SOMOS CONTROLADOS E NEM PERCEBEMOS

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Dizemos que a Democracia é formada e adensada pela opinião pública, mas, afinal, que liberdade é essa que o povo tem de pensar e de definir livremente? Sabemos que a opinião pública reflete o resultado artificial criado pela ação da mídia, quase sempre controlada por grupos econômicos fortes, ou que se vincula a eles transversalmente, ou, ainda, que escreve e publica a soldo, em negócios de compra e venda onde a Ética e a Moral não existem. Enfim, eis a tal "opinião pública" que de consistente e democrática nada tem. Por trás dessa mídia, além dos grupos econômicos, tem os grupos políticos que, aqui também, de POLÍTICA nada têm, pois apenas buscam o Poder, não os interesses do cidadão. Com relação à postagem, vê só o que acabei de ler e que tem relação direta com a imagem e o texto, porém amplia o tema para as redes sociais, ainda assim, estas, dominadas por grupos poderosos. A diferença é que as pessoas descobriram que têm voz (https://www.institutoliberal.org.br/blog/por-que-os-coletivistas-estatistas-querem-a-intervencao-estatal-nas-redes-sociais/?fbclid=IwAR2cZFyaLFd5mVdQnTxo9FMAGxO5bKS_Q3FkWk8gIeBMMyGULGNWwjLoBUM).

REINICIALIZAÇÃO MUNDIAL

O momento que a Humanidade vivencia é de perplexidade, incertezas, redefinição de rumos e busca de equilíbrio. A PANDEMIA do COVID-19, no contexto da SINDEMIA contemporânea, desarticulou as unidades sociais e abalou o sistema mundial. Há de tudo na prateleira das ofertas, desde programações assustadoras e terrificantes do futuro próximo, até teses de que o mundo sairá melhor, passado o impacto da doença. Então, penso ser importante conhecermos tudo, formar opinião e levarmos nossas vidas com decisões próprias, não as do rebanho ou do bando. O livro indicado abaixo, embora não o tenha lido, parece-me equilibrado ao abordar essas questões e, por enquanto, vale a pena ler esta argumentação em torno dele.


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O que é “Covid-19: o grande Reset”, o livro que virou teoria da conspiração?

 

O último livro do fundador do Fórum Econômico MundialKlaus Schwab, e de seu ex-diretor suscita fantasias e demonização. Seu conteúdo, entretanto, difere das teses que lhe são atribuídas.

(A reportagem é de William Audureau, publicada por Le Monde, 10-02-2021. A tradução é de André Langer e publicado por IHU, em 12/02/2021)

 

 

“Eles nem se escondem mais!” Os planos maquiavélicos da elite mundial do mal não seriam apenas uma realidade, mas seriam, além disso, publicados em preto e branco, acreditam alguns franceses que aderem a teorias da conspiração. Covid-19: The Great Reset (Covid-19: a grande reinicialização), livro lançado em relativo anonimato no verão de 2020, que se tornou um grande tema de discussão na “complosfera” no final de janeiro, seria a prova disso.

Caso acreditássemos na maneira como os teóricos da conspiração falam dele, este livro estaria expondo todos os projetos nefastos que eles atribuem à elite dominante: demolição de democraciasditadura sanitárianova ordem mundial ou mesmo uma sociedade de tecnovigilância. O que ele realmente quer dizer? Os decodificadores leram-no em sua versão original.

O que é “Covid-19: a grande reinicialização”?

Covid-19: The Great Reset é ao mesmo tempo um livro de prospecção política, econômica e social publicado em julho de 2020, um programa e uma teoria da conspiração. A originalidade do livro reside no fato de ser assinado por dois eminentes membros do Fórum Econômico Mundial de Davos, os economistas Klaus Schwab, que é seu fundador, e Thierry Malleret, que foi seu diretor. Ele se baseia no programa de mesmo nome, que também serviu de tema, em junho de 2020, para a 50º reunião de Davos.

Os autores de Covid-19: a grande reinicialização partem da constatação de que as grandes crises históricas sempre estiveram na origem de profundas mudanças de sociedade, desde o surgimento do Estado moderno após a pandemia da peste negra até o do Welfare State após a Segunda Guerra Mundial. Portanto, a pandemia da Covid-19 “representa uma rara mas estreita janela de oportunidade para refletir, reimaginar e reinicializar o nosso mundo”.

