REFLEXÃO

"É um bom sinal, um boa indicação, quando você começa a refletir sobre si mesmo - sobre o que você fez , por que você o fez.

Quando você começa a indagar sobre os próprios atos, compromissos, direções e objetivo, surge uma grande confusão. Para evitar essa confusão, muitas pessoas nunca pensam sobre o que estão fazendo; elas simplesmente seguem em frente. Insistem em correr de uma coisa à outra a fim de que não sobre tempo. Cansadas, elas adormecem e, no início da manhã, começam novamente a perseguir sombras. Esse processo segue em frente e, um dia, elas morrem sem saber quem eram, o que estavam fazendo e por quê.
Agora você ficará hesitante a respeito de tudo. Esse é o início da sabedoria. Somente pessoas estúpidas nunca hesitam. Perceba que essa é uma das dádivas de ser um buscador. Muito mais dádivas estão a caminho."
Osho, em "Osho Todos os Dias"
Meu Comentário:
Esse texto de Osho é sobre a necessidade de tomarmos as rédeas da vida e estabelecermos a reflexão sobre a nossa existência e a contextualizarmos, para que possamos viver em harmonia conosco, com os demais e com o Universo.








AUMENTO DE GASTOS GOVERNAMENTAIS

(da Folha de São Paulo, 12/03/2009)
Aumento de gastos com servidores supera inflação
Despesas com funcionalismo em Estados sobem 25,2% em 2 anos, ante IPCA de 10,6%Nas capitais, avanço foi de 26%, ante 26,2% da União; alta inclui governos do PSDB e do DEM, partidos que atacam expansão da folha sob Lula
GUSTAVO PATUDA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Governadores e prefeitos que hoje fazem lobby por mais um pacote de socorro federal promoveram, nos últimos dois anos de explosão de receitas, uma ampliação dos gastos com o funcionalismo público a taxas bem superiores à inflação do período.Levantamento feito pela Folha nos Estados, no Distrito Federal e nas capitais aponta uma tendência suprapartidária de aumento das despesas com pessoal, incluindo administrações do PSDB e do DEM -partidos que, na política nacional, atacam a expansão da folha de pagamentos no governo Luiz Inácio Lula da Silva.A prática nos anos de bonança ajuda a explicar por que a repentina queda da arrecadação, consequência dos efeitos recessivos da crise econômica global, ameaça agora os caixas estaduais e municipais. De 2006 a 2008, os gastos com os servidores do Executivo cresceram 25,2% nos Estados e 26% nas prefeituras das capitais, para uma inflação de 10,6% medida pelo IPCA.O quadro de pessoal responde pela maior parcela, de longe, dos orçamentos estaduais e municipais -cerca de 51% dos primeiros e de 46% dos segundos, se incluídos todos os Poderes. E, como a legislação só permite a demissão de funcionários públicos em situações excepcionais, trata-se de uma despesa que não pode ser reduzida a curto prazo.Pelo menos 15 dos 26 governadores elevaram os gastos com os servidores do Executivo em ritmo superior ao da União. Candidato mais bem colocado nas pesquisas à sucessão de Lula, o tucano José Serra responde por um aumento de 25% da folha paulista até o ano passado, praticamente empatado com os 26,2% do petista. No governo mineiro, do também potencial candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves, a alta é de 33,2%.Nas principais vitrines democratas, os percentuais superam a inflação, a expansão do Produto Interno Bruto e os índices federais. Na prefeitura paulistana de Gilberto Kassab, os gastos subiram 29,9%; no Distrito Federal, José Roberto Arruda patrocinou um crescimento de 41,9%.Descontados os sotaques ideológicos, as explicações para o aumento de gastos são semelhantes -o objetivo foi valorizar recursos humanos, recompor salários defasados e ampliar serviços de saúde, educação e segurança."Esse crescimento dos gastos com pessoal é decorrente de reajustes salariais concedidos ao longo de 2007 e 2008 para a polícia militar e civil, professores e servidores da Educação e do ensino técnico, profissionais da saúde, servidores da área meio, pesquisadores científicos, área de apoio agropecuário, agentes penitenciários e de escolta, defensores públicos, procuradores", segundo lista um texto enviado à Folha pelo governo paulista.A administração da petista Luizianne Lins em Fortaleza, onde o gasto subiu 48,6%, maior taxa entre as capitais, cita entre os motivos "reconhecimento dos direitos dos servidores reprimidos em gestões passadas e aumento do poder de compra dos servidores com ganho reais acima da inflação, recuperando parte significativa da defasagem salarial de dez anos ou mais".

