O "PODER" QUE NOS DOMINA

Estamos subjugados por um poder oculto, embora seus agentes estejam totalmente visíveis. Porém, aliado a esse poder oculto, gerador da dependência, há o outro poder, aquele, também denominado de Quarto Poder Republicano, que define tendências, esconde mentiras e cria verdades mentirosas, por meio da ação midiática. Assim, o conluio entre o interesse econômico do faturamento gerador, alia-se o interesse econômico do faturamento divulgador, em que a indústria e a imprensa geram necessidades, induzem o consumo e preservam e escondem os erros. Quanto às dependências e às mortes humanas, ... bem deixa isso para lá, ninguém fará a conexão ou, se fizerem, logo esquecerão.

O linque abaixo explica meu comentário:

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O AMANHÃ DE TODOS NÓS

 

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O texto é simples assim. Mas é denso, muito denso! (a poesia é de William Butler Yeats)

COMPARATIVO ENTRE PANDEMIAS

 

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O momento é terrível, por ser pandêmico? Voltemos no tempo, então, para ver como foi o antes.

IMPUNIDADE BRASILEIRA É INSTITUIÇÃO


Na mosca! Obtive essa charge no saite Espaço Vital, de hoje, e efetuo sua publicação, pois ela representa a situação brasileira de ontem e a atual. A imagem é cômica, claro!, mas é trágica, basta ver o que ocorre na Nação, tendo como protagonista o STF, onde caducam prazos de processos; forma-se jurisprudência ocasional, dependendo do réu; atua-se no varejo do mercado do Direito; agride-se a Constituição; e resta a imagem de uma última instância da Justiça cruel com os menos importantes e abrigo para os mais importantes da sociedade. Quanto à CIDADANIA, ... bem, esquece!

APRENDEMOS A TOLHER A INTELIGÊNCIA


Sim! Vivemos um tempo em que tudo pode ofender todos, ou alguns, sobre qualquer coisa dita. A evolução, talvez a involução!, do pensamento politicamente correto, tende a corromper a linha de argumentação e de pensamento. Perdemos o bom senso, valorizando o radicalismo e, com isto, tornamo-nos cada vez mais incultos porquê "cuidadosos" com a externalidade das nossas concepções pessoais.

VARIANTES DO VÍRUS

 

Assim é fácil! Há um vírus preexistente e, para sua disseminação, cria-se variantes dele, o que dificulta o combate, portanto levando à proliferação da doença. É o caso!
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BASES FRÁGEIS DE UMA RELIGIÃO

Embora o título da matéria jornalística indique "deuses", que não o são, vale a pena conhecer, para quem não conhece, ou relembrar, para quem já sabe, sobre a cópia existencial que foi esse tal de Jesus. Além disto, todos os ensinamentos que são ditos de origem em Jesus, já havia sido expostos por esses líderes religiosos, ou "deuses", centenas ou milhares de anos antes.

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5 deuses anteriores a Jesus que têm histórias bem parecidas com a dele

Por Jéssica Maes

 

Praticamente todos os ocidentais – e provavelmente boa parte dos orientais também – sabem os pontos mais importantes da história de Jesus Cristo: o nascimento vindo de uma virgem, a visita dos reis magos, a caminhada sobre a água, a crucificação, a ressurreição. Pelo fato do cristianismo ser tão popular e por estes detalhes serem tão intrínsecos à nossa cultura, é fácil acreditarmos que a história de Jesus é única – mas não é bem assim.

Muitos deuses das mais diversas culturas anteriores a Cristo compartilham histórias muito parecidas com o filho do Deus cristão. Alguns especialistas acreditam, inclusive, que a história de Jesus pode ter sido baseada na história de alguns deuses mais antigos. Abaixo, estão 5 exemplos de deuses de povos de diversos cantos do planeta que possuem várias semelhanças em suas histórias com a história da vida de Jesus que nos é contada.

5. Hórus (3.100 a.C.)

 

Hórus era o Deus do Céu no Egito Antigo. Muitos alegam que a história de Jesus foi diretamente baseada na história de Hórus, e não é para menos. Assim como Jesus, ele tinha 12 discípulos – um deles nasceu de uma virgem em uma caverna. Como Jesus, seu nascimento foi anunciado através de uma estrela, e três homens sábios apareceram!
Hórus foi batizado quando tinha 30 anos por Anup, o batista, assim como Jesus foi batizado por João Batista no Rio Jordão. Além disso, conta-se que Hórus fez levantar um morto e caminhou sobre a água. Finalmente, ele foi crucificado, enterrado em um túmulo e ressuscitou, assim como Jesus.

4. Buda (563 a.C.)

 

Siddhartha Gautama foi um mestre religioso e fundador do budismo que viveu no século 6 a.C. Assim como Jesus, é conhecido por ter curado os doentes e por ter caminhado sobre a água, além de ter alimentado 500 pessoas com uma cesta de bolos. Muitos dos ensinamentos de Buda eram parecidos com as coisas que Jesus ensinou, incluindo a igualdade para todos. Além disso, passou três dias na prisão e ressuscitou quando morreu.

 

3. Mithra (2.000 a.C.)

 

Mithra é uma antiga divindade zoroastrista que possui várias semelhanças com Jesus. Ele veio ao mundo através de um nascimento virginal em 25 de dezembro, e quando nasceu foi envolto e colocado em uma manjedoura. Mais além, teve 12 companheiros (ou discípulos) e realizou milagres. Como o Deus cristão, deu sua própria vida para salvar o mundo, permaneceu morto por três dias e depois ressuscitou. Não bastasse isso, é chamado de “o Caminho, a Verdade e a Luz” e ainda por cima tem sua própria versão de uma “ceia do Senhor” de estilo eucarístico.

2. Krishna (3.000 a.C.)

 

Uma das principais divindades hindus, Krishna também tem diversas semelhanças com o cordeiro de Deus. Anjos, homens sábios e pastores estavam em seu nascimento. Sabe quais presentes eles deram a ele? Isso mesmo: ouro, incenso e mirra. Além disso, um homem mau e ciumento ordenou a matança de todos os recém-nascidos quando ele nasceu, assim como aconteceu com Jesus. Krishna também foi batizado num rio e realizou milagres, incluindo ressuscitar os mortos e curar os surdos e os cegos. Quando morreu, ascendeu dos mortos para o céu e espera-se que volte à Terra algum dia para lutar contra o “Príncipe do Mal”.

1. Osíris (3.100 a.C.)

 

Pai de Hórus, Osíris também possuía suas semelhanças com o nazareno. A principal delas: foi morto e ressuscitou três dias depois. Porém ele passou seus três dias morto no inferno. Além de também ter realizado milagres e ter 12 discípulos, Osíris ensinou o renascimento através do batismo na água.

 

TRÁFICO HUMANO

Penso valer a pena a leitura do texto contido no link que remeto, pois, aquilo que tristemente vemos nos filmes, ou lemos nos livros, é o motivo da luta de uma pessoa com certa relevância nos EUA. O mundo sombrio e trágico das vítimas é algo que não tem começo, mas tem presente e terá futuro se não houver iniciativas assim.

Então, boa leitura: https://www.conexaopolitica.com.br/exclusivo/entrevista-sobre-relato-surpreendente-de-landon-starbuck/

Caso julgues melhor a leitura sem acessar o link, ei-la:

O relato surpreendente de Landon Starbuck, que atua na linha de frente do combate ao tráfico humano nos EUA

“Ser livre é o que me permite lutar por aqueles que não são”, diz a ativista conservadora.

