PARTIDOS "PELEGOS"

"Pelego", possivelmente  é um termo que surgiu durante os governos do regime militar e passou a ser o dirigente sindical indicado pelos militares, sendo o representante máximo do chamado "sindicalismo marrom". Só por exemplo e para lembrar, LULLA surgiu assim! A palavra que antigamente designava a pele ou o pano que amaciava o contato entre o cavaleiro e a sela e virou sinônimo de traidor dos trabalhadores e aliado do governo e dos patrões. Posteriormente, "pelego" também passou a ter outros significados que serviam para aquelas pessoas, entidades ou instituições que pregavam uma coisa, mas praticavam outra, sempre em seus interesses próprios, prejudicando os trabalhadores. É o caso dos Partidos políticos da postagem. Alguma dúvida? Nenhuma!
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LULLOPETISMO: OS CRIMES CONTRA A NAÇÃO BRASILEIRA

Estudo publicado pelo ILISP,  mostra que a bancarrota do Brasil atual foi gerado nas gestões lullopetistas, tanto pela incapacidade de pensar, planejar e executar ações de Estado, como também pela inapetência para com o trabalho e tudo de forma criminosa. O resultado disso é que duas gerações de brasileiros sofrerão pelo saque cometido.
Para sentir asco pela desfaçatez da ação desses governos lullopetistas, basta acessar em http://www.ilisp.org/artigos/13-graficos-que-mostram-como-dilma-rousseff-e-o-pt-destruiram-o-brasil/.



TOFFOLI, TRABALHANDO CONTRA A NAÇÃO E A FAVOR DO CRIME

Fica cada vez mais evidente que pessoas irresponsáveis, permanente e exclusivamente, usam seu tempo de serviço público para manietar a Nação, com o intuito de que as forças anacrônicas voltem a comandá-la. No caso, Toffoli, o ser vil, sempre servil ao lullopetismo, esforçou-se caprichosamente para isso.

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A incrível história do juiz que acertou ao marcar 1 pênalti antes da hora
Enquanto integrantes do governo Jair Bolsonaro se preparavam para a chegada do chefe da missão anticorrupção da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Drago Kos, o esloveno tentava entender reviravoltas do combate à corrupção no país. Entre os casos que chamaram a atenção do homem de 58 anos, estava o freio do compartilhamento de dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), dado a partir de uma liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Como antecipou este Poder360, mesmo que Kos -1 ex-juiz de futebol europeu- estivesse interessado na decisão específica do STF, integrantes do governo Bolsonaro estudaram a decisão de Toffoli para ajudar com argumentos favoráveis à liminar do presidente do Supremo. Por 2 motivos:
  • A decisão de Tofolli foi tomada a partir de 1 pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República.
  • A penalidade marcada por Kos, mesmo direcionada ao STF, envolveria a imagem de todo o país, todos os Poderes.
Na reunião com a equipe de Kos, o governo tentou argumentar que a unidade de inteligência mantém os alertas sobre movimentações atípicas de pessoas e empresas. Nessa lógica governista, o que a decisão de Toffoli estabeleceu foi que eventuais aprofundamentos de investigação devam se dar apenas com autorização judicial. Para surpresa de interlocutores brasileiros, o mesmo empenho não foi visto pelo pessoal do Supremo. O resultado: Kos não se convenceu com os argumentos.
Na 4ª feira (13nov), o esloveno mandou 1 recado claro numa entrevista a jornalistas brasileiros: “O Brasil precisa continuar reforçando suas leis e ferramentas para combater as propinas no exterior, e não enfraquecê-las.”
Ele deixou Brasília depois de marcar 1 pênalti ao alertar para efeitos negativos que o país terá na relação com a comunidade internacional caso haja a confirmação da liminar de Toffoli pelo plenário do Supremo -o julgamento está marcado para a próxima 4ª feira (20.nov.2019).
A saída encontrada por integrantes do governo brasileiro foi a de tentar esticar a conversa com a equipe de Kos para minimizar estragos do relatório final da missão da OCDE enviada ao Brasil. Mas 1 dia depois da visita se descobriu, a partir de reportagem da Folha de S.Paulo, que Toffoli intimou o Banco Central a repassar cópia dos relatórios de pessoas físicas e jurídicas. Defender a penalidade marcada por Kos parece cada vez mais difícil.
(Matéria jornalística do PODER360, de 16/11/2019)

HUCK PARA LULLA: PAGANDO A DÍVIDA NADA MORAL

A imagem e o texto a seguir é do ESPAÇO VITAL, que posto integralmente por ser adequado ao fato e ao momento nacional.
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"Libertado, Lula chegou na manhã de sábado (9) a São Paulo. Voou de Curitiba a Congonhas no jatinho particular PP-HUC, pertencente à Brisair Serviços Técnicos Aeronáuticos, empresa titulada por Luciano Huck e sua esposa Angélica. “Qualquer especulação política sobre o voo é maluquice do momento polarizado dividindo o país. O fato não passou de uma simples questão comercial” – Huck tentou explicar, sem ter o sucesso de suas aparições aos sábados na tevê.

Ora, a empresa de Huck, dona do avião, tem finalidade específica. Na Internet se encontra seu objetivo – que é o educacional Mas em vídeo com suas explicações, o apresentador diz que “uso para minhas viagens de serviço e nas horas disponíveis o avião é colocado à disposição da Icon, empresa de táxi aéreo”.

Salvo melhor juízo, o contrato – assinado em 29 de maio de 2013 (primeiro governo Dilma Rousseff) com juros camaradas de 3% ao ano e 114 meses para pagamento (com carência de seis meses) - que o empresário Huck assinou com o BNDES, não permite o uso mediante aluguel a terceiros.

Tal situação é passível de ocorrer com empresas específicas de táxi aéreo. E, sob outros prismas, com as tradicionais Azul, Gol, Tam, etc. cuja finalidade social é o transporte de passageiros.

A tentativa de explicar a coincidência aeronáutica é maluquice terrena. Não adiantará, breve, nem mesmo a exibição da fatura comercial quente que será paga no dia do vencimento, no exato valor do transporte aéreo sem desconto.")
ASSIM, CARACTERIZA-SE, DE FORMA ABERTA, SEM ESCRÚPULOS, SEM VERGONHA, SEM MEDO DO RIDÍCULO, SEM ÉTICA SOCIAL, UM DOS ELEMENTOS DA NACIONALIDADE BRASILEIRA QUE GERAM O DESCRÉDITO, O ESMORECIMENTO E DESILUSÃO DO CIDADÃO PARA COM A RECONSTRUÇÃO MORAL BRASILEIRA.

"SALVA LADRI", lá; SALVA LADRÕES, aqui!

"Salva ladri", lá; SALVA LADRÕES, aqui! O aprendizado que o nosso sistema político-judiciário obteve da Operação Mãos Limpas, foi exemplarmente aplicado por aqui, quanto ao desmanche da respeitabilidade da Justiça. Lá, como aqui, quando os quadrilheiros tocados pela mão da Justiça, todos criminosos, tanto os vis mãos-sujas, quanto os vis legisladores, como também os vis juízes, aglutinaram-se em organizar o sufocamento da correção e a sobrevida do erro. A par das más intenções francamente expostas nas decisões judiciais de ontem no STF, estão as personalidades de cada um dos julgadores, fáceis de distinguir no livro O HOMEM MEDÍOCRE, de José Ingenieros, sempre dóceis à conformidade e aos mandos dos seus chefes.


