O ABSURDO DA AMEAÇA NECESSÁRIA

O tema abaixo, noticiado há algumas semanas, quando  Cardozo ainda era Ministro da Justiça, mostra o absurdo do momento que vivenciamos na nação brasileira. Mas não um absurdo exposto na possibilidade aventada pela Polícia Federal ao Ministro e, sim, a necessidade dela existir em face das negaças, chicanas e ameaças veladas do próprio Ministro, visando conter as investigações da Operação Lava Jato. Isto tudo num Estado Democrático e Republicano.
Enfim, gostei da postura dos delegados.



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Delegados mandaram recado para ministro sobre Lava Jato


A tensão vivida nos últimos meses pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o andamento da Operação Lava Jato e o cerco se fechando a integrantes do Governo Federal não se limita à pressão de Lula e da presidente Dilma para que tenha ingerência na Polícia Federal, sob o comando do Ministério da Justiça.
Zeladores da credibilidade da corporação, os delegados federais fizeram chegar ao ministro o seguinte recado: na primeira ligação que fizesse para interferir na operação, Cardozo ouviria voz de prisão por tentativa de obstrução de investigação.
Obviamente nunca passou pela cabeça do ministro essa tentativa, ele mesmo avisa aos holofotes e à equipe palaciana da presidente Dilma. Sustenta que a PF é independente, a despeito da subordinação ao MJ. Mas o recado foi dado.

HÁ JURISTAS QUE SÃO UM PERIGO PARA CIÊNCIA DO DIREITO

Ao ler o texto indicado no endereço abaixo, veremos acusações de Dallari e de Bandeira contra o modo de Moro atuar, especialmente valendo observar a posição jurídica do segundo  acerca da gravação “clandestina” sobre a Dilma. Em outras notícias dos últimos dias, esse mesmo personagem critica o Juiz Gilmar Mendes pelo partidarismo político que ele manifesta nas suas decisões.
Pois bem, lendo o quê escreveu Bandeira ontem e o quê manifesta hoje, vê-se ser alguém assimétrico no seu pensamento jurídico, perigoso, portanto, para ciência do Direito. Ao mesmo tempo, ele mostra não saber se contextualizar psico-politicamente,  já que, enquanto critica a pretensa postura política de Gilmar, ele próprio age claramente e tendenciosamente de forma politiqueira ao longo dos anos.
Segundo ele, os parâmetros legais que valem para os inimigos, não valem para os amigos.
Como disse, um cara como esse é um perigo para sistema judiciário.

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(proceder a leitura primeiramente deste conteúdo)

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(leitura posterior)

Situação defendida em 1999 pelo jurista Celso Bandeira de Mello, professor da PUC de São Paulo, em artigo na Folha de SP, sobre a divulgação dos grampos clandestinos aplicados por bandidos, e não Juizes, no então presidente Fernando Henrique Cardoso.

FHC e as gravações clandestinas

Já que a licitação tem de ser pública, não estão resguardadas conversas que não poderiam ser ocultadas do público

CELSO BANDEIRA DE MELLO (atenção para o autor do texto de 1999)
Vem sendo debatido com grandes equívocos jurídicos o tema das fitas gravadas clandestinamente contendo conversa do presidente da República, na qual ele concorda que seu nome seja utilizado para pressionar eventual licitante a associar-se ao banco Opportunity no episódio da alienação de empresa do Sistema Telebrás.
Gravações clandestinas ferem o direito à intimidade. Por isso são ilícitas. Por meio delas, uma vez apresentadas, torna-se público o que não deveria sê-lo. Capta-se aquilo que as partes do diálogo tinham o direito de que fosse reservado, particular, pessoal. Entretanto, como é óbvio, o direito à intimidade não está preservado em relação àquilo que a lei exige seja obrigatoriamente público e acessível ao público.
A Lei de Licitações estabelece entre os princípios da licitação a publicidade (repita-se: publicidade), a moralidade, a igualdade e a impessoalidade (art. 3º). Mais: expressamente dispõe que, até a abertura, serão "públicos e acessíveis ao público todos os seus atos", salvo, naturalmente, o conteúdo das propostas. Ora, leilão promovido pelo poder público é uma modalidade de licitação; sabe disso qualquer um que tenha rudimentos de direito administrativo ou experiência mínima em administração pública. Nem poderia deixar de saber, pois está estampado na lei, cujo art. 22 diz: "São modalidades de licitação: 1) concorrência; 2) tomada de preços; 3) convite; 4) concurso; 5) leilão". Já que a licitação tem de ser pública, com seus atos acessíveis ao público, resulta evidente que não estão resguardadas pela proteção à intimidade conversas que não poderiam ser ocultadas do público. Logo, não estão protegidas contra gravações, mesmo feitas sem o conhecimento dos que burlavam a lei.
Em suma: não há, no caso concreto, o bem jurídico consistente no direito à "intimidade", como excelentemente observou o professor Luiz Alberto Machado, ilustre penalista da Universidade Federal do Paraná. Noticiar ao público o que a lei quer que seja público é cumprir o direito, não descumpri-lo. O conteúdo das gravações em causa pode se usado como prova, ao menos em crime de responsabilidade.
A própria Constituição estabelece o princípio da publicidade dos atos da administração e dispõe que "todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral (...), salvo aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade ou do Estado". Logo, seria absurdo imaginar que protege o que não poderia ser sigiloso, e sim acessível ao público.
Cumpre registrar que muitos parecem esquecidos de que o art. 5º, inciso LVI, da Constituição, segundo o qual "são inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos" -princípio advindo do direito dos EUA-, surgiu com o fim essencial de proteger a individualidade das pessoas contra o Estado; de defender os direitos individuais e os do fraco contra o forte; de desestimular que eles sejam violados com o propósito (ou a pretexto) de obter provas de conduta ilícita. Tornando essas ofensas de antemão inválidas, reduzir-se-ia seu risco aos direitos individuais. Esse é seu espírito. Assim, não existiu nem existe para proteger o que é alheio à individualidade das pessoas, caso do exercício de função de governo e da prática de atos só possíveis por força do cargo público, que interessam a todos e por isso devem ser públicos.
Há uma diferença essencial entre a pessoa física que exerce função pública e sua posição enquanto exercente dela. A ausência de intimidade característica desta última se reflete até sobre seu ocupante. Por isso a lei exige dos titulares de cargo político declaração pública de bens. Não poderia fazê-lo em relação à generalidade dos cidadãos, sob pena de ferir o direito constitucional à intimidade, assegurado no art. 5º. É por isso que não cabe invocar a proibição do uso de provas obtidas por meio ilícito em casos dessa ordem. Aliás, a evidência de tal conclusão se demonstra mediante um fantasioso exemplo.
Suponha-se que, por fitas e imagens clandestinamente obtidas por alguém, fosse comprovado que um presidente ou um ministro de Estado recebiam suborno para auxiliar país estrangeiro a guerrear contra o Brasil ou que passavam segredos militares a espiões estrangeiros. Tais comportamentos são previstos na lei que define os crimes de responsabilidade dessas autoridades. Diria alguém que seria inadmissível o uso de tais provas, por força do art. 5º, inciso LV? Diria alguém, em juízo perfeito, que elas deveriam ser mantidas nos respectivos cargos pela impossibilidade de uso das provas em questão?
Por certo, qualquer pessoa, com ou sem formação jurídica, aquiesceria na válida possibilidade de usá-las para defenestrar o traidor. Seria intuitiva tal conclusão. Para afastar a incidência do dispositivo constitucional referido, nem seria o caso de invocar a suma relevância da matéria -que está colocada, sem nenhum realce peculiar, ao lado de todas as outras figuras de crime de responsabilidade. Basta atentar para o espírito da regra que proíbe o uso de provas obtidas por meios ilícitos, recordando que sua razão é proteger direitos individuais, não oferecer resguardo para o sigilo -que não há- no exercício de funções públicas.
Em suma: o artigo em questão não existe e nunca existirá, em país civilizado algum, para oferecer salvo-conduto acobertador de comportamentos ilegais na condução de assuntos públicos por definição e não protegidos pelo direito à intimidade, cuja existência tornaria inválidas gravações clandestinas.