Nesse caso, os dois economistas militam por um “mundo menos cindido, menos poluente, menos destrutivo, mais inclusivo, mais equitativo e mais justo que aquele em que vivemos na era pré-pandêmica”, explicam. Nunca se trata de abandonar o regime democrático, mas, pelo contrário, de avançar para sociedades mais igualitárias.

“É o livro de um guru da gestão, que pensa poder conceituar as principais mudanças econômicas e sociais, julga Jean-Christophe Graz, professor de relações internacionais da Universidade de Lausanne, autor de La Gouvernance de la Mondialisation e especialista em clubes transnacionais. O Fórum Econômico Mundial é um espaço que reúne um grupo seleto do pensamento estratégico que se debruça sobre os grandes desafios e as grandes transformações em escala global, e Klaus Schwab tenta incorporar essa visão globalizante”.

O que este livro diz de acordo com os proponentes das teorias da conspiração?

Covid-19: a grande reinicialização, na boca da complosfera, é antes de tudo uma casca vazia que se enche de todas as ideias repulsivas que passam, sem se preocupar com sua realidade. Consistiria em querer destruir a economia e os pequenos negócios, suprimir a moeda, derrubar as democracias, impor um acompanhamento personalizado da boa cidadania à la chinesa ou ainda instaurar um regime em breve comunista, fascista, nazista ou os três ao mesmo tempo. Tantas afirmações que vão desde a extrapolação desonesta à pura invenção.

É justo falar sobre um “plano” ou uma “planificação”?

Em sua comunicação, que começou em maio de 2020, o Fórum Econômico Mundial fala sobre um plano de ação de três pontos, que retoma algumas das principais considerações gerais do livro. Mas este último não tem nada de um kit de políticas pronto para ser aplicado. Em vez disso, é uma revisão cautelosa das mudanças previsíveis, positivas e negativas, área por área. Em suas próprias palavras, “é obviamente muito cedo para dizer com alguma precisão quais mudanças significativas a Covid-19 trará, mas o objetivo deste livro é fornecer algumas diretrizes sólidas e consistentes sobre o que pode acontecer”.

Eles próprios reconhecem que cada país reagirá de maneira diferente à pandemia e que as consequências graves são imprevisíveis. Por fim, parte das previsões consiste apenas em identificar as mudanças já visíveis em junho de 2020, no momento da redação do livro.

Quais são as previsões dos autores?

No nível geopolíticoKlaus Schwab e Thierry Malleret contam – sem querer – com uma eclosão dos nacionalismos, um declínio do multilateralismo e da globalização, bem como com uma concorrência frontal entre os Estados Unidos e a China e um mundo sem liderança clara. “Com, efeito colateral, o risco crescente de tensões nacionais, de concorrência pelo acesso a recursos e de guerras”, alertam os autores.

No nível econômico, eles preveem um bom momento para os setores da tecnologia, saúde e bem-estar, mas de crise para o setor recreativo, o turismo e os restaurantes. Os estudantes, os profissionais dos serviços e os trabalhadores cujos empregos podem ser substituídos pela robotização serão os mais afetados.

No plano político, segundo eles, esta crise vai levar – o que se observa desde a primavera de 2020 – a um retorno do Estado de bem-estar, com mecanismos inéditos de proteção social e de assistência às famílias e empresas em dificuldade.

Corolário monetário dos dois pontos anteriores: uma política de “dinheiro helicóptero” já amplamente em curso, que consiste em que os bancos centrais abastecem as economias sem contar com liquidez. Esse “dinheiro mágico” vai levar, e já está levando, a uma explosão da dívida pública. Esta, por sua vez, pode gerar uma hiperinflação, ou seja, uma forte alta dos preços e uma desorganização da economia.

Ironicamente, eles também preveem, em resposta à pandemia, uma desconfiança crescente entre indivíduoslógicas de demonização e, como em toda pandemia, a explosão da retórica da conspiração.

O que os autores recomendam?