Meu comentário:

A partir da entrada do novo governo no comando do País, passou a valer o princípio de que era importante elevar os índices de empregabilidade. A bordo de uma economia internacional favorável, o setor produtivo privado surgiu como contribuinte natural desse processo, não precisando efetuar esforço adicional, já que a economia mundial e, consequentemete, a nacional, mostravam força e dinamismo, garantindo ocupação plena da mão-de-obra. O Governo atual, então, embora procurando seguir todo o receituário neoliberal dos anos anteriores, e que havia proporcionado uma estrutura econômico-administrativa racional, resolveu descumprir alguns desses preceitos racionalizadores. Assim, de forma irresponsável, iniciou a inchação da administração pública, que vinha se tornando menos pesada nos últimos anos, por meio de criação de ministérios, contratação de consultorias para qualquer fim, admissão de assessores para qualquer cargo ou função, haja vista o comparativo que a Folha publicou ontem entre o quadro de assessoria de Obama e o de Lulla, contratação de pessoal direto ou terceirizado para novas atribuições, que antes não existiam, etc. Bom, isso tudo gerou o mau exemplo para as demais escalas de poder e os estados e os municípios, também irresponsavelmente, seguiram o governo federal, gerando esse descalabro. Esse aumento das despesas, apenas com funcionalismo, irá impactar tremendamente as administrações públicas, pois devemos, aí, acrescer o advento da crise mundial, com as consequências aqui no Brasil, mais as medidas federais, que geraram perdas (ou "percas", para alguns intelectualmente menos favorecidos) municipais, e temos o quadro previsível de agruras para a sociedade. Como isso irá sobrecarregar as futuras gestões nacionais, estaduais e municipais, os atuais mandantes figurarão de bonzinhos e, os próximos, de vilões. Mas, assim caminha a humanidade, ou o eleitorado. Votando errado, levando decepções, votando errado novamente, levando decepções outra vez. Afinal, é assim o processo democrático, segundo dizem os manuais de filosofia e de política. Cabe ao povo, ao eleitor, tomar consciência desse ciclo e revertê-lo, pois é um ciclo que pode ser virtuoso ou cada vez mais perverso.

A CONDIÇÃO HUMANA

"Todos, ao nascer, recebem, como herança da espécie, os elementos para adquirir uma personalidade específica, insuficiente para adaptá-los à mentalidade social.


O homem inferior é um animal humano e em sua mentalidade predominam as tendências instintivas condensadas pela herança. Sua inaptidão para a imitação o impede de se conformar com o meio social em que vive. Sua personalidade não se desenvolve até o nível corrente, vivendo por baixo da moral ou da cultura dominante e, em muitos casos, fora da legalidade. Esta insuficiente adaptação, determina a sua incapacidade de pensar como os outros e compartilhar rotinas comuns.


O homem medíocre é uma sombra projetada pela sociedade. É, por essência, imitativo, e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, refletindo rotinas, preconceitos e dogmatismos, reconhecidamente úteis para a domesticidade. Assim, como o inferior herda a "alma da espécie", o medíocre adquire a "alma da sociedade". Seu característico é imitar a todos quantos o rodeiam, pensar com a cabeça alheia e ser incapaz de formar ideia própria.


O homem superior é um acidente proveitoso para a evolução humana. É original e imaginativo, desadaptando-se do meio social, na medida da sua própria variação. Esta se sobrepõe aos atributos hereditários da "alma da espécie" e as aquisições imitativas da "alma da sociedade", constituindo as arestas singulares da "alma individual", que o distinguem dentro da sociedade. É precursor de novas formas de perfeição, pensa melhor do que o meio em que vive e pode sobrepor ideais seus às rotinas dos demais."
José Ingenieros em "O Homem Medíocre"
Meu Comentário

Este é o texto inicial com o qual demonstro o rumo que pretendo para o blog. A questão humana, e o humanismo relativo, deverão ser a característica das postagens e, espero, dos comentários encaminhados pelos leitores. Ocorrerão análises situacionais das mais variadas, sempre contextualizadas no momento social, político e econômico em que vivemos. Os perfis espiritual e esotérico, eventualmente necessários para as discussões, serão valorizados e correlacionados a cada caso.

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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