Celso Antônio Bandeira de Mello, então com 62 anos, advogado, é professor titular de direito administrativo da Faculdade de Direito da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e presidente do Idid (Instituto de Defesa das Instituições Democráticas).

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Ao ler o "Espaço Vital", além dos vários temas jurídicos interessantes, separei este que está abaixo, pois é composto por perguntas e observações que aplicam um xeque-mate no ilusionista boquirroto nacional de plantão.



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Perguntar não ofende
O Instituto Lula ainda não explicou o que fez com os R$ 25 milhões que recebeu em doações legais e declaradas, recebidas de generosas empreiteiras.
Enquanto se mantem silencioso, ficam pelo menos três perguntas:
1) Que ações contra a fome foram bancadas pelo I.L.?;
2) A quem o I.L. ajuda com dinheiro, trabalho, comida, bolsas de estudos etc?
3) Quanto o I.L. despendeu para ajudar os fracos e oprimidos?
Como o fisco passou a apertar o cerco, talvez se explique o esculacho que Lula lascou em cima do ministro Nelson Barbosa. Sem dizer que o Instituto Lula esteja limpo, o ex-presidente exigiu, aos berros, investigações na Globo, no Instituto FHC, na Gerdau e em outras grandes empresas.

MARIA DO ROSÁRIO E O "GRELO" DURO, DO LULLA

Vale muito a pena ouvir o conteúdo abaixo, mas ouvi-lo até o fim! É o retrato em som da prestidigitação constante dos lullopetistas. A enganação faz parte da vida deles, tanto quanto o ar que respiram.

A TESE É: 'LUTAR CONTRA A LEI"

Estamos num momento da vida nacional em que termos e bonecos como o PIXULECO, agora o JARARARECO e charges ridicularizantes de governantes e ex-governantes, além de capas desmoralizantes de revistas nacionais e internacionais, caracterizam a mixórdia política que nos governa. Não há  mais respeito porque não há mais merecimento dele. 
A corrupção, exposta nas ações criminosas que estão sendo identificadas pela Operação Lava Jato, pelo Ministério Público Federal e por Ministérios Públicos estaduais, tornou-se Política de Estado na mão do sistema lullopetista de governar. Percebe-se que aqueles que não participavam se tornavam os bobos, os ingênuos, os perdedores das vantagens ilegais, sim, mas proveitosas para a sua riqueza pessoal, para suas campanhas políticas e para as contas no exterior para os seus familiares.
Pessoas que mantinham o "status" de respeitabilidade histórica ou momentosa, não importando se no individual concordamos ou não, fizeram ruir essas estruturas de respeito nacional ou internacional e foram sorvidas pela cloaca para onde fluem os dejetos biológicos e também o dinheiro roubado da Nação. Mais do que isto, e especialmente nisto, esmeraram-se na desconstrução cultural, moral e ética, elaborando a tese de que o válido para si é a LUTA CONTRA A LEI. Nessa luta permanente, metódica, ideológica e objetiva acabaram por estabelecer uma nova Instituição Nacional, a de destruir o Estado para melhorar de vida As suas vidas pessoais.
Então, penso ser oportuno renovar a remessa de texto que já havia providenciado ano passado e que contém alguns pensamentos, estes sim, construtivos.