Schwab e Malleret promovem uma visão que é ao mesmo tempo internacionalistaliberal e reformista. Citando Kishore Mahbubani, um pesquisador e ex-diplomata de Cingapura, eles julgam que “os 7 bilhões de habitantes do planeta Terra não residem mais em mais de cem cabines separadas [países]. Em vez disso, eles residem em 193 cabines de um mesmo barco”, como ilustrou a Covid-19. Nesse sentido, eles convidam para apoiar iniciativas e estruturas transnacionais, como a Organização Mundial da Saúde.

Outro ponto central é a consideração das questões ambientais. Segundo eles, a pandemia de Covid-19 prefigura muitas dificuldades ligadas ao aquecimento global. No entanto, a população mundial agora está ciente da questão ecológica, e empresas e governos têm interesse em promover o crescimento eco-responsável. Um compromisso interessado, pondera Jean-Christophe Graz: “Há um interesse de classe, que é preservar o capitalismo no longo prazo, e para isso é preciso preservar o meio ambiente”.

Finalmente, longe do ultraliberalismo que era a questão central do Fórum de Davos nas décadas de 1980 e 1990, os dois economistas também encorajam a mudança em direção a mais proteção social e a luta contra as desigualdades. Os motins que se seguiram à morte de George Floyd, em 25 de maio de 2020, em Minneapolis, dizem eles, mostram que uma sociedade desigual necessariamente traz violência e caos.

Por que este livro está sendo alvo da complosfera?

Quatro explicações podem ser apresentadas. O Fórum de Davos, um clube fechado de elites dirigentes, é frequentemente criticado por incorporar uma visão antidemocrática e transnacional de governança. “Um livro coescrito por seus fundadores é pão abençoado para os conspiradores”, sintetiza Jean-Christophe Graz, que lembra que os procedimentos de ratificação de cada Estado limitam a influência real do Fórum.

A ideia de uma grande “reinicialização” alimenta o imaginário conspiratório, embora paradoxalmente não diga muito. “Klaus Schwab tem a arte das fórmulas, ele sabe captar coisas complicadas com fórmulas fortes, que também podem ser muito vazias”, comenta Jean-Christophe Graz. Trata-se de uma expressão já vista: em 2010, Richard Florida, um professor de geografia da Universidade de Toronto, já havia intitulado um livro de forma semelhante após a crise dos subprimes de 2008.

As teses globalistas desenvolvidas em Covid-19: a grande reinicialização também são o oposto da retórica isolacionista de Donald Trump, que é muito influente nos discursos conspiratórios. Além disso, o livro critica de maneira velada o ex-presidente dos Estados Unidos por abandonar o multilateralismo e por sua imprevisibilidade. Ele também defende o movimento Black Lives Matter e assume a defesa do clima, dois grandes espantalhos do trumpismo.

Por fim, os autores aderem à ideia de que o resgate da economia deve passar pelo controle prévio da pandemia e, para isso, consideram as restrições à liberdade justificáveis, senão desejáveis. Por fim, suspendem o fim da crise com a chegada das vacinas, ao contrário dos discursos “covidocéticos”.

A “Grande Reinicialização” promove vigilância generalizada?

Essas acusações proliferam em sites de conspiração de extrema direita, mas não correspondem às palavras dos autores. Certamente, Klaus Schwab foi o autor, em 2017, de A Quarta Revolução Industrial (Edipro, 2016), um livro entusiasmado sobre as possibilidades oferecidas pela internet das coisas e os progressos das tecnologias médicas.

Esse entusiasmo pode ser encontrado em parte aqui, quando o livro aplaude os avanços da telemedicina e projeta a democratização dos banheiros conectados. Mas também alerta contra “o risco de distopia” ligado ao encontro do capitalismo de vigilância e a implantação de ferramentas de vigilância contrárias à privacidade.

Podemos falar do estabelecimento de uma “nova ordem mundial”?

Essa expressão é típica da retórica da conspiração. Ela defende a ideia de uma mudança radical na geopolítica do mundo e nas liberdades das populações, desejada por um grupo conspiratório secreto.