Em entrevista exclusiva ao Conexão Política, a ativista conservadora e artista Landon Starbuck fala sobre seu importante trabalho na linha de frente do combate ao tráfico humano.

Landon nasceu em Dallas, no Texas. Aos 5 anos de idade, seus pais se divorciaram e ela foi criada apenas por sua mãe. Ela cresceu trabalhando como modelo e atuando em comerciais. Aos 16 anos, foi diagnosticada com câncer de ovário.

“Eu venci e, embora ainda estivesse me recuperando, consegui um papel de protagonista em uma filmagem em Dallas que acabou ganhando prêmios em vários festivais de cinema. Eu queria ser música mais do que atuar, mas vi atuar como uma forma de fazer minha música ser ouvida e fui capaz de criar música para a trilha sonora do filme”, declarou.

Ao completar 18 anos de idade, Landon fez as malas e se mudou para Hollywood, mesmo sem conhecer ninguém. Depois de tocar em muitos clubes, finalmente conseguiu um contrato com uma gravadora. Alguns anos depois, teve seu primeiro single de rádio na Billboard, uma revista semanal americana considerada a principal parada musical.

“Eu estava nas principais estações de rádio e viajando pelo país tocando em shows. Acabei conhecendo o amor da minha vida, um jovem e novo diretor, Robby Starbuck, o diretor do meu videoclipe. Nós dois sentimos uma forte atração, apesar de nos conhecermos há pouco tempo. Sabíamos que queríamos passar nossa vida juntos e meses depois, nos casamos”, contou.

Devido ao câncer e às cirurgias, Landon então recebeu a notícia de que seria muito difícil ela ter filhos e que precisaria da ajuda de especialistas quando decidisse começar uma família.

“Mas Deus tinha outros planos para nós, porque não apenas engravidei naturalmente de minha filha, como também tive outros dois bebês milagrosos. Tivemos nossos 3 filhos na Califórnia, mas decidimos nos mudar para o Tennessee quando o clima político se tornou intolerante para os conservadores”, revelou. “E nossos próprios filhos estavam enfrentando bullying na escola, [situações] que as escolas não conseguiam resolver”, acrescentou.

Landon contou que os resultados das políticas democratas fracassadas estavam começando a afetar a vida cotidiana dos californianos, como aumento da criminalidade, falta de moradia galopante e a praia favorita da família Starbuck tinha sido ocupada por viciados em drogas e seringas na areia.

“A Califórnia que conhecíamos um dia não existia mais. Parecia que ninguém ao nosso redor estava interessado em consertar os problemas. E muitos de nossos ‘amigos’ passaram a nos rejeitar e a nossos filhos porque não era socialmente aceitável ser amigo de uma família conservadora cubano-americana, que votou em Trump”, disse Landon.

A família Starbuck decidiu então se mudar para o Tennessee, um estado voltado para a família e a fé, também conhecido como ‘O Estado de Voluntários’, por causa da generosidade de seus habitantes.

“Sentimo-nos em casa aqui porque as pessoas são amáveis, tolerantes, patrióticas e hospitaleiras”, garante.

Seu esposo, o republicano Robby Starbuckestá concorrendo em 2022 para representar o estado do Tennessee no Congresso americano.

Ele foi o primeiro a anunciar uma campanha eleitoral para o pleito de 2022, apenas dois dias após a data da eleição. Em uma entrevista ao The Tennessee Star, Starbuck explicou que está concorrendo para defender as famílias em todas as políticas, preservar as liberdades individuais e melhorar o sistema educacional daquela região.

 

Família Starbuck | Imagem: arquivo pessoal

Valores conservadores

Landon não se lembra de ouvir falar muito sobre política quando ela era criança ou de ser ensinada sobre “valores conservadores”, mas às vezes seu pai a levava à igreja.

“Eu adorava os hinos e, embora não fôssemos regularmente, isso plantou sementes em mim. Ser conservador tem a ver com valores. Ao descobrir quem eu era e refinar o caráter da mulher, esposa e mãe que queria ser, percebi que era uma mulher conservadora. Tenho orgulho de meus valores e nunca vou me desculpar ou esconder quem sou ou em que acredito. Conservadorismo para mim é liberdade, poder das pessoas sobre o governo, fortes valores familiares e proteção de nossa liberdade religiosa”, assegura.

“Meus valores vêm da minha fé. Eles me inspiram em todos os aspectos da vida. Estou criando filhos guerreiros espirituais que não terão medo do mundo ou medo de defender a verdade e os fortes princípios morais”, frisou.

Combate à exploração sensual e ao tráfico humano 

A artista Landon deixou Hollywood porque não conseguia mais ficar calada sobre a crescente exploração sexual sistêmica que alimenta e lucra com a indústria do entretenimento.

“Há tantas crianças que são abusadas e exploradas sexualmente. A maioria de nossas maiores estrelas pop é o reflexo mais óbvio disso, mas infelizmente a mídia se recusa a responsabilizar a indústria do entretenimento ou a defender uma mudança. A indústria encobre alegações, protege os pedófilos e entrega-lhes prêmios e novos milhões de dólares em contratos de estúdio”, conta a ativista.

“Existe um sistema de troca sexual em curso, do qual me recusei a participar, e que prejudicou minha carreira imensamente. Sou muito resistente e ainda encontro maneiras de romper, mas porque me recusei a comprometer meus valores e porque não estava com vontade de tirar a roupa, perdi muitas oportunidades. Parecia errado até mesmo fazer parte de uma empresa que opera assim, então tomei a decisão de sair”, explicou.

“Agora sou uma artista totalmente independente e uso minha música – que escrevo, executo e produzo – para chamar a atenção para a epidemia de exploração sexual e tráfico sexual. Nunca me esqueci das crianças que foram exploradas e continuam a ser exploradas no sistema de entretenimento, mas estou lutando do lado de fora, onde tenho liberdade para usar minha voz no palco e fora dele”, relatou.

Os esforços de Landon no combate ao tráfico humano concentram-se principalmente no tráfico sexual e no tráfico de crianças.

“Falo nacionalmente e informo pessoas sobre como ser ativista eficaz no nível da sua comunidade. Estou focada em parar a demanda por exploração sexual que envolve mudança de cultura, responsabilidade corporativa e sistêmica e ativismo político”, declarou.

Landon é embaixadora da EXITUS, uma organização anti-tráfico voltada para assistência de sobreviventes desse terrível crime. A ativista também atua no conselho da Lynn’s Warriors, outra organização anti-tráfico e exploração sexual que se concentra na mídia e na mobilização popular, conscientização, educação e política.

“Eu uso mídia e criatividade para enviar mensagens às pessoas de maneira eficaz. Dirijo as pessoas para várias campanhas para responsabilizar a Big Tech e a indústria pornográfica por meio de minhas parcerias com o Centro Nacional Sobre Exploração Sexual Infantil. São um dos melhores recursos para o combate à exploração sexual e também contam com uma divisão internacional […] Eu estarei falando e me apresentando em seu encontro online este ano. Mais importante ainda, sou uma defensora dos sobreviventes em nível individual. Muitos me procuram pedindo ajuda, recursos e apoio, e é uma honra que eles confiem em mim para ajudar”, declarou.

