DISSECANDO O CRIME (I)

Da coluna do Mansueto Almeida, de quem pouco leio costumeiramente, recomendo o texto e principalmente o vídeo indicado que chamaram minha  atenção. Realmente, é um momento de dissecação do crime praticado pelo governo.

"ENTREVISTA" DE DILMA A GENTILLI

Extraí de O ANTAGONISTA os vídeos com a "entrevista", numa montagem de técnica e de conteúdo geniais por que oportunos aos tempos.
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https://youtu.be/w3E6BtINVJw

SUPREMO PODER JUDICIAL DEFINE SUAS MORDOMIAS

O Editorial do jornal Folha de São Paulo, de 01/06/2015, reputo-o como um dos melhores posicionamentos jornalísticos dos últimos tempos, especialmente por saber contextualizar um absurdo, repercutido pelas excrescências que assolam a vida nacional. Apenas, lamento a delimitação temporal e ocasional que o texto faz ao correlacionar o desprezo do STF para com a sociedade, quando critica o momento coincidente do ajuste fiscal.
No mais, a crítica é totalmente pertinente, pois traz questões preocupantes que mostram, embora de forma sutil, a cristalização de autofavorecimentos de setores específicos e fortes de per si, sem que tenham a visão da nacionalidade como um todo.
Por esta razão o título "Regalias Supremas", é adequado ao pensamento de regalias definidas a si pelo supremo poder judicial.




Editorial do jornal Folha de São Paulo, 01/06/2015
Regalias supremas


Se entre as virtudes desejáveis num juiz se destacam a sabedoria e a prudência, causa espécie que nenhuma delas apareça na proposta de Estatuto da Magistratura que o Supremo Tribunal Federal prepara para substituir a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), de 1979.
O STF falta com a prudência ao propor, num momento de duro ajuste das contas públicas, um Poder Judiciário maior, mais caro e menos sujeito a controles de produtividade e eficiência.
Como mostrou reportagem desta Folha, o projeto em gestação fixa a proporção de 1 desembargador para cada 4 juízes de primeira instância, o que implicaria, logo de início, a criação de 834 vagas de magistrados de segunda instância. No instante seguinte, viriam o exército de servidores e as mordomias associados a esses cargos.
Além disso, a proposta falta com a sabedoria ao advogar por uma série de benesses e privilégios para os magistrados que não apenas irritam a opinião pública como ainda conspiram para tornar o país menos republicano.
A lista de desfeitas é quase inesgotável. Começa com a surreal sugestão de que magistrados recebam até 17 salários por ano, continua com as promoções salariais automáticas quando o profissional se casar e tiver filhos, passa pela concessão de auxílios para que togados e seus familiares estudem e termina de forma bizarra com o funeral dos juízes, que também seria custeado pelos cofres públicos.
Pretende-se ainda proibir que magistrados sejam interrogados por quaisquer autoridades que não outros magistrados de mesmo nível hierárquico ou superior e, talvez descontente com a lista de regalias domésticas, o Supremo cogita de dar a todos os juízes passaportes diplomáticos sempre que viajarem a serviço, a fim de que não tenham de passar por grandes filas nos aeroportos de outros países.
"Crème de la crème", um dos ministros pretende que os reajustes nos vencimentos do Judiciário deixem de ser decididos pelo Legislativo e se tornem prerrogativa do STF, que teria a missão de perseguir a devida "valorização institucional da magistratura".
É evidente que magistrados, como ocorre em todas as democracias, devem receber bons salários. Mas é igualmente evidente que não devem constituir categoria superior à de outros cidadãos.
Se esses exageros de fato se materializarem na versão final do projeto, caberá aos parlamentares rechaçá-los. Outra providência sábia seria retirar da Constituição o mecanismo que dá ao STF a prerrogativa exclusiva de propor o Estatuto da Magistratura. Pelo que se conhece da natureza humana, é tentação demais até para os juízes. 

