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POLÍTICA, A VERDADEIRA

Quase todos os dias vemos e sabemos ocorrer denúncias de erros administrativos, éticos ou morais, postos a público tanto pela oposição quanto pelos governistas, em batalhas episódicas na guerra pelo Poder. Há, então, o debate acirrado, a indignação pública, cada um toma o seu lado, a imprensa vai fundo no caso, mesmo onde deveria ter ido antes, e nada acontece. Logo depois, vemos que esses ânimos indignados pela imoralidade ocorrida, se acomodam, mudam de conversa, iniciam um processo de "todavia", "porém", "mas", etc. e o caso se esvai porque os acertos foram feitos. As várias correntes, não mais tanto ideológicas, mas, sim, de interesses escusos, se juntam, no interesse dos grupos. Até a imprensa, aquela que aparece nas pesquisas de opinião, como a mais confiável para a população, deixa de valorizar o valorizado antes e desvia o assunto, esquece. Assim, pouco a pouco, o resto de esperança que tínhamos numa reforma da linha ética de uma parte do Congresso e das Instituições, vai à falência, finda, esvanece. Esses acordos, já denominados de "acordãos", e que dão relevo ao clima negocial dos bastidores, fazem parte de nosso dia-a-dia, levando a que os assumamos bovinamente e os vivenciemos como corretos nas atitudes republicanas e democráticas do Brasil, em face da aplicação do princípio dos usos e dos costumes, fundamentado na ação da pior legislatura já ocorrida "NESTEPAIZ". É ali que ocorre a confluência de interesses particulares desses representantes do povo, enquanto, este, o eleitor tem as suas vontades esquecidas.
Perceba-se que, até agora, não mencionei a palavra política, já que o que está acontecendo nada tem da verdadeira Política (claro, com P). O que vem ocorrendo no Brasil é a negociação de interesses, popularmente denominada de negociata. Eis o termo adequado! Quando falarmos disso que aí está, por favor, não mencionemos Política, apenas negociata. A junção de forças antagônicas na Política, por meio da boa retórica e da construtiva dialética, é salutar e necessária quando postas a serviço da verdadeira construção ideológica que leva efeitos para o bem estar do povo.
A esse procedimento da sociedade, por intermédio dos seus representantes, os parlamentares, é que chamaríamos Política, em torno da qual todas as discussões teriam como base a estruturação e a formação da sociedade e da Nação brasileiras.
Só que, hoje, acabaram-se os interesses maiores, suprapensados, supraprojetados, supraestimulados, com visão de décadas, ou de séculos, para a frente, estruturando a sociedade em que vivemos hoje, e que nossos descendentes usufruirão amanhã, formando a nacionalidade e possibilitando identidade universal ao País. Perdeu-se o pensamento e a visão horizontais e ganhou o olhar, aquele que nos dá o limite do umbigo.
A cidadania brasileira deve retomar o rumo do pensamento construtivo e adequar-se ao contexto da nova ordem mundial, execrando o fisiologismo, o patrimonialismo e a politicagem. Isso só será conseguido se tivermos a consciência do voto adequado, nas pessoas certas e confiáveis, à luz do seu passado.

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...