Talentos como instrumento na luta 

Dotada de dons artísticos, Landon compreendeu que eles lhe foram concedidos com um propósito maior, de resgatar vidas.

A ativista doa 100% de sua renda para as organizações que ela apoia e trabalha.

“A música é uma força poderosa para a mudança. Ela tem a capacidade de se conectar emocionalmente com as pessoas, o que as tornam mais receptivas a receber informações, como sobre o tráfico humano”, conta. “É um assunto difícil para as pessoas falarem, então a música é um ótimo meio para despertar a atenção e a conversa. É uma ótima sensação fazer música que pode transformar vidas, não apenas entreter”, explicou.

“Eu escrevo, toco, programo, produzo e executo todas as minhas músicas. Não tenho ninguém me dizendo o que posso dizer, cantar, escrever, tuitar, vestir ou fazer. Não sou fantoche de ninguém, não sou paga para repetir a ideologia, narrativa, política ou agenda de ninguém. Eu sou uma artista livre e uma mulher livre. Foi a minha liberdade que me inspirou a fazer a melhor música que já fiz”, completa.

Impacto é inspiração 

Além de sua própria liberdade inspirá-la em seu trabalho de combate ao tráfico, ela também encontrou inspiração ao constatar que existem milhões de vozes que nunca serão ouvidas e crianças inocentes machucadas.

“Essas [vozes e crianças] foram o que transformaram a trajetória da minha vida. Eu conheço sobreviventes que foram traficadas quando crianças e suas histórias são horríveis. Um dos casos que me vem à mente é a história de uma sobrevivente do tráfico de crianças que pediu ajuda e o sistema falhou com ela a cada passo. Os sinais estavam lá na escola – ela tinha olheiras, estava sempre cansada e desligada das atividades, desnutrida e por anos ninguém relatou seu abuso. Talvez as pessoas não estivessem informadas e não soubessem que sinais procurar ou como denunciar, por isso a educação sobre este assunto é tão importante. A menina foi abusada pelos meninos na escola e foi condenada ao ostracismo e chamada de ‘prostituta’ pelas meninas. A vergonha agravou sua infância já traumática e ela passou a sentir que seu único valor era sua capacidade de servir sexualmente aos homens. Ela acabou trabalhando no comércio do sexo por anos, escapando e voltando sem recursos reais para ajudá-la a sobreviver, muito menos se recuperar de um trauma”, compartilhou.

“A história dela me ensinou que existem muitos pontos de intersecções e de acesso que temos às vítimas desses crimes horríveis e devemos aprender quais são e como repará-los para que mais vítimas tenham não apenas uma saída, mas uma maneira de recuperar e reconstruir suas vidas”, declarou.

Landon contou que há muitas outras histórias de vítimas que lhe impactaram. As crianças vítimas de abuso sexual, exploração e tráfico são as que ela mais deseja proteger e cujas histórias ela guarda em seu coração.

“Eu tenho meus próprios 3 filhos. E sabendo o que sei sobre as trevas neste mundo, isso afeta a maneira como vejo meus filhos. Percebo o quanto sou grata por poder mantê-los seguros e protegidos. Milhões de crianças não estão protegidas. Em muitos casos, os adultos que eles conhecem e nos quais confiam para protegê-los são aqueles que os abusam e exploram. Uma sobrevivente do tráfico de crianças me procurou para obter recursos. Depois de meses em comunicação, consegui encaminhá-la com segurança para um lar seguro no estado em que ela morava. Ainda a ajudo sendo sua mentora e é incrível testemunhar sua resiliência”, contou.

Fonte para o combate

Landon disse que por causa da inércia de muitos diante dessa batalha de tão grande proporção, ela aprendeu a buscar forças no lugar certo para perseverar.

“Estava passando por um período de profunda raiva pela injustiça neste mundo. Às vezes, o mal pode parecer intransponível e parece que as pessoas estão muito distraídas e insensíveis a esse problema. Quando tenho momentos de dúvida sobre meu propósito, procuro consolo em Deus. A palavra ‘liberdade’ está sempre em meu coração e ressoa em minha mente na oração. É uma palavra de conforto para mim porque minha liberdade vem de Deus, não do mundo nem do governo […] Não é uma ideologia, é um presente de Deus. Mas sei que devemos lutar para protegê-la. Ser livre é o que me permite lutar por aqueles que não o são.”

Um dia, ao orar, Landon se deparou com um texto bíblico que a encorajou e que ela mantém em sua mente todos os dias nessa batalha:

“Toda a criação anseia pela liberdade de sua escravidão para a decadência e para experimentar conosco a maravilhosa liberdade que vem aos filhos de Deus.” — Romanos 8:21

Tráfico humano no mundo 

Segundo Landon, o tráfico de pessoas é uma indústria criminosa de rápido crescimento no mundo. No ranking de crimes, as estatísticas dessa perversidade são conhecidas como a “figura oculta do crime”, porque cerca de 2% das vítimas de tráfico são identificadas e, com a disponibilidade limitada de relatórios abrangentes e atualizados disponíveis, é quase impossível entender o escopo e escala total do problema.

“Parece haver acordo entre várias agências governamentais e organizações anti-tráfico líderes de que o tráfico humano é a empresa criminosa que mais cresce no mundo”, dispara.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (ILO), existem 40,3 milhões de vítimas presas na escravidão moderna. Estima-se que 24,9 milhões são explorados para o trabalho e 15,4 milhões para casamentos forçados. 71% das vítimas de tráfico em todo o mundo são mulheres e meninas e 29% são homens e meninos. 30,2 milhões de vítimas (75%) têm 18 anos ou mais, com o número de crianças menores de 18 anos estimado em 10,1 milhões (25%). 37% das vítimas de tráfico em casamento forçado são crianças. 21% das vítimas de exploração sexual são crianças. No mundo, 1 em cada 4 vítimas da escravidão moderna são crianças.

ILO, um braço das Nações Unidas, estimou que os lucros associados ao tráfico de pessoas atingiram cerca de US $ 150 bilhões em 2014. Desses, cerca de US $ 99 bilhões estavam vinculados à exploração sexual.

Tráfico humano nos EUA

A maioria das vítimas do tráfico humanos nos EUA são do México, da América Central e de países da América do Sul, de acordo com Landon.

“Em busca de uma vida melhor, muitos migrantes são explorados ao longo do caminho”, disse a ativista. “Estima-se que cerca de 60% de todas as mulheres imigrantes ilegais enfrentem algum tipo de violência sexual ao cruzar a fronteira.”

“Nossas fronteiras ao sul são a maior porta de entrada para o tráfico de pessoas devido à sua porosidade”, acrescenta.

Em 2018, o Human Trafficking Institute relatou que mais da metade (51,6%) dos casos criminosos ativos de tráfico humano nos Estados Unidos foram casos de tráfico sexual envolvendo apenas crianças.

“As vítimas vêm sozinhas, em grupos ou por meio de ‘coiotes’ ou traficantes. Atualmente, devido à crise da fronteira de Biden, milhares de crianças estão sendo levadas de avião e ônibus para cidades nos Estados Unidos após deixarem as instalações de detenção temporária. Muitas dessas crianças acabarão no falido sistema de bem-estar infantil aqui, enquanto muitas ficarão em casas de grupos e outros programas terceirizados. O governo Biden vai mentir e dizer que faz todos os esforços para reunir essas crianças com sua família, mas eles estão mandando poucas crianças de volta para suas famílias em seu país de origem e estão realizando menos protocolos como testes de DNA para verificar se alguém é realmente um membro familiar e não uma vítima do tráfico”, destacou.

