DA HISTÓRIA PARA A PAPUDA ( a prisão)

Li o texto de Augusto Nunes e senti-me obrigado a publicá-lo, pois ele está bem historicizado, contextualizado no enredo criminoso do momento e, finalmente, sintetiza o lamentável equívoco e consequente final da vida política de Genuíno. Também, o texto é um daqueles elementos que a imprensa registra e que servem para alertar os cidadãos do quê ocorre no mundo sujo daquilo que se denomina "política", mas que é apenas jogo de interesses. Ele, Genuíno, pode voltar, é claro!, mas a sua história manterá o registro do seu desvio moral. Nunca mais será genuína a sua fala.
 
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04/12/2013 às 0:38 \ Direto ao Ponto - Augusto Nunes
Com a carta da renúncia, Genoino saiu da política para entrar na história da Papuda
Em 2002, obediente à determinação do PT, o deputado federal José Genoino trocou uma reeleição garantida pela candidatura sem chances ao governo de São Paulo. O tucano Geraldo Alckmin reelegeu-se sem sobressaltos. Mas a performance do adversário superou amplamente o desempenho dos companheiros que o precederam na tentativa de conquistar o mais sólido reduto do PSDB. Genoino foi o primeiro petista a forçar a realização de um segundo turno na disputa do Palácio dos Bandeirantes. E os 8,5 milhões de votos (41% do total) abrandaram a frustração reservada aos perdedores.

“Faço questão de te cumprimentar, companheiro Genoino, pela votação extraordinária”, abraçou-o o presidente eleito no comício da vitória promovido na Avenida Paulista. “Daqui a quatro anos, você vai ganhar a eleição. Pode ter certeza, você vai ser governador de São Paulo”. Nem Lula nem o premiado com a profecia imaginavam que havia um mensalão no meio do caminho. Nenhum deles podia saber que o eleitorado de Genoino, em permanente expansão desde a estreia em 1982, seria dramaticamente desidratado pelo escândalo descoberto em meados de 2005.

Na eleição de 2006, os 306.988 votos obtidos oito antes despencaram para 98.729. Voltou à Câmara pela sexta vez, mas agora entre os últimos da fila. Em 2010, com minguados 92.362 votos, foi rebaixado a suplente. Negociou uma vaga e entrou pela porta dos fundos. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente do PT do Mensalão incorporou-se à bancada dos parlamentares presidiários. Ameaçado pela cassação, demorou a descobrir não escaparia da degola. E renunciou ao mandato nesta terça-feira.

A morte política não ocorre antes da morte física, ensina a frase que se ampara em ressurreições eleitorais consideradas impossíveis. Aparentemente sepultado pelo impeachment, Fernando Collor hoje é senador. Getúlio Vargas foi muito mais longe: além de voltar à Presidência quando parecia condenado ao ostracismo, sobreviveu ao suicídio e seguiu decidindo eleições por vários anos. São casos excepcionais, não custa ressalvar. Frequentemente, a morte política se antecipa à morte física. A carta em que formalizou a renúncia sugere que Genoino sonha com o regresso à vida pública. Vai viver o suficiente para constatar que a morte política se consumou neste crepúsculo de 2013.

A carta de Getúlio foi escrita por um estadista prestes a sair da vida para entrar na História. A carta de Genoino foi rabiscada por um mensaleiro que saiu da Câmara para entrar de vez na cela S 13 da Papuda.

CUSTOS DO CONGRESSO EM 2013

Esse custo-brasil, do qual tanto falamos, só mostra o seu real tamanho e consequente vergonha, quando vemos e analisamos quadros como os que estão anexos à matéria abaixo. O maior problema é que somos nós quem pagamos. Ou seja, não sei se este é o maior problema ou, maior ainda, é aquele que mostra o País tendo o maior deficit nas suas contas, desde há duas décadas. Vemos, então, que  alguém, ou algum bando de criminosos, está dilapidando os recursos da Nação.

