MÁRIO QUINTANA

Apenas o fluir do pensador poeta.


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Das Utopias
Mário Quintana

Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

OLHA PARA O CÉU À NOITE E CAPTURA A HISTÓRIA DO UNIVERSO

Está tudo aí, musicado, poetizado e tornado realidade. Basta pensarmos um pouco sobre isso!

COLISEU (II)?

Há um ano postei a matéria jornalística trágica, com meu comentário sobre o tal do Coliseu do Sertão. Agora, finalmente foi inaugurada a obra, daquelas!, que compõem a tragédia brasileira. Tragédia sob todos os pontos de vista, especialmente aquele que faz crescer o sentimento de importância popular por deter uma inutilidade como essa. Já, sobre as carências, a ninguém interessa dar preocupação.

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Após 6 anos de obras, 'Coliseu do Sertão' é inaugurado no Ceará

Folha de São Paulo, de 11/08/2015


Construído com cerca de R$ 1,3 milhão no sertão cearense, um estádio de futebol com fachada inspirada no Coliseu romano foi inaugurado no domingo (9), após seis anos de obras.
Bancada pelo governo federal e pela Prefeitura de Alto Santo (a 230 km de Fortaleza), a arena tem um quarto da capacidade prevista no início do projeto: comporta 5.000 pessoas. Ainda assim, no jogo inaugural, com ingressos de R$ 5, o público foi de apenas 900 pessoas.
O planejamento da prefeitura era que o público do Coliseu do Sertão chegasse a 20 mil pessoas, acima dos 16 mil habitantes da cidade –a justificativa era de "ampliar o potencial turístico local".
Para a partida, o clube que leva o nome da cidade foi remodelado e entrou em campo pela Série C do Campeonato Cearense contra a equipe do União de Brejo Santo. O time da casa ganhou por 1 x 0.
A reportagem não conseguiu localizar um representante da prefeitura para comentar a inauguração.
O coliseu foi construído com repasse de R$ 619 mil do Ministério do Esporte, por meio de emendas parlamentares. Durante a construção do estádio, a pasta informou que as emendas já vieram definidas pelo Congresso e que o projeto foi aceito pelos técnicos da pasta.
Mesmo com a falta de chuvas na cidade, o gramado é irrigado regularmente desde antes de sua inauguração.