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ANTECEDENTES
Lembremos o nosso surgimento como Nação e veremos que fomos colônia por muito tempo e que a nacionalidade brasileira atual, moveu-se a partir da independência e consolidou-se com a República.
A ocorrência de episódios plenamente democráticos, com os períodos de exceção da democracia, ajudaram no amalgamento do sentimento de liberdade e de espontaneidade do povo brasileiro, e que caracterizam a Nação como jovem, jovial e progressista.
O MOMENTO
Mas, há entraves!  No processo de formação, talvez pelas características de origem da nossa colonização, talvez pelas facilidades proporcionadas pelas oportunidades ambientais do território, foi-se consolidando a liberalidade das ações do povo e dos seus governantes, que geraram o “jeitinho brasileiro”, e que favoreceu a formação de uma moral de segunda classe.
Junto à estruturação republicana e democrática, também se consolidou a retórica fácil e melíflua dos políticos, com promessas permanentemente vãs, nas quais milhões de pessoas creem; surgiu a possibilidade de criar agremiações políticas a granel e com “ideologias” buscadas nas prateleiras de qualquer mercado das ideias; fortaleceu-se a justificação diversionista e hábil, mas sempre enganosa, para explicar crimes administrativos governamentais e, às vezes, até de morte; e, finalmente, institucionalizou-se a corrupção, fazendo nascer o conceito de que agentes do crime são os bons e os agentes da Lei são os criminosos.
Esses descompassos comportamentais levaram à exaustão a capacidade da população em aceitar e conviver com os fatos corruptivos, surgidos quase diariamente e que chibatam o dorso e laceram a face de cada cidadão trabalhador, também curvado em dívida com a extorsão tributária, com o pagamento por parcos serviços públicos, ou que não são possíveis de usufruir porquê inexistentes e, mais grave, com o desvio desses bens financeiros,  para o enriquecimento de poucos, quase sempre governantes, ou seus agentes, todos facínoras.
Mas, há um momento em que tudo deve ser repensado para que a Nação não sucumba social e economicamente a partir da falência da Moral e da Ética, e pela exacerbação sempre perniciosa do messianismo, do proselitismo e do patrimonialismo.
Este momento, então, é agora, pois as informações estruturais da economia indicam sérios problemas, piorados porque o Estado foi tomado por interesses pessoais; porque o aparelhamento do Estado se tornou completo, tanto pelas centenas de milhares de pessoas contratadas, quanto pela nefasta inteligência com que esses agentes do mal atuam em favor de seitas políticas; porque a credibilidade internacional do País caiu; porque a infraestrutura existente foi desmantelada; e porque novas instalações que deveriam ser criadas para a melhoria da sociedade não foram efetivadas.
Por outro lado, a credibilidade das instituições e das pessoas envolvidas, dos partidos políticos, dos três Poderes Nacionais e, especialmente, do processo republicano e democrático está afetada por ações enviesadas, obtusas, enganosas e mal-intencionadas.
Tradicionais e respeitados institutos de pesquisa e de estatística são agora usados para modificar métodos, subtrair informações e usar o diversionismo de dados, tudo para iludir a população, extasiada com o mercado onde vende sua vontade, em troca de bolsas, mesmo com a ausência de trabalho.
O FUTURO
A Sociedade Brasileira, indignada com a forma como é conduzido o governo do País, exige mudanças comportamentais dos dirigentes eleitos e indicados por estes para cargos públicos ou empresas correlatas, visando acabar com a corrupção, embora saibamos sê-lo processo demorado, pois implica em mudanças culturais. Mas, há que começar!
Para isso, há elementos estruturantes da vida nacional que são possíveis de alterar, a partir da vontade governamental, do esforço do legislativo e da condução do judiciário.
Se, ao longo dos anos, vimos que o Presidencialismo não ajuda flexibilizar a condução dos caminhos republicanos e democráticos, mudemo-lo para o Parlamentarismo.
Se, ao longo do tempo, vimos que o Sistema Majoritário/Proporcional gera distorções, busquemos o Voto Distrital.
Se há dificuldades para apurar crimes de parlamentares, que é um dos elementos geradores da impunidade, alteremos o procedimento e abandonemos a Imunidade Parlamentar.
Se ocorre a compra de votos, por meio da promessa vã, na campanha política, formemos meios legais para punir a irresponsabilidade.
Se ocorrem desvios de recursos públicos, sejam eles financeiros ou bens, estabeleça-se procedimento legal sumariante.
Benhur Antonio Bacega

ASSUNTO MOMENTOSO E RELEVANTE

A matéria jornalística abaixo obtive da Tribuna da Internet que, por sua vez, repassa texto da revista ISTOÉ. Como já comentei em postagem anterior, essas conversas que vêm à tona mostram o nível dos interlocutores, tanto na sua retórica, quando sobressaem as falhas e as ausências de fundamentos culturais, assim, como no conteúdo, ao ocorrer a manifestação da total degradação moral que portam em suas formações.