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Após o julgamento do STF que decidiu pela inconstitucionalidade da prisão em segunda instância, o procurador da república, Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa Lava Jato do MPF (Ministério Público Federal), declarou que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) é semelhante ao decreto que libertou presos pela Operação Mãos Limpas na Itália em 1994, indulto conhecido como “salva ladri” (salva ladrões), o famoso caso do decreto Biondi.
O indulto “salva ladri” liberou da prisão muitos condenados na Operação Mãos Limpas. O processo investigativo italiano havia descoberto uma grande rede de corrupção durante a década de 1990. Em suas redes sociais, Pozzobon compara o escândalo promovido pelo STF ao decreto Biondi:
“ITÁLIA, 13 de julho de 1994: foi editado o decreto Biondi, que resultou na soltura de todos os investigados da Operação Mãos Limpas que estavam detidos preventivamente. Ele ficou conhecido como decreto “salva ladri” (salva ladrões)”.
 “O #STF decidiu por 6 x 5 proibir a prisão por condenação em segunda instância. Já chovem HC’s de condenados em todo Brasil, inclusive na #LavaJato, postulando aplicação do precedente do Supremo e soltura imediata. Como o dia ficará conhecido?”
 (matéria jornalística de ESTUDOS NACIONAIS)

QUE SERÁ DO AMANHÃ?

É, mas não está fácil! Ao contrário da proposta, parece estarmos cada vez mais radicalizando em torno de nossos próprios interesses, tanto os individuais, quanto os grupais, os das tribos, os das raças, os ideológicos, os oportunistas e, especialmente, aqueles que permitem roubar do próximo. Quanto ao preparo do futuro dessas gerações que sofrerão cada vez mais com as mudanças ambientais, com a garantia da saúde, com a alimentação e com a estabilidade emocional, os líderes, os governos e as instituições internacionais têm ficado mais  na retórica e menos na prática. Então, a mudança de pensamento é necessária, mas, para isto, precisamos, todos, comandados e comandantes, povo e líderes, ter consciência do despojamento de interesses.


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A responsabilidade dos homens de nosso tempo
Entre as inúmeras preocupações que embargam a mente e o sentimento dos homens de nosso tempo, acha-se a de forjar para as gerações vindouras um futuro digno de uma humanidade altamente civilizada, e atualmente milhões de jovens e crianças já começam a observar a obra dos que lhes antecederam. Esses são os que recolherão um dia a semente e o fruto que os homens de hoje estão preparando.
Seria inconcebível que havendo a humanidade madura desfrutado do enorme progresso, do esforço titânico e dos sacrifícios daqueles que a precederam, oferecesse, ao contrário, aos que vêm depois, o espetáculo de um mundo em ruínas e de uma humanidade desvalida. É por isso que a cada hora se torna mais necessária a pronta reconstrução material, moral, social e econômica do mundo. Enquanto se projetam e executam as obras que darão ao homem do amanhã mais de um motivo de justa admiração, não outro pensamento deveria presidir a mente de todos os homens que enfrentam, nesses momentos, a difícil, mas não impossível, tarefa de devolver à humanidade a paz e a felicidade perdidas.
É necessário que o mundo inteiro chegue a ter a sensação de   segurança para sua vida e para seus bens
Quando os homens de hoje e do futuro puderem confiar, sem a menor sombra de dúvida, na potencialidade, retidão e justiça, tudo contribuirá para facilitar o livre desenvolvimento das atividades que a inteligência humana será capaz de desenvolver para o progresso e melhoramento da espécie em todos os campos da vida. Mas é necessário, imprescindivelmente necessário, que o mundo inteiro chegue a ter essa sensação de segurança para sua vida e para seus bens. Que o homem possa empreender obras estáveis. Que seu pensamento não se esfume na ficção de um mundo irreal, senão que busque estender-se para o futuro e enlaçar-se com outros que propiciem uma evolução real e consciente para as elevadas finalidades que deve alcançar o aperfeiçoamento humano.
A responsabilidade dos homens de nosso tempo é, pois, muito grande. Esperançada, olhando para eles, está a juventude e a alma inocente de tantas crianças que haverão de receber de suas mãos o porvir que sejam capazes de forjar para elas.
Os que hoje lutam por estabelecer uma paz duradoura e conciliar todos os interesses que se acham em jogo entre todos os povos do mundo terão de suas consciências a mais plena aprovação. É de se esperar que, nesses momentos graves que estamos vivendo, os homens de nosso tempo possam ter a clarividência necessária e a alta inspiração que as circunstâncias exigem para seguir o exemplo dos que deram à humanidade as luzes de suas grandes ideias e a realização de suas grandes obras. 
Extraído da Coleção da Revista Logosofia, tomo 5, pág 159

POBRE PARIS!

Em https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,paris-concede-titulo-de-cidadao-honorario-ao-ex-presidente-lula,70003036225, vemos como a sociedade vai na contramão. Pobre humanidade, pobre civilização! Uma cidade como Paris, tida como um dos berços da evolução intelectual e cultural da História dos povos, discute e avalia, aprova e concede o título de Cidadão Honorário a  um criminoso investigado, condenado e preso por um sistema republicano e democrático. Seus cidadãos, da humanidade culta de ontem, demonstram serem IGNORANTES, hoje, pois não conseguem estar informados sobre o mundo e, neste, tudo o que ocorreu no Brasil, os roubos da riqueza nacional praticados por um grupo falaz e solerte, cujo líder praticou o engodo na sua mais perfeita forma e tornou-se milionário com o dinheiro roubado, criando, assim, situações de mortandade humana pela falta da execução de ações na Saúde Pública, na Segurança Pública, na Infraestrutura e na Educação. Além do mais, parte desse dinheiro saqueado, foi doado a ditaduras cruéis dispersas pelo mundo e que nos seus ambientes trucidavam seus cidadãos. Então, pobre mundo, esse, o de Paris!

EXCRESCÊNCIAS HUMANAS (Lulla, Genro, Genuino ...)

A história dos esquerdistas dissimulados, covardes e traidores dos seus companheiros de luta é abjeta e mostra o lado lúgubre do caráter, ou da falta dele, desses aproveitadores do seu tempo e das ocasiões que lhes eram propícias. Em: "https://www.videversus.com.br/gaucho-joao-luiz-vargas-divulga-documento-com-o-historico-do-petista-tarso-genro-na-ditadura-militar/" podemos prescrutar um pouco desse lado, de um dos duvidosos nomes de expressão da esquerda. Tarso Genro, José Genuíno, Lula, dentre outros, sempre serão vistos como essa excrescência humana que nunca permite visualizar um ser na sua plenitude, pois sempre estarão na sombra dos esgotos, aguardando a oportunidade de surgirem como heróis, que não o são! 

O PROBLEMA É O "etc"


O problema é o "ETC". Há dezenas de casos com materialidade suficiente para investigação, indiciamento e condenação, mas há centenas dos quais não há indícios, pois só pouquíssimos sabem e conhecem os meandros dos crimes, acerca dos quais a Justiça institucional não poderá tomar iniciativas. Apenas imaginemos quando os fatos envolvendo a amante Rose vierem à tona. Ou, continuemos imaginando, quando forem colocados a descoberto os gastos com cartões corporativos, todos os crimes que conheceremos. Novamente, apenas, evoluindo no pensamento, mas sem avançar demais, sabemos que em todas as organizações criminosas há muitas "queimas de arquivo", que é quando pessoas são mortas para salvar fatos e, no caso do lullopetismo, de nada sabemos. Ora! Poderíamos dizer se esta a poderosa organização criminosa que acabou com um país, também a mais honesta do mundo em relação à vida das pessoas envolvidas. Enfim, apenas a justiça da vida tomará providências sobre ele, Lulla, e sobre os seus familiares, provavelmente, coitados!, até a terceira geração.


