IRRESPONSÁVEL + IRRESPONSÁVEL = MAIOR CARGA TRIBUTÁRIA

O texto de Elio Gaspari compartilho-o por ser mais um dos que esclarecem as falcatruas de um empresário irresponsável, estimulado por um governo irresponsável, ambos produtos de uma sociedade irresponsável que dá relevância à fatuidade. Embora enalteça o texto do escriba pela sua orientação, critico-o por não haver incluído nele o valor de dinheiro público, "investido" por intermédio do BNDES. É importante que este aspecto seja discutido, para que a nacionalidade brasileira saiba a ordem de grandeza em valores financeiros, posta à disposição do NADA e imposta ao pagamento do seu ônus pelos contribuintes.
 
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ELIO GASPARI
Eike Batista, o bilionário-celebridade
A banca esqueceu-se dos exemplos de empresários como Amador Aguiar, Antunes e Sebastião Camargo
A quebra da OGX de Eike Batista era pedra cantada e foi a maior concordata da história do país. Em 2010 suas ações valeram R$ 23,27. Para desencanto de 52 mil acionistas e algumas dezenas de diretores da grande banca pública e privada, saíram da Bolsa a R$ 0,13. Todo mundo ganhará se disso resultar algum ceticismo em relação à exuberância irracional da cultura das celebridades poderosas. Nela juntam-se sábios da banca que se supõem senhores do universo e autoridades que se supõem oniscientes.
Admita-se que um vizinho propõe sociedade num empreendimento. Ele é um homem trabalhador, preparado, poliglota, esportista e bem-sucedido. Apesar disso, expôs sua vida pessoal mostrando que tem um automóvel de luxo na sala de estar, comunica-se em alemão com o cachorro. (O bicho chegou ao Brasil num Boeing privado, com dois treinadores.) Sua mulher desfilava numa escola de samba com uma gargantilha onde escreveu o nome dele e deixou-se fotografar de baixo para cima usando lingerie transparente. Nomeou para a diretoria de uma de suas empresas um filho que declarou só ter lido um livro em toda a vida. Revelou que estava ligado em astrologia, confiando no seu signo (escorpião) e disse coisas assim: "Tenho alguma coisa com a natureza. Onde eu furo eu acho". Quando suas contas começaram a ter problemas, defendeu-se: "Meus ativos são à prova de idiotas". Tem jogo?
Eike tornou-se uma celebridade, listada por oráculos da imprensa financeira como o homem mais rico do Brasil, oitavo do mundo, e anunciou que disputaria o primeiro lugar. Até junho, quando as ações da OGX estavam a R$ 1,21, sentavam-se no seu conselho de administração figuras respeitáveis como o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan e a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie. Lula visitava seus empreendimentos. A doutora Dilma Rousseff dissera que "Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e sobretudo o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado". Quem entrou nessa, micou, inclusive a doutora.
Em seus delírios, Eike Batista criou uma fantasia que pouco tem a ver com a real economia brasileira, ou com as bases dos setores de petróleo, mineração e infraestrutura. Parte do mico ficou para os gênios da banca internacional. Cada um acreditou no que quis e deu no que deu. Falta de exemplos, não foi. Para falar só de grandes empresários que já morreram, a austeridade foi a marca de empreendedores como Augusto Trajano de Azevedo Antunes, que criou a mineradora Icomi, Leon Feffer, criador da Suzano Papel, e Amador Aguiar, pai do Bradesco. Não foram celebridades. Descontando-se o fato de que "seu" Amador não usava meias, não tinham folclore.
EIKE E AS CONTAS
Se o processo de recuperação judicial da OGX levar peritos a examinar saques feitos nos últimos meses no caixa de empresas do grupo, a coisa ficará feia.
EIKE E OS POÇOS
