SEXUALIZAÇÃO PRECOCE INSTITUCIONALIZADA?

Sharon Slater é uma ativista originária dos Estados Unidos, mas com atuação no mundo todo, centrada nas questões da família e que trabalha em estreita vinculação com os programas relativos da ONU. Sua preocupação maior é a qualidade da formação das crianças de hoje, jovens e adultos de amanhã, situados num contexto de liberação sexual, de atuação descuidada e de doenças consequentes, especialmente a SIDA. Vinculada à Family Watch International, luta por estabelecer um ambiente de boa formação para o amadurecimento do jovem.
Procurei situá-la e contextualizá-la rapidamente, para possibilitar o entendimento do porquê do seu pronunciamento indicado abaixo. O tema é para boa discussão num ambiente sério e maduro, pois é preocupante como os entornos da maturação pessoal vêm sendo tratados no mundo.


SHARON SLATER | 22 ABRIL 2010

Usando conceitos como "educação sexual abrangente", a ONU quer desestruturar a família. Leia o discurso de Sharon Slater, presidente da Family Watch International, proferido no encontro da Comissão de População de Desenvolvimento da ONU, no dia 15 de abril.

Sr. Presidente, Ilustres Delegados, gostaria de chamar a vossa atenção para alguns assuntos sérios relacionados com as deliberações que ocorrem na Comissão sobre População e Desenvolvimento. Para colocar isto em um contexto, preciso falar sobre o que aconteceu em deliberações da CPD no ano passado. No ano passado, no final das deliberações, uma frase foi proposta para o projeto de resolução do CPD convidando os governos a fornecerem "educação abrangente sobre sexualidade humana".

Nós estávamos muito preocupados porque este era um novo termo indefinido e um afastamento da linguagem tradicional da "educação sexual" utilizada nos últimos documentos de consenso da ONU. Nossas preocupações foram confirmadas, quando apenas alguns meses depois, a UNESCO, em colaboração com a UNICEF, o FNUAP, OMS e ONUSIDA, lançou uma cópia de esboço de seu novo Diretrizes Internacionais sobre Educação Sexual Abrangente.

Estas diretrizes extremamente controversas foram criadas para levar a educação sexual para todo o mundo e promover um tema de prazer sexual que temos encontrado em um número de guias de educação sexual publicados pela ONU. Estas Diretrizes da UNESCO originais sugerem ensinar crianças de cinco anos que eles podem tocar partes de seu corpo para obter prazer sexual e ensinar a crianças de nove anos a definição e função do orgasmo, e encorajar educadores sexuais a ensinar às crianças que "Tanto homens como mulheres podem dar e receber prazer sexual com um parceiro do... mesmo sexo".

Desde então, a UNESCO revisou suas diretrizes de sexualidade originais, moderando-as um pouco. No entanto, ao ler sua versão original, vocês podem ver que cinco agências da ONU estavam originalmente planejando promovê-las às crianças sob à guisa de "educação abrangente sobre a sexualidade humana", antes de um certo número de Estados Membros da ONU reclamar.

Em 2002, na Cúpula Mundial para as Crianças, nós expusemos um manual publicado pela ONU para crianças, distribuído no México, que tinha uma página sobre como obter prazer sexual, incluindo com uma pessoa do mesmo sexo, com um animal, com um objeto inanimado ou com uma pessoa sem o seu consentimento.

E se vocês não estão preocupados ainda, deixe-me dizer a vocês o que aconteceu na 54º sessão da Comissão sobre o Status da Mulher deste ano. Em um evento paralelo colocado pela Girl Scouts em parceria com a UNICEF, eu peguei este livreto, publicado pela International Planned Parenthood Federation, que é dirigido para jovens e que afirmam ensinar-lhes sobre os seus "direitos sexuais e reprodutivos". O livreto afirma que estes "direitos" são reconhecidos pelo mundo como "direitos humanos". Afirma que o livreto está "aqui para apoiar o seu prazer sexual". Ele diz que jovens podem fazer sexo em várias maneiras demasiadas gráficas para repetir em um fórum como este. É todo sobre prazer sexual através da masturbação, com pessoas do mesmo sexo e até mesmo embriagados com álcool.

Mas pior que isso, este livreto diz realmente a jovens infectados pelo HIV que leis que os obrigam a revelar o seu status com seus parceiros sexuais violam seus direitos humanos.

Isso não deve ser tolerado na ONU ou em qualquer outro lugar! Agora não. Nem nunca mais.