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OPERAÇÃO LAVA JATO AMPLIA CERCO A LULA COM MAIS SEIS APURAÇÕES
ELE É SUSPEITO DE CORRUPÇÃO, LAVAGEM, TRÁFICO DE INFLUÊNCIA ETC
Publicado: 24 de setembro de 2017 às 10:28 - Atualizado às 10:59, por Cláudio Humberto

A Operação Lava Jato e seus desdobramentos ampliam o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dificultam ainda mais seu plano de disputar um terceiro mandato na eleição de 2018. Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão no caso triplex do Guarujá, réu em seis ações penais e denunciado em outros dois casos, o petista agora é alvo de seis procedimentos de investigação criminal abertos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Curitiba, São Paulo e Brasília.
As novas apurações podem resultar em processos na Justiça por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução a investigações. Com as investigações em curso e os processos na Justiça contra o ex-presidente, partidos de esquerda já traçam caminhos alternativos à disputa presidencial. Caso o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, confirme a sentença de Moro, de julho, o petista pode até ficar inelegível.
O principal ponto de partida das novas investigações são os acordos de colaboração dos executivos da Odebrecht, homologados pelo Supremo Tribunal Federal em janeiro deste ano. As informações colhidas pela força-tarefa da Lava Jato e documentos entregues pelos delatores geraram frentes de apurações em três estados.
Em São Paulo, os procedimentos instaurados desde julho deste ano tratam de supostos pagamentos em benefício do filho caçula do ex-presidente, Luís Cláudio, por meio da contratação de uma empresa de eventos esportivos, ao repasse de uma mesada a seu irmão Frei Chico e de desvios na construção da Arena Corinthians, o Itaquerão.
Os investigadores em Brasília apuram uma suspeita de obstrução da Justiça. Emílio Odebrecht, patrono da empreiteira, e o ex-diretor da empresa Cláudio Melo Filho relataram à Procuradoria-Geral da República que o ex-presidente e o ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) atuaram no governo Dilma Rousseff para edição de uma Medida Provisória  (MP 703/2015) que possibilitasse que a empresa fizesse um acordo de leniência sem a intervenção do Ministério Público. A medida beneficiaria diretamente a construtora e outras investigadas.
São apurações que chegaram a ser enviadas à Curitiba, mas depois foram redistribuídas, a partir de julho, por decisão do ministro Edison Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.
Paraná
Em Curitiba, a capital da Lava Jato, há duas frentes abertas: uma para apurar fraudes e corrupção em negócios do setor petroquímico relacionados à Braskem e outra, a mais avançada, para investigar doações ao Instituto Lula e pagamentos por palestras via Lils Palestras, Comunicação e Eventos – empresa aberta por Lula em 2011, após deixar a Presidência.
No caso dos benefícios para a Braskem, empresa que tem Odebrecht e Petrobrás como maiores acionistas, são investigados também a ex-presidente Dilma e os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci – que negocia um acordo de delação premiada com o MPF.
As novas frentes de investigação abrangem os períodos de presidente, entre 2002 a 2010, e de palestrante, à partir de 2011. São suspeitas que buscam identificar propinas arrecadadas para o partido e também para benefício pessoal e da família.
Família
As apurações enviadas para São Paulo contra Lula decorrem das revelações de “contrapartidas” dadas pelo empresário Emílio Oderecht ao ex-presidente e seus familiares em troca de negócios e boas relações com os governos do PT. Supostos acertos que resultaram em uma ‘conta corrente” de propinas que a empresa teria mantido com Lula e o PT, confessa pelo ex-ministro Antonio Palocci, no dia 6 de setembro, que admitiu em juízo ser o responsável pelo gerenciamento dos valores – que teriam chegado a R$ 300 milhões – e incriminou o ex-presidente.
Uma das apurações em andamento na força-tarefa da Lava Jato paulista, criada em julho, é o de ajuda financeira da Odebrecht para o filho de Lula Luís Cláudio Lula da Silva montar a empresa Touchdown Promoção de Eventos Esportivos, que montou uma liga de futebol americano no Brasil. O acerto teria sido feito, segundo os delatores, entre Emílio e o petista, em 2011, em troca de sua atuação para melhorar a relação do filho Marcelo Odebrecht com a presidente Dilma.
“Procurei dar, como se meu filho fosse, um processo de formação e de empreendedorismo para que ele pudesse montar aquilo que ele desejava e tivesse sucesso”, disse Emílio, em seu termo de delação 30. O empresário diz que indicou o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar para cuidar do assunto.
Também delator, Alexandrino deu detalhes dos repasses que são ponto de partida das investigações. “Lembro que minha primeira reunião com Luis Cláudio Lula foi em 16 de janeiro de 2012.” Trataram do início dos negócios da Touchdown. “Era um relacionamento com contrapartida.”
Os delatores entregaram registros dos pagamentos feitos durante três anos, que totalizaram cerca de R$ 2 milhões, por meio de uma empresa que já prestava serviços para a Odebrecht. “Na área de marketing já tínhamos como um fornecedor nosso a Concept, que nos apoiava em nossas estruturas dos estádios de futebol. A nosso pedido, a Concept prestou serviços para a Touchdown, empresa de Luis Cláudio, e mediante pagamento efetuado por uma das empresas do Grupo Odebrecht.”
O executivo explicou que a Odebrecht pagava 90% de um contrato anual de R$ 700 milpara a Concept, que tinha como beneficiário a Touchdown. O delator diz que o acordo inicial era de ajuda mensal por dois anos, mas os repasses continuaram por mais um, pois os negócios do filho de Lula não teria “decolado”.
Mesada irmão
Lula também pode ser denunciado em 2018 pelo pagamento de propinas para seu irmão mais velho, José Ferreira da Silva. A apuração parte da revelação da Odebrecht de que durante 13 anos (2003 a 2015) repassou a Frei Chico, como é conhecido, uma “mesada” em nome das “boas relações” da empresa com o ex-presidente. Os valores seriam entregues em dinheiro vivo pelo ex-executivo Alexandrino Alencar em encontros em locais públicos de São Paulo, como shoppings e restaurantes.
Seriam R$ 5 mil mensais, entregues a cada três meses. Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, que chefiou o chamado departamento de propinas da empreiteira, confirmou que os valores para repasse saíram do setor. Nas planilhas do departamento da propina da Odebrecht, ele tinha o codinome “Metralha”. Frei Chico foi militante do Partido Comunista e um dos responsáveis por levar Lula para a política e para o sindicalismo.
No material enviado para São Paulo, estão três registros de pagamentos do Setor de Operação Estruturadas da Odebrecht para Frei Chico, ou “Metralha”, como prova de corroboração. São valores de R$ 15 mil, supostamente feitos em 2008. Em dois deles, constam as senhas “Amora” e “Palmito” usadas nas retiradas dos valores.
Alexandrino, que era próximo de Lula, afirmou que o ex-presidente “sabia” dos pagamentos. O caso também foi enviado inicialmente a Moro, mas depois redistribuído para São Paulo, por Fachin, que afirmou na petição: “Narram os executivos que os pagamentos eram efetuados em dinheiro e contavam com a ciência do ex-presidente, noticiando-se, ainda, que esse contexto pode ser enquadrado ‘na mesma relação espúria de troca de favores que se estabeleceu entre agentes públicos e empresários’”.
Obstrução
Em Brasília, Lula caminha para sua primeira vitória na batalha judicial imposta pela Lava Jato. O MPF considerou não existirem provas para uma condenação do petista no processo em que é acusado de obstrução de Justiça decorrente da delação premiada de Delcídio Amaral, no episódio de suposta compra do silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. A Justiça julgará nos próximos dias a ação e o ex-presidente deve ser absolvido. O episódio, no entanto, não encerra as acusações contra ele por supostamente tramar contra a Lava Jato. Duas frentes pode resultar em novos processos penais e enfraquecer seu discurso de que foi o presidente que mais combateu a corrupção no governo.
Lula é alvo de um pedido de investigação enviado a Curitiba e depois remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, por suposta participação ilícita na edição da Medida Provisória 703/2015. A MP permitiria que a Odebrecht e outras investigadas buscassem acordos de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU), órgão do governo, excluindo a necessidade de delações dos executivos com o Ministério Público Federal (MPF).
A MP foi editada em novembro de 2015 por Dilma, mas não foi convertida em lei, após forte reação do MPF e de entidades, que alegaram que ela inviabilizaria novas delações e prejudicariam a Lava Jato. Meses depois, a Odebrecht iniciava tratativas para seu acordo que envolveu 77 executivos e Lula seria alvo de condução coercitiva e buscas, na 24ª fase da Lava Jato, deflagrada em 4 de março de 2016.
Emílio Odebrecht e Cláudio Melo Filho, alto executivo do grupo, relataram que buscaram Lula e Wagner, após a prisão de Marcelo Odebrecht, em junho de 2015, e conseguiram que por intermédio dos dois petistas que a ex-presidente Dilma editasse a medida atendendo seus interesses.
Lula também foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) no dia 6 de setembro junto com Dilma por suposto crime de obstrução à Justiça, ao combinarem a nomeação do ex-presidente como ministro da Casa Civil – fato revelado em grampo, em que os dois foram flagrados acertando a entrega de sua nomeação – para atrapalhar a Lava Jato. O STF ainda vai decidir se aceita a denúncia, se arquiva ou remete para a primeira instância.
Líder
Antes do final do ano, Lula pode ser novamente condenado por Moro e virar réu acusado de ser o líder da organização criminosa que em seu governo e no governo Dilma desviou mais de R$ 2 bilhões em propinas ao partido, o PT, e em benefício pessoal dos envolvidos, graças a desvios e corrupção em contratos da Petrobrás e de outros órgãos federais.
No dia 6 de setembro, Lula foi denunciado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em uma de suas últimas “flechadas” no cargo – ele passou o bastão no dia 17 para Raquel Dodge. A denúncia do chamado “quadrilhão do PT” imputa ao petista papel de figura central no esquema de fatiamento de cargos estratégicos do governo, com políticos do PT, PMDB e do PP, para arrecadação de propinas.
Outro obstáculo à vista no caminho de Lula rumo a 2018 é a nova sentença que deve ser dada pelo juiz Sérgio Moro, onde foi condenado pela primeira vez em julho por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo de propina de R$ 3 milhões da OAS, no caso tríplex do Guarujá.
Com o término da fase de instrução da ação penal em que é acusado de receber propina de R$ 12,5 milhões da Odebrecht, de forma dissimulada na compra do terreno para o Instituto Lula e do apartamento para a família em São Bernardo do Campo, em 2010, Moro deve decidir se condena ou absolve o petista até novembro. A confissão do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Lula e Casa Civil/Dilma Rousseff) e dos executivos da Odebrecht aumentaram as chances de condenação do ex-presidente nesse processo, segundo membros da força-tarefa e advogados.
Lula é réu em Curitiba ainda em uma terceira ação penal, que trata de suposta propina paga pela Odebrech e OAS nas reformas do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – que a Lava Jato diz ser do petista e ele nega. Esse processo está ainda em fase inicial e deve ser julgado no início de 2018.
Na última semana, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, no Distrito Federal, abriu novo processo em que ele é acusado de vender em 2009 uma MP para beneficiar montadoras de veículos – caso da Operação Zelotes, que compartilha dados com a Lava Jato. Nessa mesma vara, Lula será julgado por crime de tráfico de influência no governo Dilma para beneficiar empresas do setor automotivo, com a edição de outra MP, e na compra de caças suecos pelo governo.
Pré-campanha
Interrogado pela segunda vez como réu da Lava Jato em Curitiba, na quarta-feira, 13, Lula deixou claro que as denúncias do MPF, processos e eventuais condenações não serão obstáculos intransponíveis no seu caminho em busca de um terceiro mandato presidencial.
Amparado pelos números das pesquisas que o colocam à frente em todos os cenários e no embalo da caravana ao Nordeste, em que colocou nas ruas sua pré-campanha – prometida na primeira vez que esteve diante de Moro, em 10 de maio -, o ex-presidente trabalhará para evitar que o cerco que se fecha contra ele na Justiça torne insustentável seus planos eleitorais, antes mesmo do processo de escolha dos candidatos pelos partidos, em julho.
Com ênfase na defesa de que ele virou um perseguido político e que só cortes internacionais poderiam julgados de forma isenta, Lula busca frear movimentações internas do PT, que passaram a trabalhar pela necessidade de um nome de segunda via para a disputa presidencial, ao mesmo tempo que tenta uma nulidade nos processos e nas investigações, que derrubem o quadro de suspeitas e condenações contra ele.
O ex-presidente nega todas as acusações contra ele e a família, sustenta que os procuradores da Lava Jato empreendem uma “caça às bruxas” para imputar lhe falsamente papel de liderança no bilionário esquema de corrupção descoberto na Petrobrás e que seus delatores mentem.
Nos tribunais, o criminalista Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente nos processos, tem questionado a isenção dos julgadores, como Moro, e apontado ilegalidades processuais e investigativas – até agora, sem sucesso efetivo. A defesa também levou pedido à Organização das Nações Unidas (ONU) para que interfira no caso.
Defesa de Lula nega
“Tanto as ações penais em curso como as investigações que foram abertas contra o ex-Presidente Lula não têm materialidade. Todas elas estão baseadas em hipóteses criadas pelo Ministério Público para perseguir Lula ou, ainda, em afirmações de delatores ou candidatos a delatores que precisam fazer referência ao nome do ex-Presidente para poderem destravar a negociação e obter benefícios, seja para saírem da prisão, seja para desbloquearem patrimônio constituído de forma ilícita.
Há procedimentos vinculados artificialmente à Lava Jato, pois não há nenhuma prova ou indício de que valores provenientes de contratos da Petrobras tenham sido destinados para o pagamento de vantagens a Lula, o que seria imprescindível segundo a orientação do Supremo Tribunal Federal (Inq/QO 4.130). Essa afirmação de vínculo com tais contratos da Petrobras é feita pelo Ministério Público para escolher a jurisdição da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba para julgar Lula, diante da parcialidade do juiz em relação ao ex-Presidente, o que é incompatível com a Constituição Federal.
Quando a verdade prevalece sobre o ímpeto persecutório que orienta as ações de alguns investigadores, a inocência de Lula é reconhecida até por seus acusadores, como ocorreu em ação recente que tramita em Brasília, na qual o ex-Presidente foi indevidamente acusado pela compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró com base em afirmações mentirosas de Delcídio do Amaral no âmbito de sua delação premiada.
Lula jamais praticou ou deixou de praticar qualquer ato da competência do Presidente da República, o chamado ato de ofício, vinculado a vantagens para si, para seus familiares ou terceiros. Por isso, é absolutamente despropositado cogitar-se da prática do crime de corrupção, que pressupõe que um funcionário público pratique ou deixe de praticar um ato de ofício e receba vantagens em contrapartida.
Somente nas ações penais que tramitam em Curitiba já foram coletados mais de 200 depoimentos de testemunhas e nenhuma delas confirmou qualquer das acusações que o Ministério Público faz contra Lula. Essa situação reforça que o ex-Presidente é alvo do uso indevido dos procedimentos jurídicos para persegui-lo politicamente, prática conhecida internacionalmente como “lawfare”.
Caso Lula seja submetido a julgamentos justos, imparciais e independentes, como é assegurado pela Constituição Federal e pelas leis internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir, ele será absolvido de todas as acusações que foram indevidamente formuladas pelo Ministério Público, que sequer deveriam ter sido recebidas pelos juízes por absoluta ausência de justa causa, ou seja, de qualquer indício da prática de crimes.” Cristiano Zanin Martins, advogado de defesa do ex-presidente Lula (AE)