“Recentemente, agentes no oeste do Arizona descobriram que um brasileiro e uma menina de 8 anos não tinham parentesco, apesar de o adulto alegar ser seu pai, bem como uma adolescente e uma mulher adulta da Romênia que não eram mãe e filha”, observou Landon.

Segundo a ativista, mais de 52 mil pessoas cruzaram a fronteira sul dos EUA como parte de um grupo familiar em março, e não mais do que algumas dezenas de pessoas fizeram testes rápidos de DNA para verificar se o adulto e a criança eram parentes, com base nos números federais.

Landon alerta que fronteiras abertas significa que muitas pessoas e crianças serão traficadas e que nunca saberemos seus nomes e rostos.

“Como podemos ajudar a encontrar alguém que não sabemos que está faltando? A má política de imigração fomenta o tráfico humano e abastece mais pessoas vulneráveis que não podem ser registradas. Elas essencialmente são apagadas. Elas não existem mais para incluí-las em uma estatística. Este governo atual fez mais para capacitar os traficantes de pessoas em seus negócios ilícitos do que qualquer presidente recente da história moderna”, criticou.

De acordo com Landon, o ex-presidente Donald Trump fez mais para acabar com o tráfico de crianças do que qualquer mandatário antes dele.

“O governo Trump alocou mais de 430 milhões de dólares em fundos para combater o tráfico, incluindo a capacitação do DHS [Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos] para estabelecer a primeira Força Tarefa interagências [resultando em invasões e operações de resgate colaborativas que salvaram muitas crianças e vítimas de tráfico] e a abertura do Centro Para Combater o Tráfico Humano. O presidente Trump priorizou a questão do tráfico humano e suas ações seguiram o exemplo. Seu governo fez mais para ajudar as vítimas de tráfico do que qualquer outro governo presidencial e a mídia não noticiou isso. É por isso que me senti obrigada a fazer uma lista dessas conquistas sem precedentes, porque as pessoas merecem saber a verdade e as vítimas merecem que essas conquistas sejam mantidas”, afirmou Landon.

“Eu sei pessoalmente de um dos lares seguros para mulheres mais antigos do país que recebeu financiamento sob administração do presidente Trump, mas esse financiamento tornou-se virtualmente inexistente sob este novo presidente, e não só isso, mas o lar está sendo forçado a aceitar homens biológicos como condição para receber um centavo dos fundos federais”, revelou.

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Landon afirma que a retórica de fronteira aberta de Joe Biden incentivou imigrantes vulneráveis a fazer a perigosa jornada para os EUA ao prometer assistência médica e benefícios gratuitos.

“O resultado natural é que muitos acabam sendo explorados, estuprados e traficados em sua jornada. Incentivar migrantes ilegais a violar nossas leis para vir aqui durante os debates presidenciais não teve menos efeito do que colocar outdoors em outros países dizendo às pessoas para virem para a América, onde poderiam obter assistência médica e assistência gratuita do governo”, disse ela.

“Essas posições assumidas nos palcos nacionais pelos democratas serviram de base para a crise que estamos presenciando na fronteira. Então, você tem as mudanças na política que permitiram que as pessoas invadissem as fronteiras com recursos limitados para impedi-lo. Biden revogou a política de ‘permanência no México’ de Trump, que garantiu que milhões de dólares dos contribuintes americanos fossem para o financiamento de instalações de detenção. Após anos de democratas demonizando o ICE [Serviço de Imigração e Controle Alfandegário] com o movimento ‘abolir o ICE’, o ICE perdeu o poder com as novas políticas que permitem que os criminosos permaneçam na América, incluindo criminosos sexuais e violentos, com o retrocesso da Operação Talon. A Operação Talon garantiu que criminosos violentos, incluindo criminosos sexuais, fossem deportados imediatamente e agora o ICE, uma agência que por acaso é líder na luta contra o tráfico humano, tem pouquíssimas ferramentas e políticas para trabalhar para combater eficazmente o tráfico humano em escala”, afirma.

Segundo a ativista, está cada dia pior a crise na fronteira sul dos EUA, onde a Casa Branca passou a abrigar um número recorde (milhares) de crianças empilhadas como sardinhas e com muitos relatos de agressão sexual.

“Recentemente, foi revelado que mudanças foram feitas sobre os testes de DNA usados no governo Trump para garantir que as crianças pertenciam aos adultos que as reivindicavam e que não eram vítimas do tráfico. Agora, que o teste de DNA é usado com menos frequência, está claro que o combate ao tráfico não é uma prioridade para este governo, já que suas ações refletem isso claramente. E vítimas de tráfico e organizações de apoio a sobreviventes não estão recebendo o mesmo financiamento e apoio”, desabafa.

Estimulantes da exploração e do abuso sexual 

Na opinião de Landon, o que impulsiona a demanda por exploração e abuso de mulheres e crianças é o desejo de explorar as pessoas por prazer e lucro.

“Explorar as pessoas em sua essência é algo mau. Mas foi uma cultura degenerada que permitiu que os comportamentos que impulsionam a demanda se tornassem normalizados e até mesmo celebrados. O conteúdo hipersexual nas mídias sociais, filmes, TV, publicidade, música e até mesmo no currículo de educação sexual de nossos filhos na escola tornou-se não apenas a norma, mas o resultado de valores e princípios morais erodidos que uma vez nos uniram e preservaram nossa força como nação”, relata.

“Nossa sociedade se tornou ‘pornificada’ e a pornografia é uma das maiores crises de saúde sobre a qual ninguém quer falar. Sites de pornografia, como o Pornhub, lucram com estupros, tráfico e até mesmo com o racismo galopante. A pornografia está ocupando os lares de famílias fortes e saudáveis e envenenando relacionamentos, destruindo famílias e nossos cérebros com efeitos comparáveis à devastação do vício em drogas”, acrescenta.

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Segundo Landon, os valores da família foram pisoteados em tudo o que vemos e ouvimos através dos meios de comunicação até o surgimento de grupos como o Black Lives Matter (BLM), que prometeu destruir a Família Nuclear Ocidental.

“Um país, sociedade ou cultura é tão forte quanto suas famílias. Nossa cultura está destruída porque nossas famílias estão destruídas. Nossos filhos sofrem porque suas infâncias sofrem. Até que abordemos as causas básicas desses comportamentos tóxicos, não reduziremos a demanda por tráfico”, afirmou.

“Minha resposta sobre o que é necessário para combater o tráfico humano é bastante simples, embora o curso seja complicado. Pare a demanda. Se não houvesse demanda para comprar humanos, escravizar humanos e explorar humanos, então não haveria uma epidemia global de escravidão moderna com mais pessoas escravizadas hoje do que em qualquer tempo da história. No entanto, para atender à demanda, você deve abordar as vastas complexidades das vulnerabilidades em humanos, que variam de país para país e de cultura para cultura. Acredito fortemente na abordagem de ser a primeira a olhar para nós mesmos como indivíduos e a nos transformarmos de dentro para fora. Como estamos, como indivíduos, contribuindo para esse problema? Estamos informados? Estamos permitindo a exploração ou financiando-a sem perceber? Estamos votando em líderes que viram as costas para esta questão, cujas políticas não prejudicam a ajuda às vítimas de tráfico ou, pior ainda … ajudam a capacitar o tráfico humano?”, disse Landon.

