"QUOUSQUE TANDEM ABUTERE PATIENTIA NOSTRA" falange do mal?

Os dados abaixo, obtive-os do Diário do Poder, do Cláudio Humberto. 
Efetuei, então, uma breve pesquisa para saber quantos empregados a mesma empresa mantinha em 2002, antes do maléfico regime atual. Na época, eram em torno de 40.000 empregados efetivos e 120.000 empregados terceirizados. Isso foi quanto ainda era a PETROBRAS. Como hoje virou a PETEROUBRAS, só poderia estar na difícil situação econômico-financeira em que está, pois, aliando o CABIDÃO ao ROUBADÃO, não há empresa que aguente.
É de ficarmos enojados, embora enojados estejamos em todos os dias, pois em todos eles surgem mais sujeiras dessa turba que alia a incompetência intelectual, o delírio mental, a inapetência para o trabalho e a fixação doentia pelo roubo.
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A comparação da Petrobras às concorrentes ajuda a explicar a trágica situação da alquebrada estatal brasileira. Enquanto a Petrobras paga salários a 315.000 funcionários, entre efetivos (84.000) e terceirizados (231.000), lucrando US$1 bilhão em 2014, a Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam 262.000 pessoas, 53.000 a menos que a brasileira, com lucros somando US$ 58,6 bilhões no mesmo ano.
A Exxon Móbil emprega 83.500 pessoas em mais de 100 países e registrou lucro de US$ 32,5 bilhões em 2014.
A petroleira Royal Dutch Shell paga salários a 94.000 funcionários nos 90 países onde opera, e lucrou US$ 14 bilhões no mesmo ano.
Apesar de multas bilionárias por vazamentos, a British Petroleum (BP), que tem 84.500 funcionários, lucrou US$ 12,1 bilhões em 2014.
A Petrobras opera 7.000 postos no Brasil e em meia dúzia de países. A Royal Dutch Shell soma 44 mil postos mundo afora.

O MUNDO FUNCIONA ASSIM

Embora possamos restar contrariados com o conteúdo do vídeo, há verdades nele. É só pensarmos um pouco, contextualizarmos nossas vidas no meio em que vivemos e chegaremos à conclusão que, de fato, somos levados por um todo que nos envolve. Em algumas vezes, muitas delas, deixamos de pensar individualmente, abrimos mão da nossa individualidade e ... somos o grupo. Ou em menor ou em maior grau, mas somos um dos elementos da manada. 
Apesar disso, vale o pensamento generalista de Churchill, embora devamos rejeitá-lo em algumas situações, pois, se analisarmos, mesmo a tal da democracia nos enche de obrigações, determinações, proibições, governos ditos democráticos que se tornam ditatoriais pela Lei, ah!, tem ainda o direito das minorias, em cujo limite esbarramos diariamente e nos tolhe a voz, a escrita, o pensamento e a ação.



"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." (Winston Churchill)

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EXAGEROS DA VIDA CAUSADOS PELA "ESQUERDALHA"

Está claro que o conteúdo do vídeo é um exagero. Agora, o seu fundamento, a sua orientação crítica, o seu tom, não fogem da realidade vindoura, pois logo, logo, poderemos viver um estado de paranoia de ambos os lados, o do perseguidor e o do perseguido, tal qual ocorre na encenação. Essa exacerbação de conceitos radicais, e a institucionalização de suas práticas pode levar aos extremismos que tanto tememos. Quanto à nossa liberdade de pensar?, bem, vivas ao DUPLIPENSAR de Orwell e a nossa individualidade que se dane. 
Se não ousarmos enfrentar os sofismas e os delírios dos manipuladores de hoje, certamente amanhã lamentaremos a nossa letargia.
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O PRESÉPIO