Em dezembro do ano passado, minha família adotou três irmãos órfãos com SIDA em Moçambique. Ambos seus pais tinham morrido de SIDA. Eu cuidei de seu irmão mais velho, enquanto ele sofria de uma forma horrível durante os últimos estágios da AIDS. Mesmo assim, materiais estão sendo distribuídos na ONU, incentivando os mesmos comportamentos que colocam o HIV pandêmico.

É ultrajante que este livreto "Saudável, Feliz e Hot" também foi distribuído para os jovens que participaram do evento paralelo à Organização das Nações Unidas, patrocinado por aqueles que a criaram.

É revoltante que as agências da ONU estão a promover programas de educação sexual que encorajam jovens a engajar prematuramente na atividade sexual para obter prazer sexual, mas é inconcebível que jovens infectados pelo HIV estão sendo incentivados a ter relações sexuais com qualquer um que eles quiserem, do jeito que quiserem, sem revelar o seu status.

O que estamos fazendo aqui?

Por que é que o projeto de documento a ser negociado agora tem inúmeras referências à sexualidade e direitos sexuais?

Por que é que os países em desenvolvimento estão sendo pressionados agora pelas nações desenvolvidas no mesmo documento a ser negociado nesta conferência para aceitar este tipo de "educação abrangente da sexualidade humana", que irá sexualizar prematuramente suas crianças e colocá-las em risco de morte, entre outras coisas, tudo sob o disfarce de educação sobre o HIV/AIDS e do empoderamento de mulheres e meninas?

Por que é que o mundo desenvolvido está tentando importar suas ideologias sexuais radicais sob a bandeira enganosa de "direitos sexuais" ou "saúde e direitos sexuais" ou "informações relativas à saúde sexual e direitos" ou "serviços e informações sobre saúde e direitos reprodutivos" ou qualquer uma das muitas e múltiplas referências carregadas no documento em um esforço deliberado para pressionar os países a aceitarem estas referências, às vezes até tarde da noite, sem interpretação em sua própria línguagem?

Por que é que a comunidade internacional não está respeitando os direitos soberanos e valores culturais e religiosos preconizados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e inúmeros outros documentos consensuais das Nações Unidas, para manter seus valores que sustentam a instituição da família?

Como é que a ONU se extraviou de sua finalidade original, e agora as deliberações em conferências como esta são obcecadas com discussões sobre sexualidade e direitos sexuais, questões que deveriam ser deixadas para as nações decidirem por si?

Por que é que a questão do aborto, também disfarçada sob vários termos eufemísticos, está sendo forçada nas nações em desenvolvimento contra a sua vontade? Como é que o termo "saúde reprodutiva" ou "serviços de saúde reprodutiva" ou "direitos reprodutivos" está sendo usado agora pelos governos com grandes bolsos para promover a legalização do aborto nos países que se opõem ao aborto, porque eles acreditam que este está tomando as vida de um ser humano?

Palavras relacionadas à reprodução e à saúde reprodutiva significam reprodução, ou seja, ter filhos, mas o termo tem sido deliberadamente manipulado por relatórios obscuros apresentados à ONU, materiais criados por agências da ONU e ONGs de mentalidade abortista (muitas que têm a lucrar com o aborto) e os governos de mente abortista que procuram reinterpretar ou desvirtuar qualquer linguagem relacionada à saúde reprodutiva para agora incluir o aborto, embora muitos dos Estados Membros da ONU negociando os documentos que contêm tais termos rejeitaram a inclusão do aborto como parte da saúde reprodutiva, quando estes documentos foram negociados.

Esta manipulação de agências da ONU, negociações da ONU e documentos finais, comitês da ONU interpretando os tratados das Nações Unidas, e linguagem comum nos documentos anteriores das Nações Unidas para promover direitos sexuais radicais e aborto contra a vontade ou, por vezes, sem o conhecimento ou compreensão completa ou consentimento dos estados membros da ONU, não devem ser tolerados e têm que parar.

Essa manipulação do sistema das Nações Unidas por indivíduos e organizações promovendo sua própria agenda sexual e não a agenda coletiva e unificada de todos os estados membros da ONU deve cessar. Toda essa investida por direitos sexuais mina a instituição da família, que a Declaração Universal dos Direitos Humanos claramente declara ser "o núcleo natural e fundamental da sociedade" que é "intitulada à proteção pela sociedade e pelo Estado".

