NOVOS TEMPOS E NOVAS ANÁLISES

Autismo (não o transtorno), isolacionismo, individualismo, idiotismo, enfim! Parece ser esse o nosso futuro. Parece, apenas, porque devemos acreditar na evolução e na assimilação das novas formas de conduta psicossocial, em que estas colaborem para a condução da progressão da Humanidade. Em novos termos, claro!
Durante a semana, li que na Finlândia, modelo mundial em educação, as escolas aboliram o aprendizado caligráfico, valorizando a rapidez no teclado dos equipamentos, pois, segundo eles, o futuro assim o exigirá.


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Não é Autismo, é Ipad
(Forum Notícias Naturais)
A fonoaudióloga Maria Lúcia Novaes Menezes está preocupada com um fenômeno que tem percebido nos últimos tempos: o aumento do número de crianças muito novas – de dois ou três anos – usando tablets.

Profissional com mais de 30 anos de experiência, a doutora tem atendido, em seu consultório no Rio de Janeiro, inúmeros casos em que os pais chegam a suspeitar que os filhos são autistas, sem perceber que o uso prolongado de tablets, joguinhos eletrônicos e celulares é que está dificultando o desenvolvimento da comunicação das crianças.

Esta é uma breve entrevista com a doutora Maria Lúcia Novaes Menezes.



A senhora disse estar assustada com o número de pais que deixam filhos pequenos - crianças de dois ou três anos - usarem tablets. Isso tem aumentado nos últimos tempos?

A cada ano percebe-se que aumenta o número de crianças com menos de três anos de idade fazendo uso de tablets. Podemos observar, nos shoppings, bebês com tablets pendurados nos carrinhos. Isso tem prejudicado o desenvolvimento da linguagem e, principalmente, da socialização.


Quais as consequências que a senhora tem percebido nas crianças?

Se considerarmos que, nos primeiros três anos de vida da criança o desenvolvimento da cognição social se dá através do desenvolvimento da intersubjetividade, ou seja, que as diferentes fases da interação da criança com seus pais e cuidadores se dão através de compartilhar experiências e do olhar da criança para o outro, a utilização do tablet impede estas ações.
O tablet, utilizado por longo tempo, retira do contexto da criança esse contato fundamental para a socialização, causando um prejuízo no desenvolvimento das habilidades humanas que dependem da socialização, do envolvimento com o outro, prejudicando o desenvolvimento da socialização e do aprendizado que depende de experiências com o mundo à sua volta.


A senhora mencionou que alguns pais a procuram para tratar de supostos problemas de comunicação das crianças, sem perceber que o uso do tablet é uma das principais razões para isso.

O que tenho observado, principalmente no último ano de clínica, é que o uso do tablet e outros eletrônicos está cada vez mais tomando o lugar da interação entre as crianças e seus pais e o brincar no contexto familiar. Os pais passam muito tempo no trabalho, chegam em casa cansados e, quando os filhos querem assistir desenhos e joguinhos no tablet, eles liberam, em vez de tentar conversar ou brincar.
Como conseqüência, se a criança tem alguma dificuldade para adquirir a linguagem e a socialização, essa pouca comunicação com os pais poderá desencadear esse déficit. Talvez, em um contexto familiar onde fosse mais estimulado a se comunicar e brincar, essa dificuldade não aparecesse de forma tão acentuada. Essa hipótese surgiu da minha prática clínica, onde na entrevista com os pais eles relatam o uso de tablets, jogos no celular e DVD. Tem acontecido com freqüência que a observação dos pais da forma que interagimos e brincamos com a criança no set terapêutico e como, aos poucos, seu filho vai começando ou expandindo a sua comunicação e o interesse em brincar, eles mudam a dinâmica com seus filhos no contexto familiar, a comunicação verbal e social da criança começa a expandir, os pais ficam mais tranqüilos e mais próximos dos filhos, e a criança, tendo a companhia do pai ou da mãe, passa a se interessar mais pelos brinquedos e em brincar e diminui o interesse pelo tablet, DVDs e joguinhos nos celular.


A senhora mencionou casos em que os pais suspeitavam ter um filho autista, mas o problema da criança se resumia a uso prolongado de novas tecnologias.

No ano de 2014 atendi crianças com idade em torno de dois anos, trazidas com queixa de comunicação social e desenvolvimento da fala, os pais suspeitando de autismo. Mas, ao mudar a dinâmica familiar, essas crianças apresentaram uma mudança muito grande na sua comunicação social e verbal.


O que os pais devem fazer para evitar problemas desse tipo, numa época em que os tablets estão em todos os lugares?

Sei que é difícil ir contra o sistema e penso que a criança deve ser cobrada pelos amiguinhos para ter e usar um tablet. O que talvez auxiliasse a romper com o hábito dos joguinhos eletrônicos e tablets seria restringir ao máximo possível o uso do tablet. Talvez a melhor forma de se conseguir é dando mais atenção ao filho através de conversas, do brincar, e utilizar mais jogos não eletrônicos e mais interativos.


Maria Lúcia Novaes Menezes
Fonoaudióloga formada em 1984 pela Faculdades Integradas Estácio de Sá, mestre em Distúrbios da Comunicação, em 1993, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com cursos na New York University reconhecidos e creditados neste mestrado e doutora em Saúde da Criança e da Mulher pela Fundação Oswaldo Cruz (2003). Aposentada da FIOCRUZ em 2014, mas ainda permanecendo como orientadora do projeto de pesquisa do Ambulatório de Fonoaudiologia Especializado em Linguagem / AFEL. Atua como fonoaudióloga na clínica em avaliação e diagnóstico dos distúrbios da linguagem e orientação aos pais. Autora da escala de Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem, idealizado, padronizado e validado no Brasil para avaliar o desenvolvimento da linguagem da criança brasileira.


ORCRIM EM ALERTA

O texto de Gaspari, abaixo, contém um pensamento que me parece ser o ponto principal dessa limpeza que surge no horizonte da Nação. Não que as prateleiras da moralidade nacional permaneçam limpas para sempre a partir disso, pois, afinal, a corrupção sempre existiu e assim permanecerá, como defendem PT e Lulla, em defesa dos seus crimes. Mas, neste momento em que há um esforço de passar a limpo a vida pública, envolvendo corruptos e corruptores, numa via de mão dupla, sobressai um elemento que foi fundamental para que isto tudo ocorresse. Foi a condenação de figuras exponenciais da ORCRIM (organização criminosa, SEGUNDO o Antagonista) que se instalou no País a partir de 2003 e, nesse momento quase sublime da Justiça brasileira, a surgência do seu protagonista que, contra o esforço de "levianosquis" da vida e outras forças de bastidores, levou adiante, mesmo contra alguns preceitos da fidalguia, o processo do MENSALÃO que condenou e aprisionou elementos (segundo a linguagem policialesca) da dita organização.
Esse protagonismo foi exercido por Joaquim Barbosa que, ao que tudo indica, é seguido por Moro e a equipe do Ministério Público que o acompanha nas investigações.

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A cabeça dos oligarcas (Elio Gaspari, para o jornal Folha de São Paulo, de 22.07.2015)

Em 11 de setembro de 2001, o vigarista Bernard Maddoff achou que suas fraudes não seriam descobertas
Marcelo Odebrecht está preso e foi indiciado pela Polícia Federal. Em sua cela no Paraná, mantém um diário do cárcere. Os barões da Camargo Corrêa foram condenados e, na oligarquia política, fabrica-se uma crise institucional. Houvesse ou não uma Lava Jato, a desarticulação do Planalto envenenaria as relações com o Congresso. Ademais, essa crise tem um aspecto inédito. De um lado, estão servidores a respeito dos quais não há um fiapo de restrição moral ou mesmo política. São os magistrados e os procuradores. Do outro lado está o outro lado, para dizer pouco. Nunca aconteceu isso na vida pública brasileira.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, estaria retaliando o governo ao permitir a criação de uma CPI para investigar os empréstimos dos BNDES. Há uma armadilha nessa afirmação. Ela pressupõe uma briga de quadrilhas, com Cunha de um lado e o Planalto do outro. Ou há esqueletos no BNDES ou não os há. Se os há, a CPI, bem-vinda, já deveria ter sido criada há muito tempo. Se não os há, nada haverá.
A verdadeira crise institucional está nas pressões que vêm sendo feitas sobre o Judiciário. Quem conhece esse mundo garante que nunca se viu coisa igual. Se as pressões forem bem sucedidas, avacalha-se o jogo. Cada movimento que emissários do governo fazem para azeitar habeas corpus de empresários encarcerados fortalece a ideia de que há um conluio entre suspeitos presos e autoridades soltas. Ele já prevaleceu, quando triturou-se a Operação Castelo de Areia.
Em 2009, a Camargo Corrêa foi apanhada numa versão menor da Lava Jato. Dois anos depois, ela foi sedada pelo Superior Tribunal de Justiça e, há meses, sepultada pelo Supremo Tribunal Federal. Agora o ex-presidente da empresa e seu vice foram condenados (com tornozeleira) a 15 anos de prisão. O ex-presidente do conselho de administração levou nove. Desta vez a Viúva foi socorrida por dois fatores. O efeito Papuda, resultante da ida de maganos e hierarcas para a cadeia, deu vida ao mecanismo da colaboração de delinquentes em busca de penas menores. Antes, existiam acusações, agora há confissões. Já são 17. A Castelo de Areia não foi uma maravilha técnica, mas a sua destruição será um assunto a respeito do qual juízes não gostarão de falar.
Quem joga com as pretas tentando fechar o registro da Lava Jato sabe que a Polícia Federal e o Ministério Público estão vários lances à frente das pressões. Da mesma forma, quem se meteu nas petrorroubalheiras sabe que suas pegadas deixaram rastro. Curitiba dribla como Neymar. Quando baixa uma carta, já sabe o próximo passo.
Afora os amigos que fazem advocacia auricular junto a magistrados, resta a ideia da fabricação da crise institucional. Ela seria tão grande que a Lava Jato passaria a um segundo plano. É velha e ruim. Veja-se por exemplo o que aconteceu ao vigarista americano Bernard Maddoff: na manhã de 11 de setembro de 2001, ele sabia que seu esquema de investimentos fraudulentos estava podre. (Era um negócio de US$ 65 bilhões.) Quando dois aviões explodiram nas torres gêmeas de Nova York e elas desabaram, matando três mil pessoas, ele pensou: "Ali poderia estar a saída. Eu queria que o mundo acabasse".
Madoff contou isso na penitenciária onde, aos 77 anos, cumpre uma pena de 150 anos.

