O CULPADO

Ler o editorial do Estadão, de 29/05/2017, é necessário. Nas suas poucas linhas está descrito todo o problema brasileiro, mas, principalmente, sua maior causa. Lulla, que representa um dos atraso da Humanidade, tem papel central nessa análise, fundamentado nos seus delírios grandiloquentes, na sua retórica vazia, aquela em que o orador fala por horas a fio sem nada dizer, ou repete-se infinitamente, ou mente descaradamente, manifestando o transtorno psicológico da mitomania de que sofre. O problema é que o sebastianismo messiânico explorado por ele  nas suas arengas ocas alcança o âmago de uma camada populacional ignara que mal consegue perceber que está sendo enganada por um pretenso líder, cheio de máculas na sua  moral de ontem de hoje. Mas, que tipo de líder?  De nada! Apesar de seus índices de popularidade expressivos é um "tigre de papel" das iniciativas governamentais, todas elas construídas na ilusão transmitida com boa propaganda, mas que não consegue esconder a devassidão pessoal e do seu grupo. Nada representa para a cidadania. Ao contrário, significa uma grave perda para a consolidação da nacionalidade, já que sua bandeira é a vermelha do Comunismo Internacional, do Bolivarianismo Chavista, do Castrismo Cubano, do Foro de São Paulo, das FARC e de outras organizações criminosas nacionais. É esse o autor da crise. O culpado.


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O autor da crise
O Estado de S. Paulo, 29 Maio 2017
Lula não pode continuar, sem ser contestado, a se oferecer como remédio para o mal que ele mesmo causou
A escassez de lideranças políticas no Brasil é tão grave que permite que alguém como o chefão petista Lula da Silva ainda apareça como um candidato viável à Presidência da República, mesmo sendo ele o responsável direto, em todos os aspectos, pela devastadora crise que o País atravessa.
A esta altura, já deveria estar claro para todos que a passagem de Lula pelo poder, seja pessoalmente, seja por meio de sua criatura desengonçada, Dilma Rousseff, ao longo de penosos 13 anos, deixou um rastro de destruição econômica, política e moral sem paralelo em nossa história. Mesmo assim, para pasmo dos que não estão hipnotizados pelo escancarado populismo lulopetista, o demiurgo de Garanhuns não só se apresenta novamente como postulante ao Palácio do Planalto, como saiu a dizer que “o PT mostrou como se faz para tirar o País da crise” e que, “se a elite não tem condição de consertar esse País, nós temos”. Para coroar o cinismo, Lula também disse que “hoje o PT pode inclusive ensinar a combater a corrupção”. Só se for fazendo engenharia reversa.
Não é possível que a sociedade civil continue inerte diante de tamanho descaramento. Lula não pode continuar, sem ser contestado, a se oferecer como remédio para o mal que ele mesmo causou.
Tudo o que de ruim se passa no Brasil converge para Lula, o cérebro por trás do descomunal esquema de corrupção que assaltou a Petrobrás, que loteou o BNDES para empresários camaradas, que desfalcou os fundos de pensão das estatais, que despejou bilhões em obras superfaturadas que muitas vezes nem saíram do papel e que abastardou a política parlamentar com pagamentos em dinheiro feitos em quartos de hotel em Brasília.
Lula também é o cérebro por trás da adulteração da democracia ocorrida na eleição de 2014, vencida por Dilma Rousseff à base de dinheiro desviado de estatais e de golpes abaixo da linha da cintura na campanha, dividindo o País em “nós” e “eles”. Lula tem de ser igualmente responsabilizado pela catastrófica administração de Dilma, uma amadora que nos legou dois anos de recessão, a destruição do mercado de trabalho, a redução da renda, a ruína da imagem do Brasil no exterior e a perda de confiança dos brasileiros em geral no futuro do País.
Não bastasse essa extensa folha corrida, Lula é também o responsável pelo tumulto que o atual governo enfrenta, ao soltar seus mastins tanto para obstruir os trabalhos do Congresso na base até mesmo da violência física, impedindo-o de votar medidas importantes para o País, como para estimular confrontos com as forças de segurança em manifestações, com o objetivo de provocar a reação policial e, assim, transformar baderneiros em “vítimas da repressão”. Enquanto isso, os lulopetistas saem a vociferar por aí que o presidente Michel Temer foi “autoritário” ao convocar as Forças Armadas para garantir a segurança de Ministérios incendiados por essa turba. Houve até mesmo quem acusasse Temer de pretender restabelecer a ditadura.
Para Lula, tudo é mero cálculo político, ainda que, na sua matemática destrutiva, o País seja o grande prejudicado. Sua estratégia nefasta envenena o debate político, conduzindo-o para a demagogia barata, a irresponsabilidade e o açodamento. No momento em que o País tinha de estar inteiramente dedicado à discussão adulta de saídas para a crise, Lula empesteia o ambiente com suas lorotas caça-votos. “O PT ensinou como faz: é só criar milhões de empregos e aumentar salários”, discursou ele há alguns dias, em recente evento de sua campanha eleitoral fora de hora. Em outra oportunidade, jactou-se: “Se tem uma coisa que eu sei fazer na vida é cuidar das pessoas mais humildes, é incluir o pobre no Orçamento”. Para ele, o governo de Michel Temer “está destruindo a vida do brasileiro”, pois “a renda está caindo, não tem emprego e, o que é pior, o povo não tem esperança”.
É esse homem que, ademais de ter seis inquéritos policiais nas costas, pretende voltar a governar o Brasil. Que Deus – ou a Justiça – nos livre de tamanha desgraça.

NOSSA CAPACIDADE

O texto abaixo foi publicado em 1957, trazendo a vivência daqueles anos, quando a esperança retomava o mundo, os povos retomavam seus caminhos construtivos de novas economia e novas mentalidades, melhorando a Humanidade. Vivíamos tempos mais felizes, pois detínhamos um conjunto de esperanças de uma sociedade melhor. Mas, os tempos passaram e parece havermos retrocedido, ao invés de aperfeiçoarmos as relações intra e interpovos. Resta-nos, porém, a continuada esperança contida no texto abaixo que exalta a capacidade humana de superação pessoal e grupal, por meio da evolução consciente.
Para quem ainda não teve contato com a Logosofia, recomendo um breve contato com o conhecimento ali contido. Vale a pena!


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A grande prerrogativa humana

Pela primeira vez na história da humanidade, é encarada a realização do processo de evolução consciente, único meio real e seguro de tirar o homem do ostracismo mental e psicológico em que permaneceu até aqui e elevá-lo a níveis de superação extraordinários; a prova disso é que ninguém jamais mencionou tão importante assunto, nem deu notícia de progressos dessa ordem que tivessem sido alcançados. Aceitar-se-á, então, a afirmação de que fora da órbita de nossos conhecimentos não é possível levar a cabo tal realização.
Como ponto inicial para a consumação de tão elevado objetivo, a Logosofia ilustra a inteligência acerca da conformação mental-psicológica que habilita o ser humano para satisfazer o objetivo – tantas vezes mencionado e jamais alcançado – de conhecer-se a si mesmo. Precisamente nesse conhecimento se condensa a ciência do aperfeiçoamento, desde o instante em que o homem, enfrentando as partes perfectíveis do ente moral e psicológico que configura seu ser físico e espiritual, dispõe-se a superá-las.
O desenvolvimento dessa possibilidade é impulsionado pela força renovadora e construtiva do método logosófico, no cumprimento das altas realizações conscientes que o magno processo de evolução exige.
O processo de evolução consciente transforma a vida e a enriquece progressivamente
A fonte da sabedoria logosófica não está vedada a ninguém, mas não se chega a ela senão pelo avanço gradual nesse processo que exige ser cumprido com toda a exatidão e em que o esforço é compensado com o eflúvio das grandes verdades que chegam até o homem na proporção de seus merecimentos.
O fato, registrado pela história do mundo, de aparecerem grandes espíritos – não precisamente escalando as elevadas regiões, mas delas descendo para ajudar o avanço da humanidade – não prova uma exceção à regra. Basta-nos saber que o mecanismo mental-psicológico do homem, perfeito em sua concepção original, mas travado pela ignorância do respectivo dono acerca de tão admirável sistema, pode ser restituído à normalidade de seu funcionamento e alcançar essas prerrogativas, o que se revela na dimensão das concepções da inteligência, na força incontível da palavra, na vastidão da sabedoria, no exemplo da própria vida.
“Logosofia-Ciência e Método”, pág. 33, de Carlos Bernardo González Pecotche

