FUNDAMENTOS EXISTENCIAIS

Para nós, humanos, o fundamental é a luta pela sobrevivência material e biológica. O que menos importa é a busca da verdade. Ao homem interessa a satisfação imediata das suas necessidades e, menos, a identificação dos caminhos que o levam a evoluir espiritualmente, no contexto divino. Assim, aos primeiros percalços da sobrevivência, surgem as reações iradas, negativas, retaliatórias. O sentimento negativo domina o tênue ambiente do pensamento e as energias se esvaem, gerando consequências em efeito cascata no nosso organismo e no meio em que vivemos. A nossa mente constrange-se cada vez mais, buscando o fundo. É necessário, então, e fundamental, renovar a confiança na energia criadora, à qual podemos denominar Deus, e estabelecer novas referências pessoais. Como diz Pietro Ubaldi, "é louco quem, num mundo feito de guerra, enquanto ferve a luta, se põe a fazer pesquisas sobre a verdade; mas louco é também quem, na sua ignorância, violando a lei natural, atrai tantas dores".
Sugiro, pois, a leitura do texto postado abaixo que mostra o caminho para revertermos a estratégia a que estamos acostumados de, apenas, valorizar a nossa luta exterior.

NÓS PROFETIZAMOS O FUTURO ATRAVÉS DAS PALAVRAS QUE FALAMOS NO PRESENTE
Por Gillian Macbeth-Louthan

Quando nós falamos, estamos dando vida ao que estamos dizendo, plantando uma semente. Palavras são como sementes: possuem poder de criação. Nós somos o que somos hoje devido às palavras que dissemos no passado. Todas as nossas palavras se tornarão uma autoprofecia no futuro. Preste atenção ao que você diz a respeito de si mesmo. Pensamentos negativos não precisam se tornar palavras negativas. No momento que você diz alguma coisa abertamente, um sentindo totalmente diferente é adquirido, assim como uma energia totalmente diferente. Se você não gosta do que tem experimentado na vida, comece a mudar suas palavras.

Nós profetizamos o futuro através das palavras que dizemos no agora. Nossas palavras são sempre profecias que se autocumprem. Não plante sementes negativas. Apenas profetize o que é bom e as boas intenções. Você tem o poder de anular os planos mais bem assentados do universo através de suas palavras negativas e suas contemplações negativas. Suas palavras são poder de vida ou de morte. Você obterá aquilo que anda a falar. Suas palavras darão vida exatamente ao que estiver dizendo. É melhor dizer não coisa alguma a dizer algo negativo. Palavras negativas anulam os planos de Deus. Você estará amaldiçoando seu futuro. Suas palavras podem ser usadas para amaldiçoar seu futuro ou para abençoar seu futuro. Declare palavras de fé. Declare o suporte que Deus oferece à sua luz e ao seu coração. Mude a atmosfera de todos os lugares que você vai através de suas palavras. Chame por Deus, peça por luz, peça por amor e por ajuda divina. Mude seu mundo mudando as suas palavras. Sua língua tem o poder de morte e de vida.

Não fale sobre os problemas, fale sobre as soluções. Nós não somos os repórteres de nossas vidas e sim, aqueles que fazem as previsões. Nós devemos chamar pelo invisível como se já fosse visível. Chame por aquilo que você deseja, chame com palavras recheadas de fé, chame com luz!

Você tem dado luz à vida ou a destruição?

Circunstâncias são formadas através de cada palavra pronunciada. Suas palavras são profecias que se autocumprem. Você é o criador de suas próprias circunstâncias.

O que foi criado com suas próprias palavras pode ser mudado.

Quando agimos negativamente às mudanças repentinas e ao caos em nossas vidas, estamos atrasando o propósito da criação. Se nós aceitarmos o caos como uma oportunidade para a elevação espiritual, a dor desaparece. Sozinhos determinamos o ritmo de cada passo em períodos turbulentos. Existem incontáveis futuros que existem ao mesmo tempo (como potenciais). Nosso próprio comportamento determina em qual universo adentramos.

A profecia é poder enxergar o futuro em nossas ações no presente.


EM ALGO EVOLUÍMOS! OU NÃO?