Entre as lições deixadas por Eike Batista há uma que vai em benefício dele e de todos os empresários perseguidos por maledicências. Quando Eike criou a OGX e levou para sua equipe ex-diretores da Petrobras, a sabedoria convencional estabeleceu que capturara os segredos das pesquisas geológicas da empresa. Essa suspeita foi vocalizada até mesmo pela cúpula da Petrobras. Era lorota. Se eles soubessem onde estava o petróleo, a OGX não teria quebrado.
EIKE E OS BÔNUS
Numa das explicações que Eike Batista deu para suas dificuldades estava a queixa de que diretores de suas empresas inflavam expectativas e resultados para engordar os bônus de fim de ano. A lição vale para todos os empresários. Basta ligar um desconfiômetro. Qual dos diretores seria capaz de sustentar projetos e iniciativas que garantem seu bônus em dezembro e quebram a empresa daqui a alguns anos, quando ele estará na praia? Das diretorias de Eike Batista pelo menos dez executivos saíram com mais de R$ 100 milhões no bolso. Alguns, com R$ 200 milhões. Nenhum micou.
EIKE EM HOLLYWOOD
Um produtor de cinema americano veio ao Brasil para oferecer a Eike o conglomerado da "Playboy" ameri-cana. Durante o jantar, o empresário ofereceu-lhe um negócio melhor: um filme sobre a sua vida. Punha duas condições, o Eike jovem deveria ser Leonardo DiCaprio; o maduro, George Clooney.
EIKE E O PODER
Recordar é viver. Em junho do ano passado, quando Eike Batista emprestou seu jatinho a um poderoso amigo para um feriadão na Bahia, respondeu às críticas dizendo o seguinte: "Tive satisfação em ter colocado meu avião à disposição do governador Sérgio Cabral. (...) Sou livre para selecionar minhas amizades, contribuir para campanhas políticas [e] trazer a Olimpíada para o Rio." Tudo verdade, menos o piro da Olímpiada.
EIKE E FRICK
Faz tempo, um homem de negócios chamado Henry Frick habilitou-se para um empréstimo no banco Mellon. O dinheiro saiu, mas os arquivos do banco mostram que havia uma recomendação de cautela em relação a ele, porque comprava muitas obras de arte. Frick comprou três dos 34 Vermeers conhecidos. Mais três Rembrandts, dois Goyas e até um Cimabue, do século 13. Sua casa, projetada para ser museu, tem uma das melhores coleções do mundo. Até janeiro, quem quiser poderá ir lá para ver a "Menina com o Brinco de Pérola", emprestado pela Holanda. O banco Mellon não arriscava, nem Frick.
EIKE E O ELEVADOR
Despencou mais um empresário que tem elevador privativo em sua empresa, ou bloqueia-o quando está chegando ao prédio. Juntou-se a um grupo onde estiveram Richard Fuld, que destruiu a Lehman Brothers, Angelo Calmon de Sá (Banco Econômico), Theodoro Quartim Barbosa (Comind) e Edemar Cid Ferreira (Banco Santos).
EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo magoou-se ao saber que Eike Batista disse que seus negócios eram à prova de idiotas. Ele continua botando fé no doutor.
EIKE, EDUARDO PAES E A MARINA DA GLÓRIA
Em 2009 Eike Batista comprou a concessão da Marina da Glória, uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Seu plano era transformá-la num anexo náutico do Hotel Glória, construindo um centro de convenções que jamais esteve no projeto original.
Esse patrimônio da Viúva estava nas mãos da Prefeitura do Rio de Janeiro. Até maio passado o prefeito Eduardo Paes explicitou em diversas ocasiões seu apoio ao projeto. Sua assessoria dizia que ele fora aprovado pelo Iphan, mas era patranha. Logo depois a Justiça suspendeu a concessão.
Eike pôs à venda o hotel e passou adiante a marina. No dia 29 de junho, Paes criou uma comissão para definir o futuro da área: "Queremos deixar as regras claras, criar parâmetros. Vai poder ter lojas e centro de convenções? Não vai poder?"
Caso de curiosidade tardia para quem assumiu a prefeitura em 2009.
 