SERÁ A ANOMIA?

Há poucos dias, quando um político nacional falou que o Brasil passa por uma anomia, poucos deram atenção ao termo, ou por não saberem o seu significado, ou por  situarem-no num dos vazios retóricos que dominam o País. Mas, é uma noção importante e necessária saber a que se refere, pois está vinculado exatamente ao momento pelo qual o Brasil passa. ANOMIA  é o enfraquecimentos das normas, ou a a ausência delas, numa sociedade, levando à desorganização social e, consequentemente, possibilitando ocasionar a desordem total. A consequência primeira de um estado de anomia é a falta de objetivos nacionais, quando muitos interesses de sobrepõem, mesclando-se desordenadamente, pois não há liderança capaz de trazer à razão a sociedade.
Parece estarmos vivenciando a proximidade de uma situação caótica e é a esse estado que o Editorial do Estão faz referência. Vale a pena a leitura.

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Uma questão de liderança
O Estado de S. Paulo, 28 Maio 2017

Uma crise como a desencadeada no dia 17 não deveria impor à opinião pública um sentimento forte de desconfiança em relação à coisa pública ou ao mundo político.
Quando se veiculou, no dia 17 de maio, a versão de que havia um áudio no qual o presidente Michel Temer teria dado anuência à compra do silêncio de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro, foi pelos ares a relativa estabilidade que o País vivia nos últimos meses e que começava a mostrar seus resultados. A crise política voltou forte e arrastou os primeiros indícios de recuperação econômica. Ainda que a divulgação da gravação, no dia seguinte, tenha mostrado que não havia a propalada anuência presidencial, o estrago estava feito e o País, uma vez mais, se via enredado em discussões sobre a governabilidade.
A crise nascida no dia 17 de maio expôs velhas e novas feridas nacionais: a atuação açodada do Ministério Público, com a conivência do Poder Judiciário, os benefícios imorais e ilegais concedidos ao chefe de uma operação criminosa – que ainda ganha dinheiro com o vazamento de sua delação –, as relações espúrias do mundo político com o dinheiro privado, as desastrosas consequências morais e econômicas da política lulopetista dos campeões nacionais, com o completo desvirtuamento da finalidade do BNDES, entre outras mazelas.
Uma crise como a desencadeada no dia 17 não deveria impor à opinião pública um sentimento forte – e talvez definitivo – de desconfiança em relação à coisa pública ou ao mundo político. Afinal, é da natureza das crises expor, sem maiores pudores, as deficiências nacionais, o que, por sua vez, mostra ser absolutamente necessário olhar além da superfície o cenário político e administrativo. Tal atitude serena não é igual a jogar a sujeira para debaixo do tapete ou desviar os olhos da atuação imoral de políticos, funcionários e empresários. O que é preciso fazer, para o encaminhamento de uma solução pertinente para a crise, é ter uma clara noção da situação, uma visão nítida de para onde se pretende conduzir o País e um balanço realista dos meios de que se dispõe para tanto.
Sem isso, não se vai a lugar algum. O mundo real impõe limitações e a política é sempre a arte do possível, dentro do estrito respeito às regras do jogo democrático.
Um dos pontos que a atual crise mais evidencia é a completa ausência de lideranças políticas prontas para dar as respostas rápidas e eficientes que o momento exige. É fácil achar incendiários ou oportunistas. Difícil é encontrar quem, capaz de formular um diagnóstico realista sobre a situação nacional, também possa articular caminhos e soluções viáveis, constitucionais, para destravar o País. Não se confunda a deficiência que acabamos de apontar com qualquer dificuldade para encontrar possíveis nomes para uma eventual substituição de Michel Temer. No momento, esse é um falso problema. O posto presidencial não está vago. Referimo-nos a um problema mais estrutural e prévio à apresentação de nomes e candidaturas: a carência de lideranças capazes de fazer política, na melhor acepção do termo.
Há, sem dúvida, pessoas experientes, que conhecem o funcionamento do Congresso, do Poder Executivo e – o quanto é possível saber – das leis e do Judiciário. O que faz falta são lideranças capazes de projetar o País para o futuro, de pensar estrategicamente. Pessoas que vislumbrem novos horizontes e, como se escreveu nesse espaço há não muito tempo, possam “aglutinar sentimentos, representar vontades, promover consensos e levar adiante projetos que ultrapassem os interesses particulares”.
O momento que o País atravessa é realmente delicado, e o risco advém não tanto de eventual tibieza do governo. O principal perigo é que a atual crise aprofunde a desconfiança da população em relação à política e leve a um distanciamento dela ainda maior de jovens talentos. Essa descrença, tornada crônica, inviabilizaria a governabilidade, não só de agora, mas do futuro. É isso que cumpre evitar, antes de mais nada.
Não é das tarefas mais difíceis falar mal atualmente da política nacional. São muitas, evidentes e graves as suas falhas. É preciso, sem dúvida, analisá-las a fundo, descobrindo suas causas e propondo correções. O que não se pode nem se deve fazer é usar as dificuldades e as mazelas atuais para levar a população a fugir da política, seja alimentando sentimentos que vão da repulsa à indiferença, seja fabricando messiânicas e utópicas soluções.
Terá o Brasil líderes capazes de levar avante essa tarefa?

FUSÃO OU FISSÃO

O corrupto e o corruptor, também poderia ser o corruptor e o corrupto, pois há o momento em que o primeiro corrompe o segundo e, vice versa, quando o corrupto corrompe o corruptor, ao exigir pagamentos ilícitos deste. São, afinal, xifópagos que se fundem ao longo de um processo, ou já nascem assim, como se fosse fissão, quando ocorre o processo de QI, com grandes empresas indicando alguém para determinado cargo, para o fim do desvio com interesse particularizado.
No texto, Ruy Castro foi preciso ao classificar a classe vil, certamente correlacionando com os eventos recentes, onde o BNDES tem papel primordial. Só que a linda Maria Sílvia deu o golpe, saiu, deixando no ar muitas perguntas que o Governo terá de responder. Todas elas embutidas nas denúncias antigas e recentes envolvendo o Banco e que, jogadas para a Presidente resolver no interesse de um lado só, claro!, não foram adiante. Mas, ela não não entrou nesse circuito. 