DESAJUSTES ÉTICOS E MORAIS NACIONAIS

DESAJUSTES ÉTICOS E MORAIS NACIONAIS
ANTECEDENTES
Lembremos o nosso surgimento como Nação e veremos que fomos colônia por muito tempo e que a nacionalidade brasileira atual, moveu-se a partir da independência e consolidou-se com a República.
A ocorrência de episódios plenamente democráticos, com os períodos de exceção da democracia, ajudaram no amalgamento do sentimento de liberdade e de espontaneidade do povo brasileiro, e que caracterizam a Nação como jovem, jovial e progressista.
O MOMENTO
Mas, há entraves!  No processo de formação, talvez pelas características de origem da nossa colonização, talvez pelas facilidades proporcionadas pelas oportunidades ambientais do território, foi-se consolidando a liberalidade das ações do povo e dos seus governantes, que geraram o “jeitinho brasileiro”, e que favoreceu a formação de uma moral de segunda classe.
Junto à estruturação republicana e democrática, também se consolidou a retórica fácil e melíflua dos políticos, com promessas permanentemente vãs, nas quais milhões de pessoas creem; surgiu a possiblidade de criar agremiações políticas a granel e com “ideologias” buscadas nas prateleiras de qualquer mercado das ideias; fortaleceu-se a justificação diversionista e hábil, mas sempre enganosa, para explicar crimes administrativos governamentais e, às vezes, até de morte; e, finalmente, institucionalizou-se a corrupção, fazendo nascer o conceito de que agentes do crime são os bons e os agentes da Lei são os criminosos.
Esses descompassos comportamentais levaram à exaustão a capacidade da população em aceitar e conviver com os fatos corruptivos, surgidos quase diariamente e que chibatam o dorso e laceram a face de cada cidadão trabalhador, também curvado em dívida com a extorsão tributária, com o pagamento por parcos serviços públicos, ou que não são possíveis de usufruir porquê inexistentes e, mais grave, com o desvio desses bens financeiros,  para o enriquecimento de poucos, quase sempre governantes, ou seus agentes, todos facínoras.
Mas, há um momento em que tudo deve ser repensado para que a Nação não sucumba social e economicamente a partir da falência da Moral e da Ética, e pela exacerbação sempre perniciosa do messianismo, do proselitismo e do patrimonialismo.
Este momento, então, é agora, pois as informações estruturais da economia indicam sérios problemas, piorados porque o Estado foi tomado por interesses pessoais; porque o aparelhamento do Estado se tornou completo, tanto pelas centenas de milhares de pessoas contratadas desnecessariamente, quanto pela nefasta inteligência com que esses agentes do mal atuam em favor de seitas políticas; porque a credibilidade internacional do País caiu; porque a infraestrutura existente foi desmantelada; e porque novas instalações que deveriam ser criadas para a melhoria da sociedade não foram efetivadas.
Por outro lado, a credibilidade das instituições e das pessoas envolvidas, dos partidos políticos, dos três Poderes Nacionais e, especialmente, do processo republicano e democrático está afetada por ações enviesadas, obtusas, enganosas e mal-intencionadas.
Tradicionais e respeitados institutos de pesquisa e de estatística são agora usados para modificar métodos, subtrair informações e usar o diversionismo de dados, tudo para iludir a população, extasiada com o mercado onde vende sua vontade, em troca de bolsas, mesmo com a ausência de trabalho.
O FUTURO
A população da Nação brasileira, indignada com a forma como é conduzido o governo do País, exige mudanças comportamentais dos dirigentes eleitos e indicados por estes para cargos públicos ou empresas correlatas, visando acabar com a corrupção, embora saibamos sê-lo processo demorado, pois implica em mudanças culturais. Mas, há que começar!
Para isso, há elementos estruturantes da vida nacional que são possíveis de alterar, a partir da vontade governamental, do esforço do legislativo e da condução do judiciário.
Se, ao longo dos anos, vimos que o Presidencialismo não ajuda flexibilizar a condução dos caminhos republicanos e democráticos, mudemo-lo para o Parlamentarismo.
Se, ao longo do tempo, vimos que o Sistema Majoritário/Proporcional gera distorções, busquemos o Voto Distrital.
Se há dificuldades para apurar crimes de parlamentares, que é um dos elementos geradores da impunidade, alteremos o procedimento e abandonemos a Imunidade Parlamentar.
Se ocorre a compra de votos, por meio da promessa vã, na campanha política, formemos meios legais para punir a irresponsabilidade.
Se ocorrem desvios de recursos públicos, sejam eles financeiros ou bens, estabeleça-se procedimento legal sumário.
A movimentação para a higienização da vida nacional já foi iniciado no  processo judicial do criminoso Mensalão, consolida-se na ação judicial do também criminoso Petrolão e, provável e infelizmente venha a se aperfeiçoar em muitos outros "ãos" que prevê-se surgirem, pois desse grupo que nos regimenta só podemos esperar mais podridão, haja vista os conteúdos que até agora nos assombram.

Enfim, para um bom desfecho dessas ações judiciais em favor da nacionalidade brasileira, devemos ficar atentos e agir com a dialética necessária.