Exceto que Covid-19: a grande reinicialização não promove nenhuma “nova ordem mundial”: a única vez que a expressão aparece no livro é na forma de uma citação do economista Jean-Pierre Lehmann, para quem “não há nova ordem mundial, apenas uma transição caótica para a incerteza”. Além disso, em termos de geopolítica, Covid-19: a grande reinicialização é bastante conservador: defende o modelo existente de multilateralismo, apesar de sua desintegração.

Qual pode ser a real influência deste livro?

Por definição, o Fórum Econômico Mundial reúne poderosos tomadores de decisão: é até condição para fazer parte deste seleto grupo. Mas apresenta duas faces contraditórias, analisa Jean-Christophe Graz: “Por um lado, um discurso que defende uma certa visão de mundo, próximo de um internacionalismo liberal, e por outro os serviços que o Fórum se reserva, a saber: a vantagem de poder se reunir em um lugar fechado entre grandes líderes para ajustar seus interesses no curtíssimo prazo. Aqui não estamos mais no plano ideológico, mas no plano transacional”. Uma maneira de dizer que este programa público, que em última análise é muito consensual, não envolve todos os membros de Davos, devido a muitos interesses particulares divergentes.





INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

Inteligência Espiritual, de que fala o livro, é um novo campo de inflexão de estudos da mente e do comportamento, renovando as expectativas de crescimento pessoal, relacionado ao global. Podemos ver que, no elenco de características a décima é a Compaixão, tão ausente nos dias atuais. É importante que eu mencione pensar que Daniel Goleman é o precursor desta visão que permite a abertura de se ver a Inteligência não apenas como conhecimento acumulado, mas, especialmente, como o cérebro detentor desse conhecimento atua no contexto em que vive. Como consequência, agora é discutida a tal da Inteligência Espiritual que, sem dúvida complementa esse novo SER que vive em dias conturbados por mudanças comportamentais individuais e sociais muito rápidas e, às vezes, drásticas. O contexto desse pensamento pode ser lido na breve entrevista de Dana Zohar, em https://jornalggn.com.br/ciencia/fisica-e-filosofa-dana-zohar-fala-sobre-a-inteligencia-espiritual/., explanada em 2012

Se o assunto interessar, sugiro, também, a importante leitura, se ela ainda não ocorreu, do livro “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman.
Por outro lado, não importa a religião ou seita seguidas, assim como, não importa a crença ou não, no politeísmo ou no monoteísmo, pois o importante é conhecer e manter a dimensão da existência e de como nos relacionamos nela.
De forma sequente, resta ter a mente voltada para um excerto do livro “MUNDOS PARALELOS, do físico Michio Kaku, criador da Teoria das Cordas. Diz ele em determinada definição do que seja a Espiritualidade: “Espiritualidade não é religião, doutrina, dogma, comunicação psicografada ou canalizada, pois tudo isto são apenas filtros. Espiritualidade é uma filosofia de vida, e viver para ser, se encontrar, se conhecer, se amar, reconhecer em si a divindade, a luz a criação”. Para ajudar no entendimento de sua proposta, ele cita o Oráculo de Delfos, cujo pensamento ´atribuído aos Sete Sábios, ainda nos anos entre 650 e 550 AE, e que diz: “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses o universo”.
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ASSIMETRIA NA COMPARAÇÃO

O Jornal da Cidade publicou reportagem em que mostra ter Gilmar Mendes dito que Lulla merece julgamento justo ( https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/26724/quem-merece-julgamento-justo-oswaldo-eustaquio-ou-lula). Parece piada, mas não é! Na manifestação desse juizinho ocorrem duas aberrações, sendo que numa delas há manifestação de um membro do grupo dos onze do STF, dizendo que todos os Juízes anteriores, de primeira, de segunda e de terceira instâncias, foram injustos e, se o foram, foram parciais e, em em sendo são criminosos. Pois, digo que é um absurdo superpor as questões, comparando EUSTÁQUIO com LULLA, pois Lulla é um criminoso vastamente conhecido, indiciado, processado e condenado. Os crimes dos quais Lulla é culpado são de qualificação de LESA-PÁTRIA e de LESA-HUMANIDADE, pois levaram à traição dos valores humanitários nacionais e dos valores humanitários internacionais, pois saquearam o Brasil, gerando mortes pela falta dos recursos necessários e fortaleceram ditaduras sanguinárias pelo mundo, gerando mortes pela perseguição física dos ditadores contra seus cidadãos.