PANEM ET CIRCENSES

Boa, muito boa essa pegada do Josias. Também eu fiquei indignado com a aprovação da louvação ao roubo de praticado por um contexto dito esportivo. Roubo, porque sabemos como funciona o mundo do futebol, eivado de interesses financeiros de alguns; negociatas; valorização de jogadores que não são atletas, mas apenas elementos de troca e de ganhos, deles e de outros; corrupção de árbitros; e, agora, a constatação da corrupção na CBF. No outro lado,a economia brasileira em crise, levando à diminuição dos direitos trabalhistas (não pretendo discutir se as medidas são oportunas ou não, apenas menciono o fato), a população enfrentando o aumento dos preços de produtos básicos, o aumento dos impostos para pagar os rombos nas contas públicas, causados pela má administração de incompetentes, oportunistas e ladrões, além, claro!, de enganadores, aqueles que dizem uma coisa na campanha eleitoral e, depois, praticam outra.
Então, o momento deveria ser de seriedade, mas, não!, é de pão e circo, como sugere o Perrela (aquele, do helicóptero com cocaína). Resumindo o circo já está garantido, mas o pão, talvez falte para a festa do povo.


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(por JOSIAS DE SOUZA, 14/076/2015)

Em tempos de inflação sufocante e desemprego florescente, surgiu uma saída para os agrupamentos de brasileiros encalacrados. Todas as famílias em dificuldades devem dissolver-se como famílias e reagruparem-se como clubes de futebol. As famílias não têm a quem recorrer. Os clubes dispõem da simpatia do governo e do apoio da bancada da bola no Congresso. Para as famílias, nada. Para os clubes, parcelamento camarada das dívidas, perdão de encargos e a renda de loterias novas para reforçar o caixa.
Sem fazer muitos questionamentos, os senadores aprovaram na noite desta segunda-feira a medida provisória que cria o Profut, Programa de Modernização do Futebol Brasileiro. Sob atmosfera de ‘vamos lá minha gente’, parcelaram-se em 240 meses as bilionárias dívidas fiscais, previdenciárias e trabalhistas dos clubes. Para abastecer-lhes as arcas, criaram-se duas novas loterias. Como os mimos já haviam passado pela Câmara, seguiram para a sanção presidencial.
O futebol brasileiro é feito de dívidas e nostalgia. Suas glórias só existem no replay esmaecido dos lances de um passado remoto.Embora geridos por homens de bens, os clubes nacionais se esqueceram de dar lucro. Deus, como se sabe, é brasileiro. Mas o diabo é europeu. E aproveita-se da penúria dos clubes para levar embora craques mal apartados da mamadeira. Sobre os gramados nacionais, ermos de talento, brotam apenas ideias exóticas —como mais esse Probola.
A proposta aprovada no Congresso impõe um lote de exigências de gestão e responsabilidade financeira. Que serão desrespeitadas ao longo do tempo. Até o lançamento de um novo plano de socorro. Sob Lula, criou-se a Timemania, uma loteria cuja renda foi destinada prioritariamente aos clubes. Dizia-se à época que a grana serviria para liquidar-lhes as dívidas. A nova operação-resgate é a mais eloquente evidência de que não funcionou.
Pois agora, além de rolar os débitos dos clubes, o Estado deu à luz mais duas loterias: uma raspadinha chamada Lotex e uma bolsa de apostas sobre os resultados de competições esportivas. São escândalos esperando para acontecer. A exploração não ficará com a Caixa Econômica Federal. A proposta enviada para a sanção de Dilma autoriza a privatização.
Sete em cada dez brasileiros que testam a sorte nos jogos de azar oficiais têm renda inferior a três salários mínimos. Além da Timemania, o cassino estatal já administra os seguintes jogos: Loteria Federal, Loteria Esportiva, Loteria Instantânea, Mega-Sena, Lotomania, Quina, Dupla Sena, Lotofácil e Lotogol. Na prática, todos esses jogos são uma forma disfarçada de tributar o pedaço mais pobre da arquibancada.
Juntos, os clubes de futebol conseguem muito mais do que as famílias brasilerias. Injusto, muito injusto, injustíssimo. Não resta a você senão correr para fundar o Fulano Futebol Clube, que se juntará ao Beltrano Clube de Regatas. Ex-cartola, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) celebrou o novo Probola: “Não há nenhum tipo de privilégio. Houve, sim, um bom senso do governo de entender que, salvando o futebol está salvando a alegria do povo''. Reagrupado como clube, você pode requerer do governo a troca da sua alegria por algo mais palpável.

SUJEIRA EXPOSTA PELA AÇÃO DE DENUNCIADO PELA JUSTIÇA

Eis a sujeira exposta e saída da mente de um denunciado pela Justiça, em nítidos esforços para ludibriar as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Tudo isso é estarrecedor e precisa de ações incisivas e destemidas, como vêm sendo realizadas, para criminalizar bandidos que cometem crimes de lesa-humanidade, contras populações nacionais, desaparecendo com recursos financeiros que seriam para garantir a vida de pessoas.