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ISTOÉ PUBLICA UM IMPRESSIONANTE RESUMO DAS GRAVAÇÕES


Sérgio Pardellas
A presidente Dilma Rousseff perdeu as condições de permanecer na cadeira de presidente da República. Desde a semana passada, o terceiro andar do Palácio do Planalto abriga uma mandatária indigna do cargo para o qual fora eleita pelos brasileiros por duas ocasiões. Em seu juramento de posse, Dilma prometeu manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis e promover o bem geral do povo brasileiro. No discurso subsequente, comprometeu-se a lutar para que “o braço da justiça alcançasse a todos de forma igualitária”.
Na última semana, os diálogos divulgados pela força-tarefa da Lava Jato, obtidos a partir de grampos telefônicos realizados no aparelho celular do ex-presidente Lula e de outros investigados, comprovaram o desprezo da presidente da República às leis, à Constituição e aos interesses da sociedade. As escutas mostraram ainda de maneira inequívoca que, ao contrário da retórica inaugural do seu mandato, Dilma pouco se importa com o princípio constitucional da igualdade – ainda mais perante a Justiça.
Ouvidos e lidas de forma aleatória, os áudios e as transcrições das gravações feitas pela Polícia Federal nas escutas autorizadas na Operação Lava Jato assombram pela crueza dos diálogos e pela comprovação de que seus protagonistas agiram para obstruir a Justiça e encobrir delitos cometidos por autoridades e líderes petistas. Reunidas em ordem cronológica a partir da data em que foram gravadas, as conversas revelam ainda mais: havia em curso uma ação orquestrada, que configura uma prática continuada e típica de uma organização criminosa.
Sexta-feira, 26/02/2016
LULA X ROBERTO TEIXEIRA
Roberto Teixeira, advogado de Lula, manda um recado para o cliente e amigo através de Valmir Moraes da Silva, segurança que atende todas as ligações no celular utilizado pelo ex-presidente. Pela primeira vez é registrado o nome de um ministro do STF. “Fala pra ele, fala pro “nosso amigo” aí que o nome daquele assunto é ROSA WEBER…”, diz Teixeira, pedindo em seguida que Lula ligue de volta para conversar a respeito. Menos de 15 minutos depois, em outra ligação interceptada, Teixeira fala direto com Lula, que pede para ele explicar o que era o recado. O advogado explica e indica que o caminho para chegar à ministra Rosa Weber seria o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que ele trata como “baianinho”. Leia o trecho:
Lula – Só para lembrar. O que é essa pessoa, esse nome que você falou?
Teixeira – Aquela “coisa” caiu com “ela”.
Lula – Caiu com ela? Tá bom.
Teixeira – Agora, eu sei que aquele “baianinho” está indo embora (saindo de um evento no Rio de Janeiro). Eu acho que ele que é o caminho para falar com ela.
Lula – Eu vou tentar falar com ele.
Ao fim da ligação, após se despedir de Teixeira, ouve-se Lula dizer a outra pessoa, provavelmente Moraes: “Me liga com o Wagner”.
LULA X JAQUES WAGNER
Menos de um minuto depois, Wagner está na linha com Lula. É uma sexta-feira. Lula diz ao ministro que ele tem de falar “com uma pessoa em Brasília”. “É ela?”, pergunta Wagner. “Aquilo que você falou? Se você… se der para você, ela marcou segunda de noite.” Lula responde: “Bicho, é o seguinte: se eu não tiver preso, eu vou! (RISADAS) Caralho!” Nas conversas, outro advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, aparece como a pessoa a fazer a ponte com Rosa. Nas gravações seguintes Lula insiste para falar urgentemente com Cristiano.
Sábado, 27/02/2016
LULA X PAULO VANUCCHI
Lula trata com o amigo Paulo Vanucchi, diretor do Instituto Lula, sobre ações para inibir o trabalho de procuradores da República. Ele reclama da atuação dos procuradores e, sobretudo, da falta de influência sobre eles de alguém que identifica como Aragão – que a PF acredita se tratar do então subprocurador geral da República e atual ministro da Justiça, Eugênio Aragão. “Eu às vezes fico pensando até que o Aragão deveria cumprir um papel de homem naquela porra, porque o Aragão parece nosso amigo, parece, parece, mas tá sempre dizendo “olha…””. Em seguida, Lula avisa que vai pedir a intervenção da senadora Maria de Fátima Bezerra e da deputada Maria do Rosário em tratativas relacionadas a alguém de os investigadores supõem ser o procurador Douglas Kirchner, que participou das investigações sobre tráfico de influência no BNDES: “Nós vamos pegar esse de Rondônia agora, eu vou colocar a Fátima Bezerra e a Maria do Rosário em cima dele”, diz Lula a Vanucchi.
LULA X LINDBERGH FARIAS
À tarde, Lula conversa com Wagner e o deputado Paulo Teixeira, que o procuram com um assunto que tratam como “urgente, urgente, urgente”. Combinam de falar a partir de uma linha fixa em um hotel, com medo de interceptação. À noite, a PF grava um diálogo de Lula com o presidente do PT, Rui Falcão. O ex-presidente revela ter sido informado de que pode haver uma operação de busca e apreensão, na segunda-feira, em sua casa, nas casas de seus filhos e na de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula.
Quatro minutos depois, conversa com o senador Lindbergh Farias. O assunto é, mais uma vez, a ação do “promotor de Rondônia”. Diz ao senador que “tem a história do promotor de Rondônia, que pegou um caso meu agora, que a mulherada tem que ir para cima dele” e então se refere a atuar sobre outro nome chave nas investigações: o procurador geral da República, Rodrigo Janot. “Terça feira tem que trucar o Janot e triturar”.
Terça-feira, 01/03/2016
LULA X EDINHO SILVA
Lula cancela uma viagem a Brasília por conta da saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça. Pela manhã, conversa com o ministro Edinho Silva, da Comunicação Social. Falam de futebol e, ao fim do diálogo, comentam sobre o sucessor de Cardoso, Wellington César lima e Silva. Lula avisa a Edinho: “é importante você ficar atento, porque vai sair muitas críticas à indicação do novo ministro, com o objetivo de encurralá-lo”. E continua: “no fundo no fundo eles querem evitar que qualquer ministro acabe com o vazamento da Polícia Federal.” Edinho promete falar com Jacques Wagner, responsável pela indicação de Wellington. Na conversa, eles dão a entender que o novo ministro seria uma marionete de Wagner na Justiça e poderia tentar operar mudanças na PF.
Edinho – Não, pode deixar, eu marquei uma conversa com o Jaques pra gente poder tirar uma estratégia e outra coisa que tem que evitar que é uma coisa que começou hoje na imprensa, é a idéia de que o Jaques é o “super ministro” da casa civil.
Lula – Vai cair, se ele for forte ele vai cair.
Edinho – É isso..
Lula – Diga pro Wagner que ministro forte cai