 
 

AGORA, de RAchel Sheherazade


AGORA, Rachel atraiu mais um balde de baba raivosa do Lulla. AGORA, Rachel atraiu mais um balde de baba raivosa dos mesmos 300 picaretas de Lulla. O "AGORA" de Rachel torna-se bem cruel para a incompetência governamental, para o oportunismo dos maus políticos e para o farisaísmo do partido que nos governa, pois mostra que só  AGORA, ou seja, quando os fatos vêm à tona, é que eles lembram de tudo aquilo que falavam décadas atrás e de tudo o que prometiam nas últimas campanhas para conseguir o ... PODER. Então, o AGORA de Rachel, é cruel, muito cruel para eles.



FAIT ACCOMPLI


NÃO RESISTI A ESTE DELICIOSO TEXTO DO RUY CASTRO QUE REIVINDICA A SINGELEZA DA VIDA PRECONIZADA NOS FILMES, PARA ADOÇÃO NA PRÁTICA DIÁRIA. AO LONGO DOS ANOS E DOS MILHARES DE FILMES ASSISTIDOS, ACOSTUMAMO-NOS A ESSAS FACILIDADES, SIMPLICIDADES, LUGARES-COMUNS DE MESMAS CENAS, COM IDÊNTICOS CONTEÚDOS E IGUAIS FINAIS, COMO SE TUDO FOSSE NORMAL, FATOS CONSUMADOS! VIVA A ARTE, MAS, ACIMA DE TUDO, VIVA A REALIDADE!


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RUY CASTRO
Mais como nos filmes
RIO DE JANEIRO - Saí à calçada e estiquei o braço em busca de um táxi. Passaram vários, todos cheios. Levei 20 minutos para conseguir um. Muito diferente do que acontece nos filmes, em que não apenas o vilão chega à rua e para imediatamente um táxi para fugir, como o herói toma outro segundos depois e começa a perseguição.
No cinema, os bandidos armam uma bomba atômica e a equipam com um mostrador para que o herói saiba a quantos segundos ela vai explodir. Quando o herói, que é um mosqueteiro, enfrenta 20 espadachins, eles o atacam um a um, em vez de todos de uma vez. O herói resiste bem às dezenas de socos que leva dos bandidos, mas geme quando sua namorada aplica um lencinho molhado aos seus ferimentos.
Ao fugir juntos de uma ameaça, o herói e a mocinha insistem em correr de mãos dadas quando fugiriam muito mais depressa se corressem separados. Quando o herói vai ao médico, nunca será por causa de uma diarreia, mas para enfaixar o ombro ou extrair uma bala. O herói só pode ser ferido no braço --jamais será visto mancando ou com uma atadura na cabeça. Ao acordar e pular da cama, toda mulher entrará imediatamente no chuveiro e nenhuma fará xixi.
Os cavalos do cinema são à prova de balas. Todas as invasões de extraterrestres começam pelos EUA. Qualquer monstro tipo morto-vivo, mesmo que recém-saído do túmulo e arrastando os pés ao andar, consegue capturar a mocinha que tenta escapar dele. Quando uma mulher recordar sua infância, será sempre mostrada de tranças, brincando de amarelinha ou pulando corda. Ao pagar uma conta no restaurante, o galã deixará várias notas na mesa --nunca apresentará o cartão ou fará um cheque.
E por aí vai. Estes são alguns dos casos recolhidos no livro "Tous les Clichés du Cinéma", pelo francês Philippe Mignaval. A vida devia ser mais como nos filmes.

NOSSO PLANETA NÃO É O MESMO

Assiste com atenção e com a razão ao vídeo indicado abaixo. Todos sabemos o que devemos fazer. É fácil a solução! Conscientizemo-nos! 
 

http://youtu.be/3gf49gwNi3w

EVOLUÇÃO CONSCIENTE

Evolução consciente: o imperativo do momento atual

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Desde que a Escola de Logosofia começou a difundir seus ensinamentos, expressou repetidas vezes que se impunha nos homens uma mudança substancial do sistema de vida.
 