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O corrupto e o corruptor
por Ruy Castro, na Folha, de 27/05/2017
Agora que estávamos nos acostumando à figura do corrupto —afinal, há séculos convivemos com ele—, eis que surge um novo animal na floresta: o corruptor. E em alto estilo: enorme, viscoso, tentacular, falando de cifras com que nunca sonhamos e com uma naturalidade que escancara para nós, de repente, toda a nossa inocência.
Com que, então, os milhões e bilhões que só conhecíamos por ouvir falar existem de verdade e não como papéis simbólicos, trocados por bancos e governos. Apesar do volume, são moeda corrente entre pessoas reais e circulam em malas, mochilas, meias e depósitos no Exterior, ou na forma de barcos, joias, sítios, tríplexes, aeroportos. A cada denúncia, os montantes têm sido de tal ordem que nos arriscamos a ficar blasés: “Mas como, tanto barulho por R$ 5 milhões? Ainda se fossem dólares…”.
Enfim, se o corrupto não é novidade, nada mais fascinante nos últimos tempos do que nos defrontarmos com o corruptor —o que nos tem sido oferecido à larga pelas gravações da Lava Jato. Desse espetáculo, que supera qualquer reality show, pode-se inferir algo sobre a personalidade de ambos.
O corruptor tem desprezo pelo corrupto. Olha-o de cima para baixo, trata-o pelo primeiro nome ou pelo diminutivo, ignora a liturgia, marca local, dia e hora da visita ou chega sem avisar —claro, se é ele quem paga as contas, presta-se gostosamente aos achaques e compra políticos como se fossem bananas. O corruptor vai às compras com uma longa lista: transferências de fundos públicos, medidas provisórias, primazia em concorrências, isenção de impostos, empréstimos em bancos oficiais. O corrupto avia esses pedidos e, em troca, leva o seu. Mas o ganho do corrupto é pinto se comparado ao do corruptor.
Desprezado pelo corruptor, só resta ao corrupto, em troca, nos desprezar.

A MAIOR ESTRELA DO UNIVERSO

Pouco antes, postei algo sobre a Maior Imagem do Universo. Agora, trago algo sobre a maior estrela já encontrada. São números estonteantes e que aguçam a nossa curiosidade sobre o que há lá fora.
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A Maior Estrela Já Encontrada no Universo
por GABRIEL PIETRO em 16 DE JANEIRO DE 2017 
Olhe para o céu à noite e você verá incontáveis estrelas. Mas apenas uma fração microscópica delas são visíveis à olho nu. Na verdade, são estimadas 1 trilhão de galáxias (número recente), cada qual com, em média, 100 bilhões de estrelas, no Universo Observável. Isto quer dizer que existem 10^25 estrelas lá fora!
Essa potência de tamanho enorme vêm em uma variedade de cores e tamanhos diferentes – e muitas delas fazem o nosso próprio Sol parecer um mero objeto insignificante. Mas qual é o verdadeiro gigante dos céus?
Bem, nós temos que começar definindo o que queremos dizer com ‘gigantes’. Seria àquela com o maior raio, por exemplo, a mais brilhante, ou com a maior massa?
Gigantes Galácticos
A estrela com possivelmente o maior raio é atualmente UY Scuti, uma super gigante vermelha variável na constelação de Scutum (Escudo). Situada a cerca de 9500 anos-luz da Terra, e composta por hidrogênio, hélio e outros elementos mais pesados similares à composição química do Sol, a estrela tem um raio 1708 vezes maior do que nossa estrela.
Isto é, cerca de 1,2 bilhões de quilômetros, o que resulta numa colossal circunferência de 7,5 bilhões de quilômetros. Para colocar isso em perspectiva, você levaria 950 anos para voar em torno dela em um avião comercial – até mesmo a luz levaria 6 horas e 55 minutos para circunavegá-la. Se substituíssemos o Sol no centro do Sistema Solar por UY Scuti, sua superfície chegaria até a órbita de Saturno, localizada entre o planeta dos anéis e Júpiter – não é preciso dizer que a Terra seria tragada.
Dada a sua enorme dimensão e uma possível massa de 20 a 40 vezes maior do que o Sol (ou 2-8×10³¹kg), UY Scuti têm uma densidade provável de 7×10⁻⁶ kg/m³. Em outras palavras, ela é mais de um bilhão de vezes menos densa do que a água.
Na verdade, se colocássemos esta estrela na maior piscina de água do Universo, ela teoricamente flutuaria. Sendo mais de um milhão de vezes menos densa que a atmosfera da Terra à temperatura ambiente, ela voaria livremente sobre a atmosfera terrestre – isso se encontrássemos um parque grande o bastante.
Mas se esses fatos insanos explodiram sua mente, temos que dizer, nem sequer começamos. UY Scuti pode ser grande, mas não é um peso pesado (literalmente). A estrela mais massiva do Universo (até o momento encontrada) é R136a1, localizada na Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.
Ataque Massivo
Essa estrela, uma esfera de hidrogênio, hélio e outros elementos mais pesados (bem como o Sol e UY Scuti) é apenas 35 vezes maior que o Sol, mas assombrosos 265 vezes mais massiva – impressionante, especialmente tendo em conta que ela já perdeu 55 massas solares durante seu ciclo de vida, iniciado há 1,5 bilhão de anos.
Essa estrela tipo Wolf-Rayet (estrelas evoluídas, muito massivas – mais de 20 massas solares, – e que perdem suas massas rapidamente por meio de ventos estelares muito fortes) está longe de ser estável. Ela se parece com uma esfera azul distorcida com uma superfície um tanto indistinguível, graças aos poderosos ventos estelares ejetados constantemente. Estes ventos viajam à alucinantes 2.600km/s – ou 65 vezes mais rápido do que a sonda Juno (que deve chegar à Júpiter em julho desse ano), o objeto mais veloz já construído pelo homem.
Tal como uma estrela do rock, ela brilha muito e morre rapidamente. R136a1 irradia nove milhões de vezes mais energia do que o nosso Sol e pareceria 94.000 vezes mais brilhante no céu terrestre se substituíssemos nossa estrela por ela. Na verdade, ela é a estrela mais luminosa já descoberta.
Com uma temperatura de superfície de 53.000°C, R136a1 deve viver por ‘apenas’ mais dois milhões de anos. Sua morte será espetacular, uma espécie de mega-supernova, destruindo tudo no caminho.
Claro, contra esses gigantes nosso Sol é insignificante, mas, também, irá crescer bastante no futuro, à medida que envelhece. Daqui 7,5 bilhões de anos, ele atingirá seu tamanho máximo como uma gigante vermelha, estendendo-se até a presente órbita da Terra, que será engolida no processo.
Até mesmo a maior das estrelas não se compara à menor das galáxias, que não se comparam aos aglomerados, aos superaglomerados ou ao Cosmos em si. E o que dizer da Terra ao lado desses monstros cósmicos? Melhor pararmos por aqui…

MEIRELLES, NÃO.

Não, não é possível! Meirelles deve ser erradicado da vida pública. Ora, por quê? Porque, depois da armação JBS, ficou claro ser ele um dos maiores envolvidos nisso tudo. Foi do Banco Central, na (des)administração Lulla, foi ministro da fazenda (assim, com letra minúscula), na (des)administração Dilma, depois, saindo dos (des)governos lullopetistas foi para a Presidência do Conselho de Administração da … JBS. Pode!? Saindo dali, foi para o Ministério da Fazenda do Temer, participando de um governo sobre o qual foi armado um “esquemão” por seu ex- empregador e ex-patrões, JBS e lullopetistas, sem ele saber? Ora, convenhamos, algo errado há!