Apelamos aos Estados-Membros das Nações Unidas, agências da ONU, ONGs e todas as entidades dentro do sistema das Nações Unidas a respeitar os direitos, valores culturais e religiosos de todos os Estados Membros da ONU em seu trabalho nas Nações Unidas e cessar a promoção do aborto e dos direitos sexuais através das Nações Unidas.

Obrigada.

ENGANAÇÕES QUE NOS SÃO IMPOSTAS

O desabafo de quem imagino ser um taxista carioca, manifesta a indignação de todos os brasileiros, cansados da enganação e de falsas promessas, estas, sempre em momentos de campanhas políticas. O problema é que nós somos os culpados pois os colocamos nos cargos, eleição após eleição, mesmo que sejamos constantemente ludibriados.
Sugiro, então, assistir o vídeo indicado abaixo:

DESCASO COM A VIDA

A termos como parâmetro esse descaso na relação entre o grave acidente da costa dos Estados Unidos e o planejamento de novas prospecções semelhantes, pela mesma empresa, em outros locais do planeta, só nos cabe ver que vivemos num mundo irreal e num momento de faz-de-conta. Nada está definitivamente resolvido no primeiro caso e nem sequer o mundo conhece as causas reais do acidente, mas já se focam novas explorações. Sugiro a leitura da reportagem abaixo:


Apesar de vazamento nos EUA, BP planeja iniciar prospecção em águas profundas na Líbia

do UOL Notícias -25/07/2010
Financial Times

Guy Dinmore e Eleonora de Sabata
Em Roma (Itália)
George El Khouri Andolfato

A British Petroleum (BP) começará daqui semanas a perfurar em águas profundas, além da costa da Líbia, apesar das preocupações em torno do retrospecto ambiental e de segurança do grupo britânico após o desastre de vazamento de petróleo no Golfo do México.

Cresce o escrutínio da aquisição pela BP de direitos a um grande campo de petróleo e gás além da costa africana há três anos, um assunto que ofuscou a visita de David Cameron, o primeiro-ministro britânico, a Washington nesta semana.

A 1.700 metros abaixo do nível do mar no Golfo de Sirte, na Líbia, o poço exploratório será 200 metros mais profundo do que o poço Macondo no Golfo do México, que provocou o pior desastre de vazamento de petróleo em alto-mar dos Estados Unidos, quando a plataforma Deepwater Horizon explodiu em 20 de abril, matando 11 pessoas.

“A perfuração iniciará em semanas”, confirmou a BP.

Tony Hayward, o presidente-executivo da BP, assinou um acordo de exploração de US$ 900 milhões com a Líbia em 2007, o chamando de o maior acordo individual da BP. A empresa revelou desde então que fez lobby junto ao governo britânico naquele ano, em prol de um acordo de transferência de prisioneiros entre o Reino Unido e a Líbia.

Hayward está considerando um pedido para aparecer perante o comitê de relações exteriores do Senado americano na quinta-feira, para responder perguntas sobre a soltura de Abdel Basset al Megrahi, o responsável pelo atentado a bomba de Lockerbie, libertado no ano passado pelas autoridades escocesas por motivos humanitários.

A BP disse que “não esteve envolvida em qualquer discussão com o governo britânico ou com o governo escocês a respeito da soltura de Al Megrahi”.

O local onde a BP perfurará seu primeiro poço exploratório fica dentro da “Linha da Morte” proclamada por Muammar Gaddafi nos anos 80, quando reivindicou os direitos totais da Líbia sobre o Golfo de Sirte. É a área para a qual, em 1986, Ronald Reagan, o então presidente dos Estados Unidos, enviou forças navais para desafiar as reivindicações do líder líbio, afundando dois navios da Líbia e matando mais de 30 líbios.

Nenhum governo contestou os direitos minerais da Líbia na área, do tamanho da Bélgica, que a BP está explorando, mas ambientalistas estão consternados pela perfuração ter início antes da conclusão das investigações do desastre da empresa no Golfo do México.

A BP disse que procederá com “grande cautela”, acrescentando que fará uso das lições aprendidas com as investigações da Deepwater Horizon em todas as suas operações em alto-mar.

A imposição por Barack Obama de uma moratória na prospecção em águas profundas no Golfo do México aumentou a importância de nova exploração no Mediterrâneo.