Vale a pena ler o comentário do Gaspari, um colunista muita vezes alinhado com o lullopetismo. Levando em conta esta condição, a de alinhado, é que o texto ganha importância, pois mostra como anda a respeitabilidade governamental neste momento nacional.
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O presépio da doutora Dilma
Elio Gaspari, para a Folha de 27/01/2016
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social foi criado em 2003 e é composto por 90 membros. Para a reunião de amanhã, dois titulares tiveram que ser substituídos, pois Marcelo Odebrecht e José Carlos Bumlai estão na cadeia. Também estão trancados o ex-conselheiro João Vaccari Neto e José Dirceu, que assinou o ato de criação do organismo. É difícil imaginar outro grupo de noventa pessoas com semelhante desempenho. Para se ter uma ideia do que significa uma porcentagem de 2% de presos, vale lembrar que a taxa de brasileiros encarcerados para cada 100 habitantes é de 0,3%.
O Conselhão pretendia ser um foro de debates. Tornou-se um pastel de vento a serviço da propaganda de um governo cuja titular diz que "o Brasil não parou, nem vai parar". Os pibinhos e a recessão aconteceram no Burundi. É uma marquetagem tão inútil que, desde julho de 2014, a doutora Dilma não o convocava. Uma reunião de 88 pessoas serve para apenas fotografias de um consenso inexistente. A menos que se considere consenso o fato de estarem todas sentadas.
Quando o Conselho foi criado, nele estava a atriz Lucélia Santos. Foi substituída por Wagner Moura. Pelo lado dos empresários, lá estará Jorge Paulo Lemann. Certamente ele tem algo a dizer, mas da última vez que foi ao Planalto a doutora deu-lhe um chá de cadeira de mais de uma hora. Até aí pode-se pensar que tenha surgido algum imprevisto. O problema muda de figura quando se sabe que mandaram uma funcionária fazer-lhe sala e ela dirigiu-se a Lemann em inglês. Coube a ele explicar que foi criado nas ondas de Ipanema. O surfista do século passado tornou-se o homem mais rico do Brasil porque a AB InBev produz e exporta gestão, exatamente o que falta ao governo da doutora.
Ele acaba de anunciar que adiou o cumprimento da meta anunciada em novembro de visitar todos os domicílios do país até o fim deste mês para combater o mosquito do zika. Lorota. O que houve foi o colapso de uma promessa impossível de ser atingida. Na melhor das hipóteses foram a 15% das casas. Houve burocrata sugerindo que, para evitar o risco da microcefalia, as mulheres não engravidem. Como o mosquito está no Brasil há mais de um século, a providência extinguiria a população de Pindorama. Depois veio o ministro da Saúde, torcendo para que as jovens sejam infectadas pelo vírus antes da idade fértil, pois assim adquiririam imunidade.
Como Brasília comanda espetáculos, em dezembro a doutora assinou o Decreto 8.612, criando uma Sala Nacional de Coordenação e Controle para cuidar do mosquito. Ela funcionaria no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. A sala mágica seria habitada por representantes de seis ministérios, dentro do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia que por sua vez tem três "eixos": "Mobilização e Combate ao Mosquito, Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico".
Aí está a essência da gestão da doutora: havendo um problema (o mosquito), lança-se um plano de enfrentamento, cria-se uma sala de controle anexa a um centro de gerenciamento e daí em diante o assunto é dos outros. Se nada der certo, convoca-se uma reunião do Conselhão para mudar de assunto em busca do que o Planalto chama de "agenda positiva". 

NÃO APENAS ILAÇÕES, FATOS. QUANDO FICAREMOS LIVRES DISSO?

A cada dia surgem novas informações que comprovam ser este um governo podre, criado na podridão da ideologia defendida, idealizado por cidadãos brasileiros, quase todos, podres na sua moral e com ideais também podres, pois agora podemos ver que o único objetivo dos seus componentes é saquear o País. Não estamos tratando de ilações, são fatos diários que vêm à tona e consolidam a visão de podridão moral da falange do mal que aflige a Nação brasileira.Ontem, um dos colunistas políticos definiu a Casa Civil como CASA COVIL, mas digo que todo ele é um governo vil que habita o covil geral da Presidência da República. Todos eles, em todos os níveis, em todos os momentos, conspiram para elaborar ideias e construir caminhos que lhes possibilitem auferir o "por fora", não estando preocupados com a destruição do País, ou da Nação brasileira, em todos os seus níveis, o cultural, o moral, o econômico, o social, o infraestrutural.
Todos eles, esses imorais e corruptos, estabelecem uma guerra insana contra o movimento de "guerra santa" que a Operação Lava Jato move para limpar o País. Sibá Machado, por exemplo, líder do governo na Câmara, tem sido usado para isso, atacando diariamente os componentes da força legal que investiga, pune e tem recuperado bilhões de reais roubados do povo brasileiro. Mas, essa turba ignorante e mal-intencionada fica batendo porque não lhes interessa que se desvendem os assaltos, inúmeros assaltos!, nos vários covis em que se instalaram esses, quase sempre ladrões, sempre inapetentes para o trabalho e, também, sempre intelectualmente incapazes de projetar um Estado.