A SERENIDADE DE UMA BOA ANÁLISE

Sem complacência 
Por Fernando Henrique Cardoso   

As notícias da semana que terminou não foram auspiciosas, nem no plano internacional nem no local. Uma decisão da Corte Suprema da Argentina, sob forte pressão do governo, sancionou uma lei que regula a concessão de meios de comunicação. Em tese, nada de extraordináriohaveria em fazê-lo.
No caso, entretanto, trata-se de medida tomada especificamente contra o grupo que controla o jornal “El Clarín”, ferrenho adversário dokirchnerismo. Cerceou um grupo de comunicação opositor ao governo sob pretexto de assegurar pluralidade nas normas de concessão. Há, contudo, tratamento privilegiado para o Estado e para as empresas amigas do governo.
Da Venezuela, vem-nos uma patuscada incrível: as cidades do país apareceram cobertas de cartazes contra a “trilogia do mal”, ou seja, os principais líderes opositores, aos quais se debitam as falências do governo! Seria por causa deles que há desabastecimento, falta de energia e crise de divisas, além da inflação. Tudo para incitar ódio popular aos adversários políticos do governo, apresentando-os como inimigos do povo.
O lamentável é que os governos democráticos da região assistem a tudo isso como se fosse normal e como se as eleições majoritárias, ainda que com acusações de fraudes, fossem suficientes para dar o passaporte democrático a regimes que são coveiros das liberdades.
No Brasil, também há sinais preocupantes. Às manifestações espontâneas de junho se têm seguido demonstrações de violência, desconectadas dos anseios populares, que paralisam a vida de milhões de pessoas nas grandes cidades. A estas se somam às vezes atos violentos da própria polícia.
Com isso, deixa-se de ressaltar que nem toda ação coercitiva da polícia ultrapassa as regras da democracia. Pelo contrário, se nas democracias não houver autoridade legítima que coíba os abusos, estes minam a crença do povo na eficácia do regime e preparam o terreno para aventuras demagógicas de tipo autoritário.
Temos assistido ao encolhimento do Estado diante da fúria de vândalos, aos quais aderem agora facções do crime organizado. Por isso, é de lamentar que o secretário-geral da Presidência se lamurie pedindo mais “diálogo” com os black blocs, como se eles ecoassem as reivindicaçõespopulares.
Não: eles expressam explosões de violência anárquica desconectadas de valores democráticos, uma espécie de magma de direita, ao estilo dos movimentos que existiram no passado no Japão e na Alemanha pós-nazista.
Esses atos vandálicos dão vazão de modo irracional ao mal-estar que se encontra disseminado, principalmente nas grandes cidades, como produto da insensatez da ocupação do espaço urbano com pouca ou nenhuma infraestrutura e baixa qualidade de vida para uma aglomeração de pessoas em rápido crescimento.
O acesso caótico aos transportes, o abastecimento de água deficiente e a rede de serviços (educação, saúde e segurança) insuficiente não atendem às crescentes demandas da população. Sem mencionar que a corrupção escancarada irrita o povo.
Não é de estranhar que, conectados aos meios de comunicação, que tudo informam, os cidadãos queiram dispor de serviços de países avançados ou de padrão Fifa, como dizem. Sendo assim, mesmo que a situação de emprego e salário não seja ruim, a qualidade de vida éinsatisfatória.
Quando, ainda por cima, a propaganda do governo apresenta um mundo de conto da Carochinha, e o cotidiano é outro, muito mais pesado, explicam-se as manifestações, mas não se justificam os vandalismos.
Menos ainda quando o crime organizado se aproveita desse clima para esparramar terror e coagir as autoridades a não fazer o que deve ser feito. Estas precisam assumir suas responsabilidades e atuar construtivamente.
É necessário dialogar com as manifestações espontâneas, conectadas pela internet, e dar respostas às questões de fundo que dão motivos aos protestos. A percepção de onde o calo aperta pode sair do diálogo, mas as soluções dependem da seriedade, da competência técnica, do apoio político e da visão dos agentes públicos.
Os governos petistas puseram em marcha uma estratégia de alto rendimento econômico e político imediato, mas com pernas curtas e efeitos colaterais negativos a prazo mais longo.
O futuro chegou, na esteira da falta de investimento em infraestrutura, do estímulo à compra de carros, do incentivo ao consumo de gasolina, em detrimento do etanol, e do gasto das famílias via crédito fácil, empurrado pela Caixa Econômica Federal. Os reflexos aparecem nas grandes cidades pelo país afora: congestionamentos, transporte público deficiente, aumento do nível de poluição atmosférica etc.
De repente caiu a ficha do governo: tudo pela infraestrutura, na base da improvisação e da irresponsabilidade fiscal. Primeiro, o governo federal subtraiu receitas de estados e municípios para cobrir de incentivos a produção e compra de carros. Depois, em vista do “caos urbano” e da proximidade das eleições, afagou governadores e prefeitos, permitindo-lhes a contratação de novos empréstimos, sobretudo para gastos eminfraestrutura.
A mão que os afaga é a mesma que apedreja a Lei de Responsabilidade Fiscal, ferida gravemente pela destruição de uma de suas cláusulas pétreas: a vedação ao refinanciamento de dívidas dentro do setor público. Mais uma medida, esta especialmente funesta, que alegra o presente e compromete o futuro.
Não haverá solução isolada e pontual para os problemas que o país atravessa e as grandes cidades sentem mais do que quaisquer outras. Os problemas estão interconectados, assim como as manifestações e demandas. Não basta melhor infraestrutura se o crime organizado continua a campear, nem ter mais hospitais e escolas se a qualidade da Saúde e da Educação não melhora.
As soluções terão de ser iluminadas por uma visão nova do que queremos para o Brasil. Precisamos propor um futuro não apenas materialmente mais rico, mas mais decente e de melhor qualidade humana. Quem sabe assim possamos devolver aos jovens e a todos nós causas dignas de serem aceitas, que sirvam como antídoto aos impulsos vândalos e à complacência com eles.