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Aliados e adversários de Temer já discutem nomes para disputar a eleição indireta

Charge do Frank (A Notícia)
Pedro Venceslau, Vera Rosa e Lucas Baldez
Estadão
Enquanto o núcleo duro do Palácio do Planalto adota o discurso de que apenas a permanência do presidente Michel Temer pode garantir a governabilidade e aprovar as reformas trabalhista e da Previdência, aliados e adversários do peemedebista já debatem nos bastidores qual o perfil ideal e os nomes mais viáveis para a eventualidade de uma eleição indireta. Existem alguns consensos nos dois lados. O primeiro é que qualquer decisão passará pelas reformas trabalhista e da Previdência. O segundo é que dificilmente um nome de fora da política terá força para construir uma maioria entre os deputados e senadores que formarão um possível colégio eleitoral.
Em caráter reservado, líderes da base governista dizem que a eleição de um presidente-tampão teria a mesma dinâmica de uma disputa pela Mesa Diretora da Câmara. Ou seja: tem mais chance de vencer quem tiver trânsito nas bancadas e condições de oferecer cargos.
MAIA DESPONTA – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desponta como uma opção. Dois deputados da linha de frente da oposição disseram ao Estado que estiveram com Maia e ouviram dele a promessa de apoiar versões brandas das reformas.
Os pontos centrais ficariam para depois de 2018. Pesa contra o presidente da Câmara, porém, o fato de ser investigado na Lava Jato, o que poderia gerar instabilidade. Procurado, Maia negou os encontros e disse que não tratou do assunto “com ninguém”.
“A oposição vai apoiar o candidato que se comprometer a deixar ambas reformas para depois de 2018”, disse o deputado Orlando Silva (PC do B-SP).
É justamente neste ponto que políticos leais a Temer se apegam para difundir a tese do perigo de se trocar novamente o governo em pouco mais de um ano. “É um desserviço ao País e uma leviandade discutir nomes. Deviam todos estar preocupados em fazer as reformas”, disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
ELEIÇÃO FECHADA – Dirigentes do DEM dizem que, caso haja uma eleição indireta, os parlamentares não aprovarão nenhum nome fora do Congresso para disputar a vaga. “O maior eleitor, na eleição indireta, chama-se Rodrigo Maia”, disse um integrante do partido. “Resta saber se terá condições de ser”, emendou, em uma referência às investigações da Lava Jato contra ele.
Fiador das reformas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), é apontado como uma opção “híbrida”. Seria bem recebido pelo mercado, não é investigado na Lava Jato e é considerado um bom articulador político. Seu nome tem a simpatia de Temer e não sofre resistências no PSDB, principal aliado do governo, mas que, ao menos por ora, diz preferir um nome da sigla.
Uma ala do partido prega o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outra, a do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Para atrair os tucanos, Meirelles precisaria se comprometer a não disputar a reeleição em 2018.
DO JUDICIÁRIO – Em outra frente, parlamentares governistas, da oposição e especialistas ventilam a ideia de um nome de peso do Judiciário. Essa seria uma saída institucional que impediria uma guerra fratricida da base e teria a simpatia da opinião pública. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim são os mais mencionados para assumir a Presidência.
Regras. Há dúvidas, porém, sobre a candidatura de alguém sem vinculação partidária ou que tenha cargo público. Embora prevista na Constituição, a eleição indireta nunca teve as suas regras regulamentadas pelo Congresso. “Existem mais incertezas do que certezas. Temos alguma experiência em nível estadual, mas desde 1988 nunca tivemos eleições indiretas para presidente.”, afirma Thomaz Pereira, professor de Direito Constitucional da FGV-Rio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O texto da matéria é mais comedido. Porém, foi ilustrado com uma série despropositada de fotos, que incluem os também possíveis presidenciáveis Gilmar Mendes, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva, Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado. Como se vê, esqueceram o Tiririca, que não recebeu propina de ninguém e tem um slogan matador, porque “pior não fica”. (C.N.)

QUAL É, AFINAL, O ESCÂNDALO?

Para encaminhar o Editorial do Estadão, de hoje, transcrevo texto que postei anteriormente sobre tema correlato e que julgo pertinente e consonante com o texto do jornal. Esta minha posição nada tem a ver com eventual defesa de Temer, pois há identificação de muitos desvios éticos e morais na fala gravada.
Concordo que a investigação deva ser isenta, absolutamente isenta. Mas, em face desses fatos que envolvem a acusação contra Temer, com investigação cheia de questionamentos em relação aos métodos, meios e aos seus resultados, a coordenação não pode estar sob a vontade de um Janot, cujo companheiro de procuradoria deixa o serviço público num dia para, no outro, assumir a armação do grampo contra Temer. Além disto, são necessárias explicações sobre o interregno da gravação/publicação, da edição das falas e da falta da elementar perícia do produto gravado antes de ação legal. Especialmente, Janot deve explicar o porquê da gravação/publicação/liberação total de um criminoso, com todos os benefícios possíveis, ou seja, viver no exterior. Tudo simultâneo e rapidamente.
Não podemos esquecer que mais de 10 bilhões (BILHÕES) de reais foram repassados do nosso dinheiro, via BNDES, para esses oportunistas ligados ao lullopetismo, cujos participantes foram sustentados pelo crime.


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A delação que é um escândalo
O Estado de S.Paulo, 23 Maio 2017 | 03h13
A delação do empresário da JBS é escandalosa, e não apenas pelos crimes relatados. As histórias que a cercam são de enorme gravidade, indicando, no mínimo, o pouco cuidado com que se tratou um material com enorme potencial explosivo para o País
O vazamento da delação de Joesley Batista na semana passada deixou uma vez mais o País profundamente consternado, ao envolver em ações criminosas graduados personagens da vida nacional, a começar pelo presidente da República, Michel Temer. Surpreende que denúncias tão graves tenham sido divulgadas – assumindo, assim, ares de veracidade – sem que nada do que delas consta, e tampouco as circunstâncias que envolvem os fatos, tenha sido averiguado previamente. Tal açodamento foi, no mínimo, irresponsável. Haja vista as consequências da divulgação nos campos político, econômico e financeiro.
A delação do empresário da JBS é escandalosa, e não apenas pelos crimes relatados. As histórias que a cercam são de enorme gravidade, indicando, no mínimo, o pouco cuidado com que se tratou um material com enorme potencial explosivo para o País.
Em primeiro lugar, causa escândalo o fato de que a principal notícia vazada na noite de quarta-feira passada não foi confirmada e, mesmo assim, o Ministério Público Federal (MPF) não fez qualquer retificação. Foi afirmado que um áudio gravado por Joesley Batista provava que o presidente Michel Temer havia dado anuência à compra do silêncio de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro. Ainda que a conversa apresentada seja bastante constrangedora para o presidente Michel Temer pelo simples fato de ter sido travada com alguém da laia do senhor Joesley Batista, das palavras ouvidas não se comprova a alegada anuência presidencial. Ou seja, aquilo que tanto rebuliço vem causando na vida política e econômica do País desde a semana passada não foi comprovado e, pelo jeito, não o será, pelo simples fato de não existir.
Como o Broadcast – serviço de notícias em tempo real da Agência Estado – revelou no sábado passado, a gravação da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer no Palácio do Jaburu não foi periciada antes de ser usada no pedido de abertura de inquérito contra o presidente. Ou seja, nem mesmo essa medida de elementar prudência foi adotada pelo Ministério Público Federal. Em razão de a denúncia envolver altas personalidades, seria curial dar os passos processuais com extrema segurança, até mesmo para evitar eventual nulidade da ação e consequente impunidade dos eventuais culpados. Tudo indica, no entanto, que o principal objetivo do MPF era obter notoriedade, e não fazer cumprir a lei.
A fragilidade da delação de Joesley Batista não se esgota nesses pontos. De forma um tanto surpreendente, o MPF não apresentou denúncia contra o colaborador, como se a revelação dos supostos crimes cometidos pelo presidente da República e por outros nomes importantes da vida nacional fosse suficiente para remir a pena do criminoso confesso. Trata-se de evidente abuso, a merecer pronta investigação da Justiça. Se, como o MPF denuncia, os crimes foram tão graves e abrangem toda a política nacional, é um grave e escandaloso erro – para dizer o mínimo – conferir perdão a quem os perpetrou e lucrou abundantemente. Note-se que a lei proíbe que se dê imunidade aos líderes de organização criminosa. Não seria essa a função dos senhores Joesley e Wesley Batista nos acontecimentos em questão?
Além disso, até o momento não foi apresentada uma possível razão que justificasse o procedimento seguido pelo MPF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à delação de Joesley Batista. Como não estava ligado à Operação Lava Jato, o caso deveria ter sido distribuído por sorteio, e não encaminhado diretamente ao ministro Edson Fachin.
A delação de Joesley Batista ainda expõe o Ministério Público em dois pontos muito sensíveis. O delator contou que o procurador Ângelo Goulart Villela, mediante pagamento de R$ 50 mil mensais, era seu informante dentro do MP. Ora, tal fato leva a checar com lupa todos os passos do empresário nesse processo de colaboração. Além disso, um procurador da República, que atuava muito próximo a Rodrigo Janot, deixou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para trabalhar no escritório que negocia com a própria PGR os termos da leniência do Grupo JBS. Tudo isso sem cumprir qualquer quarentena.
Ansiosamente, o País espera que avance o combate à corrupção. Tal avanço deve ser feito, porém, de forma menos descuidada.