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Procuradoria avalia pedido de inquérito para investigar ministro da Casa Civil

BEATRIZ BULLA E DANIEL CARVALHO - O ESTADO DE S. PAULO
08 Janeiro 2016 | 03h 00 - Atualizado: 08 Janeiro 2016 | 06h 57

Além de Jaques Wagner, Edinho Silva (Comunicação) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) são citados em diálogos do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, condenado a 16 anos de prisão; parlamentares também deverão compor nova lista de Rodrigo Janot

BRASÍLIA - As mensagens obtidas pela Operação Lava Jato com a apreensão do celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido nos meios empresarial e político como Léo Pinheiro, devem servir de base para gerar uma nova lista de investigados a ser encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.
RELACIONADAS


Ao menos três ministros da presidente Dilma Rousseff aparecem nos diálogos         obtidos na investigação: o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT); o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (PT); e o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Nesta quinta-feira, 7, o Estado revelou mensagens de Pinheiro em que Jaques Wagner fala sobre a liberação de recursos do governo federal. Os diálogos, segundo os investigadores, também indicam que Wagner intermediou negociações para o financiamento de campanhas eleitorais em Salvador, em 2012, no período em que esteve à frente do governo da Bahia (2007-2014). Em uma primeira análise, o diálogo é considerado “grave” por investigadores.

Mensagens indicam que o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, falou sobre liberação de recursos 

A avaliação preliminar é de que as conversas de Léo Pinheiro escancaram os “intestinos de Brasília” e relações “pouco republicanas” de políticos com empresários na capital federal. Léo Pinheiro tinha acesso a praticamente toda a classe política, de acordo com a investigação. Caberá ao grupo que auxilia Janot decifrar, nas próximas semanas, os supostos esquemas mencionados nos diálogos obtidos e identificar o que pode ser enquadrado como indício de crime – casos em que devem ser feitos pedidos de abertura de inquérito.
As mensagens do celular de Pinheiro foram transcritas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal no Paraná, onde correm as investigações da Lava Jato na 1.ª instância. No fim de 2015, a PF encaminhou à Procuradoria os casos em que há menção a políticos com foro privilegiado. O celular de Léo Pinheiro levou ao conhecimento de investigadores tanto conversas diretas com os políticos, como contatos com intermediários e menções aos parlamentares e ministros.
Nomes. A lista de políticos mencionados nas conversas registradas no celular de Léo Pinheiro inclui, além dos três ministros de Estado, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Também fazem parte das conversas, de acordo com fontes com acesso às investigações, os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Lindbergh Farias (PT-RJ); e os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Osmar Terra (PMDB-RS). Léo Pinheiro usava apelidos para se referir aos políticos, como “Brahma” sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No caso de Lindbergh, a referência identificada pelos investigadores é a alcunha “lindinho”. Não há identificação, até o momento, de trocas de mensagens diretas entre Lula e o ex-presidente da OAS.
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-deputado federal e ex-líder do partido na Câmara Cândido Vaccarezza (PT-SP), já investigados na Lava Jato, também surgem nas mensagens. Ainda há conversas sobre o ex-tesoureiro do PT condenado no mensalão, Delúbio Soares, e sobre o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz.
A expectativa é de que na volta do recesso do STF, em fevereiro, parte das decisões da Procuradoria seja revelada. No total, o material com mensagens de Léo Pinheiro tem quase 600 páginas. O envolvimento do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, está entrelaçado às ações de Eduardo Cunha. Há relatos de combinação de encontro entre Cunha e o ex-presidente da OAS, por exemplo, com intermediação de Henrique Eduardo Alves, segundo fontes com acesso ao material. 