O DIRETAMENTE PROPORCIONAL ININTELIGÍVEL

Todos sabemos ser a desigualdade social a principal causa da violência. Por esta razão, o governo de Fernando Henrique Cardoso, por iniciativa de Ruth Cardoso, iniciou os programas de promoção social, favorecendo acessos a bens e serviços aos mais pobres, como, por exemplo, o Vale-Gás e o Bolsa Escola. Posteriormente o governo petista, consolidou essas iniciativas num único programa, denominado Bolsa Família, baseando toda sua propaganda de BILHÕES de reais e ganhando eleições, focando a INCLUSÃO SOCIAL, ou seja, aumentando a igualdade social. Segundo a teoria sociológica, portanto, deveria ocorrer a diminuição da violência, mas não é o que os dados oficiais registram. Ao contrário, a violência vem aumentando de forma assustadora, segundo os dados abaixo, relevando, ainda, que outras informações oficiais de 19 estados, elevam o número de pessoas desaparecidas a 40 mil por ano. Como nos outros 8 estados, todos do nordeste, não há manutenção de registros, a oficialidade pressupõe que  os números totais atinjam 51 brasileiros desaparecidos, por ano. Como essas pessoas certamente não evaporaram, pode ser que significativa parte delas tenha sido assassinada.
Considerando, então, o registro abaixo, de 50 mil mortes no ano passado, mais o número aproximado de 51 pessoas desaparecidas, também no ano passado, chegamos à visualização de um número inacreditável e assustador. 
Há algo de errado, portanto, ou na teoria sociológica, ou na concepção das linhas de governo, ou nos conceitos da propaganda oficial. O fato é que há alguém acabando com o meu PAÍS e eu não posso RELAXAR E GOZAR. Eu, que sou o "somos todos nós", devemos nos encouraçar de BRIO, de ÉTICA, de MORAL, de VONTADE DE MUDAR e, definitivamente, mudar! E mudar significa expor esse abscesso metastásico que nos governa, eliminá-lo pelos meios legais, democráticos e republicanos, terminando com essa afecção aguda que corrói a NAÇÃO.
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04/11 - País teve 50 mil mortes em 2012, maior nº em 5 anos
Se os números da economia formal brasileira mostram sinais de desaceleração, o submundo do crime permanece pujante. É o que mostram os dados da criminalidade enviados pelas Secretarias de Segurança das 27 unidades da federação para o Anuário Estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). No ano passado, os homicídios no Brasil cresceram 7,6% em relação a 2011.
Os dados completos do Anuário, encomendados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vão ser apresentados na terça-feira. O Estado obteve com exclusividade os números dos crimes e da situação do sistema carcerário.
O total de assassinatos é o maior da série histórica desde 2008. Houve 50.108 casos no Brasil em 2012, incluindo homicídios dolosos (47.136), assaltos seguidos de morte (1.810) e lesão corporal seguida de morte (1.162). O País registrou taxa de 25,8 homicídios por 100 mil habitantes. E São Paulo puxou o índice para cima (veja ao lado).