O certo é que tem ensinado como pode evoluir o ser conscientemente, isto é, com base na experimentação de uma série de processos que devem operar-se internamente, acusando, depois do cumprimento de cada um deles, um melhoramento, uma capacitação e um aperfeiçoamento visível e palpável ao confrontar o estado de evolução alcançado com o estado anterior, antes de começar a pôr ordem na vida e determinar os objetivos superiores a serem buscados.
 
A humanidade tem vivido à mercê de um destino incerto, cheio de inquietudes e tormentos. Daí que os grandes problemas ficaram sem solução e as diferenças entre os povos não se tenham podido resolver pacificamente. Os homens, em sua limitação mental por falta de evolução, somente atinam ao recurso extremo das armas para impor seus pontos de vista ou transpor dificuldades que, conforme se tem visto, são insuperáveis por outras vias ou meios.
 
A evolução é imprescindível para o gênero humano, porém, muito mais necessária é para os homens que governam os povos, dada a enorme responsabilidade que lhes incumbe, não somente por seus acertos senão por seus erros. Esses erros costumam ser, às vezes, de tal magnitude que trazem como consequência a ruina de povos, misérias e sofrimentos espantosos de toda espécie.
 
É hora de que a humanidade reaja ante o
próprio fracasso de seus deficientes sistemas de vida,
 
nos quais em nada parece haver-se tido em conta a própria finalidade da existência, e se disponha, com o ânimo livre de preconceitos, à árdua, mas nem por isso menor e sublime tarefa de conquistar, palmo a palmo, esse mundo de maravilhas que a ignorância mantém oculto aos olhos do gênero humano; esse mundo, que somente é possível conquistar pelo conhecimento de suas leis e a vinculação mais íntima que se possa alcançar com a sabedoria que transcende de cada partícula dele, para evidenciar-nos o ordenamento de sua perfeita criação.
 
Sustentamos, pois, a necessidade imprescindível de que o homem reflita a tempo sobre as possíveis consequências de seu desenfreio e encaminhe suas vistas para objetivos mais elevados, construindo para si uma nova individualidade com base numa organização plena de suas faculdades internas, que propicie uma superação gradual e efetiva, balanceando suas possibilidades, cada dia mais amplas, com o entesouramento de conhecimentos que, ao mesmo tempo, fundamentem a obra construtiva consumada em seu próprio espírito.
 
 
Hoje como ontem, convencidos da verdade que sustentamos, dizemos que a evolução consciente é e deve ser para todas as épocas o imperativo da alma humana. Nada como a luz no entendimento para afugentar as sombras da ignorância, que mantém o homem às escuras sobre o superior destino que deve alcançar, se com seu esforço cria o mérito de sua própria emancipação moral.
Texto extraído da Coletânea da Revista Logosofia, tomo 5, p. 275

DESFAÇATEZ

Desfaçatez! Gostei do termo, pois, além de havê-lo usado em alguns momentos em que escrevi sobre a desfaçatez desses elementos (é esta a linguagem policialesca, não é mesmo?), ele clarifica  e traduz a ação contemporânea. Brossard vê bem o modo de operação deles e a tentativa que fazem em desconstruir as Instituições, construindo um ilegal como se legal o fosse.
É aviltante para a Nação brasileira, mas, infelizmente é a dominância do momento em que vivemos.
 
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DESFAÇATEZ  Paulo Brossard
Escrevendo outro dia sobre o mensalão, notei que o processo se estendera por oito anos ou nem tanto, tendo em vista o número de acusados, 38, cada qual com suas peculiaridades, e este dado poderia explicar a aparente demora do feito. O certo é que sua inegável singularidade fez com que o andamento do processo fosse acompanhado pela opinião pública. Se não estou em erro, o resultado foi bem recebido, embora de início um certo ceticismo mareasse a iniciativa, fosse pela gravidade dos fatos articulados, fosse pelo envolvimento neles de algumas personagens; muitas vezes ouvi que terminaria em pizza. No entanto, volto a dizer, a decisão em geral foi bem recebida pela coletividade, tanto que não faltou quem visse nele o sinal de uma nova era, a derrota da corrupção e até seu extermínio. Note-se que dos 38 acusados 25 foram condenados e 12 absolvidos.
Por sua origem e destinação, o caso teve repercussão e ninguém poderia esperar que os acusados pudessem merecer a "legião de honra", no entanto, um dos condenados, em escrito de sua lavra, por ele publicado no dia de sua prisão, permitiu-se asseverar que a Suprema Corte fizera "do caso um julgamento de exceção e político"...