CRIMES DE LESA-HUMANIDADE E LULLOPETISMO, TUDO A VER

Há anos, atribuo ao lullopetismo e especialmente ao líder quadrilheiro LULLA, crimes de LESA-HUMANIDADE, além dos de lesa-pátria, claro! A doação de dinheiro dos cidadãos brasileiros a essas ditaduras cruéis ajudou a que elas matassem mais cidadãos dos seus países, em alguns casos cometendo, aqui sim!, genocídio.  Tudo está em páginas anteriores deste blog. Ainda estamos no rescaldo da ditadura criminosa lullopetista e, por isto, as tendências ideológicas persistem sobre as evidências. Porém, o tempo, ah, o tempo!, mostrará a realidade e os relatos da HISTÓRIA brasileira desses períodos malditos será relatada com fidedignidade, deixando exposta a podridão do bandoleiro LULLA e dos seus asseclas de crime.

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GENOCIDA, A VULGARIZAÇÃO DO TERMO


Sou contra a vulgarização do termo GENOCIDA para caracterizar determinados personagens, no momento, especialmente como os anacrônicos da esquerda têm praticado contra o Presidente brasileiro. Porém, se tivermos que usá-lo, há inúmeros casos semelhantes como, por exemplo, Rodrigo Maia com sua recusa em utilizar o fundo eleitoral para amenizar os efeitos da pandemia; ou, ainda, os governadores e prefeitos que sufocaram as populações com decisões ditatoriais; ou, também, o STF que usurpou o direito do Presidente do Brasil, atravessando a cena nacional com medidas, também elas, estapafúrdias ou ditatoriais, longe dos temas constitucionais aos quais deveriam atenção primordial; e, por que não?, resgatar o saque à Nação praticado recentemente pelo bando lullopetista! Enfim, vulgarizou-se o genocídio e, para pôr ordem na bagunça retórica, nada melhor que um bom texto, como o abaixo.
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A banalização do termo “genocida” é um ultraje às vítimas

Por MÁRIO ROSA, Poder360

Este artigo, antes de tudo, é um tributo à memória de seres humanos que foram vítimas de um crime denominado e definido minuciosamente pela Organização das Nações Unidas.

Um crime contra a humanidade. Um crime hediondo, cujos perpetradores e seus regimes asquerosos não são nada menos do que monstros. Genocidas que massacraram milhões de pessoas ao longo da história. Este texto é para nos lembrarmos deles e de todo o seu martírio. Pessoas como Anne Frank, a judia vítima do holocausto nazista; o avô de Sosso Amiraliam, um dos 1,5 milhão de massacrados no genocídio armênio; Bobk Tamapa Biktopibha, uma das quatro milhões vítimas dizimadas no Holodomor, sob o jugo de Stalin.

Virou modinha agora no Brasil chamar os inimigos, sobretudo de direita, de “genocida”. Mas o que está faltando mesmo é respeito! Não respeito aos atacados. Respeito aos milhões e milhões que padeceram diante dessas brutalidades, ao longo da História.

O substantivo “genocídio” e do adjetivo “genocida” não podem ser utilizados como uma mera ênfase retórica para criticar políticos ou correntes que esses ou aqueles deploram. Genocidas são monstros e genocídios são monstruosidades, crimes contra a humanidade, qualificados de forma bem categórica pela ONU.

Qualquer um tem o direito de odiar um político, de detestar um líder, de desejar a ele que tenha os piores infortúnios, de querer se livrar dele, de não querer vê-lo de jeito nenhum, de sentir azia só de imaginar a sua imagem, de trabalhar noite e dia para que seu governo acabe, de protestar, de vaiar, de falar mal dele ou dela. Isso tudo é do jogo democrático. Mas utilizar a palavra “genocida” não é algo que menospreza o alvo da ofensa. Menospreza as vítimas dessa selvageria, menospreza a magnitude dessa barbaridade, menospreza a dimensão maligna desse crime e, pior de tudo, suaviza, atenua, anistia historicamente os monstros que praticaram esses crimes contra a humanidade.