“Devemos transformar nosso próprio pensamento e comportamento antes de tentar colocar um quadrado colorido em nossas redes sociais, como se isso fosse resolver o tráfico de pessoas. Então, ousamos olhar em nosso próprio quintal. Isso está acontecendo em todas as nossas comunidades. O que estamos fazendo em nossas comunidades para ajudar? Quais são os fatores que aumentam as vulnerabilidades em nossas comunidades? Que recursos estão disponíveis para as vítimas? Se todos nós nos envolvêssemos no que está acontecendo em nossas próprias cidades e parássemos de tentar dizer às outras pessoas como resolver seus problemas enquanto nosso quintal está pegando fogo, estaríamos todos cuidando de nossos próprios problemas. O tráfico na nossa vizinhança não é problema de outra pessoa. É nosso problema. Essa é uma das atitudes que precisa mudar para capacitar as pessoas a agirem em direção à mudança”, afirmou.

Traumas das vítimas 

O trauma em vítimas do tráfico humano aparece de forma diferente em cada pessoa, de acordo com a ativista. Para muitos sobreviventes que ela ouviu, não foi o ataque ou o estupro em si que as deixou com traumas complexos contínuos, mas os sentimentos de ódio de si mesmo, a vergonha, o abandono e a inutilidade que experimentaram como resultado de serem exploradas e desumanizadas.

“Em vez de as pessoas estarem estendendo a mão, identificando-as e ajudando-as, as vítimas experimentam julgamento, vergonha e se sentem indignas de bondade, amor, cura e restauração. Você não pode simplesmente ‘resgatar’ alguém. Muitas nem mesmo sentem que estão sendo resgatadas porque não se veem como vítimas. Uma abordagem informada sobre o trauma é necessária para ajudar as pessoas com segurança e eficácia”, disse Landon.

Nos EUA, quando as vítimas são resgatadas, elas seguem protocolos diferentes dependendo da jurisdição, mas cada vítima deve passar por um processo de avaliação médica, explica Landon. Questões de saúde imediatas, incluindo abuso de drogas, devem ser tratadas primeiro. Se elas precisam passar por um processo de desintoxicação, isso acontece primeiro. Organizações sem fins lucrativos como a EXITUS, da qual Landon é embaixadora, colocará as vítimas em lares seguros, fornecerá cuidados de saúde, cuidados informados sobre traumas e as ajudará em sua jornada de recuperação.

“Em média, este é um processo de 2 anos, mas a recuperação é diferente para cada indivíduo de acordo com suas necessidades”, disse a ativista.

Na opinião de Landon, o que poderia abrir as portas para a liberdade e a cura de sobreviventes do tráfico humano são os recursos.

“As sobreviventes precisam de cuidados médicos, cuidados de saúde mental especializados, habitação segura, treinamento profissional, treinamento em habilidades para a vida, mentores e caminhos para identificar efetivamente as vítimas, alcançar as vítimas, vias de saída segura, treinamento de aplicação da lei e financiamento para seus recursos”.

Tráfico humano no Brasil 

Questionada sobre o papel do Brasil nas rotas do tráfico humano, Landon disse que não está familiarizada o suficiente com as políticas e cultura do país para comentar especificamente, mas disse que os países que permitem que o tráfico de pessoas floresça, sem consequências adequadas para o crime, apenas aumentam a prevalência desses crimes.

“As normas sociais em torno da prostituição podem afetar como e se esses crimes são puníveis. Alguns países não reconhecem as crianças forçadas à prostituição como vítimas de tráfico sexual infantil. É por isso que a educação e a conscientização são importantes. Os recursos para as vítimas desses crimes são importantes. A falta de recursos para vias de saída seguras e recuperação permitem que o tráfico se expanda. Quanto mais vulnerabilidades houver nas pessoas devido a dificuldades econômicas, pobreza, guerra, prevalência do crime, aceitação cultural em torno da prostituição, maior será a probabilidade de as pessoas serem exploradas e se tornarem vítimas de traficantes”, explicou.

Landon afirma ter esperanças de que o presidente Jair Bolsonaro combata o tráfico humano como a epidemia global que é.

“Meu conselho seria o mesmo para os líderes de qualquer país: aumento das investigações e processos judiciais de traficantes, identificação de mais vítimas, aumento da cooperação entre agências para melhorar o compartilhamento de dados e criação de uma nova lista para tornar público o nome dos traficantes condenados. Os governos precisam parar de penalizar as vítimas do tráfico e, em vez disso, fornecer caminhos para sair deste meio e entrar em recuperação. Os governos precisam lidar com os fatores subjacentes que causam vulnerabilidades em seus povos. Eles precisam identificar proativamente e investigar vigorosamente os casos de tráfico sexual, incluindo turismo sexual infantil em países onde isso é predominante”, aconselha.

“Aumentar o financiamento para combater o tráfico, o número de escritórios de combate ao tráfico, principalmente em estados onde as vulnerabilidades são altas e o tráfico é predominante ou está aumentando. Processar e condenar funcionários cúmplices do tráfico com consequências mais severas. Melhorar os esforços de coordenação entre agências, federais e estaduais para combater o tráfico, incluindo o fornecimento de treinamento e recursos atualizados para a aplicação da lei; especialmente ao lidar com crimes na Internet em que os traficantes possuem tecnologia sofisticada. Emendar qualquer lei que criminalize crianças por serem traficadas ou exploradas. Além disso, criar penas mais duras para todo e qualquer crime sexual contra crianças”, acrescentou.

Um relatório das Nações Unidas de 2001 estimou que 500 mil meninos e meninas em todo o Brasil estão “na prostituição”, que também é o mesmo número estimado pelo Centro de Referência, Estudos e Ação para Crianças e Adolescentes (CECRIA). Em 2009, os Departamento de Estado dos EUA estimou esse número em 250 mil, e o Fórum Nacional para a Prevenção do Trabalho Infantil publicou uma estimativa de 500 mil em 2012.

Segundo a ‘Mães da Sé’, uma ONG em São Paulo, não há agências governamentais, ONGs ou instituições privadas no Brasil que tenham uma estimativa concreta do número de crianças traficadas. Esta falta de certeza é em parte devido à natureza desta população oculta, e em parte devido à falta generalizada de compreensão da definição de tráfico humano, práticas corruptas ligadas ao tráfico e falta de recursos.

Segundo a Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para fins de Exploração sexual comercial-PESTRAF/CECRIA, de 2002, foram identificadas 241 rotas de tráfico humano (110 rotas internas e 131 rotas internacionais) dentro e fora do Brasil pela primeira vez. Internamente, brasileiras são traficadas de estados pobres do norte do Brasil para estados do centro e sul, particularmente em direção a Rio de Janeiro e São Paulo. As adolescentes constituem o maior grupo traficado ao longo dessas rotas internas, seguidas por mulheres. Internacionalmente, as brasileiras, incluindo crianças, são traficadas para a China, Espanha, Holanda, Portugal, Paraguai e Itália, entre outros.

Mensagem aos brasileiros 

Landon disse que a questão do tráfico humano pode parecer muito opressora, porque é. Mas ela pede para que os brasileiros não ignorem apenas por ser algo tão trágico.