Quando se afirma que "a sentença é espúria", quando se proclama que o 
Supremo tribunal Federal "fez do caso um julgamento de exceção e político", o fato adquire proporções inauditas e de particular ineditismo, uma vez que os condenados de condenados passam a acusadores e o Poder Judiciário deixa de ser juiz para se converter em vilão, passando a ser alvo da insigne ofensa. A partir daí, começou a ser repetida a qualificação dada pelos condenados da sentença que os condenou. "Julgamento político" passou a ser o chavão. Chamou-me a atenção um grupo de adolescentes portando cartazes nos quais se usava a nódoa do "julgamento político". O ardil empregado pelos condenados revela à evidência as habilidades por eles possuídas, como se a condenação não passasse de uma conduta condenável do Poder Judiciário a isso se reduziria a uma "sentença espúria" e a um "julgamento de exceção".

Muitas considerações poderiam ser articuladas, mas ficarei em uma e das mais singelas, nem por isso menos digna de exame. Basta lembrar que a maioria absoluta do 
Supremo tribunal, que teria editado "sentença espúria", e que de uma questão judicial teria se convertido em "um julgamento de exceção e político", em sua maioria absoluta, repito, oito em 11, fora nomeada por presidentes do PT. Sem o voto dessa maioria, a Corte não poderia concluir como concluíra, mas nada disso embaraçava a permissividade revelada pelos condenados em envolver o Poder Judiciário. Astuciosamente os condenados cediam o seu lugar ao Supremo tribunal.

Com essa manipulação, membros da quadrilha destinada a manejar gordas quantias para fins ilícitos seriam acobertados sob a designação falaz de julgamento político. Poderia estender-me a respeito, mas acredito haver dito o suficiente para sinalar a felonia assacada por condenados contra a mais eminente Corte de Justiça da nação que os condenou.

Atinge as raias da desfaçatez o desembaraço com que condenados pela Justiça dela escarnecem, rotulando-a de espúria e de exceção.

O PODER QUE NOS DOMINA

Selecionei este tema com muito cuidado  por ser um  profundo e cuja leitura é apenas para quem saberá contextualizá-lo, pois implica ter sensibilidade e conhecimento de elementos e de particularidades da História que nem todos  conhecem e conseguem compreender. Ao lê-lo, lembremos de outros livros com ideologias inovadoras já escritos, especialmente um deles, apócrifo, e com origem no início dos "novecento".

Ideologias e modos operativos que ainda persistem.
Boam leitura, então!
 
 
 

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Manipulação da opinião pública através da mídia – segundo Chomsky