EBOLA

Alguém por aí ouviu falar sobre isso? Parece que não, pois estamos todos envolvidos com os dedos nos nossos pés, ou, para quem não os vê, com o umbigo mesmo. Mas, apenas relembrando o passado recente, o assunto é grave, talvez podendo ser minimizado pela experiência adquirida no controle da doença durante a última epidemia. Mas, como diz o texto, se houve mutação do vírus, ou se os vetores forem incontroláveis? Acerca do tema há a série "12 MACACOS", disponível em canal adquirido na TV  e que vale a pena ver.


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Ebola: Infecções Subiram 800% na Semana Passada - Funcionários Correm para Rastrear 400 Possíveis Contatos-(domingo, 21 de maio de 2017)| 
Na semana passada, três suspeitas de infecção por Ebola foram detectadas em uma região remota do Congo. Desde então, funcionários da Organização Mundial da Saúde têm lutado para conter o vírus.

Seus esforços parecem ter falhado.



O contágio continua a se espalhar e, embora não esteja nem perto das 11 mil pessoas que foram infectadas durante o surto em 2014, a taxa de infecção aumentou mais de 800% nos últimos sete dias, com pelo menos nove casos novos relatados nas últimas 24 horas:

O número de casos suspeitos de Ebola aumentou para 29, nove em menos de uma semana em uma parte isolada da República Democrática do Congo, onde três pessoas morreram por causa da doença desde 22 de abril, disse a Organização Mundial da Saúde nesta quinta-feira.

O risco do surto é "alto a nível nacional", disse a OMS, porque a doença era tão grave e estava se espalhando em uma área remota no nordeste do Congo com "vigilância sub-ótima" e acesso limitado aos cuidados de saúde.


"O risco a nível regional é moderado devido à proximidade das fronteiras internacionais e ao recente afluxo de refugiados da República Centro-Africana", disse a organização, mas ela descreveu o risco global como baixo porque a área é bastante remota. (NY Times)


O surto de 2014 também começou em uma região remota da África, mas os esforços de contenção foram ineficazes e o vírus eventualmente se espalhou para os Estados Unidos e Europa.

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De acordo com a OMS, cerca de 400 pessoas entraram em contato com as 29 pessoas infectadas e os funcionários estão tentando rastreá-los para monitoramento.

Equipamentos de proteção foram enviados para os profissionais de saúde e um laboratório móvel que está sendo construído e, em seguida, implantados na área. Também estão sendo realizadas reparações imediatas de pistas aéreas e telecomunicações. Os primeiros seis meses da operação devem custar 10 milhões de dólares...

Com a ajuda da ONU, as primeiras equipes de busca, lideradas pelo Ministério da Saúde da RDC, voaram para Likati ontem. Sua prioridade imediata é seguir os mais de 400 contatos dos casos suspeitos de Ebola.
 (Centro de Notícias da ONU)

Como aprendemos em 2014, tudo que é preciso é um indivíduo infectado conseguir fazer um checkpoint no aeroporto.

Com viagens internacionais via aeroportos, trens e carros disponíveis em toda a região, um único indivíduo infectado em um avião poderia infectar dezenas de outros, que por sua vez poderiam infectar um grande número de pessoas.

O modelo do Ebola de Yaneer Bar-Yam, que simulou e previu com sucesso eventos como o surgimento da Primavera Árabe, mostra como um contágio Ebola pode parecer.

O modelo acima é baseado nas taxas de infecção atuais do Ebola e não leva em conta sua possível evolução à medida que ele se espalha de humano para humano.

Segundo os cientistas, a cepa de 2014 começou a evoluir de forma acelerada, ao ponto que se não tivesse sido contida e continuado a se espalhar através do contato humano, ela poderia ser transmitida pelo ar, tornando-a tão fácil de se contrair como um resfriado comum.

Em resposta a esta ameaça sem precedentes, os funcionários do governo dos EUA começaram a se preparar para mortes em massa, indo até o ponto de desenvolver planos para os Centros de Atendimento Comunitário, onde indivíduos infectados ou suspeitos de infecções seriam detidos indefinidamente.

Conforme o contágio Ebola espalhava-se por todo o globo, a população em pânico correu para estocar suprimentos de emergência como alimentos secos congelados, trajes de bio-proteção e máscaras de gás.

A preocupação, é claro, era que um vírus com uma taxa de letalidade de 90% após a infecção, fizesse o seu caminho para as comunidades americanas locais. Como Tess Pennington observa em seu Guia de Preparação para Pandemia, uma vez que ele esteja dentro de 80 quilômetros de onde você mora, é hora de se preocupar e tomar medidas imediatas para isolar sua família da ameaça, porque a maioria das pessoas não vai perceber o quão grave a situação que elas estão:

Olhando para trás, a Peste Negra, aqueles que viviam em áreas de alta densidade populacional foram atingidos mais duramente por esta pandemia. Estima-se que a Peste Negra tenha matado 30 a 60 por cento da população da Europa. Dada a nossa vasta gama de sistemas de transporte, a sociedade moderna faz com que as doenças infecciosas se espalhem muito mais rapidamente em comparação com qualquer outro momento da história registrada; e devido as pandemias estarem se movendo rapidamente, as vacinações seriam inúteis. Além disso, no que diz respeito ao sistema de transporte mundial, a taxa de mortalidade em uma pandemia futura poderia resultar em milhões de pessoas procurando cuidados médicos ao mesmo tempo, assim, sobrecarregando hospitais e departamentos de emergência.

