos “exércitos do MST” para encobrir a verdade?
É por isso que tenho dito que impeachment é uma medida prevista pela Constituição, pela qual não há que torcer, nem distorcer: havendo culpabilidade, que se puna. Mas a raiz dos desmandos foi plantada antes da eleição da atual presidente. Vem do governo de seu antecessor e padrinho político. O que já se sabe sobre o petrolão é suficientemente grave para que a sociedade repudie as forças e lideranças políticas que teceram a trama da qual o escândalo faz parte. Mas é preciso que a Justiça não se detenha antes que tudo seja posto às claras. Só assim será possível resgatar os nossos mais genuínos sentimentos de confiança no Brasil e no seu futuro.
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