ROUBO, FINANCIAMENTO DO CRIME E PROPINA = LULLOPETISMO

Em https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,dossie-bndes-as-86-obras-no-exterior-financiadas-pelo-banco,689269, podemos identificar um dos maiores escoadouros de dinheiro que, por consequência das investigações judiciais, possibilitou identificar os principais favorecidos pela corrupção no Brasil e no exterior. Sabemos que esses "investimentos" lá fora ocorreram vinculados a percentuais de propinas que beneficiaram o lullopetismo e, principalmente, LULLA, o chefe da organização  criminosa que saqueou o Brasil e, portanto, caracterizando-se como uma das maiores instituições anti-humanitárias, pois inibiu que cidadãos usufruíssem de melhores condições de vida e garantissem maior tempo de vida. Além disto, praticando a doação de dinheiro brasileiro a ditadores cruéis pelo mundo, também possibilitou que esses déspotas enriquecessem pessoalmente, torturassem e matassem seus próprios cidadãos.
Ainda, o esvaziamento dos investimentos por aqui em favor de outros países, a baixa e escandalosa taxa de juros concedida, o calote anunciado, tudo isto é um dos lados. Mas, há o outro, pois ninguém ousaria tal crime se não lhe fosse favorecido algo. Então, pensemos que o LULLOPETISMO tenha auferido 10% disso tudo, porém, seria muito visível o crime. Pensemos, pois, em 5%. Não, também restaria escandaloso, mais ou menos 1,5 bilhão. Bem, então, 1% de propina ficaria de bom tamanho, pois seriam "APENAS", mais ou menos 700 milhões. Pronto, talvez isto e apenas na via BNDES. Imaginemos o resto que esses criminosos roubaram do Brasil. Esses mesmos que, em conluio com o STF, poderão estar soltos em breve, aproveitando essa profusão de dinheiro.