Edinho – Ele precisa, ele precisa arrumar um jeito de dar uma recuada.. de.. de.. porque é o que a imprensa vai tentar fazer.
Lula – Aham.
Edinho – Ou seja, tudo que der certo no Ministério da Justiça é dele, tudo que der errado vai ser dele também.
Lula – Aham.
Quinta-feira, 03/03/2016
SURGE A DELAÇÃO DE DELCÍDIO
A edição de IstoÉ com trechos da delação de Delcídio do Amaral começa a circular e agita o País. Em seu depoimento, o senador cita várias tentativas de Lula e Dilma de interferir nas investigações da Operação Lava Jato. Conta que Dilma pediu a ele, em uma conversa nos jardins do Palácio do Alvorada, para que conversasse com o ministro Marcelo Navarro, do STJ, para que “confirmasse o compromisso de soltura” dos empresários Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo. E revela que tratou do assunto com Navarro num encontro em pleno Palácio do Planalto. Delcídio também falou que Lula lhe pediu que intermediasse pagamentos de uma mesada à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, como forma de tentar convencê-lo a não fazer delação à força-tarefa da Lava Jato, em mais um esquema para burlar as investigações.
Sexta-feira, 04/03/2016
LULA X DILMA E LULA X WAGNER
Lula está na sede do PT em São Paulo. Acaba de chegar, após ser objeto de condução coercitiva para prestar depoimento para a PF em uma sala reservada do aeroporto de Congonhas. Ele, sua família e seu instituto haviam sido alvo da Operação Alheteia, 24ª fase da Lava Jato. Dilma liga para ele. Ele relata detalhes da operação e declara guerra à Justiça, reforçando a tese de que esse é o alvo a ser atingido por seu grupo. “Não tem mais trégua, não tem que ficar acreditando na luta jurídica”, afirmou Lula em um dos trechos da gravação. Mais adiante, falou do STF e do STJ . “Temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado”, disse a Dilma. Em seguida, atacou o Congresso e seus presidentes. “Nós temos um parlamento totalmente acovardado. Um presidente da Câmara, fodido. O presidente do Senado, fodido”, afirmou o ex-presidente, dizendo depois que há muitos parlamentares ameaçados.
Dilma e Lula discutiram a divulgação, pela IstoÉ, da delação de Delcídio
Dilma – O senhor não acha estranho aquela história de quinta-feira, a IstoÉ antecipar…
Lula – Eu acho estranho a liberação do Delcídio, a IstoÉ antecipar. Eu acho, ô Dilma, uma coisa…
Dilma – E logo no dia seguinte, na sexta-feira, o senhor ser chamado.
Lula – É um espetáculo de pirotecnia sem precedentes, querida. É o seguinte: eles estão convencidos que com a imprensa chefiando, sabe, qualquer processo investigatório, eles conseguem refundar a República.
Parte do diálogo foi captado e divulgado em um vídeo feito pela deputada Jandira Feghali. Pouco antes de ela dizer que Lula estava tranquilo após a operação, vê-se e ouve-se ao fundo o ex-presidente dizendo “eles que enfiem no cu e tomem conta disso”. Ele se referia a deixar na frente da sede da Justiça Federal de Curitiba todo o acervo que recolheu em seus oito anos na Presidência.
Em seguida, Dilma passa o telefone a Wagner, que também conversa com Lula. O assunto é recorrente: cooptar a ministra Rosa Weber, do STF. Ambos defendem a tese de que a operação da PF visava a se antecipar a uma eventual posição de Rosa favorável a Lula em um pedido para tirar seu processo da competência da Lava Jato, levando para o STF. “Eles tão tentando antecipar tudo isso… Porque ela poderia tirar isso da Lava Jato. O Moro fez um espetáculo pra comprometer a Suprema Corte” disse Lula. Logo depois, o ex-presidente insiste na questão de buscar uma reunião com a ministra e pede a Wagner que peça à própria Dilma (que aqui trata por ELA) para entrar nessa operação. “Mas viu querido, ELA tá falando dessa reunião. ô Wagner, eu queria que você visse agora, falar com ELA… Já que ELA tá aí, falar o negócio da Rosa Weber, que tá na mão dela pra decidir. Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa possa fazer o que os homens não fizeram”.
Segunda-feira, 07/03/2016
LULA X NELSON BARBOSA
A estratégia de interferir nas investigações avança para outro front. Lula tenta convencer o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a monitorar o trabalho dos técnicos da receita Federal que cooperam com a Lava Jato e eventualmente descobrir o que eles apuraram a seu respeito. “Era preciso você chamar o responsável e falar ‘que porra que é essa?’” Barbosa, monossilábico, resiste ao assédio.
Lula – Ô, Nelson, vou te falar uma coisa por telefone, isso daqui. O importante é que a Polícia Federal esteja gravando. É preciso acompanhar o que a Receita tá fazendo junto com a Polícia Federal, bicho!
Barbosa: Não, é… (Gagueja) Eles fazem parte.
Lula – É, mas você precisa se inteirar do que eles estão fazendo no Instituto. Se eles fizessem isso com meia dúzia de grandes empresas, resolvia o problema de arrecadação do Estado.
Barbosa – “Uhumm”, sei.
Lula – Sabe? Eu acho que eles estão sendo filho da puta demais.
LULA X SIGMARINGA SEIXAS
As articulações de Lula não param. Lula tem duas ligações interceptadas com o ex-deputado Sigmaringa Seixas, um de seus advogados em Brasília. Nas duas eles falam de Janot. Na segunda delas, à noite, eles discutem um plano para constranger o procurador geral da República. A ideia do advogado é apresentar um requerimento formalizando proposta de devolução do acervo de Lula à PGR. Lula é contra. “Eu estou cansado das coisas formais. Sabe…se esse cara fosse formal ele não seria Procurador Geral da República. Ele tinha tomado no cu. Tinha ficado em terceiro lugar. Esse é o dado”, afirma. Sigmaringa insiste: “ Pois é. Mas ele se tiver…se a gente formalizar, inclusive, jogando pra imprensa, ele vai ficar constrangido. Se for lá conversar ele diz não e pronto. Ou não diz, né.”
Terça-feira, 08/03/2016
LULA X ALBERTO CARLOS DE ALMEIDA
O cientista político Alberto Carlos de Almeida defende junto ao ex-presidente que a única solução para evitar a prisão é a nomeação para o ministério. O argumento do advogado é direto: “Quando aquilo entra no Judiciário, você está condenado, efetivamente.” Depois, é incisivo na proposição: “Eu acho, tá, tem uma coisa que tá na mão de vocês, é Ministério, acabou, porra!”. Almeida propõe um “arranjo”, que incluiria também a nomeação do ex-ministro Antonio Palocci para a Fazenda, como forma de solucionar a crise e “botar o mercado no bolso”. “Vocês têm os quadros e a faca e o queijo pra reencaminhar a discussão, politicamente falando, tá? E é você e nosso amigo lá. Foda-se, tá todo mundo queimado. A Lava Jato queimou todo mundo, a Câmara, o Senado. Porra antes era só ele que tava queimado, agora é todo mundo. E daí?”