Os Estados do Norte e Nordeste seguem liderando o ranking de homicídios no Brasil. Alagoas, com 61,8 casos por 100 mil habitantes, apesar de estar no primeiro lugar no ranking, registrou redução de 14%. Pará subiu para a segunda colocação, com 44 por 100 mil, seguido por Ceará (42,5), Bahia (40,7) e Sergipe (40).
"O padrão de homicídios no Brasil é muito alto, assim como os outros crimes. Isso mostra como não conseguimos enfrentar o problema da criminalidade urbana. Mostra a necessidade urgente de reformas nas polícias, para melhorar as investigações e o policiamento ostensivo. É um assunto que precisa ser enfrentado com coragem ou o Brasil não vai conseguir reverter esse quadro", afirma o sociólogo Renato Sérgio de Lima, do FBSP.
Patrimônio. Os registros de crimes contra o patrimônio também são preocupantes. Os dados do anuário não permitem uma comparação com 2011. Mas, no ano passado, foram 566.793 casos de roubos, em que os ladrões levaram carros, atacaram bancos, cargas de caminhões, pedestres e casas. Em todo o território nacional, considerando só as ocorrências registradas nas delegacias, foram 1.574 casos de roubo por dia.
Mesmo no Norte e Nordeste há problemas de crimes contra o patrimônio. Amazonas desponta com 737 roubos de carros por 100 mil habitantes. Bahia fica em segundo lugar, com 435 por 100 mil.
A guerra contra os traficantes também revela a dimensão do comércio de entorpecentes. No ano passado, o Brasil registrou 122.921 ocorrências de tráfico, crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Os estudiosos explicam que a apreensão de drogas mostra, sobretudo, a atuação policial no combate ao crime. A maioria dos casos foi registrada nos Estados de São Paulo (41.115) e Minas (24.272).
Encarceramento. As lacunas no sistema de segurança nacional, no entanto, ficam evidentes ao se comparar a situação brasileira com a de outros países do mundo. Ao mesmo tempo em que encarcera demais, não parece conseguir diminuir as taxas de criminalidade. Segundo os dados do Anuário, o Brasil tem atualmente 515.482 presos, o que o coloca em quarto lugar no ranking daqueles com maior população prisional do mundo. Fica atrás apenas de Estados Unidos (2.239.751), China (1.640.000) e Rússia (681.600).
Por outro lado, o Brasil fica em 7.º lugar entre os países mais violentos. As mais de 50 mil mortes por homicídios são duas vezes mais do que a média de baixas em um ano de guerra entre Rússia e Chechênia, por exemplo.
Fonte: BRUNO PAES MANSO - O Estado de S.Paulo



CRIME DE LESA-HUMANIDADE (II)

O assunto está relacionado com a postagem anterior e trata da usurpação do direito à vida, cuja protagonista é aquela fulana de Santa Catarina. Bem, agora sai o levantamento fornecido pela própria Polícia Rodoviária Federal, sobre os acidentes rodoviários incidentes na mesma época do favorecimento político pessoal dessa pessoa execrável. Vê abaixo.