QUERO VER UM VÍDEO

Com toda elegância de um bom escritor e uma fina ironia, Ruy Castro pratica um escracho contra o sistema criminoso que aí está e, principalmente, contra o seu protagonista. Vale a pena ler.

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Por motivo de força maior
RUY CASTRO,  para a Folha de 08/01/2016

Há um ano, Marcelo Odebrecht pediu a um executivo da Petrobras dados para um "aide-mémoire" que estava escrevendo para Lula usar numa visita que faria à Argentina. O homem se empolgou e escreveu demais. Odebrecht o cortou: "Um terço de página apenas, ou o cara não lê".
Bom saber que Odebrecht escrevia "aide-mémoires" para Lula usar em seus pronunciamentos no exterior. Significa que, naquela época, Lula não precisava falar por conta própria, como no dia em que, em visita oficial à África, em 2003, chegou à Namíbia, olhou em volta e declarou: "Tão limpa que nem parece a África!" – ofendendo todos os países africanos pelos quais passara.
O incrível é constatar como Lula é tido em baixa conta justamente pelo homem que, então, vivia contratando-o para dar palestras nos vários continentes. Não eram palestras comuns, para plateias indiferentes, mas "lectures" dirigidas à nata política, social e econômica de cada país – gente sem tempo a perder e ansiosa para ouvir os ensinamentos de um governante bem sucedido. Eram palestras tão importantes que Odebrecht pagou a Lula, em um ano, R$ 4 milhões por elas – R$ 400 mil cada.
Uma palestra desse porte dura duas horas. Como falar duas horas sobre qualquer assunto sem dominá-lo? E como fazer isso sem ter lido balanços, relatórios, pareceres e análises, ou mesmo resumos preparados por assessores? E será possível guardar de cor todos os dados? Não, o palestrante terá sempre de se valer de papéis à sua frente. Mas, segundo Marcelo Odebrecht, textos de mais de um terço de página, "o cara não lê".
Um dia, alguém terá acesso a um vídeo, áudio ou transcrição de uma palestra de Lula paga por Odebrecht – ninguém viu nada até hoje. Só então se descobrirá o insuperável palestrante que ele era e, hoje, por motivo de força maior, deixou de ser.


"VESGUICE" EMPRESARIAL OU MALANDRAGEM?

A matéria jornalística abaixo, de outubro do ano passado, extraí do SPOTNIKS. Depois dela, há uma outra matéria, bem curta, do jornal VALOR, de hoje, sobre o Magazine Luiza. Vale a pena perceber o trajeto de ladeira abaixo, que vem ocorrendo no curto prazo. Será que esses grandes empresários cometeram erros de avaliação, assim como a autoconfissão da Dilma, semana passada? Ou será que foram açodados e oportunistas, todos eles, inclusiva Dilma, em negar o óbvio que era possível ver no horizonte?
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5 empresários que apostaram no governo para crescer e quebraram a cara

Dos mais conhecidos, como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas, aos mais desconhecidos, como Washington Luis, inúmeros presidentes brasileiros se preocuparam em reforçar o mito de que o desenvolvimento do país é uma consequência direta das suas ações. Aprendemos desde a escola que nossos melhores presidentes agiram para criar indústrias, grandes obras e feitos, sem dar relevância aos que criaram leis e bases de estabilidade do país.
Aprendemos que o crescimento econômico surge da construção de hidrelétricas e pontes, não com políticas que reduziram a inflação, ampliaram a responsabilidade fiscal ou tornaram crimes fraudar as contas públicas.
No Brasil entretanto, até mesmo nossos capitalistas parecem mais empolgados com esta ideia do que com a ideia de desenvolvimento pelo mercado. Temos empresários que dizem “ver com bons olhos a mistura entre empresas e o Estado” e outros que pedem por 3 bancos como o BNDES (o banco que transfere anualmente R$ 24 bilhões em subsídios para grandes empresas). Foi com esta crença de que as políticas do governo conduziriam a um crescimento inequívoco que inúmeros empresários entraram de cabeça em empreendimentos hoje mal sucedidos. Abaixo, listamos 5 deles que servem de exemplo para mostrar que deixar-se enganar por promessas de políticos não é exclusividade dos eleitores comuns.
1) LUPATECH – NESTOR PERINI