Sim, porque quando o crítico enfurecido chama o ex-presidente Trump de “genocida”, por tabela, ele está dizendo que Adolf Hitler e o nazismo são uma espécie de Trump. Ele está dizendo para as novas gerações que o presidente americano que reconheceu Jerusalém como capital de Israel e que não entrou em nenhuma guerra durante seu mandato é “igual” a Hitler, Hitler que criou uma máquina de extermínio de mais de seis milhões de judeus, homossexuais, ciganos, negros, “comunistas” e eslavos, sistematicamente assassinados em campos de concentração.

É preciso –urgentemente– dar o nome às coisas como elas são: não! Hitler Parte superior do formulário

 não foi uma espécie de Trump. Hitler não foi uma espécie de Bolsonaro. Hitler não foi um presidente, por mais que alguém que odeie Trump, que presidiu uma democracia, por mais que alguém odeie Bolsonaro.

Hitler e o nazismo foram uma besta fera descomunal, uma monstruosidade, uma aberrarão, criminosos contra a humanidade. E quando se iguala ele a políticos convencionais, por menos que se goste deles, o que se está fazendo é uma redenção de Hitler, do Nazismo e uma afronta aos seis milhões de inocentes que foram eliminados por um regime desumano.

“Em 1946, a Assembleia da ONU definiu Genocídio como sendo ‘a recusa do direito à existência de inteiros grupos humanos (…) um delito do direito dos povos, em contraste com o espírito e os objetivos das Nações Unidas, delito que o mundo civil condena’, e determinou um projeto de Convenção para tratar do assunto. O projeto foi aprovado pela Assembleia Geral, em 09 de dezembro de 1948, e definiu o crime de Genocídio em seu artigo 2º da seguinte forma:

Artigo II – Na presente Convenção, entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal:

(a) assassinato de membros do grupo;

b) dano grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

c) sujeição intencional do grupo a condições de vida pensadas para provocar sua destruição física total ou parcial;

(d medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

(e) transferência à força de crianças do grupo para outro grupo.”

Por favor, você pode odiar o presidente Bolsonaro, pode achar que ele deve ser derrubado, você pode não suportar ver a cara dele no noticiário, pode sentir as piores sensações só de ouvir a voz dele no ambiente onde estiver. Mas… genocida? Nem a mais elástica interpretação do tipo criminal, definido pela ONU, pode ser remotamente aplicada a qualquer coisa que o presidente da República jamais terá feito.

Você pode ter horror a ele e estar fulo da vida com a pandemia? Todo o direito! Mas culpá-lo por todas as mortes? Não é justo, assim como o Brasil experimentou surtos de dengue e de influenza na era Lula e Lula nunca foi nem poderá ser chamado de “genocida”. E assim como também o rei Felipe não pode ser chamado de “genocida” porque a Bélgica é o país com o maior número de mortes por milhão de habitantes, neste momento.

Atenção, pelo amor de Deus: genocida não é palavrão para xingar os outros! Genocida é um monstro muito específico, é um psicopata fora do normal, fora de série, um assassino industrial, um inimigo da humanidade, passível de ser condenado pelas Nações Unidas. Muito cuidado com essa palavra. Não por causa do alvo que você pretende atingir com ela. Mas pelas vítimas que foram dizimadas por esses criminosos. Elas merecem, no mínimo, que a memória delas seja lembrada com a devida reverência e a monstruosidade dos perpetradores das barbaridades que cometeram não sejam banalizadas e verdadeiramente atenuadas, diminuídas, como se “genocidas” fossem apenas políticos detestáveis por alguns. Não, genocidas são monstros.

Genocidas pertencem a uma categoria execrável de seres que ultrapassaram todos os limites. E quando os comparamos mesmo a pessoas que alguns odeiam, o que estamos fazendo é redimindo os genocidas e desprezando aqueles e aquelas que foram brutalizados por eles. Xinguem, critiquem, odeiem quem vocês quiserem.

Mas alto lá com o uso da palavra “genocida”. As vítimas dessas atrocidades e suas famílias, pelo menos, merecem um mínimo de consideração.

 

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...