"A TAREFA NÃO É PARA PRINCIPIANTES"

Bah, tchê! Que baita escrita, esta, abaixo. O Almir é um daqueles que, como eu, não sabe quem é o Huck. Claro!, ambos sabemos sobre o animador de auditório e marionete da rede Globo, mas, daí a candidato a Presidente, há uma longa distância de responsabilidade a ser percorrida. Denomino os lullopetistas de oportunistas por terem empreendido um conjunto de ações que os levou ao Poder, possibilitando-lhes o saque legalizado que  arrestou da nacionalidade  brasileira os fundamentos financeiros, infraestruturais, culturais éticos e morais. Da mesma forma, denomino aqueles que pretendem "construir" um Huck presidente de oportunistas, não criminosos ainda, mas, no mínimo e adicionalmente, de ambliópicos mentais. A quais objetivos servem esses que ardorosamente defendem o nome desse fantoche como candidato? Não é possível que alguém veja essa figurinha globalista como Presidente da República. 
Repetindo o Almir, "a tarefa não é para arrivistas e principiantes".



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Eu não sei quem é Luciano Huck. O senhor ou a senhora sabem?
A pergunta é pertinente porque, no vácuo de lideranças que atraiam a confiança de milhões de eleitores, abre-se espaço para que surjam nomes improvisados, politicamente desconhecidos, que se julgam preparados para os desafios da presidência. Sei que é animador de auditórios, mas desconheço as aptidões políticas que se lhe procuram atribuir.
Eleger o presidente da República, no sistema presidencialista, é ato de extrema responsabilidade. Ao presidente a Constituição (CR) confere competências privativas excepcionais como nomear e exonerar os Ministros de Estado; exercer a direção superior da administração federal; sancionar, promulgar e fazer publicar as leis; expedir decretos e regulamentos; vetar projetos de lei total ou parcialmente; dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal; manter relações diplomáticas com países estrangeiros; decretar o estado de defesa e o estado sítio; conceder indultos e comutar penas; exercer o comando supremo das Forças Armadas; nomear ministros do Tribunal de Contas da União, dos Tribunais Superiores e do Supremo Tribunal Federal; designar o presidente do Banco do Brasil, da Petrobrás, da Caixa Econômica Federal, do Banco Central, dos Correios (Art. 84). Como máximo líder político é responsável pelas articulações com o Poder Legislativo e deve conservar-se atento às decisões e tendências do Poder Judiciário. Não se isolará no palácio cercado de áulicos e de mordomias. Manterá contato direto com a população, para escutá-la e saber das suas necessidades.
Ao presidente a Constituição concede o direito de enviar ao Congresso proposta de emenda constitucional; de apresentar projeto de lei complementar ou ordinária e, em caso de relevância e urgência, baixar medida provisória. Pertence-lhe a iniciativa da lei sobre o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Recai em cima dele o peso de milhões de desempregados, subempregados, pobres, doentes, famintos, e vítimas da violência (CR, arts. 60, 61, 62).
Aos poderes constitucionais acrescentam-se outros não escritos, cujos limites serão determinados pela sensibilidade, ousadia e alguma dose, não letal, de sadia temeridade. É essencial que reúna habilidade de articulação política, como a tiveram José Sarney, Fernando Henrique e Lula, mas faltou a Fernando Collor e Dilma Rousseff.  
É sabido que o vazio de lideranças estimula o aparecimento de aventureiros e demagogos. No rol de prováveis candidatos, excetuando-se Lula, por razões óbvias, alguns nomes já despontam. Entre os conhecidos temos o governador Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Álvaro Dias. Por fora correrão Marina Silva, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia, Joaquim Barbosa, Levi Fidelix, José Maria Eymael, Rui Costa Pimenta, Luciano Huck.
Empenhado na luta pela sobrevivência, o povo ignora o currículo dos candidatos. A demagogia correrá solta, com promessas que serão esquecidas. Marqueteiros serão pagos para enganá-lo com mensagens falsas, destinadas a renovar as esperanças da maioria. A eleição tem sido o primeiro ato de tragédia cuja duração poderá se prolongar por quatro, oito ou doze anos. 
O Brasil está em meio a processo de transição. O governo não consegue eliminar o déficit e equilibrar as finanças públicas. A economia pedala bicicleta ergométrica. Já se sabe que a recuperação do mercado de trabalho ficará para a próxima década. Até lá milhões de desempregados lutarão para encontrar fórmula milagrosa de sobrevivência. Enfim, o estrago continua grande na educação, saúde, segurança, transporte. Para começar a repará-lo necessita o Brasil de presidente dotado de personalidade forte, de audácia para lutar contra a corrupção, de criatividade para derrotar a apatia e impulsionar o desenvolvimento. A tarefa não é para arrivistas e principiantes.                  
Almir Pazzianotto Pinto foi Ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Autor de A Falsa República.