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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ
DELEFIN/DRCOR/SR/DPF/PR
1
OPERAÇÃO LAVA JATO 14
RELATÓRIO DE ANÁLISE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA Nº 417
Do: APF WILIGTON GABRIEL PEREIRA
Ao: DPF EDUARDO MAUAT DA SILVA
IPL: 1315/2014-4 SR/DPF/PR
Referência: Mandado de Busca e Apreensão nº 796211
Senhor Delegado,
Encaminho a Vossa Excelência o presente relatório preliminar de análise
dos materiais arrecadados na Rua Joaquim Candido de Azevedo Marques, 750, casa
319, lote 19, quadra 3, Jardim Pignatari, São Paulo/SP, tendo por alvo MARCELO
BAHIA ODEBRECHT, CPF 487.956.235-15, em cumprimento ao mandado de busca e
apreensão nº 796211, expedido nos autos 5024251-72.2015.4.04.7000/PR, em trâmite
na Seção Judiciária de Curitiba/PR.
I - Do material Apreendido:
Abaixo segue descrição dos materiais apreendidos e suas referências de
espelhamento conforme Laudo Pericial 1386/15 SETEC/SR/DPF/PR.
Item
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
01 01 3040/15 DVD
UM CELULAR IPHONE, MOD. A1457, IMEI:
352049064551592 – COR PRETA/CINZA
(QUARTO DE MARCELO ODEBRECHT).
03 05 3040/15 DVD
UM CELULAR NOKIA – MOD. 6555 – IMEI
357693/01/01081313 – COR PRETA/PRATA
(ESCRITÓRIO DE MARCELO ODEBRECHT)
06 15 3040/15 DVD
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
863487024185634 – NR 305.299.5725 COR
PRETA (QUARTO DO CASAL DE MARCELO
ODEBRECHT)
07 15 3040/15 DVD
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
86348702366078 – COR PRETA (QUARTO DO
CASAL DE MARCELO ODEBRECHT)
08 15 3040/15 DVD
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
863487024168614 – NR 305.301.2994 - COR
PRETA (QUARTO DO CASAL DE MARCELO
ODEBRECHT)
09 15 3040/15 DVD
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
863487024169232 – NR 305.298.9116 - COR
PRETA (QUARTO DO CASAL DE MARCELO
ODEBRECHT).
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2
10 15 3040/15 DVD
UM CELULAR IPHONE, MOD. A1332, IMEI:
012839005033920 – COR PRETA (QUARTO DE
MARCELO ODEBRECHT)
11 18 3040/15 DVD
UM CELULAR IPHONE, MOD. A1428, IMEI:
013423004159710 – COR PRETA/CINZA –
DANIFICADO - CONTENDO UM PAPEL COM
LEMBRETE – NR 25629 (QUARTO DE ESTUDO -
MARCELO ODEBRECHT)
II - Da análise:
A análise é realizada utilizando-se o material espelhado, sendo
referendados neste relatório somente os dados que em tese possam ser úteis para a
investigação em tela, ressalvo, porém, que em determinados pontos deste relatório
foram colocadas tarjas a fim de preservar informações sobre possíveis agentes cujos
cargos detém prerrogativa de foro.
Os itens serão analisados de forma individual, visando melhor clareza para
aqueles que o utilizarão futuramente.
III – Do material analisado:
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
01 01 3040/15
UM CELULAR IPHONE, MOD. A1457, IMEI:
352049064551592 – COR PRETA/CINZA
(QUARTO DE MARCELO ODEBRECHT).
Inicialmente a identificação do aparelho celular apreendido.
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3
Prosseguiremos com a análise dos dados extraídos da memória do aparelho
supracitado, pertencente a Marcelo Bahia Odebrecht, dando destaque as informações
encontradas na pasta “Calendario”, abaixo comentadas:
Registrada sob o número 10103, com data de 21/04/2015, a anotação diz
respeito a situação da Odebrecht perante organismo internacionais de investimentos
(MIGA – Multilateral Investment Guarantee Agency e o IFC – International Finance
Corporation), em decorrência da Operação Lava Jato.
10103 Assunto: MIGA/IFC/BID: Lauca Acoes (nota),
ASilveira, Levy, IFC, BID
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
Em suma de nada adianta tentarmos nos defender. E
até soa mal para eles.
O que temos que mostrar eh que este caso eh unico,
e não necessariamente sera viavel ou efetivo as
investigações
independentes (ja que as oficiais estao ocorrendo), e
que a
quantidade de empresas do mundo todo envolvidas
exige que eles concentrem as suas suspensoes
apenas ao setor
envolvido /sob suspeita (oque Angola tem haver por
exemplo com o caso Petrobras?)
Acho que devo ir a DC para conversar com eles (no
caso do BID com Moreno) na sequência do retorno de
Loy.
Veja se neste interim alguém do BID pode vir ao
Brasil falar
conosco.
O Loy disse que soou muito mal no IFC e MIGA o fato
de
termos dito que eh um complo da midia (ele usou até
a
palavra que fizemos um "des-servico"). Mas isto foi
logo no
inicio da conversa.
Depois acho que ele ficou meio impactado que o tema
nao eh tao simples.
Os principais argumentos que usei e que fizeram ele
reconsiderar nova conversa com equipe IFC/MIGA
foram:
1) Que nao ja estamos sendo investigados (pelo MPF
e PF). E que diferente do US onde existe o Instituto
da investigação independente, aqui nao existe e pode
até ter o risco de ser visto como a empresa se
preparando para inclusive obstruir provas. Eu disse
que estamos até correndo o risco na Braskem mas la
ela menor por ser no Supremo e termos a justificativa
da SEC. Ou seja eu disse que nao eh uma decisao
simples, inclusive pelas leis brasileiras e dado a
investigacao oficial abrir esta investigacao
independente.
2) que esta investigacao custa uma fortuna, que pela
leis
brasileiras nao vale nada (pode até ser mal vista) e
pode até demorar mais que a investigacao oficial ja
em andamento.
3) que o foco ao contrario de todos os casos que eles
lidaram até agora nao eh denuncia de praticas de
Categoria: Tarefas
Lembrete:
Prioridade: Desconhecido
Status: Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia: Nenhuma
Repetir regra: Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
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4
corrupção de uma unica empresa isolada, mas sim de
centenas de empresas na relacao com Petrobras.
Ou seja este eh um caso unico que nunca houve e
que deve ser por eles melhor entendido antes de
pararem "o mundo".
4) que nao podemos envolver as nossas outras
centenas de empresas com sócios nesta questao
envolvendo um único Negócio (OEI). Até pelo custo
de uma investigacao destas.
5) que existem centenas de empresas citadas (Mitsui,
Samsung, Jurong que eh controlada na Temasek,
Fels,
Toshiba, etc) e que se eles adotassem este
procedimento
com a Odebrecht o teriam que fazer com todas as
demais
empresas com impactos gigantescos ao redor do
mundo.
(aqui eh importante MRF correr com o material que
pedi das copias de todos os depoimentos que citam
empresas, em especial as estrangeiras). Eu disse até
que o governo de Angola seria um que cobraria do
MIga/IFC por esta
irracionalidade (EB era isto que ia lhe falar).
Acho que pisamos na bola mesmo.
Nos preocupamos com bancos e sureties mas nao sei
se
fomos ao Banco Mundial/MIGA/IFC explicar a
situacao e
mante-los atualiza-dos sobre o LJ, nossa situacao e o
que
estamos fazendo.
Talvez pelo fato de que, se nao me engano, o unico
deal em andamento com o sistema Banco Mundial era
este de Lauca, e para o qual deveríamos ter dado
mais atencao previa aos efeitos do Lava-Jato
(aproveito para ressaltar a importância de todos os
LEs anteciparem as consequências do LJ no seu
Negocio, muitas das quais nao sao perceptiveis antes
de explodirem).
Os interlocutores de Poncioni sugerem uma linha de
acao
com algumas pessoas tanto por cima quanto por
baixo, que devemos contemplar.
Marco:
Veja com Poncioni e me acione se precisar apoio e na
volta de MD alinhe com ela como coordenar melhor
esta acao junto ao Sistema Banco Mundial.
Resgate tb com FJ alguma outra relacao que tivemos.
Na ausência de MD esta semana peço coordenar
outros
contatos/acoes importantes ja deflagando as acoes
amanha:
1º) IFC (que parece que foi a origem de tudo): eh com
quem temos tido mais contato/relacao. Da ultima vez
que o Senior Management deles veio aqui os coloquei
em contato com Cesena pois havia uma agenda
comum de infra para influenciar BNDES e Gov.
Federal para concessões e PPPs.
MD tb ficou em contato com eles. Veja com Cesena
se ele ou vc fala com eles. Sugiro procurar 1o o
responsável pelo Brasil, mas tambem o Pres Mundial
do IFC. Qualquer dificuldade Darci deve ter o contato,
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e se achar que precisa eu mesmo posso falar com
ele(s).
2º) Miga: avaliar tb com Barretto
3º) BID (de onde tb parece que houve ruido o que
acho
estranho até pelos contatos que tive com o Senior
Management no Panama): importante Jayme procuralos
logo esta semana (assim com na sequência a
CAF, BES, etc) antecipando os esclarecimentos da
nossa situacao, oque estamos fazendo etc. Atentar
para a importância de preservar a linha de surety que
temos junto com a AIG, que passa a ser fundamental
até por questao reputacional. Jayme tem que avaliar
como o BID pode nos ajudar e até se for o caso de
sabendo o que ocorreu de comunicado do BID para o
Banco Mundial, eu mesmo ligar para o Moreno.
Tenho alertado, desde que este tema surgiu,
exatamente
O que indicam os interlocutores de Poncioni, de que
até o
momento (fora do âmbito penal/juridico) este eh o
problema mais grave que nos defrontamos até o
momento. Não podemos minimizar o impacto deste
tema pela nossa baixa exposicao direta ao
MIGA/IFC/Banco Mundial. Cair em uma lista negra do
Banco Mundial tem implicacoes gravissimas e
consequências amplas no sistema financeiro.
Vou tb falar com Levy sobre este tema, mas preciso
estar
melhor capacitada dos 1os encontros de vcs e por
Antonio
Silveira.
From: Ernesto Sa Vieira Baiardi
Sent: Tuesday, April 21, 2015 01:22
A anotação registrada sob o número 10048, desdobra-se em diversos temas
e diz respeito a Operação Lava Jato, sobre os quais foram realizados breves
comentários.
10048 Assunto: LJ: ação JES/JW? MRF vs agenda BSB/Beto.
Notas Dida/PR/açoes MRF. Agenda (Di e Be). limp/prep
E&C. Desbloq OOG. Dossie? China? Band? Roth?
Integrante OA? Minha cta Tau? Perguntas CPI. Delação
RA? Arquivo Feira, V, etc. Volley ok? Panama?
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
Acoes B
- Parar apuracao interna (nota midia dizendo que
existem
para preparar e direcionar).
- expor grandes
- para apuracao interna
- desbloqueio OOG
- blindar Tau
- trabalhar para parar/anular (dissidentes PF...)
Ações MRF:
Toron vs cartel
OAB
Rio vs multis
Categoria: Tarefas
Lembrete:
Prioridade: Desconhecido
Status: Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia: Nenhuma
Repetir regra: Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
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6
INVESTIGACAO INDEPENDENTE:
Na 4ª ou 5ª preciso conversar com vc sobre isto,
inclusive
para re-ratificar algumas de nossas decisoes.
Seria bom chamar GV e AJ.
Neste interim me ajudaria se soubermos algumas info
dos
casos da Siemens, Alstom e Marubeni. Em especial:
- se houve alguma investigacao oficial/condenacao nos
seus paises de origem. E se houve foram antes, durante
ou após esta apuracao independente do DOJ.
- as investigações independente no contexto do
Doj/FCPA
foram feitas localizados ou em todas as empresas da
Organizacao.
- qual a(s) denuncia(s) que detonaram os casos.
MEET IFC:
- apos analisar e-mails CR e se pudermos restringir a
OEI
pode realmente valer a pena contratar adv US. Mas a
depender dos e-mails CR ou se expandir para demais
LES pode ser pior ter alguém com tanto acesso.
- padrao jabuticaba ou US?
- Risco sistêmico IFC/MIGA?
- Podemos resolver soh com OEI?
- quem poderia ser o sponsor e que condicoes
(MIGA/IFC,
CGU...)?
- e-mails desde quando?
Delação/fallback (RA)
- livrar todos e soh eu.
- era amigo e orientado por eles pagou-se Feira de cta
que eles mandaram. ODB pagava campanha a priori,
mas eh certo que aceitava algumas indicações a título
de bom
relacionamento. Campanha incluindo caixa 2 se houver
era soh com MO, que não aceitava vinculacao. PRC soh
se foi rebate de cx2
Armadilha Bisol/contra-infos. RA? EA/Veja? Meet, VH,
JS
CMP e MG? Defesa RA? Conv. Curitiba. Sw (CNO vs
Pessoal vs RA vs as dos BOs? PKB?)...
MRF/DV/CDN/Nizan: tatica Noboa de eu me expor?
Nosso risco eh a prisao
Nota artigo: delações sob carcere + cercear imprensa +
cartel vs big picture
Nota AM: Notificação PB, acordo CGU, Grupo
economico e BNDESEXIM (junto com pedido encontro
Abrace)
Grupo econ/BNDES-EXIM?
Acordo Leniência CGU?
Swiss: Pic (declarar ctas já) RA, PKB...). Eu
Medidas prev defesa (nota).
Reestruturação societária da CNO
Coordenação comunicação? Porta Voz?
Filhas LP e RP falaram?
Midia?
Galvão?
Afinal oque tem contra RA e MF? Risco Swiss? E EUA?
FP:
- ela cai eu caio
- dar a dimensao
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- perfil novo PR PB e alinhamento conosco
Medidas prev defesa
1) Prioridade eh integrantes
2) atacar ajuda na imagem e defesa
3) hora de fazer eh com esta diretoria
- devolver contratos PB, ou pelo menos forçar encontro
de
conta e entrar justiça Comperj e Renest
- mudanças macro, antecipando transição MF para o 1º
sem (se MF assim preferir)
Notas SR (ouvido de vários interlocutores com quem eu
tenho falado)
1º) revolta com prisão para forçar delação, inclusive de
amigos
2º) cancelamento qq festividade
3º) segurança que ao financiar se livrou de ter que pagar
propina por seus executivos
4º) qd perguntado se financiar envolvia Caixa 2 mudava
de assunto.
Reunião com LE/DE:
- Revisitar os principais processos com parceiros para
reblindar as operações.
- Estar atentos aos impactos de imagem, operacionais,
financeiros e legais no seus Negócios.
- Prioridade total para liquidez. Além do balanço 2014 da
CNO.
MF/RA: não movimentar nada e reimbolsaremos tudo e