OS ERROS CONTINUADOS DO PETISMO

Tenho acompanhado o assunto, com muita preocupação, pois, afinal, meu sentimento de amor pelo meu estado natal ainda é muito forte, assim como pelas suas tradições. Mas, o problema é que as populações e suas gerações não assimilam como funciona o engodo, o oportunismo, o crime, enfim! Assim foi na administração do Olívio e, agora, repetidos os erros no governo do Tarso, ambos petistas históricos e, também históricos, os seus erros, os seus desmandos, a as suas inclinações ao crime social, administrativo e político. Para eles não importam as aspirações do povo, valem mais os seus interesses primários e primeiros, sem preocupações com o futuro. Enfim, assim é o PT, vê-se agora no nível nacional.
Apesar de toda a ojeriza que Sarney me dá, reconheço nele um grande pensador, mas apenas quando falou que: "O Brasil deveria passar pelo PT e por LULLA", isto quando passou a apoiar a candidatura do apedeuta em 2002. Tinha ele razão, mas, espero, jamais o Brasil cairá novamente nessa falácia.
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O triste legado assumido por Sartori (Márcio Andrade)

O Socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. (Margaret Thatcher)
“Criminoso matou, e depois foi chorar no enterro da própria vítima”. Este é um brocardo popular antigo, mas bastante moderno para definir alguns padrões comportamentais diante do quadro das contas públicas no Rio Grande do Sul.
Lembro quando a ex-Governadora Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010) disse que ‘a pior coisa que pode acontecer ao Rio Grande é o déficit’, orgulhando-se por ter equilibrado as contas públicas, e ter entregue ao sucessor Tarso Genro (PT) uma situação contábil muito mais tranquila do que encontrou, conhecida nos jargões de economia como ‘déficit zero’.
Tarso, ao assumir seu mandato em 2011, desdenhou por completo a fala da ex-governadora, afirmando que déficit zero era uma ‘falácia neoliberal’, criando, assim, 500 novos cargos em comissão para demonstrar a solidez do seu discurso e conseguindo com o secretário Nacional do Tesouro na época, Arno Augustin (PT), a chamada ‘flexibilização das metas fiscais’, episódio que autorizou o então Governador a aumentar o endividamento do nosso Estado. Não precisamos ter qualquer talento profético para supor o que aconteceria a partir desSe fato; a dívida pública, no período de 2011 a 2014, cresceu 9,8 Bilhões, somada à impossibilidade de o governo estadual contrair novos empréstimos.
E não foi “apenas” isso. Tivemos outros gastos irrefletidos ao longo dos últimos quatro anos: concursos públicos sem qualquer previsão orçamentária; saques de 5,5 bilhões nos depósitos judiciais; aumentos salariais populistas para os segmentos mais obedientes do funcionalismo público; etc. Tudo isso apoiado por setores classistas (CUT, CPERS, SINDSEPE, e outros sindicatos) que, em posição genuflexória, batiam palmas para a irresponsabilidade e descontrole com dinheiro público.
As mesmas entidades que, agora, culpam o atual Governador José Ivo Sartori por ter anunciado um parcelamento salarial para o funcionalismo do estado.
Impossível não perceber nesta postura um misto entre covardia moral e desídia intelectual.
Primeiro, devido ao julgamento que tenta desviar a própria responsabilidade para outrem; todos que ajudaram a destruir economicamente o RS, neste momento, apontam o dedo melecado para Sartori, fugindo às suas responsabilidades sem o mínimo embaraço. A avaliação condenatória é tão frágil, que sequer considera o fato de o Governador ter SEIS MESES de mandato.
Ainda, nota-se uma espécie de preguiça em transcender o raciocínio – nutrida pelas mais grosseiras aparências (tipo parcelamento do salário) – restando por deixar o sujeito domiciliado nos pântanos das imagens rasas e da ideologia cegueta. Criam-se ‘homens-sapiens’ e ‘mulheres-sapiens’ incapazes de refletir sobre a ESSÊNCIA do problema: como estava a situação das contas em tal período? Houve aumento do gasto público? Quais as fontes de receita? Quando piorou? Por quê? Qual foi minha conduta neste episódio? Inércia? Assentimento? Militância dirigida?
Questões incômodas, pois é bem mais conveniente “errar e fugir”, deixando toda responsabilidade para o desavisado que vem logo atrás, a enfrentar nossa persona imatura. Bem mais oportuno criar rótulos para os outros, e se fingir de múmia paralítica.
Deste jeito, assassina-se o Estado. Depois, quando percebemos o reflexo do populismo sedutor e da imprudência nossa de cada dia, choramos no velório… É muito mais fácil.