A Diamond Offshore, uma perfuradora americana em águas profundas, está deslocando uma plataforma do Golfo do México para o Egito, enquanto a APX da Austrália começou a perfurar na semana passada, entre a Tunísia e a Itália. A Shell planeja começar a explorar em breve, além da costa oeste da Sicília.

A Itália acelerou seus procedimentos e concedeu 21 novas licenças de exploração. Novos limites impostos à prospecção próxima da costa, em resposta ao vazamento no Golfo do México, se aplicarão apenas a futuras operações e pouco afetam as áreas mais promissoras além da costa da Sicília.

Com governos sem dinheiro cortejando o fundo soberano alimentado pelo petróleo da Líbia, países como Itália, Grécia e Malta –todos dentro de um raio de 500 km do Golfo de Sirte– evitaram comentar os planos da Líbia.

Mas ambientalistas e políticos expressaram preocupações. Uma proposta de Günther Oettinger, o comissário europeu de energia, de uma moratória na prospecção em águas profundas nas águas da União Europeia, não obteve resposta dos países mediterrâneos.

“Você não para de voar por causa de um acidente aéreo”, disse Shokri Ghanem, o presidente da empresa estatal de petróleo da Líbia.

Antonio D’Alì, presidente da comissão ambiental do Senado italiano, disse estar “muito preocupado” com os planos da BP. Ele pediu por uma abordagem unida por parte dos governos, não decisões baseadas em interesses nacionais.

“O problema não é a BP ou a Líbia. O mar não tem fronteiras e quando acidentes acontecem, em águas nacionais ou internacionais, os efeitos são sentidos em todo o Mediterrâneo”, disse D’Ali.

“Considerando que ele é um dos mares mais poluídos de petróleo do mundo, o impacto de um grande vazamento de petróleo poderia ser irreversível.”

O Golfo de Sirte é área de reprodução do ameaçado atum-rabilho, enquanto as raras tartarugas-comuns fazem ninhos nas costas da Líbia. Mas um desastre poderia ter um impacto muito mais amplo.

Nadia Pinardi, da Rede de Oceanografia Operacional Mediterrânea, disse: “Grande parte do efeito seria sentido nas profundezas ao redor do golfo à medida que, com o tempo, o petróleo se transforma em bolas de alcatrão e afundam. Mas as correntes na área são muito complexas”.

As águas fluem principalmente para o leste, na direção do Egito, mas os ventos e remoinhos poderiam levar a mancha de óleo para o norte, para importantes áreas de pesca de anchova, atum e peixe-espada.

Ezio Amato, ex-presidente da unidade de resposta a poluição por petróleo da Organização Marítima Internacional, disse que o Mediterrâneo já sofreu o equivalente a um desastre da Deepwater Horizon por ano, decorrente de milhares de pequenos vazamentos.

Mais de 1 milhão de toneladas de petróleo são transportadas diariamente pelo mar, um quarto do tráfego de transporte de petróleo do mundo. Descargas são ilegais, mas uma corrente de petróleo e derivados de petróleo –estimada em 150 mil a 600 mil toneladas por ano– escapa dos navios, refinarias, portos e oleodutos para o mar.

Uma área rica em biodiversidade marinha, o Mediterrâneo é extremamente sensível à poluição. Quase um lago, suas águas levam até 90 anos para se misturarem ao Atlântico pelo Estreito de Gibraltar.

Os efeitos da poluição por petróleo são sentidos em toda a cadeia alimentar. Baleias e golfinhos apresentavam altas concentrações de compostos derivados de petróleo em sua gordura dois anos após a explosão do petroleiro Haven, além da costa da Itália em 1991, despejando 140 mil toneladas de petróleo. Peixes pegos próximos do naufrágio, uma década depois, apresentavam um número significativo de tumores no fígado.

O poço mais profundo no Mediterrâneo, a 2.400 metros, se encontra em águas egípcias. Seu Ministério do Petróleo está sob ataque por ter revelado um vazamento de uma plataforma, que poluiu 160 quilômetros da costa do Mar Vermelho no mês passado, apenas após a informação ter chegado à mídia.

Apesar da Líbia não ser conhecida por sua liberdade de imprensa, o retrospecto de transparência da BP tem sido atacado nos Estados Unidos. O deputado Ed Markey disse que não se pode confiar na BP e que ela “perdeu toda sua credibilidade”.

No caso de um desastre além da costa da Líbia, a BP disse contar com “planos de contingência detalhados e múltipla resposta preparada”.

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...