asseguraremos a familia. Vamos segurar até o fim
Higienizar apetrechos MF e RA
Vazar doação campanha.
Nova nota minha midia?
GA, FP, AM, MT, Lula? ECunha?
PV
Alguém acusar PR?
Pendências c/ Gov.
WF/RT vs ABIDB
PASSOS:
1º) Estancar as duas hemorragias até esta 2ª (24/11):
• Sustar reunião de 25/11 (ver nota lacrada), e que esta
quando ocorrer, seja no âmbito do STF
• STF não negar Reclamação Engevix hoje, e se buscar
o conforto necessário semana que vem para que seja
aceita.
2º) Tratar a doença crônica
• Sustada a reunião de 25/11, já esta se trabalhando
para blindar as operações de modo que não chegue
aqui, e não
exponha os destinatários diretos e indiretos.
• Acatada a ação Engevix, e com o tema já no âmbito do
STF, para-se a sequencia de delações premiadas
(atuais e potenciais), e pode-se deflagar os planos de
ações já concebidos, mas que precisam de tempo, e
também do apoio do governo para terem sucesso.
Outras ações necessárias no curto prazo/indentificação
de interlocutor:
• Ter contato junto ao BB, BNDES e CEF para
agilizarem os financiamentos em fase de
aprovação/desembolso das empresas envolvidas, de
modo a não aumentar o stress e pressão sobre elas.
Quem?
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• Idem relativo a faturas da Petrobras cujo mérito já foi
aprovado pelas áreas técnicas, mas que estão seguras
pela DE. Quem?
• Ter contato ágil/permanente entre o grupo de crise do
governo, e nós para que informações sejam passadas e
ações coordenadas. Quem?
EUA (qual a base que usam para investigar?)
RA vs cc Sw (direção fluxo? Delação dos envolvidos?)
Reunião com mulheres?
Blindagem PJ CNO?
Plano contingência financeiro (entender e se alinhar com
UTC e OAS)
Nos casos acima entender as demais empresas
Mauricio,
Acho que deveríamos - até por dever de compliance,
mas tb para termos esta prova de nossa diligencia
perante eventualmente US e CGU, e ou outro uso no
futuro – contratar
um escritório de advogacia para preparar um amplo
relatório
encima de uma due diligence dos temas Petrobras e
correlatos, incluindo:
1. Pgto Treviso/JC e sua devida justificativa
2. Pgto Sanko e sua devida justificativa
3. Relato sobre os contatos que tivemos com Y. e as
devidas justificativas
4. Relato sobre nossos contatos/relações com PRC, e
as
devidas justificativas. Desde o CA Braskem, até os
contatos havidos com ele já como consultor e que não
resultaram em nenhum negócio
5. Todas as doações de eleitorais de todas as
companhias da Organizaçao desde 2006, e quem as
definia (ficará claro que as pessoas envolvidas no tema
Petrobras da OEI não tem relação com as doações de
campanha) reforçando meu argumento sobre nosso
postura legitima de se posicionar “a priori”, para não ter
que ceder - ai sim de modo ilegal - “a posteriori”.
Quanto antes começarmos e termos o resultado melhor.
Artigo:
- Ponderei muito e com meus colegas antes de escrever
- não questionar investigação, mas sim os métodos.
- o instituto da delação foi feito para sob a perspectiva
de uma condenação dar a opção de delação em busca
de um alvo maior, mas não para que pessoas em série
seja detidas, em tortura psicológica, e prisões
temporárias e preventivas, sem condenação ou risco a
sociedade, façam delação, eliminando o processo
investigativo normal.
- conheço muito e são pessoas de bem, que poderiam
depor e prestar todo esclarecimento em liberdade.
- as empresas vem sua imagem expostas por
vazamentos e denuncias seletivas, sem poderem ter
acesso a toda info (siligosa) para se defender.
- se houve cadê os que ganharam com isto pois
certamente não foram as empresas pois ao contrário do
imaginário comum, eh soh ver o frágil balanco/resultado
das mesmas. Se o fazem são intermediários de alguém
que ganha com isto.
- a investigação com relação a políticos fica bloqueada e
em suspense, enquanto os empresários são execrados,
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e com as delações direcionadas para não envolver
políticos oque irá dificultar depois a devida apuração.
Quando pelo interesse publico, é onde deveria haver até
mais celeridade e transparência, dado que o impacto
para o Pais de uma supeita sobre um Ministro ou
congressista é muito maior do que de algumas
empresas.
Um dos primeiros itens trata da “ação JES/JW?”, onde JES, pode ser
referência a Jose Eduardo Senise ou a Jes Staley, do J.P.Morgan e JW é Jaques
Wagner, contudo não houve avanço sobre o conteúdo do assunto.
O segundo tema diz respeito a “MRF vs agenda BSB/Beto”, onde MRF se
refere a Mauricio Roberto de Carvalho Ferro, apesar de constar também na agenda do
telefone o nome de Marcelo Roberto de Carvalho Ferro, contudo aquele é o vicepresidente
jurídico da Odebrecht.
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Já Beto (BSB/Beto), pode se referir a Beto Ferreira Martins Vasconcelos,
secretário nacional de justiça, inclusive, seus dados são de Brasília.
Com relação ao tema “Notas Dida/PR/ações MRF. Agenda (Di e Be)”,
onde Dida se refere a Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e atual
presidente da Petrobrás; PR é designação de Presidente, mas não identifica de qual
entidade e MRF é Mauricio Roberto de Carvalho Ferro, sendo que as “ações MRF” são
listadas pelo próprio Marcelo Odebrecht, quais sejam: “Toron (advogado) vc cartel”;
“OAB” e “Rio vs multis”, para esta última não foram encontrados maiores detalhes.
Para “Roth?” temos duas referências na lista de contatos do aparelho de
Marcelo Odebrecht, quais sejam: Jurg Roth (cidadão com dupla nacionalidade, suíça e
brasileira, economista) e Fernando Roth Schimidt (Secretário de Governo da Bahia).
Com relação a expressão “Minha cta Tau?” não foram encontradas outras
referências que permitem uma melhor compreensão e individualização, somente a
preocupação de Marcelo Odebrecht com a mesma, visto que ainda anotou a
necessidade de “blindar Tau”.
A referência encontrada para a palavra Tau, é de que trata-se da última letra
do alfabeto hebraico e é um símbolo franciscano.
Marcelo Odebrecht também faz menção a “Delação RA?”, aqui a sigla RA,
tanto pode significar Rafael Ângulo, o qual já fez delação premiada, bem como pode
identificar Rogério Araújo, diretor da Odebrecht, devendo a expressão ser interpretada,
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neste caso, como a indagação da existência ou não, nas várias delações premiadas, de
material prejudicial a Rogério Araújo.
Marcelo ainda elenca outros passos que devem ser tomados identificandoos
como “ações B”, tido aqui como uma espécie de plano alternativo ao principal.
Dentre tais ações estão “parar apuração interna”, “expor grandes”, “desbloqueio OOG”
(Odebrecht Óleo e Gás), “blindar Tau” e “trabalhar para para/anular (dissidentes PF
...)”.
Chama a atenção esta última alternativa, cuja intenção explicita de Marcelo
Odebrecht, conforme suas próprias palavras é para/anular a Operação Lava Jato, não
cabendo aqui outra interpretação, uma vez que a operação está indicada pela sigla LJ
como assunto destas anotações.
Indo além, temos a menção “dissidentes PF...”, uma referência clara a
Polícia Federal, ou pelo menos a alguns de seus servidores, ora, ao que parece pela
leitura do todo (anotações), Marcelo teria a intenção de usar os “dissidentes” para de
alguma forma atrapalhar o andamento das investigações, e, se levarmos em
consideração as matérias (grampo na cela, descoberta de escuta, vazamento de gás,
dossiês) veiculadas nos vários meios de comunicação, nos últimos meses, que versam
sobre uma possível crise dentro do Departamento de Polícia Federal, poder-se-ia,
hipoteticamente, concluir que tal plano já estaria em andamento.
Interessante também a colocação de Marcelo sobre a ação judicial movida
pela Engevix buscando a anulação das delações premiadas já realizadas no âmbito da
Operação Lava Jato, para ele, caso a corte suprema positivasse a anulação pretendida,
poder-se-ia “deflagar os planos de ações já concebidos, mas que precisam de
tempo, e também do apoio do governo para terem sucesso.”
No tópico “Investigação Independente”, Marcelo faz menção as siglas GV,
AJ e CR, respectivamente Gustavo Valverde, Adriano Juca e Cesar Rocha, os dois
primeiros sob a perspectiva de que seria bom os mesmos estarem presentes na reunião,
já quanto a Cesar Rocha, o foco seria a análise de seus e-mails.
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No tópico “Delação/fallback (RA)”, indica estar relacionado a Rogerio
Araujo, sendo que as anotações de Marcelo informam que aquele “era amigo e
orientado por eles pagou-se Feira de cta que eles mandaram”, não foi possível
estabelecer o significado atribuído a Marcelo para a palavra feira, contudo, presume-se
que esteja diretamente relacionada a distribuição de valores para pagamentos de contas
estranhas a operação normal das atividades econômicas do grupo Odebrecht, tal
assertiva se baseia em anotações datadas de 09/01/2013 (registrada sob o número
4923), onde Marcelo utilizada tal palavra vinculando-a ao número 40 e a Vaca (alusão
a Vaccari).
Continuando, ainda relacionado a Rogerio Araújo, Marcelo ainda utiliza
diversas siglas como PRC, EA, VH, JS, CMP, MG, as quais possivelmente se referem
a Paulo Roberto Costa, Euzenando Azevedo (Odebrecht), Vitor Hallack (Camargo
Correa), José Serra (Senador), Cesar Mata Pires (OAS) e Miguel Gradin.
Identificação de Vitor Hallack (VH)
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Identificação de Jose Serra (JS) o telefone da secretária (11) 3087.1450 está
registrado em nome de Jose Serra, o endereço da Joaquim Antunes, possui telefone
(11) 2157.2104 registrado em nome de Jose Serra.
Identificação de Cesar Mata Pires (CMP)
Identificação de Miguel Gradin (MG)
Outro ponto interessante é a menção a uma “tática Noboa” para exposição
de Marcelo, sendo que o risco avaliado é a prisão, tal tática está ligada as siglas MRF,
DV, CDN e Nizan, respectivamente Mauricio Roberto de Carvalho Ferro, Daniel Villar,
CDN Comunicação (grupo ABC de Nizan Guanaes) e Nizan Guanaes. Não foram
encontradas definições no que consiste tal tática, contudo, para o nome Noboa,
encontramos três ocorrências na agenda de contatos de Marcelo Odebrecht, a seguir:
Antonio Noboa, Alvaro Noboa e Daniel Noboa (filho de Alvaro).
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Ainda em relação a Rogerio Araujo, temos referência a Suíça (Swiss),
precisamente a bancos com sede na Suíça (Pictet, PKB), no que diz respeito a conta no
Pictec, Marcelo anota que precisa “declarar ctas já”.
Marcelo também anota um questionamento sobre o que teria contra Rogerio
Araújo e Márcio Faria, indicando a interrogação do risco suíça e questionando algo dos
EUA. A referência a Rogerio Araújo e conta corrente na Suíça é constante, indicando a
preocupação de Marcelo com a mesma, como pode ser observado na anotação “RA vs
cc Sw (direção fluxo? Delação dos envolvidos?)”
Adiante Marcelo utiliza a sigla FP – verificando as demais anotações
constantes do aparelho em análise, verifica-se que tais letras são as iniciais de
Fernando Pimentel (atual governador de Minas Gerais) – para escrever a enigmática
frase “ela cai eu caio”.
Inclusive o endereço supracitado é o mesmo encontrado no cadastro de
pessoa física (CPF) de Fernando Damata Pimentel.
Outro ponto polêmico na anotação 10048, se refere a questão urdida por
Marcelo para que Marcio Faria e Rogério Araújo não movimentem nada e que serão
reembolsados, bem como terão suas famílias asseguradas, pelo que se verifica, tratase
de estratégia para que Marcio Faria e Rogerio Araújo não movimentem contas
bancárias (remanescendo a dúvida se tais contas seriam nacionais ou não), que todos
os gastos dos mesmos serão ressarcidos, bem como suas famílias não sofrerão
desgastes financeiros.
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Temos ainda a clara intenção de Marcelo em proteger Marcio Faria e
Rogério Araújo, quando este anota que é preciso “higienizar apetrechos MF e RA”,
para evitar distorções no significado de tal expressão, temos que higienizar significa
“tornar limpo ou higiênico”, e apetrecho condiz com “acessórios, ferramentas,
instrumentos, etc”, desta forma a referida anotação traduz a ideia de que os apetrechos
(a exemplos de telefones, tabletes, notebooks, pendrives, etc) sejam limpos, impedindo
assim que em possível apreensão, tais apetrechos possam conter informações
prejudiciais aos supracitados.
Marcelo ainda anota que é preciso “vazar doação campanha”, mas não
especifica sobre qual campanha, nem candidatos. Em outro ponto questiona um nome
para ter contato “ágil/permanente” com o grupo de crise do governo, visando o repasse
de informações, bem como a realização de “ações coordenadas”.
Marcelo ainda anota as seguintes siglas: GA, FP, AM, MT, Lula e ECunha,
acompanhadas de ponto de interrogação, contudo, sem relaciona-las diretamente a
qualquer assunto. Tais siglas se referem possivelmente a Geraldo Alckmin, Fernando
Damata Pimentel, Adriano Sá de Seixas Maia (diretor jurídico da Odebrecht Transport),
Michel Miguel EliasTemer Lulia, Lula e Eduardo Cunha.
Identificação de Geraldo Alckimin (GA)
Identificação de Adriano Maia (AM)
Identificação de Michel Temer (MT), mesmo endereço consta em seu CPF.
Marcelo ainda faz anotações dirigidas para Mauricio, possivelmente trata-se
de Mauricio Ferro (MRF), onde fala de necessidade de contratar um escritório de
advocacia para preparar relatório com base na due diligence dos temas Petrobras,
incluindo:
1. Pgto Treviso/JC e sua devida justificativa
2. Pgto Sanko e sua devida justificativa