MOMENTO OCO

Todo o texto, abaixo,  é perspicaz e transmite a angústia do escriba com o momento oco da sociedade. Entretanto, o foco da escrita é a Educação e passa a ser o fundamento para iniciar a análise do entorno do tema. Nela está tudo contido e, também, nela pode ser introduzido o pensamento fundamental da tese socrática de que tudo está baseado na Educação. A partir deste conceito, e não é difícil compreendê-lo, fica mais fácil admitir que o desenvolvimento de uma Nação começa por ela, incidindo na solidez da sua Democracia e do modelo governamental vigente e, portanto, na ação das suas Instituições. Na situação em que o processo educativo é pleno, o ambiente psicossocial se eleva e passa a ocorrer o entendimento construtivo de um País ou de uma Nação. Nesse momento, a Política, ah!, a verdadeira Política, supera a politicaria e a politicagem irmanadas com a malandragem, e passa a formular ideias, discuti-las e transformá-las em programas e projetos para décadas à frente. A ideologização desse ambiente fica fortalecida e a visão do futuro se fortalece, deixando de validar os momentos, caracteristicamente, estes, os que perpetram a parada da construção nacional, em suas várias facetas. Aí, então, as briguinhas paroquiais, as ocorrências de corrupção, os oportunismos, os messianismos surgidos desaparecem e nascem os verdadeiros líderes.
É disto que precisamos, antes que ressurjam os criminosos que já estão no mercado do voto, ou outros extremistas, ou, ainda, figurinhas criadas do nada, representando interesses localizados e que só têm sucesso no horário nobre.
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Agravantes e atenuantes da imbecilidade
por Francisco Daudt
“Os imbecis perderam a modéstia”; “Os idiotas vão dominar o mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.”
As famosas frases de Nelson Rodrigues constatam uma triste realidade da espécie. Não à toa o primeiro-ministro britânico Winston Churchill disse que a democracia era o pior dos regimes (com exceção de todos os outros).
Queixar-se da imbecilidade humana, porém, é como queixar-se da chuva: é um dado da natureza e não há nada a fazer, exceto proteger-se dela.
Minha questão aqui é que a ninguém a imbecilidade é alheia, não há quem esteja imune a ela; todo Einstein tem seu momento de Eremildo, o personagem idiota do colunista da Folha Elio Gaspari. O que quero comentar são os fatores que agravam a imbecilidade, e os que a atenuam, para que todos nós possamos lidar melhor com ela.
Você pensará que lidar melhor com ela visa apenas atenuá-la, mas não; eu acredito que há muita gente mal-intencionada querendo aumentá-la. Se não, como explicar o descalabro da educação pública?
Afinal, a educação é o pilar da busca da igualdade de oportunidades; é o que transformou a Coreia do Sul em potência econômica em poucas décadas. Em nossa terra, todavia, é entregue às baratas.
Deve haver muito político temendo um povo esclarecido, preferindo pobres mendigando por uma bolsa-esmola a troco de votos
A chave psicológica do aumento/diminuição da imbecilidade está na capacidade humana de reflexão/reação. Se somos induzidos à reatividade, nossa burrice aumenta. Se temos espaço para a reflexão, cresce nossa inteligência.
É verdade que nossa espécie não teve muito estímulo para a reflexão em suas origens: imagine um ancestral nosso na savana africana vendo um bando de amigos em correria. Se ele parasse para refletir sobre o pânico público, provavelmente teria sido devorado por um predador, não deixando descendentes.
A reatividade de sair correndo junto aos amigos salvou sua vida. A filosofia teve mais chance de existir quando o grego clássico pôde tranquilamente conversar e refletir com seus pares na Ágora.
Eis que nesse cenário acima está o que determina a reatividade e o que possibilita a reflexão: sentir-se ou não ameaçado; precisar ou não se defender. De fato, todos os mecanismos de defesa psíquicos são emburrecedores.
Tomemos apenas a negação como exemplo: todos nós estamos fadados a morrer. A morte e os impostos são as duas únicas certezas da vida. Agora considere a quantidade de energia que a humanidade investe na negação da morte.
Considere o aluguel mental que isso traz, todas as derivações dessa negação (Galileu e a rejeição ao heliocentrismo, por exemplo), e você terá uma pálida ideia da influência emburrecedora dos mecanismos de defesa.
Para um exemplo mais recente, considere os nossos debates políticos. Há espaço para reflexão neles? Todos se ocupam de atacar o oponente por meio dos piores adjetivos, pois sabemos que a melhor defesa é o ataque. Claro, todos estão sob a ameaça dos rótulos horríveis que cada parte lhes lança. Assim, só fazem reagir. É a imbecilidade desfilando em toda sua glória.
Algo em âmbito mais próximo? Pense nas DRs (discussões de relação). A ameaça de rompimento, de desamparo, de perda de amor está tão presente que a reatividade defensiva impera é por isso que não se vai muito longe nelas. Se elas começassem com uma declaração apaziguadora (eu te amo e quero me entender bem com você), as chances de reflexão seriam maiores.
Todas as doenças psíquicas neuroses, psicoses, perversões, depressão, psicopatia derivam de estarmos aprisionados a mecanismos de defesa contra as ameaças do mundo (i.e., do superego), e sabemos como elas nos reduzem a capacidade de raciocinar.
Eis porque adoro a conversa calma e amigável; o ambiente que acolhe e não acusa; a amizade que não pressupõe malícia da outra parte; a autoridade do saber, e não a de mando; a democracia parlamentar, e não a tirania.


O POLITICAMENTO CORRETO COMO FORMA DE CENSURA

A adoção do posicionamento POLITICAMENTE CORRETO vem sendo adotada pela esquerda mundial como forma sutil de dominação da sociedade, fazendo...