A PERDA DE UMA GERAÇÃO

Obtive o texto abaixo navegando na rede e não sei quem o escreveu. Concordo com tudo o que ele explana, mas discordo do seu final, pois o aspecto mais grave da crise que vivenciamos é a moralidade destruída. E essa destruição pega em cheio uma geração que se acostumou a ver a impunidade dos políticos, dos executivos públicos e privados, dos legisladores e, até, do judiciário. Essa impunidade e esse descaso com as instituições éticos e morais da nossa vida cotidiana, levou ao fortalecimento do "jeitinho" para ludibriar tudo e todos, pegando, digo novamente, em cheio a atual geração. O quanto perdemos de evolução da nacionalidade nunca poderá ser medido. Infelizmente!
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A CRISE MAIS GRAVE: BRASIL PERDE UMA GERAÇÃO!

1. Em 2011, o populismo keynesiano adaptado aqui começava a diluir. Daí para frente os fundamentos macroeconômicos foram derretendo até tornarem a recessão "sustentável". Em 2015, a situação dramática pós-eleitoral deu nitidez a tudo isso. As medidas de ajuste adotadas mostram-se insuficientes para dar uma resposta em curto prazo.

2. As projeções de cenários apontam para o alongamento da recessão até, pelo menos, 2017. Alguma luz no fim do túnel, talvez, em 2018, assim mesmo como transição e se o dever de casa for feito adequadamente. A alternativa seria a tradição latino-americana de tributar e crescer com a inflação. Mas a mudança em 2018 seria inevitável.
     
3. Serão 8 anos em 2018. Oito anos em que as perspectivas negativas das pessoas, das famílias e das empresas, como reação ao clima de desconfiança hoje e de imprevisibilidade amanhã, as faz atuar defensivamente. Vale dizer, perde-se a ousadia.
     
4. Supondo um jovem terminando o ensino fundamental, isso significa que dos 15 aos 23 anos esse pessimismo o estará contaminando. Nas empresas -além do desemprego- aumenta a rotatividade de forma a trocar funcionários de maior por menor salário, desestimulando todos.
     
5. Os governos municipais e estaduais, vivendo a mesma crise fiscal do governo federal, apontam contra sua maior despesa, que são os servidores públicos. Interrompem os concursos, aplicam reajustes menores que a inflação, interrompem políticas de estímulo e cortam quando podem. Com isso, o setor público perde dinamismo, criatividade e ousadia ou, em uma palavra, produtividade, acentuando as curvas da crise.
     
6. Portanto, a crise que o Brasil atravessa precisa ser medida muito além dos dados objetivos e mensuráveis, como inflação, juros, câmbio, taxa de desemprego, taxa de crescimento, taxa de inadimplência, etc. O impacto da crise é muito mais profundo, pois atinge a motivação e a formação dos jovens e, dessa forma, o futuro.
     
7. Após a crise, lá por 2018 ou 2019, o desenvolvimento brasileiro perderá impulso interno sustentável e terá que se valer de fatores humanos externos, importando ainda mais tecnologia, bens de capital e obras, e novos meios de desenvolvimento da educação, da saúde e da segurança.
     
8. Esse é o aspecto mais grave da atual crise.

MILAGRES?

Simples assim, mas pleno de verdade o pensamento, na linguagem do poeta.

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DOS MILAGRES (Mário Quintana)

O milagre não é dar vida ao corpo extinto, 
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo,
Nem mudar água pura em vinho tinto,
O milagre é acreditarem nisso tudo

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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