“As pessoas têm feito isso por muito tempo. Encontre uma maneira de colocar suas emoções de lado e manter os olhos fixos nas soluções. O ativismo eficaz é fortalecedor; para as vítimas presas no tráfico, para as pessoas em sua comunidade que desconhecem o assunto e para você como um indivíduo. É uma escolha verificar este problema ou levantar-se e dizer que não está tudo bem e que farei algo a respeito. Não é suficiente postar uma foto nas redes sociais em uma campanha anual de conscientização. Ações eficazes em nossas comunidades onde temos influência é o que é necessário para combater este problema”, afirma.

Se você gostaria de se juntar a Landon como um guerreiro da liberdade, fique conectado e receba atualizações sobre ativismo estratégico, inscrevendo-se em seu site MatriarchSongs.com

“Conheço o poder do ativismo eficaz quando as pessoas são despertadas para a verdade. Deus te abençoe”, conclui a ativista.

 

RELIGIÃO x ESPIRITUALIDADE

 

Olhando para a imagem e correlacionando-a, podemos dizer que:

Religião é caminho, espiritualidade é sentido;
Religião é ponto de vista, espiritualidade é visão;
Religião é rito, espiritualidade é realização;
Religião é o que acredito, espiritualidade é como a vivo;
Religião é limite, espiritualidade é expansão;
Religião é ferramenta, espiritualidade é ação;
Religião é um universo, espiritualidade é conexão com diversos universos;
Religião é o mapa de volta para casa, espiritualidade é o percurso com sentido e a alegria da chegada;

Religião pode ser útil de fora para dentro, mas só a espiritualidade preenche e plenifica, de dentro para fora.

Ambas podem coexistir, mas podem ser coisas diferentes, tudo depende se há fanatismo, ou não!

O ATRASO DE PENSAMENTO EXPOSTO NUM TEXTO TENDENCIOSO

Cuidado com ele, mas O texto abaixo merece ser lido, pois representa o oposto de tudo aquilo que vem sendo construído para a modernização e a diminuição do Estado. A autoria dele, com origem em dois dirigentes do DIEESE, só poderia ser eivada de anacronismo e conceitos enviesados. O "I" do dieese já diz tudo, "intersindical", ou seja, dele e de seus "escritores", sempre sairá a defesa de um sistema indigno que suga parte do salário do trabalhador, formando arrecadação gigantesca, em favor de dirigentes exploradores, com salários milionários, vivendo encastelados em escritórios luxuosos e mantendo seus mandatos e  governos dinásticos. Hoje, defender essas empresas estatais mastodônticas, portanto onerosas para o Estado, corresponde a ter interesse em manter privilégios, ou a falta de inteligência, mesmo. Posto isto, repito, cuidado!

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RETOMEMOS O "ANDAR" e o "CORRER"

Entre maio de 1981, maio de 2021 há um espaço de 40 anos. Nesses quarenta anos pratiquei dezenas de milhares de quilômetros de corrida matinal. Além disto, a caminhada é atividade recorrente na minha vida. Não detinha o conhecimento dos fundamentos expostos no vídeo, apenas escolha e intuição movem-me.

Sobre isto, há um texto do pensador Osho que também preconiza o bem-estar do Correr e de como deve ser uma atividade interativa com a meditação, e que pode ser lido aqui: "Se você puder correr uma longa distância, essa é uma meditação perfeita. Correr em ritmo lento, correr apressadamente, nadar - qualquer coisa em que você possa ficar totalmente envolvido -, é muito bom. Somente a atividade permanece, você não, porque o ego não pode funcionar. Quando você estiver correndo, existe realmente somente o correr, e não aquele que corre. E meditação é isso. Se houver somente a dança, e não o dançarino, isso é meditação. Se você estiver pintando e houver somente a pintura e não o pintor, isso é meditação. Torna-se meditação qualquer atividade que seja total e na qual não haja divisão entre aquele que faz e o que é feito. (Osho, em "Osho Todos os Dias")

Enfim, vale a pena assistir a todo o vídeo que indico abaixo, denominado "O PODER ESQUECIDO DE ANDAR", e incorporar seu ensinamento.
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https://youtu.be/rsOBL0TCCLQ

A FELICIDADE É O REFLEXO DA VIDA INTERIOR

Torno a postar o material abaixo, publicado por mim em março/2013, pois ele tem correlação com a postagem anterior sobre a Verdade e a Mentira. Primeiramente, o texto da SBEE, extraído do livro "No Cenário da Vida", de Maury Rodrigues da Cruz, com pensamentos psicografados do espírito Leocádio José Correia. Depois, meu comentário elaborado na época, mas ainda válido.

"A Felicidade é o reflexo da vida interior

Devemos tomar consciência que não há outro caminho para alcançarmos a felicidade, a paz, a prosperidade duradoura, senão pelo domínio do nosso próprio eu. Teremos, então, o governo de nós mesmos, seremos autenticamente o que somos. 

Onde houver o verdadeiro amor impera pureza, saúde, equilíbrio, altruísmo, espiritualidade, força, vida.

Para alcançarmos o amor, compreendê-lo, experimentá-lo é necessário grande persistência e diligência no bem, na verdade, no exercício de descobrir sempre o melhor do próximo.

Quem ama deve ter a firme resolução de enriquecer a vida e não de fazer fortuna. Não devemos esquecer que a fortuna não preenche os vácuos da existência, mas cria abismos entre as pessoas.

A verdadeira riqueza é a do espírito sedimentada pela generosidade, a abnegação, o amor dedicado, com consciência de que está realizando a missão da vida.

Não devemos esquecer que a felicidade é o produto do nosso querer e do nosso fazer.

Paz, alegria, trabalho. 

(MENSAGEM DO ESPÍRITO LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA, PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM MAURY RODRIGUES DA CRUZ, EXTRAÍDA DA OBRA "NO CENÁRIO DA VIDA".)

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É verdade! A felicidade a alcançamos quando vivemos em harmonia com a verdade, em sincronia com a coerência de ações. Senão, que felicidade constrói o advogado que, moralista na sua retórica,  aceita defender os argumentos mais esdrúxulos do criminoso declarado, em nome da sua profissão? Que felicidade constrói o médico que, em nome dos interesses corporativistas, aceita defender os procedimentos errôneos e comerciais dos colegas em erro, prejudicando a vida? Que felicidade constrói para si o padre, ou qualquer pastor de qualquer seita que defende princípios de boa conduta no púlpito, mas pratica a pedofilia nos cantos escuros do templo? Que felicidade constrói o parceiro do casal que, enquanto prega princípios moralistas, religiosos e de conduta, busca avidamente na rede, dia após dia, hora após hora, saite após saite, informações sobre namorados ou amantes antigos, em horas recônditas, às escondidas do seu parceiro atual, apagando os registros depois, numa ação próxima ao viver das baratas que circulam pelo rodapés, caracterizando a covardia da exposição? Essa construção, desconstruída no seu princípio filosófico, marcará a vida de quem a pratica e orientará a desconstrução dos bons  e necessários fundamentos psicossociais da Humanidade,  ao longo do tempo. É bom que cada um dos envolvidos nas perguntas acima, e em outros muitos mais casos correlatos, lembre que poderá esconder tudo, de todos, por todo o tempo de sua existência, mas jamais conseguirá fugir da sua própria consciência, quando, no acalanto da sua mente e do seu pensar sobre a vida, lembrar destes fatos e avaliar o contexto de sua existência.