3. Relato sobre os contatos que tivemos com Y. e as devidas justificativas
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4. Relato sobre nossos contatos/relações com PRC, e as devidas
justificativas. Desde o CA Braskem, até os contatos havidos com ele já
como consultor e que não resultaram em nenhum negócio
5. Todas as doações de eleitorais de todas as companhias da Organizaçao
desde 2006, e quem as definia (ficará claro que as pessoas envolvidas
no tema Petrobras da OEI não tem relação com as doações de
campanha) reforçando meu argumento sobre nosso postura legitima de
se posicionar “a priori”, para não ter que ceder - ai sim de modo ilegal -
“a posteriori”.
E por fim, Marcelo anota pontos que abordará em seu artigo, onde o mesmo
pondera que conhece as pessoas envolvidas, que seriam pessoas “de bem” e poderiam
prestar esclarecimentos em liberdade.
A anotação registrada sob o número 9970, não datada, desdobra-se em
diversos temas, sobre os quais foram realizados breves comentários.
9970 Assunto: NS/MRF: Geração na OAI AV vs Falcão. Gs?
Patrick? IOF cc Carta MGF? PRC ação cta Já (nota)? Gs vs
Nancy/Juíza BA (ver nota mitigação riscos). JEC vs MGF?
Vera ok? AJ vs PJ CNO? PRC/Suíça. PV? Total? MG vs
Cuba? Risco US? Aprox STJ .
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
Estas duas CIA’s continuam em andamento, lideradas por
dois “xiitas” (Cel Arruda no Comperj e Gerson na Rnest),
completamente soltos (pautados pela Midia) e com seguinte
linha de pensamento: temos que encontrar “culpado” caso
contrário vamos ser acusados de “incompetentes e/ou
coniventes”!
Daí vão sair dois Relatorios “quadrados” para o MPRJ e que
certamente serão requisitados pelo MPF!
Nota PRC
Ir estrangeiro (Ramon, Sonnenberg...) já é assumi ser
diretor empresa Panamá e ficar movimentando cta (cartão,
aplicacao...)
MITIGAÇÃO RISCO Gs
Oque queremos de Noronha?
CMF e MRF: JW vs mudar juiza?
Processo CNJ contra Raul
MD: deposito em conta do Safra sem remuneração com
juros sendo colocados em outra conta
NS/DV: no recebimento última das 5 parcelas deixar claro o
compromisso do parceiro reembolsar a ODBINV em caso
de
diferença valos Gs.
MD: Nota no balanço pela Price deixando claro este
entendimento (que risco não eh da empresa mas dos
acionistas Kieppe e parceiros) e que o FL protege.
Ampliar e coordenar a relação política no Judiciario na
Organização.
Categoria: Tarefas
Lembrete:
Prioridade: Desconhecido
Status: Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia: Nenhuma
Repetir regra: Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
Marcelo anota que as duas comissões de apuração internas (Cia) em
andamento na Petrobrás estariam sob a responsabilidade de dois “xiitas” (utilizado aqui
no sentido de radicalismo), que seriam o Cel. Arruda no Comperj e Gerson na Rnest, e
que os mesmos estariam sendo guiados pela busca de culpados para se eximirem à
própria responsabilidade.
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Temos ainda uma nota sobre “PRC/Suiça. PV?”, onde PRC é Paulo
Roberto Costa e PV possivelmente se refere a Patrick Valiton, do Pictet & Cie Banquiers,
com sede em Genebra/Suiça.
Patrick Valiton mantém contato regular com Marcelo desde o ano de 2010,
conforme se comprova com as informações retiradas do aparelho em análise, sendo
exemplo as copiadas abaixo, observo, inclusive que uma destas reuniões (24/03/2014)
ocorreu alguns dias após a deflagração da Operação Lava Jato (17/03/2014).
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Logo após o tópico “Nota PRC”, há referência sobre a “ir estrangeiro”,
acompanhados dos nomes Ramon e Sonnenberg (não sendo ainda possível suas
individualizações por carência de dados), assumir ser diretor de empresa no Panamá e
movimentar conta, neste caso especifico não há como informar se trata-se de empresa
estranha ao grupo Odebrecht, visto que o grupo Odebrecht possui representação oficial
no Panamá.
A anotação registrada sob o número 4923, com data de 09/2013, desdobrase
em diversos temas, sobre os quais foram realizados breves comentários.
4923 Hora de início:
09/01/2013
02:00:00(UTC+0)
Assunto: GM: (11-98389-8141)? Pedido especifico
blindagem JEC.
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
Liberar p/Feira pois meu pessoal não fica sabendo. Deixar
predios com Vaca
Para Edinho visão da conta toda inclusive o gasto com
Haddad
MRF: dizer do risco cta suíça chegar campanha dela? E
com
Adams não abrir mão de receber faturas Brenco,
pendências
(compilado agenda GM) mostrando que estamos sendo
esprimidos!
Limite pos italia/Glosa/Indiciamento e Nafta. Financ PO vs
custo. conta Gana. Prazo divida AGRO vs NM. Glosas
Petrobras. Desoneração PPPs. Pacote pós Copa.
Ingressos Itaquera. Financiamentos. CIDE. Ciencia sem
fronteira? CID.
Recursos BB p/GERJ. Torres. Medidas estruturais.
27/6 Ed:
• avisar das glosas PB e curtos circuitos e preocupação
como os compromissos abaixo
• vamos avisar as pessoas e combinar o prazo
(dificuldades de logística)
• alinhamos que ele operaria e qd procurássemos direto
mencionaríamos o nome dele
• Compromissos de reunião : Feira (5+5/7), Euripes
Junior/PROS (5/7), Lupi (2/7), Marcos Pereira/PRB (5/7),
Fabio Tokassky/PCdoB (3+4/7): total participantes 20 + 9
• CANCELADO: PR/Antonio Rodrigues (17/7), PP/Ciro
(10/7) e PSD/GK (10/7) + MT
40 para vaca (parte para Feira)
Lucro Ext. Supervia. Prosub? Esposa. .
Nome Receita (NM?). CID. Prosub
LC Angola. Nafta. Creditos PIS/COFINS Agro. CIDE. Fin
Outorga. Levar agenda provisoes 2014. DGIs predios.
Estre.
PL Project Finance
Creditos Eletro
IPI clientes Braskem
CIDE: com Marcio
Aero: Meet 6ª com Hereda
Torres: ok
Project Finance: meet 6ª
Receita:
Nota sobre demais temas
IR Exterior (meet Gerdau e Itau)
Nome receita
Gasolina: ainda nao
Categoria: Tarefas
Lembrete:
Prioridade: Desconhecido
Status: Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia: Nenhuma
Repetir regra: Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
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Em rodovias,a msg é que com as melhorias feitas podem
contar conosco no 7 (163 MT) e talvez no 5 (060).
O principal pedido (ou pedido de atenção) é fazer com que
se implemente o project finance com ESA limitado.
Aí é necessário que se dê mais força à CEF e BB para
não ficarem a reboque do BNDES. Bancos privados não
serão lideres em motivar mudanças. Outro tema é fazer
acontecer a ABGF.
613 vs custo congresso.
IR exterior (consolidacao vertical) e deixar para depois
(inclusive conversa com empresas servicos/bancos)
SCCP (Recuperação tributos, CID e CEF).
1os lotes concessões rodo ok
Pegadinhas Project Finance (ABGF vs riscos não
gerenciáveis)
CIDE vs Etanol
Biomassa vs Antonio Henrique (externalidades e energia
expansao agricola)
Esposa?
CREDITOS:
- BMX: Vacareza e Zaratini: 3% (aprox 27M) sendo 3 deles
mais 1 GM até outubro. Depois 21M p/GM e 2 para (V+Z).
- Prosub/Conta italiano
- Creditos Vaccari e pgtos diretos
- REIQ: 100MM - 1.5 Brasilieros
- Levar Plan dos 50MM
Notas antigas:
Adiantar 15 p/JS
IPI ate dez e pis/cofins ate jan.
1. Contribuição:
• Evento Out:
• 14M: já demonstrado/alinhado com V´i.
• 3M: V´a+Z (Projeto SP)
• 1M: a definir G. (Projeto SP)
• Evento 2014:
• ~20M: creditos diversos com V´i.
• 2M: V´a+Z (Projeto SP conforme orientação G.)
• 21M: a definir G. (Projeto SP)
• CC antiga (saldo)
• 50M: a definir G.
• 20M: a definir A. (sendo 12 M de BM reclamado por
V´i)
• Provaveis Aditivos:
• 30M: a definir G. com V´a+Z (Novo Projeto RJ)
• Projetos MD (S + Lab)
• Avibras?
O assunto da anotação indica as siglas GM e JEC, as quais pertencem,
possivelmente a Guido Mantega e José Eduardo Cardoso, contudo não é possível
precisar qual seria a razão do pedido de blindagem por parte de Mantega.
Na sequência temos menções sobre a liberação de “feira” e uma alusão a
“Vaca”, possivelmente se refira a João Vaccari, visto que seu nome é mencionado em
outros pontos desta anotação.
Já para Edinho (Edinho Silva) anota-se que o mesmo deve ter visão geral
da conta, inclusive com os gastos de Haddad.
Para Marcio Ferro (MRF), consta anotado que deve informar do risco da
conta na Suíça chegar a campanha dela, não mencionando qual campanha, mas podeMJ
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se afirmar que se trata de candidatura feminina, visto a forma de tratamento utilizada
por Marcelo.
Com relação a Adams, possível referência a Luís Inácio Lucena Adams
(AGU), Marcelo diz que não abre mão de receber faturas Brenco (Companhia Brasileira
de Energia Renovável), empresa produtora de etanol, controlada pela ETH Bioenergia
(Odebrecht).
Há uma menção de “40 para vaca (parte para Feira)”.
Em outro tópico, cujo título é “CREDITOS”, temos menção a BMX e a
indicação dos nomes de Vacareza e Zaratini, possivelmente Candido Vacarezza e
Carlos Zaratini (ambos do PT/SP), relacionados a eles o percentual de 3% com a
observação de “aproximadamente 27M” (possivelmente 27 milhões), destes 25 para GM
e 2 para Vacarezza e Zaratini.
Ao pesquisarmos o projeto BMX, constatou-se tratar de empreendimento de
BMX Empreendimento Imobiliário e Participações S/A – Av. Nações Unidas – São
Paulo/SP, desenvolvido pela Odebrecht Realizações Imobiliárias.
Na sequência temos menção ao Programa de Desenvolvimento de
Submarinos (Prosub), relacionando-o a conta italiano, da qual, ainda não se tem a
identificação. O programa Prosub envolve a empresa estatal francesa DCNS, que por
sua vez associou-se a Odebrecht, criando a sociedade de propósitos específicos ICN –
Itaguai Construções Navais.
No tópico “Notas Antigas”, temos menção a um adiantamento de 15, sem
especificar a moeda e sua quantidade, para JS, o qual, possivelmente indica a pessoa
de José Serra, como já visto anteriormente, e em seguida consta a anotação “IPI até
dez e pis/cofins até jan”.
Ainda relacionados a Notas Antigas, temos o título “1.Contribuição:” onde
indicação de vários valores, do projeto, correlacionando-os com algumas siglas, a saber:
1. Contribuição:
• Evento Out:
• 14M: já demonstrado/alinhado com V´i.
• 3M: V´a+Z (Projeto SP)
• 1M: a definir G. (Projeto SP)
• Evento 2014:
• ~20M: creditos diversos com V´i.
• 2M: V´a+Z (Projeto SP conforme orientação G.)
• 21M: a definir G. (Projeto SP)
• CC antiga (saldo)
• 50M: a definir G.
• 20M: a definir A. (sendo 12 M de BM reclamado por V´i)
• Provaveis Aditivos:
• 30M: a definir G. com V´a+Z (Novo Projeto RJ)
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Observo que as siglas V’i e V’a podem ser referência tanto a Vacarri como
a Vacarezza, entretanto Z refere-se a Zaratini (Carlos Zaratini), com relação a G não foi
possível sua individualização, entretanto encontramos duas referências na agenda de
contatos do aparelho em análise, sendo que na mais recente liga-o ao e-mail
fei.zou@gmail.com.
A sigla BM pode se referir a Blairo Maggi, contudo não há indicações
concretas de que se trate do mesmo.
A sigla A não pode ser individualizada por ser extremamente genérica.
A anotação registrada sob o número 4878, datada de 16/01/2013, contém
menções a valores relacionando-os a nome Vac/Vaca, possivelmente referência a João
Vaccari.
4878 Hora de início:
16/01/2013
02:00:00(UTC+0)
Assunto: Pai: PLR 2014. Vc precisa entender. FBarbosa. ML?
Lula? Roth? FHC em NY? 4.5 de bônus Ja. Puca vs Eu?
Nbarbosa. CI Direcionamento Já. RA ODB. Vo
(Testamento/mandamentos/cc). MGF vs jantar. DC. Kieppe.
Duda? Minoritarios AA (Nota).
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
[...]
Transnordestina. Vs. Embranav. Vaca 2,2M? Notas Faz. RVs
2012? MP p/ LM? P&O (DV?). Paca Lula (com Guido ou
Haddad?)
Encontro Neto/Junior. Vc precisa dizer ao Lula para nao
insistir que as conversas tem que ser com vc. Vo? Remedio?
[...]
Meu Amigo respondeu:
a)Acabo de ter encontro com todos os envolvidos.
b)A pessoa credenciada é o André E.
c)Todos os contribuintes já concordaram. A, 3 letras baianas,
já forneceu os 3 nacionais. Os outros estão em processo de
assinatura do documento e liberação dos recursos.
d)Peço adiar a solução do crédito que vocês tem da
contribuição
passada e também fornecer os 3 nacionais.
e)Vou mandar o André E. falar pessoalmente com MBO.
[...]
Meet PR
- 200 inclui 100. Nao 300. Ou 100 Vac
Categoria: Tarefas
Lembrete:
Prioridade:
Desconhecido
Status:
Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia:
Nenhuma
Repetir regra:
Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ
DELEFIN/DRCOR/SR/DPF/PR
22
A anotação registrada sob o número 2832, com data de 17/04/2014, que
trata da visita de John Mahama, presidente de Gana, faz menção a uma reunião com a
LILS, aqui entendida como a empresa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
2832 Hora de início:
17/04/2014
11:00:00(UTC+0)
Hora final:
17/04/2014
12:30:00(UTC+0)
Assunto: Visita PR John Mahama;Pedro Pinheiro e JCN
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
OK. Peça para Pedro coordenar com Darci como quer minha
presença.
Preciso tb uma ajuda memória juntamente com os temas que
devo enfatizar
De: Ernesto Sa Vieira Baiardi
Enviada em: sexta-feira, 11 de abril de 2014 17:26
Para: Marcelo Bahia Odebrecht
Cc: Darci Luz
Assunto: Fwd: Agenda Visita OESP_Revisada
Marcelo, visita do PR John Mahama ao Brasil na próxima
semana. Ele quer nos visitar e conforme a agenda abaixo
estaríamos oferecendo um almoço no nosso Escritório de SP.
Seria bom que você o recebesse.
Enviada do meu iPhone
Início da mensagem encaminhada
De: Pedro Pinheiro
>
Data: 11 de Abril de 2014 às 21:06:20 GMT+1
Para: Ernesto Sa Vieira Baiardi