VIVA O ASSALTO À NAÇÃO!

Tu, aí, praticante da esquerda radical, ambliópico da visão humana, fanático do messianismo lullopetista, vê com cuidado a informação abaixo. Deixa de praticar a IGNORÂNCIA como orientação da tua vida e, definitivamente, compreende como as coisas aconteciam no nosso País. O roubo, em todas as suas formas e em todos os seus momentos, sempre procurava enriquecer a quadrilha, alguns dirigentes e, enfaticamente, o líder principal, LULLA, felizmente enjaulado. Quanto ao resto dos cidadãos brasileiros, ora!, eles que se danem. Agora, pontualmente, esse escândalo do ICMBio mostra como estávamos vulneráveis. Não nos iludamos, pois devem existir outras "caixas-pretas" que o tempo permitirá abri-las. Por enquanto, "Lulla está preso, babaca", conforme disse o orate e também fanático da seita, "filósofo" Ciro Gomes.


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Governo identifica gasto de R$ 39 mi com gasolina e manutenção de veículos inutilizados do ICMBio
Dos quase 2 mil carros, 40% estão inoperantes ou subutilizados; destes, 377 não funcionam
André Borges e Carlos Bandeira, especial para o Estado, O Estado de S.Paulo,de 06/09/2019
O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, mantém em seus galpões uma frota de 377 carros inutilizados que, mesmo assim, continuam a registrar gastos com combustível e manutenção. A estimativa é de uma despesa anual de R$ 39 milhões com os veículos sucateados.
A reportagem esteve em um dos maiores galpões, localizado às margens do Rio Amazonas, em Santarém, no Pará. Lá, encontrou carros e caminhonetes empoeirados, em que mal é possível enxergar os adesivos do ICMBio nas portas.

ICMBio mantém em seus galpões frota de carros inutilizados
ICMBio mantém em seus galpões frota de carros inutilizados Foto: Carlos Bandeira/Estadão
O gasto com a frota sucateada foi identificado por uma auditoria interna realizada no ICMBio. O Estado teve acesso ao trabalho que está em andamento e que foi encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Os dados apontam que, hoje, o ICMBio tem mais carros do que servidores públicos. São 1.538 funcionários em seu quadro em todo o País, enquanto a frota total cadastrada é de 1.986 veículos. Parte desse patrimônio é de caminhonetes, usadas para o trabalho de campo de fiscais do órgão. Muitos veículos estão abandonados há anos.
Dos quase 2 mil veículos, 40% - o equivalente a 800 carros - estão inoperantes ou subutilizados. Destes, 377 não funcionam. Ainda assim, seus registros apontam cobranças regulares de consumo de combustível e de manutenção, conforme a auditoria.
Cada carro do ICMBio possui um “cartão-combustível” e um “cartão-manutenção” associados ao veículo. As investigações dão conta de que esses cartões não foram anulados e continuam a gerar custos para o órgão. A suspeita de integrantes do ministério é de que essa utilização possa estar associada a um suposto desvio de recursos.
O ICMBio não comenta o assunto. O Estado apurou que o Ministério do Meio Ambiente enviou as constatações para a controladoria do órgão ambiental, que tem a missão de fiscalizar 334 unidades de conservação federal do País.
Questionado sobre o assunto, o ministro Ricardo Salles confirmou as informações, mas disse que aguarda os desdobramentos da controladoria do órgão. O ICMBio, assim como o Ibama, teve parte de seus recursos contingenciados neste ano.
Já o orçamento para 2020 divulgado pelo governo para toda a pasta do Meio Ambiente é de R$ 561,6 milhões, queda de R$ 71,9 milhões (12%) em relação ao limite de gastos liberados para este ano, de R$ 633,5 milhões.
Conforme mostrou o Estado nesta quinta-feira, a pasta pretende cortar custos administrativos que envolvem desde os serviços de faxina em seus escritórios até o aluguel de prédios ocupados por servidores para se adequar ao orçamento enxuto.

DEMOCRACIA, ESTADO DE DIREITO, REPÚBLICA ... ORA! ONDE E QUANDO?

Na trágica relação de "primeiras páginas", que o autor relaciona, faltou uma, resultante de estudo da FGV: "STF arquiva todos os processos de suspeição contra ministros". Aí, então, fiquei conjeturando sobre os fundamentos de Democracia e de República que norteiam minhas convicções. Senti-me um pascácio!
(Reproduzi o texto integralmente e, por isto, ele contém erros de grafia e de pontuação.)
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Fique rico com democracia (para O Estado de S. Paulo de 13/8/2019)
Nem mais nem menos corrupto que o resto. O brasileiro é só humanidade. O poder – que corrompe sempre e corrompe absolutamente quando é absoluto – é que é absoluto por aqui. Quanto a isso, aliás, seguimos evoluindo para tras. Tratar o problema exclusivamente com polícia resultou em que o círculo se fechasse ainda mais. De 513 mais estaduais e municipais que nós elegemos pusemo-nos nas mãos de 11 nomeados dos quais, para nos arancar a pele, bastam seis. Isso se ninguém recorrer à “monocracia”!
Em um único dia de primeiras páginas foi possível colecionar o seguinte. “Gasto com funcionalismo sobe na crise e bate recorde”. “Condenados do mensalão não pagam (nem) multas”. “Verba pública para partidos cresceu 2400% em 24 anos”. “Mortandade de industrias chega a 2300 de janeiro a maio”. “Com 42 ações com base em dados do COAF Toffoili só reagiu à de Flavio Bolsonaro”. “STF impede que Lula seja transferido para cela comum”. “STF impede investigação de Glen Greenwald”. “STF barra investigações contra o crime organizado”. “STF afasta fiscais e pára investigação de ministros e parentes”. “STF quer censura para quem falar mal do STF”…
Acreditar que trocando poderes desse calibre de dono vamos acabar com essa corrupção é acreditar que é possível fazer a humanidade deixar de ser a humanidade. O caso não é de polícia, é de política. De instituições políticas, melhor dizendo. Político, aqui, tem existência própria, independente do povo. Mas eles não foram feitos para “ser”, foram feitos para “representar”. Para ser comandados, não para comandar.
Na democracia, o sistema que o Brasil copiou antes de saber do que se tratava, o povo tem os poderes todos, maiores até que os dos reis, e os seus representantes individualmente nenhuns. Tudo em Pindorama sai pelo avesso porque mesmo com a Republica o poder, agora aumentado, continuou nas mãos dos poucos, não passou para as dos muitos. É ilusão de noiva esperar que funcione sem o comando do povo uma máquina de governar que foi desenhada para funcionar estritamente sob a batuta dele. O povo, só o povo e ninguém mais que o povo pode ter poderes absolutos. Só dividido pela totalidade da população esse excesso de poder converte-se de vício em virtude. E como o povo mora é na cidade, no bairro, a hierarquia, na democracia, exerce-se da periferia, que é a realidade, sobre o centro que é a ficção política.
Não no Brasil. Aqui a ficção é que manda na realidade. O pouco de federalismo que houve, lá nos primeiros dias da Republica, Getulio Vargas matou e nunca mais reviveu. Mas o que vai por escrito é que democracia seguimos sendo e as instituições (não importa quais) “estão funcionando”. E como “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido” temos, sim, leis e dinheiros “contingenciáveis” empurradas pela periferia que vão todas na direção de garantir educação, saude e segurança. Só que têm precedência sobre elas as leis e os dinheiros “incontingenciaveis” que regem a vida do centro – a própria constituição que a isto está reduzida – e desviam tudo que o outro lado tenta fazer da função para o funcionário, assinando embaixo: “Povo”. Passa então a ser “o brasileiro” – assim difuso – que paga mal o professor, não cuida da saude, é violento e irresponsavel de um tanto que só não anda matando pelas ruas quem não tem uma arma pra chamar de sua. Liberdade condicional. Vão por aí abaixo as “verdades estabelecidas” que a mídia traga e, sem nenhum filtro, traduz…
E no entanto é tão simples. 99% da literatura política do mundo é ininteligível porque não passa de tapeação. Não existe isso de “entender de política”. Meu pai sempre dizia que quando você lê alguma coisa e não entende o burro (ou o sacana) é “o outro”. Democracia é coisa de somenos. Como todo bom remédio, exigiu muy especial ilustração para inventar mas não requer nenhuma para usar. Até o morador de rua analfabeto, lá na cidadezinha dele, sabe se o prefeito asfaltou aquela via publica porque é o que a cidade estava precisando ou porque tinha comprado os terrenos todos. Se o vereador fez aquela lei pra fazer a vida de todo mundo mais fácil ou pra vender a isencão a ela. Se o preço de uma obra está justo ou obeso de roubalheira. Se a dosagem de repressão prescrita é ou não é suficiente para desincentivar o crime. Se o que é exigido do funcionário público deve ou não ser o mesmo que é exigido de todo mundo. Se o salário do político está obsceno de pouco ou de demasia. Se é ou não razoavel ele pagar suando o dobro pelo “direito adquirido” a pagar metade dado por um político ao seu vizinho. Se as leis devem ou não ser mudadas assim que se provarem superadas. Quais normas, para além da regra do jogo feita para impedir trapaça na mudança, devem ou não ser “petrificadas” por um complicador adicional de alteração.
Democracia, onde tudo isso se vota, não é mais que isso. E, como quem manda é quem demite, para tê-la tudo que é preciso é inverter a relação hierárquica entre o País Real e o País Oficial. A ligação entre representantes e representados tem de ser concreta para que a marcação possa se dar homem a homem. Só o voto distrital puro com retomada de mandato (recall) permite isso. Qualquer outro entrega o ouro aos bandidos. As regras do jogo têm de ser consensuadas e não impostas, o que só os direitos de iniciativa e referendo legislativos proporcionam. A justiça tem de ser tão isenta quanto pode ser a humana, o que requer liberdade absoluta do juiz “enquanto se comportar bem”, critério cuja aferição eleições periódicas de reconfirmação dos seus poderes pelo voto direto do povo tira do céu e traz de volta à Terra. Os poderes do eleitor têm de ser tanto mais absolutos quanto mais próximo se estiver do bairro, a periferia do sistema, e mais contrabalançados na medida em que se aproximarem do centro que muda de lugar com 50% + 1.
A natureza humana não se altera sob a democracia. Mas nela você só paga pelos erros em que insistir em perseverar. Dá pra ficar rico!