Lembro que há aqueles a quem não importam princípios e tampouco pregam a boa conduta. Mas há aqueles a quem os princípios importam, defendem-nos em aberto, mas os perjuram no privado. Que felicidade constroem ambos? Apesar do aviltamento dos primeiros, penso ser mais grave a situação dos segundos, pois lhes falta SIMETRIA nas ações morais.

VERDADE E MENTIRA, QUAL É A SOBREVIVENTE?

 

A imagem acima corresponde a uma pintura de Jean-Léon Gérome, de 1896, e representa uma parábola de culturas antigas em que mostra a amizade que mantinham a Verdade e Mentira. Ambas, numa caminhada, descobriram um poço com água convidativa a um banho, desnudaram-se e banharam-se. Porém, num descuido da Verdade, a Mentira saiu do poço, tomou as roupas da Verdade e fugiu. A Verdade saiu à sua procura, mas o povo não aprovou a sua presença nua e ela, envergonhada, voltou ao poço e desapareceu. A Mentira, porém, seguiu e segue até hoje circulando pelo mundo com as belas vestes da Verdade e é festejada como tal. Além desta conclusão, também é possível entender que as pessoas preferem ver a Mentira bem vestida, sendo recebida amistosamente por todos, em todos os lugares. Enquanto isso, a Verdade percebeu que não é bem vinda nua.

SOMOS CONTROLADOS E NEM PERCEBEMOS

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Dizemos que a Democracia é formada e adensada pela opinião pública, mas, afinal, que liberdade é essa que o povo tem de pensar e de definir livremente? Sabemos que a opinião pública reflete o resultado artificial criado pela ação da mídia, quase sempre controlada por grupos econômicos fortes, ou que se vincula a eles transversalmente, ou, ainda, que escreve e publica a soldo, em negócios de compra e venda onde a Ética e a Moral não existem. Enfim, eis a tal "opinião pública" que de consistente e democrática nada tem. Por trás dessa mídia, além dos grupos econômicos, tem os grupos políticos que, aqui também, de POLÍTICA nada têm, pois apenas buscam o Poder, não os interesses do cidadão. Com relação à postagem, vê só o que acabei de ler e que tem relação direta com a imagem e o texto, porém amplia o tema para as redes sociais, ainda assim, estas, dominadas por grupos poderosos. A diferença é que as pessoas descobriram que têm voz (https://www.institutoliberal.org.br/blog/por-que-os-coletivistas-estatistas-querem-a-intervencao-estatal-nas-redes-sociais/?fbclid=IwAR2cZFyaLFd5mVdQnTxo9FMAGxO5bKS_Q3FkWk8gIeBMMyGULGNWwjLoBUM).

REINICIALIZAÇÃO MUNDIAL

O momento que a Humanidade vivencia é de perplexidade, incertezas, redefinição de rumos e busca de equilíbrio. A PANDEMIA do COVID-19, no contexto da SINDEMIA contemporânea, desarticulou as unidades sociais e abalou o sistema mundial. Há de tudo na prateleira das ofertas, desde programações assustadoras e terrificantes do futuro próximo, até teses de que o mundo sairá melhor, passado o impacto da doença. Então, penso ser importante conhecermos tudo, formar opinião e levarmos nossas vidas com decisões próprias, não as do rebanho ou do bando. O livro indicado abaixo, embora não o tenha lido, parece-me equilibrado ao abordar essas questões e, por enquanto, vale a pena ler esta argumentação em torno dele.


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O que é “Covid-19: o grande Reset”, o livro que virou teoria da conspiração?

 

O último livro do fundador do Fórum Econômico MundialKlaus Schwab, e de seu ex-diretor suscita fantasias e demonização. Seu conteúdo, entretanto, difere das teses que lhe são atribuídas.

(A reportagem é de William Audureau, publicada por Le Monde, 10-02-2021. A tradução é de André Langer e publicado por IHU, em 12/02/2021)

 

 

“Eles nem se escondem mais!” Os planos maquiavélicos da elite mundial do mal não seriam apenas uma realidade, mas seriam, além disso, publicados em preto e branco, acreditam alguns franceses que aderem a teorias da conspiração. Covid-19: The Great Reset (Covid-19: a grande reinicialização), livro lançado em relativo anonimato no verão de 2020, que se tornou um grande tema de discussão na “complosfera” no final de janeiro, seria a prova disso.

Caso acreditássemos na maneira como os teóricos da conspiração falam dele, este livro estaria expondo todos os projetos nefastos que eles atribuem à elite dominante: demolição de democraciasditadura sanitárianova ordem mundial ou mesmo uma sociedade de tecnovigilância. O que ele realmente quer dizer? Os decodificadores leram-no em sua versão original.

O que é “Covid-19: a grande reinicialização”?

Covid-19: The Great Reset é ao mesmo tempo um livro de prospecção política, econômica e social publicado em julho de 2020, um programa e uma teoria da conspiração. A originalidade do livro reside no fato de ser assinado por dois eminentes membros do Fórum Econômico Mundial de Davos, os economistas Klaus Schwab, que é seu fundador, e Thierry Malleret, que foi seu diretor. Ele se baseia no programa de mesmo nome, que também serviu de tema, em junho de 2020, para a 50º reunião de Davos.

Os autores de Covid-19: a grande reinicialização partem da constatação de que as grandes crises históricas sempre estiveram na origem de profundas mudanças de sociedade, desde o surgimento do Estado moderno após a pandemia da peste negra até o do Welfare State após a Segunda Guerra Mundial. Portanto, a pandemia da Covid-19 “representa uma rara mas estreita janela de oportunidade para refletir, reimaginar e reinicializar o nosso mundo”.

Nesse caso, os dois economistas militam por um “mundo menos cindido, menos poluente, menos destrutivo, mais inclusivo, mais equitativo e mais justo que aquele em que vivemos na era pré-pandêmica”, explicam. Nunca se trata de abandonar o regime democrático, mas, pelo contrário, de avançar para sociedades mais igualitárias.

“É o livro de um guru da gestão, que pensa poder conceituar as principais mudanças econômicas e sociais, julga Jean-Christophe Graz, professor de relações internacionais da Universidade de Lausanne, autor de La Gouvernance de la Mondialisation e especialista em clubes transnacionais. O Fórum Econômico Mundial é um espaço que reúne um grupo seleto do pensamento estratégico que se debruça sobre os grandes desafios e as grandes transformações em escala global, e Klaus Schwab tenta incorporar essa visão globalizante”.

O que este livro diz de acordo com os proponentes das teorias da conspiração?

Covid-19: a grande reinicialização, na boca da complosfera, é antes de tudo uma casca vazia que se enche de todas as ideias repulsivas que passam, sem se preocupar com sua realidade. Consistiria em querer destruir a economia e os pequenos negócios, suprimir a moeda, derrubar as democracias, impor um acompanhamento personalizado da boa cidadania à la chinesa ou ainda instaurar um regime em breve comunista, fascista, nazista ou os três ao mesmo tempo. Tantas afirmações que vão desde a extrapolação desonesta à pura invenção.

É justo falar sobre um “plano” ou uma “planificação”?