Fundada ainda nos anos 80, a metalúrgica gaúcha com sede em Caxias do Sul, Lupatech, atuou durante décadas em setores tão distintos como automobilístico e de alimentos. A anunciada auto-suficiência do país na produção de petróleo e da descoberta do pré-sal em 2007, levaram a empresa a realizar uma série de aquisições que a consolidaram como um fornecedor apto a grandes contratos no setor de óleo e gás. Foram mais de 16 aquisições entre 2006 e 2008 que levaram a empresa a faturar mais de R$ 550 milhões em 2010.
No mesmo ano, a empresa garantiu aquilo que poderia lhe fazer mudar de patamar, entrando para o clube de grandes fornecedores mundiais da cadeia de petróleo e gás. A conquista de contratos no valor de R$ 1,7 bilhão junto à Petrobras levou a Lupatech e seus acionistas a projetarem um crescimento vertiginoso nos anos seguintes.
Assim como a estatal, porém, as ações da Lupatech encararam ladeira abaixo. De 2010 a 2014, quando a companhia entrou com pedido de recuperação judicial, suas ações caíram mais de 99%. Em 2015 não é diferente: a companhia encara uma queda de 92,89%. Segundo seu plano de recuperação judicial, a empresa foi vítima da má conjuntura do setor de petróleo, cujo barril caiu para US$ 45 dólares, ante mais de US$ 130 quando da assinatura dos contratos, além da conjuntura da própria Petrobras, envolta em escândalos que a levaram a declarar uma baixa de ativos no valor de R$ 88 bilhões, fruto de má gestão e corrupção, segundo a própria empresa.  
Para além de culpar fatores externos, analistas citam ainda que o elevado nível de endividamento somado ao não recebimento de valores da Petrobras levaram a empresa à atual situação. A aposta excessiva no setor de petróleo e gás culminou com a quebra da empresa e a demissão de milhares de funcionários em suas mais de 20 unidades no Brasil e no exterior.
2) EBX – EIKE BATISTA

Diz-se no mercado financeiro que nem mesmo Bill Gates, o fundador da Microsoft, ganhou tanto dinheiro com o PowerPoint, a ferramenta do office utilizada para fazer apresentações, com as quais Eike Batista conquistou a atenção de milhares de investidores no mundo inteiro, sedentos de oportunidades para investir no Brasil.
Um dos filhos de um famoso ex-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Eike Batista apareceu para o mercado nacional após realizar uma grande tacada justamente no setor que tornou seu pai conhecido. Eike conseguiu empurrar para a mineradora britânica Anglo-American, parte do projeto “Minas-Rio”, que visava produzir minério de ferro em Minas Gerais, exportando-o pelo Rio de Janeiro, onde o empresário ergueria o complexo do Açu, o maior porto privado do hemisfério sul. A mineradora de Eike levou na ocasião US$ 5,5 bilhões, fazendo com que seus investidores embolsassem uma quantia próxima a US$ 2 bilhões, menos de 1 ano antes de terem comprado as ações da MMX em sua abertura de capital.
Complexo de grandeza e poucos resultados práticos tornaram o mercado mais cético em relação a Eike. Seu porto consumia recursos sem perspectiva de ganhos, sua mineradora produzia toneladas de prejuízo (e sem minério), seu estaleiro drenava recursos e sua petrolífera, que pretendia ser uma “mini Petrobras” se viu frustrando os investidores sem encontrar petróleo em seus poços.
Acusando os investidores e recusando-se a admitir os erros, Eike encontrou no ex-presidente Lula uma figura de apoio a seus planos. Como conta em seu livro à jornalista Malu Gaspar, a aproximação com Lula foi pretendida desde 2002 quando o empresário doou recursos para campanha que elegeu o sindicalista. Em outra época, Eike chegou a contratar o amigo de Lula, José Dirceu, como consultor para resolver uma crise com o governo boliviano. A amizade com o ex-presidente, porém, só se concretizou após encontros para uma formalização de proposta pela qual a mineradora de Eike assumiria o controle da toda poderosa Vale. A proposta foi rejeitada pelo Bradesco, grande acionista da mineradora, e Eike recuou do plano.
Durante os anos que se seguiram a este episódio, Eike e o BNDES se tornaram amigos próximos (o banco despejou R$ 10 bilhões em projetos do empresário), enquanto ex-ministros do presidente Lula, como Guido Mantega e Fernando Pimentel (atual governador de Minas), atuaram para favorecer investimentos de empresas estrangeiras no porto de Açu, segundo denúncias (o resgate ao grupo X porém travou com o aumento da pressão sobre o governo vinda dos protestos de junho de 2013). A boa relação com o governo, que fez Eike ser chamado de ‘empresário modelo’ pela presidente Dilma, não bastou para salvar o “ex-midas”, que viu seu patrimônio ser dividido entre empresas estrangeiras, como o fundo Mubadala do Oriente Médio. Do apogeu à queda, estima-se que Eike, que chegou a ser o sétimo mais rico do mundo, tenha perdido R$ 60 bilhões.
3) OI – CARLOS JEREISSATI