STF SERVIÇAL DE LULLA

Como sabemos, o STF tem estado a serviço do lullopetismo e neste, como serviçais de Lulla. Por esta razão, é muito bom mostrar o contraste criminoso da imagem abaixo, quanto à ação expedita em favor do crime e contra a vida. Espero que a nacionalidade brasileira se mobilize, comece a identificar casos semelhantes a este relatado e que eles sejam expostos. É a forma legal e humana de mostrar a desumanidade, a inapetência ao trabalho e a falta de empatia do Supremo Tribunal Federal que, de supremo, só tem a última instância da Justiça, mas que de Qualidade e de Humanidade nada sabe, nada tem e nada quer.



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O BRASIL DO "TUDO PODE"

A "comprovação" do Comprova segue a linha dos defensores lullopetistas, das teses de que a pedofilia não é crime, pois é apenas um transtorno. Ou, ainda, de que o roubo e o assalto também não são atos criminosos, pois são praticados por necessidade. Pior ainda, é a tese de que Lulla não é criminoso, pois é um preso político. Neste mesmo tom de absurdo, conversas do sistema legal, obtidas e expostas ilegalmente contra procedimentos fundamentados na Lei, pode! Porém, conversas obtidas de forma LEGAL, como a dos criminosos do PCC, enlevando a interlocução com o PT, não pode. Enfim, agora criaram a tese de que contratar sem licitação é ato correto. QUO VADIS, BRASIL?

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O PROCESSO IRREVERSÍVEL DA VIDA

Vale a pena ler sobre o pensamento de Harari, nesta rápida entrevista. Rápida, porquê concisa, pois a explanação meticulosa está nos seus livros.


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Não somos mais Homo Sapiens.
A entrevista com Yuval Noah Harari é de Roberto Saviano, jornalista e escritor italiano, publicado por Repubblica, 28-07-2019.