O jornal Correio Brasiliense, há alguns dias, expôs reportagem sobre os Jogos Panamericanos de 2007, no Rio de Janeiro, informando que o TCU analisa 35 processos de mau uso dos recursos públicos aplicados no conjunto daquele evento. As suspeitas de falhas graves e de desvios de recursos têm as mais variadas origens e, de um orçamento inicial previsto de pouco mais de 300 milhões de reais para a realização dos Jogos, ao final foi calculado um custo de 3,3 bilhões de reais. Assim, o Tribunal investiga o porquê de uma elevação de mais de 1000% de custos para a realização dos Jogos. Mantida essa correlação de previsão e custo final, pois, não é absurdo algum projetarmos os 26 bilhões de reais, declarados pelo Governo, para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, para algo em torno de 260 bilhões de reais ao seu final.
A pergunta a ser feita é se vale a pena essa despesa no âmbito de um país com necessidades básicas não supridas, com educação deficiente, sem saneamento adequado, com uma infraestrutura de transporte aéreo, terrestre, fluvial e marítimo extremamente atrasada em relação a outros e, finalmente, com um sistema de saúde que deixa as pessoas em longas filas diárias e com tempos de meses ou de anos à espera de atendimento ou de cirurgias. Não há razão para declararmos o orgulho e a satisfação nacionais pela responsabilidade que nos foi dada ao País para essa realização dos Jogos se, além das defasagens mencionadas acima, nem sequer relevamos historicamente os nossos atletas, com preparação física adequada, atenção às suas necessidades pessoais e familiares, valorizando as associações de que eles participam e dando-lhes suporte financeiro e técnico, além do conhecimento científico relacionado a determinada prática esportiva. Afinal, não são essas as razões que os fazem buscar treinamento e preparação em países mais avançados e preocupados com atletas?
Relativamente a isso tudo, e por causa dessas observações, cabe lembrar a recente publicação do Índice de Percepção da Corrupção, da organização Transparência Internacional, que mostra ao mundo como ocorre essa anomalia no âmbito das 159 Nações analisadas. A partir dessa exposição, pode-se ver como o Brasil se situa na relação, de forma preocupante, pois mostra um país de governantes omissos com a correção, com a moral e com a ética, e um povo correspondente bovinamente acomodado. Preocupante, também, é a ascensão, ano após ano, fazendo com que o nosso país, num período de dez anos, vá do 46º ao 80º lugar na lista do Índice que indica do menos corrupto ao mais corrupto. O mais estranho é que estamos no sétimo ano de um governo de um partido político que nasceu, cresceu e se solidificou mantendo a retórica contra a corrupção, denunciado a vilania das governanças e propondo a revolução da moral pública. Enfim, evoluímos ou involuímos?
Vê, abaixo, como se situa o Brasil na publicação da Transparência Internacional:

1998 –> 46º lugar
1999 –> 45º lugar
2000 –> 49º lugar
2001 –> 46º lugar
2002 –> 45º lugar
2003 –> 54º lugar
2004 –> 59º lugar
2005 –> 62º lugar
2006 –> 70º lugar
2007 –> 72º lugar
2008 –> 80º lugar

As inerências referentes a essa classificação podem ser obtidas no sítio www.transparency.org.

DESVIO DE RUMO

No artigo, postado abaixo, esse escrevente disseca com precisão a falácia em torno da descoberta de petróleo em pré-sal e o endeusamento das eventuais oportunidades de negócio, baseado nesse produto, em nome do Brasil.

Lembro-me que, aí pelos anos 70, lia com sofreguidão o jornal Opinião (lembra dele, do Pasquim, do Movimento, etc?), onde eram mostradas análises políticas nacionais, internacionais, os eventuais contornos da evolução social, os direcionamentos econômicos do mundo, dentre outros temas. E, desses, um era o eventual esgotamento total das reservas petrolíferas e os impactos mundiais dessa "catástrofe" possível de acontecer. Nessa mesma década ocorreu o "choque do petróleo", o que veio a consolidar a linha de pensamento pessimista da época.

Hoje, não se vê dessa forma a questão. Novas tecnologias surgiram, tanto de identificação das reservas, quanto de sua prospecção; os modelos econômicos nacionais são outros, nas diversas regiões do mundo; e, finalmente, há uma visão da necessidade de substituição do produto fóssil, por algo mais correto para a conservação da natureza em geral e da vida humana, especialmente.