>, Alexandrino Alencar
com>>, Joao Carlos Mariz Nogueira
m>>, Patricia Navarro e Melo
t.com>>
Assunto: Agenda Visita OESP_Revisada
EB, Alex e JCN,
Segue agenda abaixo, revisada:
Thursday – Apr 17th, 2014
10h00 – Departure from BSB to São Paulo (PR + Team)
12h00 – Arrival in Congonhas Airport and transfers to OESP
(Security provided by Patrícia – 11am at GRU or CGA
Airport)
13h – Visit to Odebrecht head office, Lunch and meeting
with Marcelo Odebrecht
15h00 – Meeting with LILS (Place TBD) – Apoio Alex /Enviarei
carta emitida pela embaixada de Gana ainda hoje
17h30 – Transfer to Airport
18h00 – Flight in Presidential Jet to Accra
Abs.,
PS. Patricia, gostaria de poder contar com o seu apoio na
organização deste almoço no próprio OESP.
Categoria:
Calendário
Lembrete:
Prioridade:
Desconhecido
Status:
Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia:
Nenhuma
Repetir regra:
Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
A anotação registrada sob o número 2110, com data de 28/08/2014, trata da
entrevista solicitada a Marcelo pela Folha de São Paulo, na troca de e-mails entre
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23
Marcelo e seus colaboradores, verifica-se a intenção de conceder a entrevista somente
se as perguntas forem antecipadas e sem conteúdo polêmico. Inclusive Sergio Bourroul
argumenta que só vale a pena a entrevista se for possível mandar recados, não
mencionando para quem, nem que tipo de recado seria, inclusive instrui Marcelo a
capitalizar a concessão da entrevista, dizendo que que “abriu uma exceção em
consideração ao pedido da direção do jornal”.
2110 Hora de início:
28/08/2014
13:30:00(UTC+0)
Hora final:
28/08/2014
15:00:00(UTC+0)
Assunto: Entrevista Folha de São Paulo (David Friedlander e
Raquel Landim),
Assistentes:
Localização: sala reuniões DP - 15º andar
Detalhes:
SB na coordenação.
Marcelo,
a primeira entrevista da série será com Abilio Diniz, a ser
publicada neste domingo, dia 24. A sua será a segunda, no
dia 31.
A reportagem estava aguardando as confirmações de Murilo
(Vale), Roberto Setubal (Itaú) e Joesley (JBS). Não sei se
emplacou todos.
Você receberá dois repórteres (David Friedlander e Raquel
Landim), que virão acompanhados de um fotógrafo.
Confirmado às 9h00 de amanhã e eu te acompanharei.
Abaixo, repasso os principais pontos que nortearão a
conversa:
O país deve crescer abaixo de 1% este ano e os anteriores
não foram muito melhores. Quais são os principais gargalos
que impedem o crescimento?
O que é preciso mudar para que os empresários voltem a
investir?
Na sua opinião, quais deveriam ser as três prioridades do
governo logo no primeiro ano?
Independente de quem venha a ser eleito, a previsão geral
é de um ajuste duro em 2015. Qual é a sua expectativa?
Os preços públicos, como gasolina, energia e tarifa de ônibus
estão represados. Qual seria a melhor estratégia para ajustar
a economia: um tarifaço logo de cara ou aumentos graduais?
O Banco Central vem fazendo intervenções no mercado para
segurar o real. O sr. acha que seria possível voltar ao câmbio
flutuante de fato ou isso teria um impacto muito forte sobre a
inflação?
O desemprego, que até agora estava controlado, começou a
aparecer aqui e ali. O sr. acha que pode haver uma onda de
demissões pela frente?
A campanha de Dilma se queixa de que o mercado faz
terrorismo eleitoral quando aposta contra ela na bolsa e que
não é a primeira vez que isso acontece no Brasil. Qual é sua
opinião? O mercado faz terrorismo?
O Supremo está a um passo de acabar com o financiamento
privado de campanhas políticas. Na sua opinião, isso é bom
ou ruim?
O setor privado vive pedindo ajuda do governo, como
benefícios fiscais e recursos do BNDES. Por que os
empresários no Brasil dependem tanto do governo?
Abs,
De: Marcelo Bahia Odebrecht
>
Data: 6 de agosto de 2014 22:19:14 BRT
Para: Sergio Bourroul
Categoria:
Calendário
Lembrete:
Prioridade:
Desconhecido
Status:
Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia:
Nenhuma
Repetir regra:
Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
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24
recht.com>>
Cc: Daniel Villar
>,
Leonardo Sa de Seixas Maia
>,
Zaccaria Junior