Criada em 2009 com a fusão da Brasil Telecom (controlada pelos fundos de pensão), e a Telemar, controlada pelo empresário Carlos Jereissati e o grupo Andrade Gutierrez, a Oi foi possivelmente o primeiro, e por coincidência o mais mal sucedido, dos projetos de fusões e aquisições financiadas pelo BNDES – que viria a ser conhecido como “política de campeões nacionais”.
Com o mercado nacional dividido entre os mexicanos da Claro/Embratel, os espanhóis da Telefônica/Vivo e os italianos da TIM, a ideia de criar uma super empresa de telecomunicações com capital nacional atraiu as atenções do governo. Por meio da pressão de fundos de pensão como o dos funcionários do Banco do Brasil, a PREVI, e seu presidente, a Brasil Telecom foi conduzida ao altar para celebrar a criação de uma gigante nacional.
Nos anos que se seguiram, o projeto da Super Tele, como ficou conhecido, ganhou ainda mais espaço com uma fusão entre Oi e Portugal Telecom, internacionalizando o negócio, que passou a estar presente em 2 continentes e contar com mais de 100 milhões de clientes.
Uma gestão precária e uma conduta controversa de pagamento de dividendos elevados pra abater dívidas de seus controladores, porém, levaram o projeto a ganhar outros rumos. Atualmente a Oi é uma gigante se desfazendo. Desde o ínicio da sua crise de endividamento, a empresa já vendeu operações de cabos submarinos, torres de telefonia, prédios e a própria Portugal Telecom. Seu valor de mercado já caiu mais de 90% e sua dívida atinge hoje R$ 54 bilhões, contra R$ 1,7 bilhão de valor de mercado da empresa, um valor menor do que aquele obtido com a privatização em 1997 das duas companhias que formaram a atual Oi.
Nem os mais de R$ 10 bilhões em empréstimos subsidiados concedidos pelo BNDES parecem afetar a empresa positivamente, que com todo o susbídio mantêm-se apresentando prejuízo e queda no seu valor de mercado – que só em 2015 já caiu 77,35%.
4) MAGAZINE LUIZA – LUIZA HELENA TRAJANO