Quarta-feira, 09/03/2016
LULA X WELLINGTON DIAS
A tese do refúgio no Ministério prospera no PT, mas Lula ainda não está convencido e dá a entender que a própria presidente Dilma já havia comprado a ideia de blindá-lo com um cargo. Ao governador Wellington Dias, do Piauí, que o incentiva a aceitar, o ex-presidente afirma: “Deixa eu te falar, eu vou ter uma conversar com ELA (Dilma) porque não é fácil. (…) Não é uma tarefa fácil. Eu jamais irei pro governo pra me proteger.” Poucas horas depois, em outra ligação, o ex-ministro Gilberto carvalho também apela a Lula para que pense melhor e aceite o convite de Dilma. Ainda naquela tarde, novos fatos o colocariam mais próximo de mudar de ideia.
LULA X VAGNER FREITAS
O Ministério Público de São Paulo pede a denúncia contra Lula no caso Bancoop – no dia seguinte, requereria também a prisão preventiva do ex-presidente. Ao advogado ele pergunta: “que palhaçada que é essa que o Ministério Público de São Paulo me denunciou?” A partir daí, O ex-presidente recebe várias ligações. Em uma delas, com o presidente da CUT, Vagner Freitas, ele demonstra pela primeira vez sua disposição de ceder ao convite para o Ministério. Diz ao aliado que está com “muita indecisão” e que precisa decidir rapidamente. “a pessoa lá tem muita pressa, muita pressa…. Muita pressa, muita pressa, muita pressa… Tá assim uma coisa de desespero…”
Quinta-feira, 10/03/2016
JAQUES WAGNER X RUI FALCÃO
O celular é o de Lula, mas quem dialoga são dois caciques petistas. O cenário é confuso. Os promotores paulistas haviam pedido a prisão preventiva do ex-presidente, acusado de lavagem de dinheiro. Wagner e Falcão avaliam a hipótese de uma nomeação relâmpago de Lula, para evitar o pior. O clima é de urgência, mas surge uma dúvida: não seria tarde demais?
Falcão – A outra coisa é o seguinte: se nomear ele hoje, o que que acontece?
Wagner – Aí não sei, eu tô por fora.
Falcão – Então, consulta isso também…
Wagner – Mas ele já decidiu?
Falcão – Não, mas nós “tamo”… Todo mundo pressionou ele aqui. Fernando Haddad, todo movimento sindical, todo mundo.
Wagner – Tá bom.
Sexta-Feira, 11/03/2016
LULA X VAVÁ
É antevéspera da megamanifestação contra o governo de Dilma e a proposta de transformar Lula em ministro é repudiada pela oposição. Lula recebe uma ligação de apoio do irmão Vavá, que lhe pede calma. Ele responde mostrando espírito de luta: “Domingo, domingo eu vou ficar um pouco escondido, porque, porque vai ter um monte de peão na porta de casa pra bater nos coxinha. Se os coxinhas aparecer, vão levar tanta porrada que eles nem sabem o que vai acontecer.”
Segunda-feira, 14/03/2016
LULA X JAQUES WAGNER
As manifestações surpreenderam o governo. Lula partiu o para o confronto e define sua posição.Aceita refugiar-se na Casa Civil para escapar das decisões do juiz Sergio Moro e tentar ajudar Dilma a manter-se no Planalto. Ele pede a Wagner que marque uma conversa com a presidente em Brasília na manhã de terça, quando definiriam os detalhes da nomeação. Logo no início do diálogo, ele brinca com o então dono do cargo: “Você viu que eu já tirei você da Casa Civil, né porra?”
Enquanto Lula e Dilma conversam, o ministro Teori Zavaski, do STF, decide pela homologação da delação premiada de Delcídio do Amaral. Liberada do sigilo, ela revela novos detalhes do depoimento do senador. O mais grave deles também tem um áudio: um assessor de Delcídio, José Eduardo Marzagão, gravou uma conversa que teve em dezembro com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Na época, Delcídio estava preso, acusado justamente de tentar obstruir o trabalho da Justiça ao tramar a fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, um dos principais operadores do Petrolão. Mercadante insinuou que estava disposto a ajudar Delcídio a resolver sua situação, desde que esse não fizesse a delação. Para Delcídio, Mercadante agia como um emissário de Dilma.
Quarta-feira, 16/09LULA X DILMA
Dilma telefona para Lula às 13h32 da quarta-feira 16 para dizer que está lhe encaminhando uma cópia do Termo de Posse. Trata-se de documento que quando assinado passaria a conferir a Lula o direito de ser investigado pelo STF e não pelo juiz Sergio Moro. O diálogo, segundo juristas, comprova que a presidente cometeu crime ao tentar interferir no trabalho da Justiça.
Dilma – Lula, deixa eu te falar uma coisa…
Lula – Fala querida.
Dilma – Seguinte, eu tô mandando o Messias (sub-chefe de assuntos jurídicos da Casa Civil) junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o Termo de Posse, tá?
Lula – Tá bom. Eu tô aqui. Fico aguardando.
Dilma – tchau.
Lula – Tchau, querida.
Depois de ser conduzido pela PF para prestar depoimento na Lava Jato, Lula telefona para Dilma dispara ofensas contra o STF, o STJ e o Congresso e diz ter medo do que chama de “república de Curitiba”.
Dilma – Como você está?
Lula – É um espetáculo de pirotecnia sem precedentes, entendeu querida? É o seguinte: eles estão convencidos de que com a imprensa chefiando, sabe, qualquer processo investigatório, eles conseguem refundar a República.
Dilma – É isso ai…
Lula – Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, Nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um parlamento totalmente acovardado. Somente nos últimos tempos é que PT e PCdoB começaram a acordar e a brigar… Nós temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido, não sei quantos parlamentares ameaçados. Sinceramente estou assustado com a república de Curitiba. A partir de um juiz da primeira instância tudo pode acontecer nesse País.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A IstoÉ publica outros grampos sensacionais, como o diálogo de Lula com Wagner, para pedir a Dilma que fale com Rosa Weber (foto), ministra do STF, que iria julgar se o juiz Sergio Moro poderia ou não continuar a investigá-lo. Há a conversa com Sigmaringa Seixas e Lula diz que Rodrigo Janot tinha tomado no cu. E também a ex-primeira-dama Marisa Letícia em conversa como filho Fábio Luiz, o Lulinha, sobre os panelaços. Ela minimiza os protestos, diz que partem dos “coxinhas” e manda que ele enfiem as panelas no cu. Depois, a conversa de Lula com Wagner, debochando de Marta Suplicy, o diálogo com o deputado Wadih Damous, dizendo que a bancada do PT deve impor medo o juiz Sérgio Moro. Há até o papo de Rui Falcão e Wagner, em que o presidente do PT insinua que nomear Lula como ministro poderia resolver o problema. A revista publica, ainda, o diálogo de Lula com o pobre menino rico Eduardo Paes. E mais, muito mais, um verdadeiro festival de asneiras, demonstrando a podridão da política brasileira. (C.N.)