>
Assunto: Re: pedido da Folha de S.Paulo
Ok
From: Sergio Bourroul
Sent: Wednesday, August 6, 2014 19:14
To: Marcelo Bahia Odebrecht
Cc: Daniel Villar; Leonardo Sa de Seixas Maia; Zaccaria
Junior
Subject: Re: pedido da Folha de S.Paulo
Marcelo,
A sugestão de DV é boa.
Você fala se o repórter antecipar as perguntas. Vou
solicitalas,
ok?
E capitalizar dizendo que vc abriu uma exceção em
consideração ao pedido da direção do jornal.
Enviada do meu iPhone
Em 06/08/2014, às 19:05, "Marcelo Bahia Odebrecht"
>
escreveu:
Se fosse uma entrevista apenas minha (e não uma serie) e
como foco geral em nós, eu negaria. Não apenas pelo
momento, como porque temos negado para todos.
Mas se o foco eh nas prioridades para o País nos próximos
anos, e não em nós, e como parte de uma série de poucos
empresários, minha tendência seria aceitar.
From: Daniel Villar
Sent: Wednesday, August 6, 2014 18:58
To: Sergio Bourroul; Marcelo Bahia Odebrecht
Cc: Leonardo Sa de Seixas Maia; Zaccaria Junior
Subject: RES: pedido da Folha de S.Paulo
Marcelo,
O que acha da demanda abaixo?
Já fui mais reativo no passado recente a uma participação
sua, mas pelo contexto descrito pela CDN, e pela provocação
de SB, pode haver espaço para mensagens da Organização,
desde que enviem previamente as perguntas e que as
mesmas não sejam politizadas.
De: Sergio Bourroul
Enviada em: terça-feira, 5 de agosto de 2014 19:11
Para: Daniel Villar
Cc: Leonardo Sa de Seixas Maia; Zaccaria Junior
Assunto: RES: pedido da Folha de S.Paulo
Daniel,
Favor avaliar a solicitação abaixo, da Folha de S. Paulo. Acho
que devemos preservar MO, mas é possível que ele queira
aproveitar para mandar algum recado. O repórter garante que
não haverá questionamentos polêmicos e que envolvam
diretamente a Odebrecht (Petrobras, BNDES, contratos,
doação para campanha, preferências políticas etc). Quer
apenas abrir espaço para a opinião de MO sobre os gargalos
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do crescimento do Brasil e as prioridades do próximo governo.
Só vale se for para mandar recados. Caso contrário,
declinamos com tranquilidade.
Obrigado,
Abs,
De: Zaccaria Junior
Enviada em: terça-feira, 5 de agosto de 2014 18:58
Para: Sergio Bourroul
Cc: Leonardo Sa de Seixas Maia; Elea Cassettari Almeida
Assunto: pedido da Folha de S.Paulo
Sérgio, David da Folha me procurou. Ele informou que o jornal
vai aproveitar o período pré-eleitoral para discutir o futuro do
país por meio de uma série de entrevistas com os principais
empresários brasileiros. Eles devem abordar quais serão os
desafios do próximo governo, independente de quem venha a
ser eleito, para o país voltar a crescer, recuperar o otimismo,
atacar os gargalos que , segundo eles, “impedem o país de
deslanchar”. Palavras do David: “A ideia é publicar uma
entrevista por semana, como parte de uma série, e
preparamos uma lista com os empresários mais respeitados
do país. O jornal gostaria muito de contar a seus leitores o
que o Marcelo Odebrecht pensa disso. A retomada do
crescimento passa por mais investimentos e portanto pelo
setor de infraestrutura e a Odebrecht tem tido um papel
central nessa área. Nossa ideia é começar a publicar as
entrevistas já no início deste mês. Estamos convidando
Roberto Setúbal, Luiz Carlos Trabuco, Murilo Ferreira, Abilio
Diniz, Pedro Passos, entre outros. Mas é uma lista restrita.”
Sérgio, acrescentando, David contou ainda que o secretário
de redação, Vinicius Mota, passou na mesa dele dia desses
para falar das entrevistas e perguntou: “E o Marcelo
Odebrecht, que seria a cereja do bolo?”. Mais uma vez,
palavras do David: “Queria que vocês soubessem e reafirmar
que uma entrevista com ele teria espaço nobre e seria bem
tratada”.
Abs,
Zacca
A anotação registrada sob o número 2110, com data de 25/05/2015, faz
referência a visita da presidente Dilma ao México, sendo cogitado por Luis Weyll
(Odebrecht) em e-mail dirigido a Marcelo Odebrecht, a possibilidade da presidente
visitar as obras da empresa no México, sendo então feitas algumas observações por
Marcelo no tocante a este assunto.
538 Hora de início:
25/05/2015
14:00:00(UTC+0)
Hora final:
25/05/2015
23:00:00(UTC+0)
Assunto: Mexico
Assistentes:
Localização:
Detalhes:
11:00 - 13:00 - Reunião com Equipe dos diversos negócios da
Organização presentes no México: Braskem, OAL, OEI, OA,
OOG, OLI
13:15 - Saída para almoço
14:00 - 16:00 - Almoço com o Cliente (MO, RB, LW)
17:00 - Reunião com sócios da IDESA Local: Braskem
18:00 - 20:00 - Neste intervalo, está programado encontro de
30 minutos com o Emb. Marcos Raposo para atualizar agenda
do dia 26/5 (MO, LW, RB) Local: Hotel Presidente
De: Marcelo Bahia Odebrecht
Enviada em: terça-feira, 21 de abril de 2015 20:56
Categoria:
Calendário
Lembrete:
Prioridade:
Desconhecido
Status:
Desconhecido
Classe: Normal
Repetir dia:
Nenhuma
Repetir regra:
Nenhuma
Repetir intervalo: 0
Repetir até:
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Para: Joao Carlos Mariz Nogueira; Luis Weyll; Luiz Antonio
Mameri; Carlos Fadigas; Darci Luz
Cc:
roberto.bischoff@braskem.comem.com>
Assunto: Re: Visita Pr. Dilma ao Mexico
Até por "educacao" temos que oferecer/tentar. Ainda que ache
bem improvavel a visita oa projeto.
1º) porque ela ja chega nos lugares querendo sair, e nao
gosta de fazer nada que ja nao seja obrigada.
2º) ela vai avaliar que ainda vai ter gente que vai dizer que ela
visita planta da Braskem no México, porque a Braskem nao
consegue investir no Brasil.
Importante sabemos qual a agenda e se Havera interacao
com empresarios.
Vou deixar minha agenda bloqueada chegando 25 pela
manha e saindo 28/5.
From: Joao Carlos Mariz Nogueira
Sent: Tuesday, April 21, 2015 18:55
To: Luis Weyll; Marcelo Bahia Odebrecht; Luiz Antonio
Mameri; Carlos Fadigas
Cc:
roberto.bischoff@braskem.comem.com>
Subject: Res: Visita Pr. Dilma ao Mexico
Lula,
Posso tratar do tema na AIPR (MAG) e no MRE (MV).
Abraço,
João.
Enviado do meu smartphone BlackBerry 10.
De: Luis Weyll
Enviada: terça-feira, 21 de abril de 2015 17h18
Para: Marcelo Bahia Odebrecht; Luiz Antonio Mameri; Carlos
Fadigas
Cc:
roberto.bischoff@braskem.comem.com>; Joao Carlos Mariz Nogueira
Assunto: Visita Pr. Dilma ao Mexico
Marcos Raposo confirmou o encontro da Pr. Dilma com o PR.
EPN, a programação é chegar no DF dia 25/05 a noite e
retornar no dia 27/05. Comentei sobre a possibilidade de
incluir uma visita ao Projeto Etileno XXI, e MR sugeriu tratar
este tema em BSB.
Na análise das mensagens enviadas/recebidas por meio do aplicativo
WhatsApp não foram encontrados dados relevantes, exceto, as mensagens abaixo,
ocorridas no dia 28/04/2015, trocadas entre a esposa Isabela (Bela) e a filha Rafaella
(Rafa), cujo teor se refere a Operação Lava Jato e Petrobrás, sendo que Bela escreve
para a filha que se “for preciso, chamamos alguns envolvidos para esclarecimentos”.
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27
Com relação aos dados extraídos do SIM Card retirado do aparelho celular
ora analisado, informo que não foram encontrados dados relevantes para a investigação
em tela.
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
03 05 3040/15
UM CELULAR NOKIA – MOD. 6555 – IMEI
357693/01/01081313 – COR PRETA/PRATA
(ESCRITÓRIO DE MARCELO ODEBRECHT)
Inicialmente a identificação do aparelho celular apreendido.
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28
Após análise dos dados extraídos da memória do aparelho supracitado,
esclareço que não foram encontrados dados relevantes para a investigação em tela, o
mesmo ocorrendo para os dados extraídos do Cartão Micro SD retirado do aparelho.
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
06 15 3040/15
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
863487024185634 – NR 305.299.5725 COR
PRETA (QUARTO DO CASAL DE MARCELO
ODEBRECHT)
Em acordo com o descrito no Laudo Pericial 1386/2015
SETEC/SR/DPF/PR, não foram extraídos dados do aparelho supracitado, visto sua
incompatibilidade com o sistema atual.
Com relação aos dados extraídos do SIM Card retirado do aparelho,
esclareço que não foram encontrados dados relevantes para a investigação em tela.
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
07 15 3040/15
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
86348702366078 – COR PRETA (QUARTO DO
CASAL DE MARCELO ODEBRECHT)
Em acordo com o descrito no Laudo Pericial 1386/2015
SETEC/SR/DPF/PR, não foram extraídos dados do aparelho supracitado, visto sua
incompatibilidade com o sistema atual.
Com relação aos dados extraídos do SIM Card retirado do aparelho,
esclareço que não foram encontrados dados relevantes para a investigação em tela.
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29
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
08 15 3040/15
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
863487024168614 – NR 305.301.2994 - COR
PRETA (QUARTO DO CASAL DE MARCELO
ODEBRECHT)
Em acordo com o descrito no Laudo Pericial 1386/2015
SETEC/SR/DPF/PR, não foram extraídos dados do aparelho supracitado, visto sua
incompatibilidade com o sistema atual.
Com relação aos dados extraídos do SIM Card retirado do aparelho,
esclareço que não foram encontrados dados relevantes para a investigação em tela.
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
09 15 3040/15
UM CELULAR ZTE – MOD. Z432 – IMEI
863487024169232 – NR 305.298.9116 - COR
PRETA (QUARTO DO CASAL DE MARCELO
ODEBRECHT).
Em acordo com o descrito no Laudo Pericial 1386/2015
SETEC/SR/DPF/PR, não foram extraídos dados do aparelho supracitado, visto sua
incompatibilidade com o sistema atual.
MJ – SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ
DELEFIN/DRCOR/SR/DPF/PR
30
Com relação aos dados extraídos do SIM Card retirado do aparelho,
esclareço que não foram encontrados dados relevantes para a investigação em tela.
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
10 15 3040/15
UM CELULAR IPHONE, MOD. A1332, IMEI:
012839005033920 – COR PRETA (QUARTO DE
MARCELO ODEBRECHT)
Inicialmente a identificação do aparelho celular apreendido.
Após análise dos dados extraídos da memória do aparelho supracitado,
esclareço que não foram encontrados dados relevantes para a investigação em tela, o
mesmo ocorrendo para os dados extraídos do Cartão Micro SD retirado do aparelho.
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31
Material
Original
Item
Arrecadação
Referência
Espelho
Descrição
11 18 3040/15
UM CELULAR IPHONE, MOD. A1428, IMEI:
013423004159710 – COR PRETA/CINZA –
DANIFICADO - CONTENDO UM PAPEL COM
LEMBRETE – NR 25629 (QUARTO DE ESTUDO -
MARCELO ODEBRECHT)
Em acordo com o descrito no Laudo Pericial 1386/2015
SETEC/SR/DPF/PR, não foram extraídos dados do aparelho supracitado, em razão do
mesmo estar com o visor danificado e sem ligar.
É o relatório.
Curitiba, 18 de julho de 2015.
Wiligton Gabriel Pereira
Agente de Polícia Federal
Matrícula 9342