Parte inferior do formulário
DNA modificado no laboratório, homens cyborg e desejos monitorados por máquinas. Este é o nosso futuro de acordo com o historiador e ensaísta israelense Yuval Noah Harari.
Olhem para o ser humano. Olhem para os dedos dos pés, esses pequenos dedos frágeis, nada a ver com as garras de um puma; esse corpo sem pelos, tão diferente da pelagem de um urso; esse peito que, por mais inchado que seja, nada é comparado aos peitorais reforçados de um gorila; o olho míope que fica cego à primeira penumbra, incapaz de ver à noite como uma coruja; essas frágeis escápulas humanas que nada têm a ver com as magníficas asas de um falcão peregrino. Basta olhar para nós para entender o quão pouco seja dotado esse horrível ser humano que não é capaz de voar, mal consegue escalar e nada pior do que o último dos peixinhos dourados. E o olfato? Percebemos os cheiros a poucos metros de nós, enquanto um cachorro consegue senti-los a dois campos de futebol de distância.
Mesmo assim, essa criatura chamada Sapiens conseguiu se impor a todos os outros. A história da humanidade é realmente a épica história do fraco que triunfa sobre o forte? É uma pergunta que ninguém melhor do que Yuval Noah Harari, historiador israelense que com seus livros literalmente reescreveu a jornada humana na Terra, pode responder. "O poder dos homens não é determinado pelo indivíduo, mas por uma coletividade, pois os seres humanos sozinhos são criaturas fracas. Um homem não é apenas mais fraco que um mamute ou um elefante, mas também que chimpanzés ou lobos. Nós humanos, conseguimos dominar o mundo porque cooperamos melhor do que qualquer outro animal do planeta".
Eis o segredo do sucesso do homem: sua capacidade de criar comunidade. Sua inteligência, ou seja, a capacidade de ligar o múltiplo em torno dele, levou o Sapiens a ser um animal capaz de construir civilizações. A imaginação e a criatividade são os pilares da construção de seu domínio, mas o traço distintivo desta raça é um: a capacidade de exterminar seus rivais. A evolução do ser humano não é uma história pacífica. Vocês se lembram daquela imagem nos livros escolares em que, em uma linha do tempo de milhões de anos, víamos os vários hominídeos se erguerem do macaco para o Homo sapiens? Tudo falso. Como Harari descreve no primeiro livro da trilogia sobre a macro história humana, SapiensUma breve história da humanidade, o Homo sapiens coexistiu com outros hominídeos e conseguiu emergir através do massacre de todos.
Eis a entrevista.
Yuval Noah Harari – Cinquenta mil anos atrás, a Terra não era povoada por uma única espécie humana, mas pelo menos por seis diferentes espécies de hominídeos, entre os quais nossos ancestrais Homo sapiens na África. A Itália era povoada pelos Neandertais e no Extremo Oriente havia o Homo erectus e assim por diante. Quando o Homo sapiens se espalhou pelo planeta, as outras espécies de hominídeos desapareceram. E muitos outros animais também desapareceram. De fato, parece que o Homo sapiens é uma espécie de assassino ecológico que sistematicamente aniquilou outros animais, especialmente aqueles que se parecem mais conosco. Quanto mais um animal se parece conosco, mais nós constituímos um perigo para tal espécie.
É quase engraçado pensar que muitos ficarão incomodados com a ideia de que todos os italianos descendem dos africanos. Mas os Neandertais só foram exterminados ou também foram assimilados?
Há evidências mostrando que, em alguns casos, o Homo sapiens teve relações sexuais com membros de outras espécies de hominídeos. Por exemplo, a maioria dos europeus contemporâneos e a maioria dos italianos têm alguns ancestrais Neandertais. 96-98 por cento do patrimônio genético pertence ao Homo sapiens, enquanto 2-3 por cento ao do Neandertal. Assim, cerca de quarenta mil anos atrás, os novos imigrantes da ÁfricaHomo sapiens, tiveram alguma relação romântica ou sexual com os Neandertais de onde descendeu uma prole fértil.
O homem, portanto, avançou "na marra" da história, acumulando massacres sobre massacres para chegar aonde chegou. Eu me pergunto se é parte do pacto para dominar este planeta a ferocidade desse homem...
Não tenho certeza que seja necessário. Acredito que os seres humanos sempre têm a possibilidade de escolher. Na história, os humanos optaram por eliminar determinados grupos étnicos ou religiosos. Mas não era necessário, não era inevitável. Sabe-se que no século passado os nazistas achavam que, para criar um mundo melhor, era necessário exterminar o que eles afirmavam serem raças humanas inferiores.
Na realidade, portanto, o que conta na evolução é como matar, como controlar o outro. O Sapiens não podia tolerar que os primos existissem. Somos a raça fruto do grande massacre de nossos semelhantes. Vence quem mata mais?
Não é bem assim. Os homens criaram um mundo melhor ao longo das últimas décadas graças à cooperação, não graças à guerra, à violência e ao extermínio.
Cooperação como resultado da evolução, da maior inteligência, assim eu acreditava. Pelos seus livros, em vez disso, é claro que pensar que nosso ancestral pré-histórico fosse menos inteligente é um erro absoluto. O progresso acabou por nos tornar mais burros?
Em nível individual, é assim. Provavelmente somos menos inteligentes e menos capazes que nossos ancestrais da Idade da Pedra: não saberíamos como sobreviver naquelas condições. Era necessário conhecer muitas coisas e ser dotado de capacidades intelectuais e físicas excepcionais. Capacidades das quais a maioria de nós é hoje desprovida. Por exemplo, se alguém me pegasse e me jogasse na savana africana e eu tivesse que sobreviver confiando apenas em minha força, eu morreria em poucos dias. Não sei como conseguir comida, não sei costurar as roupas que uso. Não sei como construir qualquer ferramenta. Eu sou um historiador e sei escrever livros. Eles me pagam para escrever livros e apresentar palestras sobre a história. Dessas atividades, recebo o dinheiro com o qual vou ao supermercado e para qualquer coisa de que eu precise, dependo dos outros. A maioria de nós só sabe fazer algumas coisas. Portanto, como indivíduos, somos menos capazes que nossos ancestrais. Mas como coletividade de indivíduos, como sociedades humanas, somos mil vezes mais poderosos. O que realmente aprendemos a fazer é conseguir cooperar de forma eficaz, com modalidades cada vez mais sofisticadas, em larga escala.
Observar o pensamento estratégico dos Sapiens, que lhes permitiu construir a melhor lança, racionar em como subjugar os outros animais, pode nos levar a interpretar a capacidade de domínio humano como baseado apenas na qualidade lógica. Você, por outro lado, consegue demonstrar que a especificidade humana é outra.
O fato realmente surpreendente é a maneira como cooperamos: a cooperação que nos distingue dos outros animais é baseada em nossa capacidade de criar histórias inventadas. Se olharmos para qualquer exemplo de cooperação humana no curso da história, vemos que ela não é necessariamente fundada na verdade, mas sim na capacidade de persuadir um número significativo de pessoas sobre a mesma história inventada, fruto de nossa imaginação.
É a imaginação, portanto, o que torna o Sapiens diferente de qualquer outra espécie animal com a qual compartilha esta Terra. A capacidade de fabricar mitos que permitem a construção de identidades e traçam uma direção comum é determinante na evolução biológica. Acreditamos nos mitos não porque são verdadeiros, mas são verdadeiros porque os narramos. Mas foi a capacidade de narração que tornou a Europa central na história da humanidade?
Existem todos os tipos de teorias, mas nenhuma é realmente convincente. Não parece haver nenhuma razão geográfica ou biológica europeia. Se tivesse sido algo profundamente enraizado na biologia dos europeus, como se explica o fato de que, antes dos séculos XIV e XV, nenhum grande desenvolvimento tenha ocorrido na Alemanha, na França ou na Espanha e que inclusive hoje estamos testemunhando uma redução da influência da Europa?
Por que entre todos os continentes foi justamente a Europa que marcou o sinal de uma superioridade militar e tecnológica? No fundo havia também outros impérios - chinês, mongol, indiano, inca ... - que não eram menos ricos e vastos que os europeus, mas o colonialismo é uma invenção europeia ...
Na verdade essa ideia do colonialismo e do imperialismo não é apenas europeia, a encontramos em quase todas as culturas humanas. É verdade que, na era moderna, a Europa tornou-se o mais importante centro de desenvolvimentos tecnológicos e científicos e também aumentou seu poderio militar e seu domínio político. É um fenômeno novo. A Europa nunca havia desempenhado um papel tão fundamental na história. É o suficiente voltar a antes do século XIV ou XV. Mas então duas revoluções acontecem: aquela científica e aquela capitalista e ambas levam à revolução industrial que dá à Europa o poder de conquistar e dominar o mundo inteiro. Nós não dispomos de uma boa teoria que explique por que a centelha dessas revoluções se acendeu na Europa.
E agora, como está a centralidade europeia?
Europa não será a potência dominante do próximo século. A era da dominação europeia foi bastante curta na história humana. Durou apenas três ou quatro séculos em comparação com os muitos milênios da história que já se passaram. Os polos mais influentes hoje são os Estados Unidos e a Ásia Oriental. No entanto, mesmo os Estados Unidos são o resultado ou o fruto do imperialismo europeu e até a atual Ásia orientalpode ser considerada uma derivação europeia. As instituições dessas áreas são em grande parte o resultado das ideias e das instituições europeias. Basta pensar na ciência, nos sistemas financeiros e nos sistemas políticos que hoje encontramos na ChinaCoreia e Japão.