Assim, comprometer bilhões dos nossos recursos financeiros numa aposta incerta é exagerado e oportunista, frente a uma infraestrutura deficitária de moradia, de emprego, de alimento e de qualidade de vida, em razão da falta desses mesmos recursos da aposta vazia (não nos esqueçamos, agora, da Olimpíada de 2016, com o custo previsto, por baixo, de 26 bilhões de reais que podem atingir muito mais se formos seguir a proporção dos Jogos Panamericanos de 2007, orçados em 400 milhões e que chegaram a mais de 1,5 bilhão).

Como mostra o artigo, a BP descobre óleo a 10.000 metros de profundidade, enquanto as autoridades tupiniquins arrotam arrogantemente o atingimento dos 7.000 metros, fazendo acenos e gracejos retóricos à OPEP e aos países que a compõem, como se a descoberta brasileira nos colocasse no topo dos produtores. Como diz o escrevente, devemos ir com calma, pois há muitas variáveis possíveis de ocorrer, tais como capacidade real dos poços, custo dessa extração, capacidade do mercado, tempo para disposição definitiva desse produto ao consumidor, etc.
Mas, enfim, o escrevente esqueceu, ou não quis analisar, que esse é, apenas, um movimento eleitoral. E o custo disso para a cidadania brasileira? Ora, o que importa! O importante é o Poder.

Petro-Sal(ro): de volta aos tempos jurássicos

João Luiz Mauad

A petrolífera inglesa BP anunciou na quarta-feira (02/09) a descoberta de um campo gigante no Golfo do México, a cerca de 6 milhas de profundidade, ou seja, bem mais fundo que o famigerado Pré-Sal tupiniquim. Embora a Petrobras tenha uma participação de 20% no negócio – graças ao sistema de concessões vigente nos EUA –, a tecnologia de perfuração é da majoritária BP, o que demonstra a grande falácia que é dizer que a Petrobras é monopolista ou pioneira nesse tipo de tecnologia. Não é! Já se tira petróleo de profundidades maiores há algum tempo.

Embora exultantes com a descoberta, os executivos e engenheiros da BP são bem mais cautelosos do que os da Petrobras quando falam do futuro e das possibilidades de lucro. Segundo eles, devido ao altíssimo custo de produção e toda a infra-estrutura necessária, a retirada do petróleo ali só se tornará lucrativa se os preços da commodity forem superiores a US$ 70,00 por barril. Além disso, estimam que o início da operação comercial só se dará daqui a 10 anos, ocasião em que é praticamente impossível prever como andarão os preços.

Já os nossos experts da Petrobras, políticos e burocratas de “Banânia”, apostam numa alta acentuada dos preços a médio e longo prazos, pois acreditam que o “ouro negro” estará muito mais escasso daqui para frente. Essa teoria sustenta que o pico de produção do petróleo (peak oil) já teria ficado para trás e que a tendência futura seria de um rápido esgotamento das reservas terrestres. Tal tese, endossada por alguns geólogos, deságua na proposta estúpida de “planejar” a retirada do óleo existente, uma vez que, futuramente, os preços serão muito maiores, beneficiando os poucos produtores que sobrarem.
Não é isso, entretanto, que pensam os analistas sérios. De acordo com reportagem do New York Times, a exemplo de várias crenças malthusianas apocalípticas, essa “teoria” do “peak oil” tem sido promovida por grupos de cientistas ligados a grupos de interesse sindicais ou empresariais, os quais baseiam suas conclusões, não raro, em análises estáticas pobres e interpretações distorcidas dos dados técnicos. Segundo quem entende do riscado, as novas tecnologias tornarão possível o incremento das reservas petrolíferas a curto e médio prazos, e estima-se que, por isso mesmo, a tendência dos preços é para baixo.
Isso sem falar que há inúmeras pesquisas sérias acontecendo mundo afora, que visam ao desenvolvimento de combustíveis alternativos, economicamente viáveis, de baixo custo e consumo, além de menos poluentes que os hidrocarbonetos. Algumas montadoras já vendem com enorme sucesso no exterior os automóveis híbridos, meio elétricos, meio a combustão. Outras estão em adiantado desenvolvimento de veículos movidos a hidrogênio, para muitos o verdadeiro motor do futuro, por ser muito mais barato e absolutamente inofensivo ao meio ambiente.
Pois bem: apesar das fortes indicações de que são altas as possibilidades de que a coisa possa se tornar um grande mico, o governo brasileiro, de olho nessa ilusão subterrânea que chamam de Pré-Sal, montou uma verdadeira pantomima na semana passada, com vistas a alterar (de forma mais profunda que o próprio pré-sal) as regras vigentes no país para prospecção de petróleo. Tudo para garantir que o governo, alguns investidores privilegiados e a “República Sindicalista” fiquem com a maior parte da bolada esperada (por eles). Mandaram ao Congresso, para que seja votado em regime de urgência, um pacote de medidas extemporâneas que, em linhas gerais, pretende reestatizar o pouco que havia sido privatizado no governo passado.
A coisa foi tão absurda e descarada que o jornal Folha de São Paulo, que jamais primou pelo viés liberal, escreveu em editorial: “Consumou-se, na explicitação dos projetos do Planalto para o pré-sal, a revanche contra a abertura do mercado e contra a quebra do monopólio da Petrobras, efetivadas na década passada. A antecipação do calendário eleitoral, motivada pela iniciativa do presidente Lula de viabilizar a candidatura Dilma Rousseff, atropelou o interesse público.”