Em sua comunicação, que começou em maio de 2020, o Fórum Econômico Mundial fala sobre um plano de ação de três pontos, que retoma algumas das principais considerações gerais do livro. Mas este último não tem nada de um kit de políticas pronto para ser aplicado. Em vez disso, é uma revisão cautelosa das mudanças previsíveis, positivas e negativas, área por área. Em suas próprias palavras, “é obviamente muito cedo para dizer com alguma precisão quais mudanças significativas a Covid-19 trará, mas o objetivo deste livro é fornecer algumas diretrizes sólidas e consistentes sobre o que pode acontecer”.

Eles próprios reconhecem que cada país reagirá de maneira diferente à pandemia e que as consequências graves são imprevisíveis. Por fim, parte das previsões consiste apenas em identificar as mudanças já visíveis em junho de 2020, no momento da redação do livro.

Quais são as previsões dos autores?

No nível geopolíticoKlaus Schwab e Thierry Malleret contam – sem querer – com uma eclosão dos nacionalismos, um declínio do multilateralismo e da globalização, bem como com uma concorrência frontal entre os Estados Unidos e a China e um mundo sem liderança clara. “Com, efeito colateral, o risco crescente de tensões nacionais, de concorrência pelo acesso a recursos e de guerras”, alertam os autores.

No nível econômico, eles preveem um bom momento para os setores da tecnologia, saúde e bem-estar, mas de crise para o setor recreativo, o turismo e os restaurantes. Os estudantes, os profissionais dos serviços e os trabalhadores cujos empregos podem ser substituídos pela robotização serão os mais afetados.

No plano político, segundo eles, esta crise vai levar – o que se observa desde a primavera de 2020 – a um retorno do Estado de bem-estar, com mecanismos inéditos de proteção social e de assistência às famílias e empresas em dificuldade.

Corolário monetário dos dois pontos anteriores: uma política de “dinheiro helicóptero” já amplamente em curso, que consiste em que os bancos centrais abastecem as economias sem contar com liquidez. Esse “dinheiro mágico” vai levar, e já está levando, a uma explosão da dívida pública. Esta, por sua vez, pode gerar uma hiperinflação, ou seja, uma forte alta dos preços e uma desorganização da economia.

Ironicamente, eles também preveem, em resposta à pandemia, uma desconfiança crescente entre indivíduoslógicas de demonização e, como em toda pandemia, a explosão da retórica da conspiração.

O que os autores recomendam?

Schwab e Malleret promovem uma visão que é ao mesmo tempo internacionalistaliberal e reformista. Citando Kishore Mahbubani, um pesquisador e ex-diplomata de Cingapura, eles julgam que “os 7 bilhões de habitantes do planeta Terra não residem mais em mais de cem cabines separadas [países]. Em vez disso, eles residem em 193 cabines de um mesmo barco”, como ilustrou a Covid-19. Nesse sentido, eles convidam para apoiar iniciativas e estruturas transnacionais, como a Organização Mundial da Saúde.

Outro ponto central é a consideração das questões ambientais. Segundo eles, a pandemia de Covid-19 prefigura muitas dificuldades ligadas ao aquecimento global. No entanto, a população mundial agora está ciente da questão ecológica, e empresas e governos têm interesse em promover o crescimento eco-responsável. Um compromisso interessado, pondera Jean-Christophe Graz: “Há um interesse de classe, que é preservar o capitalismo no longo prazo, e para isso é preciso preservar o meio ambiente”.

Finalmente, longe do ultraliberalismo que era a questão central do Fórum de Davos nas décadas de 1980 e 1990, os dois economistas também encorajam a mudança em direção a mais proteção social e a luta contra as desigualdades. Os motins que se seguiram à morte de George Floyd, em 25 de maio de 2020, em Minneapolis, dizem eles, mostram que uma sociedade desigual necessariamente traz violência e caos.

Por que este livro está sendo alvo da complosfera?

Quatro explicações podem ser apresentadas. O Fórum de Davos, um clube fechado de elites dirigentes, é frequentemente criticado por incorporar uma visão antidemocrática e transnacional de governança. “Um livro coescrito por seus fundadores é pão abençoado para os conspiradores”, sintetiza Jean-Christophe Graz, que lembra que os procedimentos de ratificação de cada Estado limitam a influência real do Fórum.

A ideia de uma grande “reinicialização” alimenta o imaginário conspiratório, embora paradoxalmente não diga muito. “Klaus Schwab tem a arte das fórmulas, ele sabe captar coisas complicadas com fórmulas fortes, que também podem ser muito vazias”, comenta Jean-Christophe Graz. Trata-se de uma expressão já vista: em 2010, Richard Florida, um professor de geografia da Universidade de Toronto, já havia intitulado um livro de forma semelhante após a crise dos subprimes de 2008.

As teses globalistas desenvolvidas em Covid-19: a grande reinicialização também são o oposto da retórica isolacionista de Donald Trump, que é muito influente nos discursos conspiratórios. Além disso, o livro critica de maneira velada o ex-presidente dos Estados Unidos por abandonar o multilateralismo e por sua imprevisibilidade. Ele também defende o movimento Black Lives Matter e assume a defesa do clima, dois grandes espantalhos do trumpismo.

Por fim, os autores aderem à ideia de que o resgate da economia deve passar pelo controle prévio da pandemia e, para isso, consideram as restrições à liberdade justificáveis, senão desejáveis. Por fim, suspendem o fim da crise com a chegada das vacinas, ao contrário dos discursos “covidocéticos”.

A “Grande Reinicialização” promove vigilância generalizada?

Essas acusações proliferam em sites de conspiração de extrema direita, mas não correspondem às palavras dos autores. Certamente, Klaus Schwab foi o autor, em 2017, de A Quarta Revolução Industrial (Edipro, 2016), um livro entusiasmado sobre as possibilidades oferecidas pela internet das coisas e os progressos das tecnologias médicas.

Esse entusiasmo pode ser encontrado em parte aqui, quando o livro aplaude os avanços da telemedicina e projeta a democratização dos banheiros conectados. Mas também alerta contra “o risco de distopia” ligado ao encontro do capitalismo de vigilância e a implantação de ferramentas de vigilância contrárias à privacidade.

Podemos falar do estabelecimento de uma “nova ordem mundial”?

Essa expressão é típica da retórica da conspiração. Ela defende a ideia de uma mudança radical na geopolítica do mundo e nas liberdades das populações, desejada por um grupo conspiratório secreto.

Exceto que Covid-19: a grande reinicialização não promove nenhuma “nova ordem mundial”: a única vez que a expressão aparece no livro é na forma de uma citação do economista Jean-Pierre Lehmann, para quem “não há nova ordem mundial, apenas uma transição caótica para a incerteza”. Além disso, em termos de geopolítica, Covid-19: a grande reinicialização é bastante conservador: defende o modelo existente de multilateralismo, apesar de sua desintegração.

Qual pode ser a real influência deste livro?

Por definição, o Fórum Econômico Mundial reúne poderosos tomadores de decisão: é até condição para fazer parte deste seleto grupo. Mas apresenta duas faces contraditórias, analisa Jean-Christophe Graz: “Por um lado, um discurso que defende uma certa visão de mundo, próximo de um internacionalismo liberal, e por outro os serviços que o Fórum se reserva, a saber: a vantagem de poder se reunir em um lugar fechado entre grandes líderes para ajustar seus interesses no curtíssimo prazo. Aqui não estamos mais no plano ideológico, mas no plano transacional”. Uma maneira de dizer que este programa público, que em última análise é muito consensual, não envolve todos os membros de Davos, devido a muitos interesses particulares divergentes.





O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...