Quando um surto ocorrer, muitos permanecerão em um estado de negação sobre qualquer epidemia que se aproxime. Simplificando, a maioria das pessoas acredita ser invencível a situações negativas e não gosta de mudar de ideia qualquer que seja sua natureza. Eles permanecerão neste estado até que percebam que são incapazes de negar a si mesmos por mais tempo. Estar preparado antes da massa sair em agitação, irá garantir que você esteja melhor preparado antes que as hordas corram para o supermercado para estocar.


Talvez os procedimentos de contenção implementados no Congo pela OMS sejam mais eficazes do que em 2014.Mas e se eles não estiverem? E se o vírus sofrer mutação e for transmitido pelo ar?


A DEMOCRACIA INDUZIDA PELA "democracia"

Muito preocupante o texto abaixo. Preocupante mas verdadeiro! Afinal, basta olharmos ao nosso redor, a partir do país em que vivemos, pensar um pouco e, finalmente, veremos que é assim mesmo que funciona: nós, os eleitores, não decidimos coisa alguma. Somos obrigados a um voto, às vezes, de cabresto, em outras, levados pela propaganda, mais ainda, marcados por interesses pessoais ou do nosso grupo e, pior que tudo, quase sempre escolhemos pelo voto útil. Só que o tal de voto útil é aquele dado a quem está na ponta das pesquisas, mas, estas, as pesquisas, podem ou são sempre direcionadas, porquê compradas pelo poder econômico. Então, vamos no seguimento do líder da manada e nos tornamos o boi manso e cordato com ideias absurdas que surgem no mercado politiqueiro.
Enfim, uma boa leitura, para construtivos pensamentos.

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Os males do marketing político
O acessório foi tomado como principal, resultado direto da atual carência de lideranças políticas
O Estado de S.Paulo/14 Maio 2017
Um dos efeitos mais perniciosos da ausência de lideranças políticas genuínas é a frivolidade do debate público, evidenciada de maneira cabal durante as campanhas eleitorais. Em raríssimas ocasiões se veem contrapostos visões e projetos substanciosos para o País, caminhos pelos quais aos eleitores é dado optar nos regimes democráticos. Um ato essencialmente político, um fundamento da democracia representativa, como é a campanha eleitoral, é transmutado em uma espécie de show circense para escamotear a pobreza de conteúdo do que se apresenta ao escrutínio público.
Diante desse cenário desolador, não surpreende o elevado custo das campanhas eleitorais, nem que tanto dinheiro acabasse sendo buscado no indecente contubérnio entre partidos, empreiteiros e lambazes de todo tipo. Por não terem condições de oferecer uma proposta clara, planejada e inteligível aos eleitores, os candidatos preferiram contratar os famosos marqueteiros, que, ao invés de suprirem eventuais deficiências de comunicação de seus contratantes, passavam, eles mesmos, com a ajuda de institutos de pesquisa de opinião pública, a pautar o debate. E por este trabalho eram regiamente remunerados por meio de caixa 1, caixa 2, caixa 3 ou tantas caixas quantas fossem necessárias para viabilizar uma eleição dessa natureza. Pode-se mesmo dizer que a ilegalidade do meio de pagamento se tornou, com o tempo, irrelevante, pois o que era essencialmente desonesto era a subtração, ao povo, do debate político e das oportunidades de fazer uma escolha sensata dos governantes.
O custo descomunal para chegar ao poder no Brasil tem feito com que o eleito não se ocupe de outra coisa a não ser a busca incessante dos meios de financiamento de sua permanência no cargo – não raro por mecanismos escusos, como se vê pela sucessão de escândalos –, dedicando pouco tempo de seu mandato para legislar ou governar pautado unicamente pelo interesse público. Quando a inspiração de agir visando ao bem comum – traço distintivo de uma legítima liderança política – não se faz presente, abre-se espaço para a tentação dos privilégios e benesses do poder. Cria-se, assim, o ambiente para a perpetuação de um sistema que não medirá esforços para isso e não verá a lei como um anteparo dissuasório, e sim como uma pequena barreira a ser transposta.
Esse marketing, tal como tem sido feito, contribui decisivamente para o abastardamento da política, ao impor um debate sobre questões irrelevantes – quando não fantasiosas –, privando os eleitores de conhecer verdadeiramente as ideias e planos daqueles que lutam por seus votos. Não é um bom sinal de vigor democrático, e menos ainda da substância de nossas lideranças políticas, quando marqueteiros passam a ser figuras públicas, tratadas na pauta corrente do noticiário e das conversas populares. Pior ainda quando seus nomes aparecem vinculados à prática de crimes.
 O peso desmedido dado às pesquisas eleitorais também contribuiu para o estágio em que se encontra a propaganda política hoje. Pouco a pouco, os candidatos passaram a privilegiar o discurso que os eleitores gostariam de ouvir, e não o que precisava ser dito. No mundo real, nem sempre os dois se coadunam. É neste contexto que os marqueteiros políticos passaram a ganhar cada vez mais importância. Não é exagero dizer que, em muitos casos, são eles, e não os políticos – os verdadeiros mandatários –, que determinam o debate público. A porosidade dos limites entre uma atividade e outra chegou a tal grau que marqueteiros não só figuravam lado a lado de “seus” candidatos durante a campanha como, quando estes eram eleitos, eram chamados para tomar assento em reuniões onde ações de governo eram traçadas. Nos piores casos, tornaram-se idealizadores de dissimulações ou mesmo partícipes de práticas criminosas.
Evidentemente, não se trata aqui de demonizar o marketing político e as pesquisas de opinião ou de negar o importante papel que essas atividades podem desempenhar no regime democrático. O problema é que o acessório foi tomado como principal, resultado direto da atual carência de lideranças políticas. Sem a renovação do quadro político, arejado por novas e boas ideias, o cenário político brasileiro continuará assombrado por um permanente desalento.

INVESTIGAÇÃO ISENTA?

Concordo que a investigação deva ser isenta, absolutamente isenta. Mas, em face desses fatos que envolvem a acusação contra Temer, com investigação cheia de questionamentos em relação aos métodos, meios e aos seus resultados, a coordenação não pode estar sob a vontade de um Janot, cujo companheiro de procuradoria deixa o serviço público num dia para, no outro, assumir a armação do grampo contra Temer. Além disto, são necessárias explicações sobre o interregno da gravação/publicação, da edição das falas e da falta da elementar perícia do produto gravado antes de ação legal. Especialmente, Janot deve explicar o porquê da gravação/publicação/liberação total de um criminoso, com todos os benefícios possíveis, ou seja, viver no exterior. Tudo simultâneo e rapidamente.
Não podemos esquecer que mais de 10 bilhões (BILHÕES) de reais foram repassados do nosso dinheiro, via BNDES, para esses oportunistas ligados ao lullopetismo, cujos participantes foram sustentados pelo crime.

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IMAGEM DO UNIVERSO

A imagem global abaixo foi obtida pelo telescópio espacial Hubble e, para tanto, mais de 400 fotos foram tiradas e montadas uma ao lado da outra, para criar a maior fotografia conhecida. O resultado foi um arquivo de 1,5 bilhões de pixels que ocupa cerca de 4,3 GB de espaço em disco.
Não apenas a técnica de exposição do Universo, ou de um deles, segundo as novas teorias dos físicos, torna-se impressionante. O seu conteúdo é estonteante e leva ao pensamento de que, afinal, quem somos, de onde viemos e para onde vamos?