 
Manipulação da opinião pública através da mídia – segundo Chomsky
Linguista genial, filósofo desconcertante e ativista político no mínimo polêmico, Avram Noam Chomsky, nascido em Filadélfia em 7 de dezembro de 1928 tem seu nome associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional e evidentemente à célebre Hierarquia de Chomsky, que versa sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais.
Além de seu premiadíssimo trabalho acadêmico, tanto como professor quando pesquisador em linguística, Chomsky tornou-se muito conhecido pela defesa de suas posições políticas de esquerda — descrevendo-se como socialista libertário — bem como por seu corrosivo posicionamento de crítico contumaz tanto da política norte-americana quanto de seu uso da comunicação de massa para manipular a opinião pública.
Em uma de suas frases de efeito, Chomsky afirma que “a propaganda representa para a democracia aquilo que o cacetete (ou repressão da polícia política) significa para o estado totalitário”.
Em seu livro A Manipulação do Público, em coautoria com Edward S. Herman, Chomsky aborda este tema com profundidade apresentando seu modelo de propaganda dos meios de comunicação, documentado com numerosos estudos de caso, extremamente detalhados.
Um viés social pode ser definido como inclinação ou tendência de uma pessoa ou de um grupo de pessoas que infere julgamento e políticas parciais e, portanto, injustas para uma sociedade tida como um sistema social integral.
A abordagem de Chomsky explicita esse viés sistêmico dos meios de comunicação, focado em causas econômicas e estruturais, e não como fruto de uma eventual conspiração criada por algumas pessoas ou grupos de pessoas contra a sociedade.
O modelo denuncia a existência de cinco filtros, gerados por esse viés sistêmico, a que todas as notícias são submetidas antes da publicação. Filtros, que combinados distorcem e deturpam as notícias para o atendimento de seus fins essenciais.
1.o Filtro — PROPRIEDADE: A maioria dos principais meios de comunicação de massa pertence às grandes empresas.
2.o Filtro — FINANCIAMENTO: – Os principais meios de comunicação obtém a maior parte de sua renda, não de seus leitores, mas sim de publicidade (que, claro, é paga pelas grandes empresas).
Como os meios de comunicação são, na verdade, empresas orientadas para lucro, o modelo de Herman e Chomsky prevê que se deve esperar a publicação apenas de notícias que reflitam os desejos, as expectativas e os valores dessas empresas que os financiam.
3.° Filtro — FONTE: As principais informações são geradas por grandes empresas e instituições. Consequentemente os meios de comunicação dependem fortemente dessas entidades como fonte de informações para a maior parte das notícias. Isto também cria um viés sistêmico contra a sociedade.
4.° Filtro — PRESSÃO: A crítica realizada por vários grupos de pressão que procuram as empresas dos meios de comunicação, atua como uma espécie de chantagem velada, para que os grandes meios de comunicação de massa jamais saiam de uma linha editorial consoante com seus interesses, muitas vezes à revelia dos interesses de toda a sociedade.
5. Filtro — NORMATIVO: As normas da profissão de jornalista calcadas nos conceitos comuns comungados por seus pares, muitas vezes estabelece como prioritário a atenção ao prestígio da carreira do profissional (proporcionalmente ao salário).
Prestígio esse obtido pela veiculação de determinada notícia, sempre em detrimento do efeito danoso à sociedade oriundo da manipulação dos fatos (por exemplo o sensacionalismo) com o objetivo de atender o mercado ( e também, novamente proporcionar prestígio tanto ao profissional quanto ao canal noticiante, como dito antes).
A análise de Chomsky descreve os meios de comunicação como um sistema de propaganda descentralizado e não conspiratório, mas mesmo assim extremamente poderoso.
Tal sistema é capaz de criar um consenso entre a elite da sociedade sobre os assuntos de interesse público estruturando esse debate em uma aparência de consentimento democrático que atendem aos interesses dessa mesma elite. Isso ocorrendo sempre às custas da sociedade como um todo.
Para os autores o sistema de propaganda não é conspiratório porque as pessoas que dele fazem parte não se juntam expressamente com o objetivo de lesar a sociedade, mas, no entanto, é isso mesmo que acabam fazendo, infelizmente.
Chomsky e Herman testaram seu modelo empiricamente tomando pares de eventos que são objetivamente muito semelhantes entre si, exceto que um deles se alinha aos interesses da elite econômica dominante, que se consubstanciam no interesse das grandes empresas, e o outro não se alinha.
Eles citam alguns de tais exemplos para mostrar que nos casos em que um “inimigo oficial” da elite realiza “algo” (tal como o assassinato de algum líder, por exemplo), a imprensa investiga intensivamente e devota uma grande quantidade de tempo à cobertura dessa matéria.
Mas quando é o governo da elite ou o governo de um país aliado que faz a mesma coisa (assassinato de um líder ou coisa ainda pior) a imprensa minimiza e destorce a cobertura da história.
E ironicamente, tal prática é muito bem aplicada à maior parte dos escritos políticos de Chomsky , que têm sido ignorados ou distorcidos pelos detentores dos meios de comunicação mundiais.
Chomsky aponta também em seus estudos algumas estratégias usadas pelos donos do poder para realizar uma verdadeira “manipulação mental” feita através dos meios de comunicação, mas isso já é assunto para um próximo artigo.