 
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52 acidentes ocorreram enquanto Ideli usava o helicóptero de resgate em SC 
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Josias de Souza
07/11/2013 07:49
Fábio PozzebomAvança na cidade catarinense de Joinville o inquérito civil aberto pelo Ministério Público Federal contra a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Apura-se a suspeita de uso ilegal de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal equipado para operar como unidade móvel de saúde. Descobriu-se que, durante três dias em que o helicópero esteve a serviço de Ideli, registraram-se 52 acidentes nas estradas catarinenses. Houve 73 feridos. Morreram duas pessoas.
Veiculados em notícia do repórter João Valadares, os dados são oficiais. Foram fornecidos pela própria Polícia Rodoviária Federal, cujas unidades produzem um Relatório Operacional Diário (ROD). A papelada foi requisitada por três procuradores da República: Davy Lincoln Rocha, Mário Sérgio Ghannagé Barbosa e Rodrigo Joaquim Lima. Elesabriram o inquérito contra Ideli há 28 dias. Cogitam processá-la por improbidade administrativa.
Prefixo PT-YZJ, modelo Bell 407, o helicóptero carrega maca, tubos de oxigênio e equipamentos de primeiros socorros. Quando a aeronave é colocada à disposição de Ideli, esses equipamentos são retirados do seu interior. Foi o que sucedeu, por exemplo, em 25 de janeiro de 2013.
Nesse dia, Ideli voou até a cidade catarinense de Laguna. Foi testemunhar a assinatura de uma ordem de serviço para a construção de um túnel. Dali, seguiu para o município de Timbé do Sul. Tomou parte do anúncio do edital de licitação de obras viárias. Nenhum desses empreendimentos tem relação com as atividades da pasta de Ideli, que cuida do balcão. Durante todo o dia, o helicóptero não foi usado em operações de resgate.

CRIME DE LESA-HUMANIDADE (I)

Não há dúvida! Fazer o quê fez, ou faz, por que o fato ocorreu por diversas vezes; por quem fez, uma ministra de estado; e com o fim que fez, ou seja, campanha política, é crime. Parece-me sê-lo um crime de lesa-humanidade, pois agendas de emergência para salvar vidas foram suprimidas em favor da canalhice pessoal e partidário político. Usou-se ainda, do farisaísmo, descaracterizando o equipamento para esconder e seu fim primeiro e favorecer o seu fim último. Jogam com vidas, não lhes dando o valor apregoado na retórica tosca que defendem no "fome zero", no "minha casa minha vida", no "redução da pobreza".

Define-se hipocrisia como sendo a ação que falseia a verdade e dissimula intenções. São HIPÓCRITAS, pois, pessoas como essa e igualmente HIPÓCRITA é a sua agremiação política.
 

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Carona no helicóptero do SAMU