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ASSIMETRIAS VALIDADAS SIMETRICAMENTE

Edição de gravação, divulgada sem periciamento pelo MPF; foco de acusação, pois o depoimento divulgado deu atenção quase exclusiva a Temer; o longo tempo entre o momento da gravação e sua divulgação, distante de março e próximo do julgamento do TSE; o largo tempo que possibilitou a negociação da liberdade aos criminosos, e que criminosos!; e, agora, esta da notícia abaixo? Ah! aí tem algo inexplicável.
Nada de defender o Temer, pois, além de vários erros de conduta, incorreu na idiotice de negociar com o crime neste momento em que tudo é investigado e com um dos maiores criminosos. É muita burrice!

IRONIA DOS CRIMINOSOS

Ficamos sabemos, estarrecidamente, dos subterrâneos governamentais, onde foram praticados crimes de lesa-pátria, pelo roubo desenfreado dos recursos públicos, e, consequentemente, de lesa-humanidade, pelas mortes causadas a brasileiros em razão da falta desses mesmos recursos financeiros que poderiam ter garantido a Saúde Pública, a Segurança Pública e melhorar a Educação. Agora, na delação dos malfadados marqueteiros, sabemos que havia comunicação secreta e criminosa entre Dilma e Mônica. Mas, o pior é que o endereço eletrônico utilizado e criado por Dilma era IOLANDA2606@GMAIL.COM. Perguntada pelos inquiridores da Operação lava Jato, Mônica confirmou que foi Dilma quem escolheu a denominação do endereço. Bem, agora vamos à História. Em 26 de junho de 1968 (26/06), sob a Presidência de Artur da Costa e Silva, cuja esposa tinha o nome de Iolanda, foi assassinado pelo grupo de Dilma o soldado Kozel. Um dos muitos crimes de morte imputados à esquerda da época e dos quais esses meliantes nunca foram responsabilizados formalmente.
Tudo coincidência? Pode ser! Pessoalmente, penso que seja grosseira ironia relacionada à morte de um cidadão brasileiro, praticada pelos marginais que assim agiram.



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Mário Kozel Filho (São Paulo6 de julho de 1949 – São Paulo, 26 de junho de 1968) foi um soldado do Exército Brasileiro morto em um ataque praticado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) ao Quartel General do II Exército, o atual Comando Militar do Sudeste, na cidade de São Paulo, durante o governo do marechal Artur da Costa e Silva, segundo presidente do Brasil durante o regime militar (1964-1985).[1]

A CRUZADA NECRÓFILA CONTRA A LAVA JATO

O mundo criminoso não tem fim. É sutil, malemolente, melífluo, vale-se de todas as estruturas e mecanismos possíveis, como, por exemplo, colunistas influentes, mídia em geral, criação de fatos para elaborar conceitos a partir deles e, mais importante, ficar martelando "goebbelianamente" para tentar modificar e sedimentar opiniões distorcidas. É isso! Lamentavelmente, há colunistas e meios de mídia influentes que se prestam a trabalho, às vezes sujo, outras vezes vil. E, assim, "la nave va" e o Mal vence o Bem.
O texto abaixo mostra o perfil atual.

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Explicando as razões de Gilmar Mendes
por Augusto de Franco, 09/05/2017808 
Uma cruzada necrófila contra a Lava Jato
Gilmar Mendes, na Folha, acusou a Lava Jato de usar os presos como “reféns” para conquistar apoio popular. É vergonhoso.
Gilmar não é apenas um juiz que faz política para aparecer. Ele está cumprindo uma missão: matar a Lava Jato.
Neste trabalho sujo é ajudado por blogueiros como Reinaldo Azevedo.
Vamos tentar explicar. Qual é a razão para tal comportamento?
É simples. A preservação do establishment. Eles avaliam que a Lava Jato vai desconstituir completamente o velho sistema político, comprometendo situação e oposição (e quem sabe até o judiciário) – não deixando de pé nenhuma liderança – e ficando então o país entregue à imprevisibilidade da política (ou, na visão deles, da não-política), o que abrirá caminho para a volta da esquerda ao poder ou para a ascensão de aventureiros de direita (como Bolsonaro).
Eles pensam que política é, basicamente, construir condições de governabilidade top down, ou seja, manter a ordem pregressa, custe o que custar. É uma perspectiva hobbesiana, não-spinoziana. O papel do Estado, para eles, é impor a ordem e não garantir a liberdade. É uma visão autocrática e não democrática da política.
A Lava Jato está de fato ameaçando o velho sistema político. Mas isto porque o velho sistema político apodreceu em razão de seus próprios vícios, não porque tenha sido introduzida artificialmente uma disfunção (ou malfunction) pelas investigações. Isso seria mais ou menos como acreditar na versão petista (anunciada por Lula e repetida pela militância jihadista do PT) de que a economia vai mal por causa da Lava Jato. Não! Os problemas foram causados por quem cometeu os delitos, não por quem tem a obrigação constitucional de investigá-los.
É claro que não há solução democrática fora da política. Mas política não se reduz à manutenção do status quo. Se fosse assim estaríamos congelados no século 17. A política também introduz modificações na forma e na dinâmica como o sistema está organizado e funciona. Do contrário não haveria mudança.
E é óbvio que, a rigor, num choque no velho sistema político como está ocorrendo neste momento no Brasil, tudo pode acontecer. Mas é assim mesmo na democracia. Querer se proteger das consequências não-previsíveis das mudanças revela uma mentalidade autoritária.
A eleição de um autocrata maluco como Bolsonaro é tão provável quanto seria a Le Pen na França. Mesmo diante da falência dos grandes partidos e de suas lideranças tradicionais (como aconteceu na França e vem acontecendo no Brasil), isso é improvável. E a volta da esquerda ao poder, com a eleição de Lula em 2018, depende apenas de não torná-lo elegível. Por outro lado, o desmonte da Lava Jato contribuirá para dar à Lula a tábua de salvação do palanque de 2018.
É isso que Gilmar e seus apoiadores nos meios de comunicação estão fazendo: ao transformarem Moro e a força tarefa da Lava Jato nos violadores do Estado de direito, eles, contraditoriamente, estão preparando o terreno para a volta de Lula – o único que pode prorrogar a sobre-vida do velho sistema político tal como está. Só Lula pode assegurar a volta do mega-esquema de corrupção (como ele próprio prometeu: ele é o único capaz de disciplinar “esses jovens procuradores e colocá-los no seu lugar”).
Só a sociedade, apoiando decisivamente a Lava Jato, pode impedir que Lula consiga subir no palanque e escapar da justiça, fugindo para frente por dentro do velho sistema, ao escorregar pelos desvãos da sua carcaça podre. Sim, o PT precisa do ambiente corrupto para nele depositar seus ovos. É como aquela vespa parasitoide Hymenoepimecis sp. que usa o corpo do hospedeiro como alimento até sua morte. Essa vespa, como se sabe, controla a mente da aranha e a usa como ninho para suas larvas.
Portanto, tentar deslegitimar as manifestações da sociedade em apoio à Lava Jato, como ações indevidas – por estarem tentando interferir na soberania do poder judiciário – é não entender que elas fazem parte do processo democrático. E que elas são absolutamente necessárias num momento em que o sistema político como um todo (incluindo o judiciário) não tem mais condições de – sozinho, sem a pressão das ruas – se auto-regenerar. Aliás, se não fossem as ruas, não teria havido o impeachment.
É o medo da democracia que faz pessoas como Gilmar Mendes e Reinaldo Azevedo empreenderem uma cruzada necrófila contra a Lava Jato.