TRÊS PALAVRAS QUE DEFINEM TUDO


Então, depois da indignação relativa àquilo que vimos nas exposições anteriores, resta-nos a  compensação do texto abaixo que simplifica tudo. Apenas, acrescento mais uma palavra: aproveitaram. Pronto!




de William Somerset Maugham
Felipe lembrou-se da história do Rei do Oriente que, desejando conhecer a história da humanidade, recebeu de um sábio quinhentos volumes; ocupado com negócios de Estado, pediu-lhe que a condensasse. Ao cabo de vinte anos, o sábio voltou e a sua história ocupava agora apenas cinquenta volumes; mas o rei, já velho demais para ler tantos livros volumosos, pediu-lhe que a fosse abreviar mais uma vez. Passaram-se de novo vinte anos, e o sábio, velho e encanecido, trouxe um único volume com os conhecimentos que o rei procurara; este, porém, estava deitado no seu leito de morte, nem tinha mais tempo de ler sequer aquilo. Aí o sábio deu-lhe a história da humanidade numa única linha: “Nasceram, sofreram, morreram

QUANTO GANHAM OS EX-GOVERNADORES (da série "os pesos-mortos que sustentamos")

Bem, já que estamos falando de masoquismos, vamos apreciar, sim, apreciar!, o ganho dos ex-governadores. Afinal, pagamos tudo isso e ficamos quietos. Então, cabe-nos apreciar e aplaudir esses ganhos, deles.


OS PESOS-MORTOS QUE SUSTENTAMOS

Acabei de estimular nosso masoquismo expondo o texto do Hélio Schwartzman, da FSP, sobre os abusos salariais que ocorrem no STF. Pois bem, continuo no mesmo estímulo, agora sugerindo a leitura da lista dos salários dos parlamentares aposentados, que pode ser acessada no endereço abaixo.
Não esqueçamos que somos nós os pagadores desse pesos-mortos da sociedade, com as fiéis contribuições, obrigatórias, claro!, que fazemos periodicamente ao governo central.
Uma ótima leitura, apesar de tudo.

OS MAIS CIDADÃOS DO STF

Ainda sobre os FAVORECIDOS do Supremo Tribunal Federal, vale a pena ler a opinião de um dos editorialistas do jornal Folha de São Paulo. Não que isto vá mudar algo naquele reino, mas apenas para estimular nosso masoquismo e ficarmos mais indignados.

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HÉLIO SCHWARTSMAN
O melhor emprego do mundo
SÃO PAULO - Em 2009, a indústria do turismo australiana criou uma campanha publicitária na qual oferecia a jovens de todo o planeta o que chamava de "melhor emprego do mundo". O vencedor do processo seletivo receberia um belo salário para passar seis meses trabalhando como zelador de uma ilha paradisíaca na Grande Barreira de Corais. Entre os benefícios estava morar numa faustosa villa.
É um belo emprego, mas acho que não se compara a um posto de magistrado no Judiciário brasileiro. Os contemplados com um cargo ali recebem um belo salário para trabalhar, não pelo prazo exíguo de seis meses, mas pela vida toda --e com direito a uma excelente aposentadoria. Entre os muitos benefícios oferecidos estão auxílio-moradia e férias de 60 dias.
Se as propostas que constam do projeto que o Judiciário prepara para atualizar a Lei Orgânica da Magistratura vingarem, as coisas vão melhorar. Os juízes ganharão o direito de fixar seus próprios vencimentos, receberão salários extras em cada uma das duas férias e terão aumento sempre que se casarem e gerarem filhos. Os contribuintes também os ajudarão a pagar pós-graduações que decidam cursar e até seus funerais. Também se cogita de oferecer tratamento privilegiado aos magistrados em aeroportos (passaporte diplomático) e delegacias (direito de não ser interrogado senão por outro magistrado).
Não tenho nada contra juízes ganharem bem. Admito que teria certo receio de ser julgado por alguém que percebesse salário de fome. Mas por que não fixar os vencimentos dos magistrados com total transparência monetária e eliminar todas as mordomias, penduricalhos e privilégios extrassalariais que não deveriam ter lugar num país republicano?

O raciocínio é extensivo a parlamentares e servidores em geral. O dinheiro foi inventado justamente porque ele permite atribuir valores comensuráveis a coisas diferentes. Isto é, ele revela em vez de esconder.

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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