Diversos   |   Publicação em 08.10.13

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Pré-candidata por Santa Catarina ao Senado, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), intensificou a agenda de missões oficiais em sua base eleitoral. Para turbinar as aparições públicas em todo o Estado, a ministra utiliza o único helicóptero da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, justamente a aeronave destinada à remoção de pacientes graves resgatados em acidentes e tragédias naturais.
O equipamento modelo Bell 407 (prefixo PT-YZJ), conveniado ao SAMU, é equipado com uma maca, tubo de oxigênio e materiais de primeiros socorros. À disposição de Ideli, o helicóptero tem os equipamentos retirados e a escala de atendimento de urgência suspensa.
O jornal Correio Braziliense - em trabalho dos jornalistas João Valadares e Juliana Braga - teve acesso a parte das ordens de missão para utilização do helicóptero e verificou que a ministra participou de eventos que não têm relação direta com a função de articulação política desenvolvida por ela. São entregas de casas, inauguração de obras, lançamento de projetos e até participação em formatura de bombeiros.
De olho nas urnas em 2014, a ordem é reforçar a imagem pública. Ideli participou de 35 eventos em Santa Catarina nos últimos dois anos. Só neste ano, foram 18. "Aqui, todo mundo brinca dizendo que o governo federal vai retirar o logotipo do Samu da fuselagem do helicóptero e colocar um adesivo com o rosto da Ideli. Faz todo sentido", diz um servidor da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina.
Em 2009, a aeronave ficou parada por três meses. Em maio de 2012, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, determinou a transferência do equipamento de resgate para o RS. A mudança foi justificada alegando que a demanda gaúcha era maior do que a catarinense. Na época, diante da importância do helicóptero, o superintendente da PRF no Estado catarinense, Paulo Roberto Coelho, conseguiu reaver a aeronave meses depois. "Lamentamos muito pois a PRF de SC estava realizando um trabalho muito bom na área de resgate aéreo", explicou na época.
A agenda de algumas caronas
* No dia 25 de janeiro deste ano, uma sexta-feira, a maca foi retirada da aeronave porque a ministra precisava do Bell 407. Pela manhã, ela se deslocou no helicóptero até a cidade de Laguna, distante 130 km de Florianópolis. Foi acompanhar a assinatura de uma ordem de serviço e verificar trabalhos de transposição do Túnel do Morro do Formigão.
* De lá, Ideli voou até Timbó do Sul, onde participou do anúncio de publicação do edital de licitação de obras de pavimentação. Durante toda sexta-feira, dia em que os acidentes são mais frequentes devido ao aumento de fluxo nas rodovias, o Bell 407 ficou impedido de participar de operações de salvamento.
* No dia 25 de março deste ano, Ideli utilizou novamente a aeronave. Foi até o município de Mafra, a 300 km da capital. Visitou obras na BR-280 e participou de reunião com prefeitos da região. Em 24 de agosto do ano passado, ao lado do então ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a aeronave ficou à disposição das 9h até 18h. No município de Blumenau, mais uma vez, Ideli participou do anúncio de lançamento de um edital para duplicação de rodovias. De lá, partiu para Jaraguá do Sul, onde se reuniu com empresários da região. Em outubro de 2012, Ideli viajou para o município de Tubarão, que fica a pouco mais de 100km de Santa Catarina.
Contraponto
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Relações Institucionais informou que "o helicóptero da Polícia Rodoviária Federal utilizado em Santa Catarina é multifunção e, de acordo com o Decreto Presidencial 4.244/12, é utilizado para transporte de autoridades, policiamento e missões de resgate". A nota diz também que "a ministra chefe da Secretaria de Relações Institucionais fez uso desta aeronave sempre em agendas oficiais, amparada pelo decreto da Presidência já mencionado, de acordo com disponibilidade da aeronave e anuência da Polícia Rodoviária Federal".
O Correio Braziliense questionou por que alguns trajetos não eram realizados por via terrestre e se a ministra considerava um equívoco a utilização de uma aeronave que primordialmente é destinada ao resgate de vítimas, mas não obteve resposta.
A assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina comunicou que as autorizações para o deslocamento com autoridades são concedidas pela coordenação geral de operações em Brasília. Também confirmou que, quando há este tipo de transporte, a aeronave é desconfigurada, com a retirada da maca e demais materiais de auxílio a feridos

CUSTOS DO CONGRESSO BRASILEIRO EM 2013

Esse custo-brasil, do qual tanto falamos, só mostra o seu real tamanho e consequente vergonha, quando vemos e analisamos quadros como os que estão anexos à matéria abaixo. O maior problema é que somos nós quem pagamos. Ou seja, não sei se este é o maior problema ou, maior ainda, é aquele que mostra o País tendo o maior deficit nas suas contas, desde há duas décadas. Vemos, então, que  alguém, ou algum bando de criminosos, está dilapidando os recursos da Nação.

 
 

AGORA, de Rachel Sheherazade

AGORA, Rachel atraiu mais um balde de baba raivosa do Lulla. AGORA, Rachel atraiu mais um balde de baba raivosa dos mesmos 300 picaretas de Lulla. O "AGORA" de Rachel torna-se bem cruel para a incompetência governamental, para o oportunismo dos maus políticos e para o farisaísmo do partido que nos governa, pois mostra que só  AGORA, ou seja, quando os fatos vêm à tona, é que eles lembram de tudo aquilo que falavam décadas atrás e de tudo o que prometiam nas últimas campanhas para conseguir o ... PODER. Então, o AGORA de Rachel, é cruel, muito cruel para eles.


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"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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