NOS ESCANINHOS DO STF

E este assunto, noticiado em agosto, como estará?
Benhur









...

Fonte: Revista VEJA - edição Nº 2335 - 17/08/2013

INEPTOCRACIA

A nossa língua registra novas definições constantemente. Alguns neologismos tornam-se palavras definitivas, embora inadequadas algumas e adequadas outras. INEPTOCRACIA, vem sendo adotada pela nossa lingüística, casualmente sintetizando o momento assimétrico da sociedade brasileira.
Vê só: Ineptocracia é um sistema de governo onde os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos capazes de produzir, e onde os membros da sociedade com menos chance de se sustentar, ou ser bem-sucedidos, são recompensados com bens e serviços pagos pela riqueza confiscada de um número cada vez menor de produtores. 
Essa definição nos remete automaticamente à descrição feita pela filósofa russa Ayn Rand:
Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada;
quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores;
quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
então,  poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.

COMO COMPREENDER?

De estranheza em estranheza, de surpresa em surpresa, muitas dúvidas são postas sobre a mesa dos negócio$ e$cu$o$ que ocorrem com instrumentos que deveriam existir para o desenvolvimento social. Da mesma forma que o BNDES, todos os indícios  indicam que podemos aguardar grandes solavancos, também na Caixa Econômica Federal. 
Mas, enfim, eis um bom texto com a perplexidade manifesta de um dos grandes juristas, também com acuidade dos problemas brasileiros.
 
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O “x” da questão
INSTITUTO MILLENIUM, 8 de outubro de 2013
  
 O leitor há de estranhar que me volte para um problema que vem se desdobrando de maneira dramática, senão patética, originalmente de natureza privada, embora de repercussão pública. Pois é exatamente por este motivo que me arrisco a enfrentar o caso Eike Batista.
Um empresário, possuidor de uma das maiores fortunas do mundo, de poderosa criatividade. Por onde passava, empresas nasciam, cresciam, ganhavam identidade na bolsa, e os resultados eram festejados de antemão; enfim, um futuro promissor, tanto mais expressivo quando o quadro indicava sinais de retração.
Eis senão quando uma espécie de terremoto atingiu em cheio aquele mundo de maravilhas. Sem entrar em pormenores, partindo do que vem sendo divulgado pela totalidade dos meios de comunicação, lamento o desastroso insucesso do empreendimento econômico, laureado ontem, flagelado hoje. Jornais não hesitaram em dizer tratar-se do maior calote do século e a fortuna do empresário passou a ser uma sombra do que era, dado revelador da facilidade em vender sonhos. Obviamente, o bom sucesso não nasceu no vácuo, mas em meio no qual é relevante um sistema bancário. Outrossim, é da natureza do ofício do banqueiro a posse de qualidades específicas, porque o risco faz parte do seu dia a dia e ele não pode ser o último a saber da catástrofe. Ao sistema bancário parece que nada de estranho embaciava o singular esplendor do bilionário. Mais não posso dizer porque os negócios não se noticiam, “o segredo é a alma do negócio”. Mas há outro aspecto. O sistema financeiro estatal entre nós apresenta inegável relevância, chegando a financiar obras em países da América do Sul e até Cuba, por exemplo. Também foi noticiado que o Grupo Eike Batista, agora em declive notório, é um dos grandes financiados pelo BNDES.
O Banco é destinado a ser instrumento do governo federal para fomentar o desenvolvimento econômico e social do país, sua natureza e particularidade são inseparáveis de sua origem e destinação; ainda agora, o ministro da Fazenda anunciou um reforço ao BNDES. O financiamento do grupo Eike Batista pelo BNDES, em condições que banqueiros não poderiam ignorar, não deixa bem o governo. A direção do Banco não pode fazer generosidade para uma das maiores fortunas do mundo sem as reservas de estilo. O mesmo se pode dizer, mutatis mutandis, em relação à Petrobras, que passou, está passando e ainda vai passar por enormes dificuldades. A maior empresa do Brasil fez coisas que não podia fazer, a compra em condições onerosas e a venda em condições perniciosas de uma refinaria em território americano. Foi tão flagrante o abuso, que, até onde sei, não houve quem se arvorasse em defensor da traficância.
O castelo de areia ruiu de uma hora para outra. Não sei se os bancos privados não amargaram grandes perdas, mas o BNDES, por ter sido o grande financiador do grupo Eike Batista, seria o principal prejudicado. Incompetência? Irresponsabilidade? Ufanismo inconsequente? Como o caso da Petrobras, o do BNDES é tão chocante, que autoriza deduções menos decorosas. Esse o x da questão.
 