LULLA, O "PORRA NENHUMA"

Essa analista do Santander sabia das coisas, mas o Banco é que não sabia de nada. Ou, se sabia, curvou-se, pôs-se de quatro e, agora, deve reaprender a andar ereto. Sei, claro!, que é um grande Banco quanto a seus negócios, mas falo da sua dignidade, pois esta deverá ser resgatada.
Sobre o mesmo assunto, a EMPIRICUS também foi acusada de catastrofista na mesma época, por prever cenário econômico lúgubre caso Dilmona e o PT ganhassem a eleição, Pois bem, ontem a mesma empresa de consultoria divulgou um comunicado desculpando-se pelas previsões erradas que fez, Mas não pelo exagero para mais da crise, mas para menos. Afinal, a crise que aí está é pior do previsto por ela.
Quanto a LULLA, ... bem, deixa prá lá! Como diz o Josias, lá no final, é apenas "porra nenhuma".


__________________________________________________________________________________
Josias de Souza, 25/07/2015
Em julho do ano passado, em plena campanha presidencial, os clientes do banco Santander com renda mensal superior a R$ 10 mil receberam em seus extratos uma análise premonitória. O texto insinuava que o cenário favorável à reeleição de Dilma Rousseff levaria à deterioração da economia. Haveria alta dos juros, desvalorização do Real frente ao dólar e queda na Bolsa de Valores.
“Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas”, anotava o informe do Santander. “Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos.''

Premonitório: trecho do informe do Santander que gerou polêmica e demissões em 2014
Divulgado pelo repórter Fernando Rodrigues há um ano, em 25 de julho de 2014, o informe do Santander provocou a ira do petismo. Lula execrou em público a analista de mercado Sinara Polycarpo Figueiredo, que chefiava o departamento do banco que produzira a análise: “Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim.”
Dilma também abespinhou-se: “A característica de vários segmentos é especular. Sempre que especularam, não se deram bem. É inadmissível para qualquer país, principalmente um país que é a sétima economia do mundo, aceitar qualquer nível de interferência de qualquer integrante do sistema financeiro, de forma institucional, na atividade eleitoral e política.''
O pedido de Lula foi atendido. Além de desculpar-se por meio de nota, o Santander levou à bandeja os escalpos de quatro funcionários, entre eles Sinara. Dali a três meses, Dilma prevaleceria nas urnas sobre o rival tucano Aécio Neves. Desde então, acentuou-se a ruína econômica.
Nesta sexta-feira (24), sob o impacto da revisão da meta de superávit fiscal do governo, o dólar subiu pelo terceiro dia consecutivo. Bateu em R$ 3,34. É a maior cotação em 12 anos. O Ibovespa, principal índice de ações do país, fechou o dia com uma queda de 1,13%. Foi o sexto declínio consecutivo. A taxa de juros é de 13,75% ao ano e o Banco Central pode elevá-la pela sétima vez nesta semana.
Muita gente no mercado associava a reeleição de Dilma à borrasca econômica. O que distinguiu a equipe do Santander foi a ousadia de instilar o pessimismo nos extratos, como um alerta à sua clientela.
Pressionado pelo petismo na época, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, desembarcou da polêmica levando seus funcionários ao microondas: “Não foi do banco e sim de um analista que enviou o informe sem consultar quem deveria consultar'', disse.
A demitida Sinara saiu de cena com a espinha ereta: “Minha trajetória é impecável e bem-sucedida. Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica. Esse assunto já se esgotou.'' Hoje, Dilma comanda uma presidência hemorrágica. E Lula é candidato a passar à história como um político que não entende “porra nenhuma” de candidaturas presidenciais.

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...