Empresária modelo, a bem sucedida herdeira da rede Magazine Luiza, Luiza Trajano foi por muito tempo reconhecida como um raro caso de sucesso dentre os herdeiros que conseguem levar suas empresas a níveis muito mais elevados do que aqueles imaginados por seus fundadores. Luiza herdou a rede fundada por sua tia e o marido, em 1957, na cidade de Franca, interior de São Paulo, e desde 1991 levou a companhia a ser uma das maiores do país.
Sua relação com o governo, porém, é bastante recente, atingindo um ápice em 2014, quando, numa resposta ao apresentador do programa Manhattan Connection, Diogo Mainardi, recusou a ideia de que existisse uma crise no varejo. De lá para cá a empresária foi abraçada como um modelo de positividade por parte do empresariado, que chancela as políticas do governo.
Não são poucas as políticas do governo que se relacionam com as atividades da empresária. No início de 2014, por exemplo, o governo decidiu criar o programa “Minha Casa Melhor”, que garantia R$ 5 mil em financiamento aos compradores de moradias do programa “Minha Casa Minha Vida”, favorecendo enormemente redes populares como o Magazine Luiza.
A própria expansão desenfreada do crédito, que cresceu cerca de 2 vezes mais nos bancos públicos do que nos privados, está entre as razões que levaram a expansão de redes como as lojas de Luiza. Em determinado momento em 2013, por exemplo, os bancos públicos como o BNDES, a CEF e o Banco do Brasil, chegaram a deter mais de 50% do crédito total disponível no país.
Tal expansão, entretanto, foi fortemente freada com a crise e a recessão na economia. Com o desemprego e a inflação em alta e a renda em baixa, as vendas do varejo caíram em 7 dos 8 primeiros meses do ano, levando redes como o Magazine Luiza a fecharem lojas. Desde que abriu seu capital em 2011, suas ações já despencaram mais de 90%, sua dívida mais do que dobrou e as vendas estagnaram. 
5 – SETOR EDUCACIONAL – TODOS OS GRANDES GRUPOS

Comparar discussões travadas na campanha eleitoral de 2014 com a realidade de 2015 pode ser algo perigoso para a maioria das pessoas – muitas das quais se viram iludidas ou até mesmo traídas naquilo que contavam ao apoiar o atual governo. Para muitos adolescentes, sonhos como uma vaga na universidade ou uma viagem para Europa patrocinada pelo governo, eram uma realidade líquida e certa, que dependia única e exclusivamente da fidelidade na hora do voto.
Não deve ser espanto para ninguém acreditar que jovens possam apostar na ideia do FIES para todos, mas deveria ser para empresários do setor, acostumados a acompanhar esta realidade minuciosamente. Não foi o que ocorreu. Ao longo dos últimos 4 anos, a concessão de bolsas pelo FIES para alunos de universidades privadas saltou inacreditáveis 451%, contra um aumento de meros 12% no total de alunos das universidades privadas.
Com cerca de 70% do total de alunos em universidades, o setor de ensino se tornou uma verdadeira mina de ouro. Suas margens de lucro chegam a 24%, acima até mesmo das margens de lucro em bancos ou na Petrobras (antes de a empresa ser destruída). Com a forte expansão do FIES, que garante a oferta de vagas e uma demanda bastante elevada (dado que universidades públicas são restritos a uma minoria), a educação se tornou um negócio sério no Brasil. Chegamos a ter a maior empresa de educação do mundo, a Kroton, cujo valor de mercado atingiu R$ 21 bilhões em 2014.
Por se tratar de um fundo, porém, os recursos do FIES não são ilimitados. O dinheiro que compõem o fundo vem principalmente de empréstimos antigos, além de aportes de recursos pagos pela Caixa Econômica Federal (parte da arrecadação das loterias). Com o descontrole, em especial no ano eleitoral, os recursos chegaram a 2015 quase zerados, a ponto de o governo anunciar uma redução superior a 50% no total de bolsas.
O efeito nas empresas do setor não poderia ser mais devastados. A Ser Educacional, que controla a Universidade Maurício de Nassau, chegou a variar entre R$ 30,60 e R$ 7,35 por ação nos últimos 12 meses, enquanto a Kroton, líder do setor, atingiu a mínima de R$ 7,41, contra uma máxima de R$ 17,85 por ação.
Seja você um adolescente ou um empresário calejado, cair na conversa de um político pode invariavelmente custar parte importante do seu futuro. Acreditar que economias sempre crescem é um dos erros mais constantes da política, mas possuem pouca relação com a realidade, que está mais para a soma do custo de decisões certas e erradas – sejam elas da política, de uma grande empresa ou mesmo do seu cotidiano.

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12/01/2016 às 08h56 S&P rebaixa classificação do Magazine Luiza Por Juliana Machado | Valor SÃO PAULO  - 

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou o rating da varejista Magazine Luiza de ‘brAA-’ para ‘brA+’ — que representam a nota em escala nacional — e alterou a perspectiva de estável para negativa. Segundo relatório
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