TRAIÇÃO

Ao concluir a leitura do artigo abaixo, de Stephen Kanitz, não sabia se ria ou chorava. Então, ri-me! Primeiro, porque está em gestação o tal de PBE-Partido Bem Eficiente, vindo complementar a longa lista de penduricalhos, também denominados de agremiações políticas, engrossada pelo ridículo PROS, pelo Solidariedade e pela Rede que, embora não tenha conseguido se instituir, certamente um dia dará.
Mas, o que mais levou-me ao riso, aquele, para não chorar, foi o desnudamento que o texto faz, dos desvios de ação e das consequentes anomalias institucionais, ocasionados pelo descaramento canalha das autoridades nacionais que os promovem e, na outra ponta, compreendida a apatia  e a ignorância da sociedade brasileira que sabe disso tudo e nada faz.
 
Com uma finalidade bem definida, histórica e conceitualmente, o tal Banco virou um banco qualquer até exportador de recursos financeiros, meus e teus, a republiquetas ou ditaduras nada recomendáveis. Tudo a fundo perdido, perdido mesmo, por que retorno que é bom, jamais!
 
E aí se vão milhares?, não, bilhões de moedas que deveriam ser destinadas para o desenvolvimento econômico e social do meu Brasil, moedas, estas, que podem comparadas aos trinta dinheiros da traição ocorrida segundo a lenda histórica.
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“A partir da publicação desta lei, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, passará a ser denominado de Banco.“
O Partido Bem Eficiente, em formação, propõe aos demais deputados de outros partidos que criem uma lei propondo a mudança da razão social do BNDES para B, de Banco. 
Propõe a eliminação dos termos Social, Desenvolvimento, Econômico e Nacional da sigla BNDES, por razões éticas. 
O BNDES aprovou empréstimo de R$ 190.000.000,00, a juros subsidiados, para a renovação de 227 quartos de luxo no Hotel Glória do Rio de Janeiro.
Façam os cálculos de quanto sairá por quarto. Serão renovados também duas suítes presidenciais de 300 metros quadrados. 
Acontece que Renovação deveria ser custeada pelo lucro do Hotel, já que o Hotel existe e funciona, e nunca pelo povo Brasileiro.  
Isto já é suficiente para retirar o Social da razão social do BNDES.
Um S não pode financiar um Hotel de 5 Estrelas, não está no seu Objeto Social.
Já que o BNDES faz os empréstimos que faz, basta tirar o S para ele voltar a ser coerente e não confundir os funcionários, os diretores do Banco, e o contribuinte brasileiro. 
Em termos de Desenvolvimento, não há nenhum Desenvolvimento em refazer um hotel que já existe.
Renovação não é Desenvolvimento, e sim Renovação, como estava explicitamente dito no projeto.
Em termo de Econômico, não há nada econômico em R$ 190.000.000,00 serem emprestados para renovar, sequer construir, 352 quartos no total. A maioria de luxo discutível, num país que está se isolando cada vez mais do intercâmbio internacional.
Executivos do Uruguai, Argentina, Paraguai, e agora Venezuela, não possuem recursos para pagar um hotel destes. 
E como o Hotel Glória pertence ao grupo Suíço Acron, o Termo Nacional também não é cabível.
Ou seja, o BNDES virou um Banco a serviço não de um país, de um projeto de desenvolvimento, de um ideal de justiça e equidade social. Renovar o BNDES é simples, basta tirar as siglas que não fazem mais sentido. 
O objetivo aqui não é repensar o BNDES, é pedir uma “volta às origens“, um “back do basics“, como muitas vezes se faz em Administração quando uma empresa se desvia da sua razão social. 
Num país que não acredita nos princípios da Administração isto é impossível, um caminho sem volta para o BNDES. 
O Partido Bem Eficiente não espera eficiência neste caso, somente transparência. 
“A partir da publicação desta lei, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, passará a ser denominado de Banco.“
Algo para se pensar. 
 