ADEUS PT, SAUDAÇÕES!



CIRO, O DESCONTROLADO (de novo!)

Esse migrante político, migrante porquê já passou por vários partidos, tendências, surtos, botas lambidas e por aí vai!, é um característico e eterno oportunista e descontrolado, como Collor. Assim, como se fossem os folclóricos "coronéis" nordestinos.
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https://youtu.be/FxiI4bbm-2A

CONVERSINHAS ASSIM, DE BAIXO MUNDO



Situemo-nos num ambiente de periferia de uma grande cidade qualquer, de qualquer parte do mundo, e que já tenhamos visto em filmes de criminalidade. Assim, sugiro que ao efetuar a  leitura da degravação das conversas ocorra situando a mente nessa ambiência imaginariamente pérfida. Pois bem, as conversas criminosas divulgadas pela Justiça Federal, e não apenas estas, muitas outras também, mostram quem detém o comando de uma Nação de mais de 500 anos, com 200 milhões de habitantes, com uma vasta miscigenação racial, amplo e profundo folclore, tudo isto marcando profundamente a formação cultural brasileira. 
O pior de tudo é que vínhamos num processo de aperfeiçoar o nosso desenvolvimento em todos os seus sentidos, o econômico,  o social, o cultural, o educacional, o moral, contextualizando nossa Nação no ambiente mundial como interlocutora respeitável das potencialmente grandes e históricas outras nações. Mas, tudo isso desmorona repentinamente, num período pouco maior que uma década, nas mãos de irresponsáveis populistas e patrimonialistas que enriqueceram pessoalmente e forraram os seus "grupos sociais" de dinheiro para os seus dirigentes, não para as pessoas que os compõem, claro!
Então, a transcrição das últimas conversas, obtidas legalmente pela Operação Lava Jato, mostra um pouco disto. Um pouco!, porque muito mais virá para estarrecer novamente e mais a população brasileira. São conversas degradantes, sem classe retórica, sem respeito pessoal e pela Nação, eivadas de termos chulos na boca de personalidades que nos comandaram ou comandam, imorais, enfim!
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LULLA - NERO, LULLA - NERO


GANGRENA LULLOPETISTA EM FASE TERMINAL

A gangrena governamental está exposta na reportagem abaixo. Já sentíamos o cheiro dela há algum tempo, mas agora ela está no seu estágio final. A podridão total e a supressão  do membro podre exposto ao mal, ocorrerá quando este assumir um ministério qualquer, como se fosse a solução para a saúde de algo já irrecuperável.

VAMOS EM FRENTE

Não gosto do que pensa esse cara lullopetista que, para sensibilizar os beócios, continua se autodenominando de "frei". Agora, o conteúdo de sua entrevista está adequado ao contexto nacional, mostrando que é necessário depurar a discussão, partindo para uma retórica lógica das ideias, dos conceitos e dos conteúdos construtores de uma nova visão do cenário Político, este sim com letra maiúscula, brasileiro, pensando soluções, projetando-as para o futuro de longo alcance e estabelecendo parâmetros para a execução satisfatória para a população nacional.



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Entrevista

Frei Betto: "O Brasil precisa de uma séria alfabetização política"

Na sua avaliação, bate-boca entre militantes de grupos políticos alinhados à esquerda e à direita é sinal de falta de politização da nação e de projetos políticos

