A ÁGUIA E NÓS

A historinha é tão comovente e didática que nem é necessário comentá-la. Agora, tem tudo a ver conosco, com nossas vidas e as de nossos filhos.

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A águia também ensina seus filhotes ao voo.

A Águia faz o ninho bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e em volta o ar para sustentar as asas dos filhotes. A águia mãe empurra os filhotes para beira do ninho. Neste momento seu coração fica acelerado com emoções conflitantes, pois, ao mesmo tempo que empurra, sente a resistência dos filhotes em não querer ir em direção ao precipício. Para eles a emoção de voar começa com medo de cair. Faz parte da natureza da espécie. Mas, apesar da dor, a águia sabe que aquele é o momento, sua missão deve se completar, mas ainda resta a tarefa final: o empurrão. A águia enche-se de coragem, pois ela sabe que enquanto seus filhotes não descobrirem suas asas, não entenderão o propósito de sua vida e enquanto não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer águia, assim, o empurrão é o maior presente que ela pode oferecer a eles. Realiza, então, o seu supremo ato de amor. Os filhotes, um após o outro, ela os precipita para o abismo e eles voam livres após descobrirem suas asas. Mas, se ainda um deles não descobre como, ela tem uma capacidade de voar em uma velocidade incrível e, quase sempre, salva seu filhote a poucos metros do solo.

AJUDA É PARA QUEM PRECISA, NÃO PARA APROVEITADORES

É simples assim! Doa para quem necessita; doa para quem está no teu âmbito; doa para quem podes acompanhar os benefícios. Posto isto, doa para fins nobres, mas, jamais, por intermédio de redes comerciais oportunistas, como no caso.

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FRALDAS E POLÍTICOS TÊM O MESMO CONTEÚDO

 

Verdadeiramente, essa frase não é de Eça, nem tampouco de outros mencionados autores dela, pois ela anônima. Entretanto, ela clarifica a visão que todos temos da classe política, especialmente vinculada às fraldas e a razão da necessidade de troca, pois o conteúdo é o mesmo.

Apesar de a frase não ser de Eça de Queirós, o escritor sempre manifestou na sua obra a crítica à política e ao sistema de governar dos anos 1870 que, pelo visto, ainda são iguais. 

Escreveu ele naquela época que "A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.”.

Num outro trecho, o autor relata que "Trata-se de votar impostos? Todo o mundo se agita, os governos preparam relatórios longos, eruditos e de aprimorada forma; os seus áulicos afiam a lâmina reluzente da sua argumentação para cortar os obstáculos eriçados: as maiorias dispõem-se em concílios para jurar a uniformidade servil do voto. Trata-se dum projeto de reforma económica, duma despesa a eliminar, dum bom melhoramento a consolidar? Começam as discussões, crescendo em sonoridade e em lentidão, começam as argumentações arrastadas, frouxas, que se estendem por meses, que se prendem a todo o incidente e a toda a sorte de explicação frívola, e duram assim uma eternidade ministerial, imensas e diáfanas. "

Posto isto, existe pertinência entre a análise de Eça há século e meio, com o quê ocorre no nosso Brasil. Ao mesmo tempo em que critica a forma de governar, também o faz em relação à ausência da oposição. Há algo mais relativo à situação brasileira de hoje? Não! A nossa oposição, (êpa!, que oposição?, ela não existe!) virou um mero restolho com ares oposicionistas que vive em brigas internas, em torno de personalidades malfeitas, onde o foco principal são mais estas disputas e menos, muito menos, a crítica aos erros governamentais e a contribuição com ideias, visualizando a Nação para frente.

 Da mesma forma que lá, cá também não temos homens à altura do momento nacional, que dominem a verdadeira Política, não se curvando à politicalha e, como ele diz de ontem, hoje, os que temos são postos à sombra.

 

Um aspecto interessante é a abordagem que Eça faz da diretiva macroeconômica portuguesa da época. Ele critica o “estado-faz-tudo”, subjetivamente preconizando a tese de que atividades que podem ser privatizadas devem sê-lo, dando a entender que isto faz crescer a iniciativa da sociedade. E é verdade! Foi o que vinha ocorrendo nos governos anteriores, tanto criticados pelo PT, e no recente governo  Bolsonaro. Eis que agora, finalmente, há indícios de que os acerbos críticos de ontem estão em processo de curvatura cervical à lógica. Ou será que apenas se sentiram impotentes para governar ao seu jeito?

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...