O HOMEM E SUAS DUAS NATUREZAS (Logosofia)


Eis um texto construtivo da mente, para a compreensão da vida e a continuidade do SER, mesmo após a sua morte física. O escrito mostra que o registro das nossas ações durante a vida, fica indelevelmente marcado na herança hereditária ou genésica. Este é um dos temas da LOGOSOFIA.
 
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O homem e suas duas naturezas
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
 
 
Quando Deus criou o homem, sua concepção foi perfeita. Fê-lo superior a todo outro ser vivente sobre a Terra e concedeu-lhe a graça de possuir duas naturezas: a física e a espiritual. Isto explica a sobrevivência do espírito humano, já que, ao cessar a vida física, permanece a espiritual, formada com os elementos eternos constitutivos da existência.
A natureza física, dotada de um perfeito organismo com função automática e permanente à margem da vontade, com sistemas biológicos que atuam e se comunicam maravilhosamente entre si, e um mecanismo psicológico que se resume na alma, sempre cumpriu e continuará cumprindo sua missão humana dentro das necessidades, limitações e perspectivas que dizem respeito à vida do homem. Nessa natureza física, que constitui a base material da existência humana, ficou plasmada uma parte ponderável de sua altíssima concepção, dando lugar a seu gênero como criatura superior; mas essa parte, com sua admirável organização biológica, só tem por finalidade articular a vida com base em necessidades e perspectivas materiais.
 
Pelo exposto se entenderá que a natureza física é perecível, e o é em virtude de sua corruptibilidade, que culmina com sua desintegração, fato que não ocorre com o espírito, por ser imutável sua natureza. As mudanças evolutivas que formam os elos da perpetuidade não se produzem nela, mas sim na célula hereditária, que vai forjando o destino individual.
 
O ser humano deve compreender que todos os seus esforços haverão de encaminhar-se para o predomínio de sua natureza espiritual, para experimentar em sua consciência a sensação cabal da perenidade.
 
Chegará, assim, à consubstanciação das naturezas física e espiritual, ou seja, à conjunção harmônica de dois organismos diferentemente constituídos: um, de pura essência mental, superior; outro, físico, inferior, sujeito à influência do primeiro, mas sem que esse predomínio altere suas manifestações psicobiológicas normais; ao contrário, a parte espiritual é fator equilibrante entre ambas, criadas para que se complementem de forma admirável. Pode-se avaliar a importância de conhecer esta dualidade constitutiva da estrutura humana, cujo mecanismo é passível de articular-se e influir com resultados surpreendentes sobre a vida do indivíduo.
 
Como articulá-lo? Eis a grande pergunta. Isso não haverá de acontecer em virtude de algum milagre ou graça especial. O homem deve aprender a organizar sua vida para perpetuar-se dentro de sua própria consciência, por ser ela a que lhe permite experimentar a sensação inefável de ser e de existir, e a que concentra, na célula hereditária ou genésica, a síntese perfeita de tudo quanto realizou durante a vida. Todas as conquistas em prol do aperfeiçoamento ficam ali impressas, o que contribui para a perpetuidade da herança e configura a verdadeira identidade do ser, bem de sua exclusiva propriedade.
Texto extraído do Livro O Espírito, p. 57

O POLITICAMENTO CORRETO COMO FORMA DE CENSURA

A adoção do posicionamento POLITICAMENTE CORRETO vem sendo adotada pela esquerda mundial como forma sutil de dominação da sociedade, fazendo...