Por: Letícia Duarte
12/03/2016 - 13h01min
Frei Betto: "O Brasil precisa de uma séria alfabetização política" Charles Guerra/Agencia RBS
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Autor de dois livros sobre os governos do PT, A mosca azul" e Calendário do poder, ambos editados pela Rocco, Frei Betto analisa a seguir o atual cenário de polarização política. Na sua avaliação, só haverá diálogo se houver projetos políticos. 
 Fora disso, é ofensa, é bate-boca de comadres, é baixaria. 
Embora tenha participado da criação do Partido dos Trabalhadores, ressalta que nunca foi filiado e tem uma visão crítica sobre seu destino:
– Onde anda a comissão de ética do PT? – pergunta.
Ao comentar o mandato coercitivo do ex-presidente Lula, o senhor escreveu: "Quando o emocional se sobrepõe ao racional, faltam pedras para jogar na Geni!". Com o senhor vê a atual polarização da política brasileira? Para onde ela nos conduz?  Por falta de politização da nação _ hoje mais de consumistas que de cidadãos _, o debate político baixou do racional para o emocional. Quem discute em torno de propostas políticas para o país? Como elas não existem, nem da parte do governo, nem da oposição, fica-se na ofensa pessoal, no panelaço, no bate-boca de comadres... Temo que esse clima emotivo crie o caldo de cultura que faça o Brasil se encaminhar do Estado de Direito para o Estado da Direita.
No mesmo texto, o senhor observa que o PT jamais julgou a conduta ética de seus militantes acusados na Lava-Jato, e "que quem cala consente". Por que é tão difícil para o PT reconhecer seus próprios erros?
Há que indagar dos petistas. Nunca fui filiado a partido político.
Um dos argumentos invocados pelos petistas envolvidos em escândalos é que outros partidos/governos também roubaram. O que isso diz sobre a ética na sociedade e na política brasileira? 
Isso não é argumento, é autodelação sem direito a prêmio, e sim a descrédito politico. Nenhum desses partidos safados se propagou como baluarte da ética, como fez o PT. Onde anda a Comissão de Ética do PT?
 
Como o senhor vê o duelo crescente de militantes à esquerda e à direita - seja em ofensas nas redes sociais, seja com agressões nas ruas? Como recuperar a capacidade de diálogo? Só haverá diálogo se houver projetos políticos. Fora disso, é ofensa, é bate-boca de comadres, é baixaria. O Brasil precisa de uma séria alfabetização política.

A ZIKA E O CRÂNIO NORMAL

Este é o tipo de assunto que nem é preciso comentar. Ainda, nem se deve comentar, como tantas outras besteiras que saem dessas "otoridades" lullopetistas. O texto fala por ele mesmo.



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Ministro elogia alunos com 'crânio normal' ao falar em escola sobre a zika

NATÁLIA CANCIAN
DE BRASÍLIA, para a Folha
"Bom dia, garotada. Tudo legal? Deixa eu fazer uma pergunta: vocês acham que têm o crânio normal?"
Foi assim que o ministro da Saúde, Marcelo Castro, iniciou nesta sexta-feira (11) uma "aula" em uma escola pública do Distrito Federal sobre o aumento de casos de microcefalia no país e o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite denguezikachikungunya.
Vestido com uma camiseta com o slogan "#zikazero", símbolo da nova campanha do governo na saúde, Castro não poupou elogios aos alunos do 6º ano do Centro Educacional 1, da Vila Estrutural.
A tentativa de adotar um tom didático somado aos elogios, no entanto, acabou em novas gafes.
"Como é que chama a criança da cabeça pequena?", perguntou, ao que alguns citaram "microcefalia" como resposta.
"Vocês que são alunos inteligentes. Pois as crianças com microcefalia provavelmente não vão ter o mesmo desenvolvimento da inteligência que vocês que têm o crânio normal tiveram."
As afirmações geraram um misto de burburinho e incompreensão entre os alunos. Alguns não disfarçavam o estranhamento. "Que palestra é essa, meu Deus? Criança com cabeça pequenininha?", perguntava aos colegas uma aluna do 6º ano, perto de onde estava a reportagem da Folha.
Tentando aumentar o volume da voz para chamar a atenção das crianças, Castro continuou com as comparações e disse que crianças com microcefalia "provavelmente" não serão uma "criança normal".
"A criança com microcefalia provavelmente não vai desenvolver o seu cérebro para ser uma criança normal, que possa ir para a escola, aprender, ser educada e ter autonomia e independência", disse.
E emendou, citando o vírus zika, o qual apontou como causador da "grande maioria" dos casos de microcefalia: "Por isso estamos fazendo essa ação para combater o Aedes aegypti".
"Está feito o pacto. Como vocês são muito inteligentes, que aprendem tudo e têm o cérebro normal, vão fazer o trabalho junto aos pais de vocês para não deixar nenhum criadouro do mosquito", disse.
'SEM MEIAS-PALAVRAS'
Questionado ao fim do encontro se não achava as comparações "inadequadas", o ministro defendeu as afirmações. Segundo Castro, exames em bebês diagnosticados com microcefalia relacionada ao vírus zika apontam para um grau de comprometimento maior do cérebro em comparação aos casos de microcefalia causados por outros agentes infecciosos já conhecidos, como citomegalovírus e toxoplasmose.
"Não são todas as crianças que vão ter retardo mental profundo. Mas as crianças estão sendo estudadas e atendidas", disse. "O padrão é o mesmo causado por infecção, mas o comprometimento é muito mais profundo", disse. "Temos que passar a informação verdadeira. Estamos com um problema muito grave. Não podemos usar meias palavras", rebateu.
Ainda segundo Castro, que afirma ter experiência como professor desde os 16 anos, "100% da população brasileira está consciente" dos riscos atrelados ao vírus zika. "Por isso, as palavras não podem deixar de serem ditas como devem", afirmou.
Além das declarações, o encontro também foi marcado por vaias de parte dos alunos na chegada do governador Rodrigo Rollemberg. Durante o discurso do governador, alguns alunos gritavam "fora!".
INSPEÇÃO E CHORO
Horas antes da aula, Castro também ministrou uma palestra para funcionários da Fiocruz em Brasília e participou de uma "mini-inspeção" contra focos do mosquito no entorno do edifício.
Ao citar que os casos de microcefalia "não são números, mas seres humanos", Castro interrompeu o discurso e chorou. "Imagina o que é uma mãe de família olhar para sua criança com microcefalia e saber que essa criança nunca vai ter autonomia para se conduzir e que vai precisar a vida inteira de cuidados especiais?", justificou.
Para o ministro, a previsão é que a redução no número de casos de doenças causadas pelo Aedes aegypti, que costuma ocorrer com a diminuição no período de chuvas, em maio, seja "mais rápida" neste ano devido à intensificação da campanha contra o mosquito.

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...