SERÁ DEMOCRACIA?

Muito preocupante o texto abaixo. Preocupante mas verdadeiro! Afinal, basta olharmos ao nosso redor, a partir do país em que vivemos, pensar um pouco e, finalmente, veremos que é assim mesmo que funciona: nós, os eleitores, não decidimos coisa alguma. Somos obrigados a um voto, às vezes, de cabresto, em outras, levados pela propaganda, mais ainda, marcados por interesses pessoais ou do nosso grupo e, pior que tudo, quase sempre escolhemos pelo voto útil. Só que o tal de voto útil é aquele dado a quem está na ponta das pesquisas, mas, estas, as pesquisas, podem ou são sempre direcionadas, porquê compradas pelo poder econômico. Então, vamos no seguimento do líder da manada e nos tornamos o boi manso e cordato com ideias absurdas que surgem no mercado politiqueiro.
Enfim, uma boa leitura, para construtivos pensamentos.


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A democracia ainda existe?
A verdadeira, em que todos se envolvem nas tomadas de decisão, não existe em lugar algum
ARTURO BRIS*, para O Estado de S.Paulo, 02 Maio 2017
Hoje apenas 4,5% da população mundial vive em países plenamente democráticos, de acordo com o Índice de Democracia da Economist Intelligence Unit. Cerca de 45% vivem em democracias falhas, 33% em regimes autoritários.
Crescemos acreditando que desde os gregos a democracia tem sido o melhor sistema do mundo. De fato, entre as dez economias com maior competitividade no Ranking da Competitividade Mundial do Institute for Management Development (IMD) em 2016, apenas duas, Hong Kong e Cingapura, não são democracias por completo. No entanto, dados mostram que hoje o mundo é menos (e não mais) democrático do que há dez anos; os países cuja competitividade evoluiu não são os democráticos. E estes – Cingapura e Emirados Árabes – são modelos em todo o mundo.
Em Against Democracy, o professor Jason Brennan, da Universidade de Georgetown (EUA), destaca a ignorância dos eleitores. Ele os classifica em 1) hobbits, os que não se preocupam em aprender sobre política e, portanto, votam em completa ignorância; 2) hooligans, que seguem seu partido com a devoção de um fã de esportes, sem considerar os desempenhos e os planos; 3) e uma minoria significativa que se comporta racionalmente e vota com informação completa, os vulcans. Infelizmente, e por causa do domínio dos hobbits e dos hooligans, os resultados democráticos não são representativos e são prejudiciais ao bem comum.
A propósito, pode-se concluir que as manifestações em massa nos EUA contra o presidente, eleito, são de pessoas protestando entre uma ditadura de hobbits e de hooligans.
A verdadeira democracia, em que todos os afetados estão envolvidos nas tomadas de decisões, não existe em lugar nenhum. Não há razão para que apenas os cidadãos acima de 18 anos votem. Quando o resultado da eleição americana afeta a todos, o mundo todo deveria ter o direito de votar. Em muitos casos punimos ou dificultamos as escolhas de gerações futuras ao votarmos, por exemplo, nas políticas previdenciárias de pessoas que nem sequer nasceram.
O voto do Brexit pode ter sido uma decisão racional de pessoas bem informadas, mas certamente restringiu as oportunidades para muitos britânicos, que não poderão ter acesso a um mercado europeu ampliado no futuro – e não endossaram essa decisão.
Mas há outros problemas. Por exemplo, o referendo colombiano sobre o chamado Acordo de Paz com as Farc. O papa Francisco apoiou o “sim”. Uma vez que ele é protegido por dogmas, deve estar certo. Mas o resultado foi “não”. E deve ter sido errado, já que o papa está sempre certo!
A democracia também é um processo lento. O sistema suíço é o melhor em termos de participação popular e as decisões são aceitas porque a democracia direta é implementada em todos os lugares. Mas os acordos demoram. Veja-se a linha ferroviária Ceva, com uma rota de 16 km, que liga Genebra à França. Estima-se que será concluída em dezembro de 2019. Porém o projeto original é de 1850 e sua construção começou em 1912! Esse atraso se dá pela dificuldade de todos os envolvidos chegarem a um consenso.
Curiosamente, antes aceitávamos que a democracia é por natureza redistributiva e, portanto, protege a classe baixa contra os excessos de qualquer minoria governante. Entretanto, Daron Acemoglu e James Robinson demonstraram recentemente que essa premissa está errada. Num grande estudo longitudinal de mais de cem países – Democracia, Redistribuição e Desigualdade, 2013 – eles mostraram que a democracia não parece ter nenhum efeito significativo na desigualdade de renda. Ao contrário, a desigualdade tende a aumentar sob a democracia quando a economia já tiver sofrido uma transformação estrutural expressiva, quando há alta desigualdade na distribuição de terras e quando o espaço entre a classe média e os pobres é relativamente pequeno.
Só podemos reivindicar o triunfo da democracia se reconhecermos os problemas de qualquer uma das alternativas. As ditaduras dependem de uma alocação aleatória de líderes políticos. Os países podem ter a sorte de contar com um ditador benevolente (Emirados Árabes, Cingapura), com intenções nobres e políticas altruístas, mas isso raramente se verifica (Coreia do Norte, Guiné Equatorial), na maioria das vezes os ditadores não são responsáveis pelo bem comum (China, Arábia Saudita).
O grupo de apoio de um líder democrático tem de ser maior por natureza e por isso é mais difícil de agradar. Esse grupo é o que Bueno de Mesquita e Alastair Smith (O Manual do Ditador: Por Que o Mau Comportamento é Quase Sempre Boa Política, 2012) chamam de fundamentos, ou de coligação vencedora. Para eles, em qualquer sistema há três importantes grupos políticos a considerar: o dos intercambiáveis ou nominalmente seletivos, que inclui qualquer pessoa com voz na escolha do líder (numa democracia, quem pode votar); o influente ou real, dos que realmente escolhem o líder (numa democracia, os que realmente votaram); e os fundamentais, cujo apoio realmente importa (numa democracia, os que votam no candidato vencedor). Quanto menos democrático for um sistema, menor o último grupo e, portanto, o mais corrupto, porque o sistema precisa garantir a satisfação financeira apenas desse grupo. Curiosamente, as dez economias mais corruptas do Ranking Mundial de Competitividade do IMD de 2016 são, na verdade, de países democráticos.
Embora a maioria aprecie os países democráticos como lugares exemplares para viver, olhar em profundidade a competitividade das nações revela outro cenário. Como pesquisador nessa área, não poderia recomendar que qualquer país, especialmente um novo país, procure ser democrático a todo custo – especialmente quando se levam em conta alguns dos resultados sísmicos que os processos democráticos nos proporcionaram durante o ano passado.
* ARTURO BRIS É PROFESSOR DE FINANÇAS NO IMD, ESCOLA SUÍÇA DE NEGÓCIOS, DIRETOR DO CENTRO MUNDIAL DE COMPETITIVIDADE DO IMD

O POLITICAMENTO CORRETO COMO FORMA DE CENSURA

A adoção do posicionamento POLITICAMENTE CORRETO vem sendo adotada pela esquerda mundial como forma sutil de dominação da sociedade, fazendo...