Para começar, criam a tal de “Petro-Sal” (Roberto Campos deve estar rindo à toa desse nome, dado a sua semelhança com o famoso neologismo “Petrossauro”, de que ele tanto falava e combatia), cujo propósito será gerir os recursos da União e regulamentar a matéria. A ANP foi, assim, jogada para escanteio, afinal esse negócio de agência independente nunca agradou aos pelegos petistas. Além disso, numa jogada esdrúxula e sem sentido, resolveram entregar à Petrobras, sem licitação, 30% dos campos e, para completar, o governo fará um aporte entre 50 e 100 bilhões de reais na estatal, “para que ela possa arcar com os custos iniciais da operação”.

Em resumo: colocarão em risco uma quantidade enorme de dinheiro dos pagadores de impostos para viabilizar um negócio de alto risco que, se tudo correr bem, gerará lucros que serão embolsados pela pelegada petroleira e por meia dúzia de investidores privados, já que, não esqueçamos, a Petrobras é uma empresa com ações negociadas em bolsa. Tudo em nome do “interesse nacional”, claro. Sob o velho slogan “O Petróleo é Nosso”, correm uma corrida alucinada para meter a mão no bolso dos contribuintes. No fim das contas, continuaremos pagando um preço salgadíssimo (com trocadilho, por favor) pelos combustíveis e jamais veremos a cor dos eventuais lucros provenientes das profundezas do Atlântico Sul. Mas os prejuízos, se houver, esses serão certamente nossos.

Além dos riscos naturais já mencionados, há aqueles inerentes à própria ineficiência das empresas públicas. Segundo Mark C. Thurber, diretor do Programa de Energia Sustentável da Universidade de Stanford, citado por Adam Green em recente artigo publicado em O Globo, “em média, PENs (petroleiras estatais nacionais) extraem recursos a taxas muito menores do que as PIs (petroleiras independentes)”. Isso acontece, evidentemente, porque “os monopólios não estão sujeitos à competição e são alvo fácil da corrupção”. Ora, se as estimativas e prognósticos dos analistas antimalthusianos estiverem corretos, quanto mais demorarmos para sacar esse óleo das profundezas da terra, maiores serão as possibilidades de que ele se transforme num mico, cuja extração se torne muito mais custosa que o valor de mercado. O interesse da sociedade, portanto, deveria ser tirar o máximo possível no menor prazo. Para isso, a melhor solução seria entregar a prospecção para quem tem capital, eficiência e tecnologia: empresas privadas.

Longe de mim achar que o modelo atual é bom. Pelo contrário, é ainda muito ruim. Mas essa estrovenga que a “república sindicalista” pretende nos empurrar goela abaixo, juntamente com mais um assalto ao nosso bolso, é indecente, para dizer o mínimo.
Peço perdão aos leitores pelo desabafo e principalmente pelos adjetivos um tanto mais pesados que o habitual, mas isso tudo é muito nojento. Somos reféns de uma malta que não encontra qualquer limite em sua sanha de poder e dinheiro. Que Deus nos ajude!


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