O latim foi uma língua franca, a língua do Império; O francês foi a língua imposta por Bonaparte, a língua da diplomacia; a Espanha impôs castelhano no continente americano; o inglês depois foi imposto pelo comércio; o mandarim, a língua mais difundida no mundo, é falado por mais de 800 milhões de pessoas. Mas nenhuma delas, imposta pelo dinheiro ou pelo número de pessoas que a falam, alcançou uma verdadeira universalidade.
Hoje todos aqueles que vivem no planeta falam apenas uma língua: esta língua é a matemática. Se você mora na China, na Austrália ou no Brasil, não faz diferença: a língua que domina as instituições, a economia e a política é a matemática e é precisamente ela a linguagem cuja difusão o imperialismo europeu favoreceu em todo o globo.
Da linguagem universal da matemática nasceu a revolução dos algoritmos, talvez comparável à da identificação do primeiro trigo domesticado, que permitiu ao homem, de simples caçador e coletor, tornar-se agricultor. É do trigo domesticado que a sociedade se desenvolveu como a concebemos hoje.
Eu acredito que o que estamos testemunhando hoje provavelmente tem um impacto evolutivo ainda maior do que o da invenção da agricultura e da criação de gado, porque a atual revolução da inteligência artificial e da biotecnologia nos oferece a possibilidade de mudar a própria humanidade, e não apenas a nossa economia, o que comemos, a sociedade e a política. As revoluções anteriores, seja a revolução agrícola, a ascensão do Império Romano ou a difusão do cristianismo, mudaram as sociedades, mas não modificaram o corpo e a mente humanos. Mas agora esses novos conhecimentos possibilitarão pela primeira vez a transformação do corpo, do cérebro e da mente. Assim serão criadas novas formas de entidades com um número de características diferentes de nós maior do que o que nos diferencia de outros hominídeos ou dos chimpanzés.
Então uma superespécie está prestes a nascer? Somos os últimos exemplares de uma espécie destinada a ser superada? A velocidade da tecnologia tornou o Sapiens inadequado, muito limitado?
Até agora, todas as evoluções da vida foram baseadas em componentes orgânicos. Agora estamos prestes a projetar entidades que, pelo menos em parte, não o são. transformação do Sapiens será capaz de começar com pequenas mudanças, por exemplo, a modificação do nosso DNA através da engenharia genética. Além disso, a única diferença entre os Neandertais e nós consiste em um pequeno número de diferenças genéticas: os Neandertais foram capazes de produzir apenas facas de pedra, mas produzimos ônibus espaciais e bombas atômicas. Mas um evento ainda mais extremo pode ocorrer, quando a inteligência artificial entra em ação em combinação com a biotecnologia: criar cyborgs, entidades que misturam o orgânico com partes inorgânicas, ou seja, algo que nunca vimos antes no curso de quatro bilhões anos de vida na Terra. Até agora, todas as evoluções da vida foram baseadas em componentes orgânicos. Agora estamos prestes a projetar entidades que, pelo menos em parte, não o são.
Tivemos um vislumbre da mistura de corpo humano e robô na literatura de Isaac Asimov, Ursula Le Guin, Philip Dick e Aldous Huxley. Agora humano e tecnológico estão se fundindo, e isso está acontecendo em nosso presente.
A ideia geral do que significa ser um organismo vivo mudará quando dispormos da capacidade de conectar diretamente, por exemplo, os cérebros aos computadores.Esta é a mudança mais significativa na evolução da vida que já ocorreu. É uma mutação que a vasta maioria das pessoas não consegue perceber, não compreende a enormidade da revolução a que estamos vivendo. Se minha mão for separada do corpo e colocada em outra sala, ela não funcionará, mas isso não acontece com um cyborg. Um cyborg não precisa da coincidência espacial para funcionar, então é possível conectar o cérebro orgânico a um braço biônico. O braço não precisa necessariamente estar preso ao resto do corpo, pode estar na sala ao lado, na casa ao lado dele, mesmo na cidade mais próxima ou mesmo em outro país e, ainda assim, ele pode continuar a funcionar. Portanto, a ideia geral do que significa ser um organismo vivo mudará quando dispormos da capacidade de conectar diretamente, por exemplo, os cérebros aos computadores.
Apresentada dessa forma, a fusão de humano e tecnológico poderia parecer um suporte capaz de ajudar o homem a superar seus limites biológicos. No entanto, lendo seu Homo Deus, fica claro que já estamos presenciando uma inversão da relação entre humano e tecnológico: o suporte parece ter se tornado o orgânico e a dominar é cada vez mais o inorgânico, na forma de algoritmo ou de inteligência artificial. Quando usamos um smartphone, não somos apenas nós que o olhamos, mas é o smartphone que está nos olhando.
Hoje, as pessoas entram em contato umas com as outras através de seus smartphones, seus computadores e um número crescente de decisões sobre nossas vidas são tomadas por esses instrumentos. Mas em vinte ou trinta anos, a tecnologia contida em um smartphone será inserida diretamente em nossos cérebros por meio de eletrodos e sensores biométricos. Será capaz de monitorar o que está acontecendo dentro do corpo e do cérebro em todos os momentos. Poderá conhecer meus desejos, minhas sensações, meus sentimentos, inclusive com mais precisão do que eu mesmo os percebo, e essa tecnologia se encontrará cada vez mais em posição de tomar decisões por mim. Vamos pensar nas aplicações no campo da prevenção médica, nos negócios ou nas relações sentimentais. Podendo confiar no poder desses computadores e algoritmos, nos deixaremos guiar cada vez mais por eles, que assim se tornarão partes integrantes de nós mesmos.
É o totalitarismo das máquinas? A ditadura do algoritmo? As redes sociais e as empresas de computadores que têm nossos dados podem controlar todos os aspectos de nossas vidas? Agora já estamos cientes que somos guiados pelo algoritmo sempre que somos induzidos a comprar ou a ver o que o nosso computador nos sugere. Mas quando se pode falar de uma situação de regime?
As eleições democráticas não giram em torno da busca da verdade, mas sim dos desejos das pessoas. Os sintomas de uma situação perigosa são essencialmente de dois tipos. O primeiro é quando muito poder e informação estão concentrados nas mãos de cada vez menos pessoas, de uma minoria ou de uma única instituição. Se uma única instituição, seja ela um governo, uma empresa ou um grupo religioso, tem muito poder sobre a sociedade, esta é a premissa para um regime totalitário. O outro sintoma da ascensão de um regime totalitário ocorre quando se torna impossível buscar a verdade ou publicar a verdade. O ditador, ou o partido autoritário no poder, alegando representar a vontade popular, usam esse argumento para impedir as pessoas ou as instituições que têm a tarefa de encontrar a verdade. Afirmam que as pessoas não estão interessadas na verdade. É importante lembrar que mesmo as eleições democráticas não giram em torno da busca da verdade, mas sim dos desejos das pessoas.
Em seu último livro, 21 lições para o século 21, você mostra que os dados são para a era contemporânea o que a terra era antigamente, ou seja, o recurso mais importante. E adverte: se os dados estiverem concentrados nas mãos de poucos, não haverá divisão em classes sociais, como aconteceu no passado, mas uma divisão da humanidade em espécies diferentes.
Isso é algo que nunca vimos antes na história do homem: poderíamos ter seres humanos potencializados e seres humanos comuns com capacidades diferentes. Anteriormente, na história, a desigualdadeera principalmente de ordem econômica e política. Alguns indivíduos detinham grande riqueza e poder político e outros indivíduos não possuíam nenhum dos dois. Mas ainda assim se tratava dos mesmos seres humanos, com as mesmas características biológicas. O perigo é que, no século XXI, a desigualdade econômica se transforme em desigualdade biológica. Teremos a tecnologia que nos permitirá potencializar o nosso corpo e o nosso cérebro. E os ricos poderiam evoluir para se tornarem biologicamente diferentes das massas da população. E, desse modo, a raça humana seria subdividida em diferentes castas biológicas. Isso é algo que nunca vimos antes na história do homem: poderíamos ter seres humanos potencializados e seres humanos comuns com capacidades diferentes.
Até que o homem controla a tecnologia, a tecnologia pode estar a seu serviço, mas agora que a tecnologia controla o humano, o que poderia acontecer?
Estamos adquirindo a capacidade tipicamente divina de criação e destruição e o risco é que não saberemos lidar com esses imensos poderes e acabaremos usando-os mal. Basicamente, trata-se do mesmo processo que envolveu o sistema ecológico: podemos dizer que adquirimos poderes divinos sobre o resto dos animais e das plantas, dos rios e das florestas, e podemos até dizer que fizemos mau uso dos nossos poderes. E agora o sistema ecológico está completamente desequilibrado e próximo do colapso. Nós estamos adquirindo o poder de mudar o nosso mundo interior, o nosso cérebro, e novamente poderíamos fazer mau uso desse poder e, ao invés desses humanos potencializados, poderíamos acabar criando algo que não seria melhor que nós: poderosos como divindades, mas irresponsáveis e insatisfeitos.
Eu gosto de sua habilidade de traçar interpretações macro históricas, como se pintasse uma tela impressionista cujo único protagonista é nossa espécie. Nesta complexidade de análise, peço-lhe um esforço de síntese: mostre-me a imagem que mais descreve o nosso tempo.
Uma imagem que me impressionou é a da consagração do papa Ratzinger: na foto, centenas de pessoas no Vaticano têm os olhos postos no pontífice; oito anos depois, na consagração do novo Papa, exatamente na idêntica situação, na mesma imagem, todos estão segurando um smartphone. A realidade é mediada pelo smartphone.

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...