AS CERTEZAS NEM SEMPRE SÃO AS VERDADES ABSOLUTAS

Pois é! E se estivermos errados sobre tudo aquilo que é certeza hoje? Basta olharmos para o passado e a maioria das certezas, quer religiosas, quer práticas, quer científicas, tornaram-se fumaça ou motivos de risos. E hoje, será que estamos certos?
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E se estivermos errados?
Helio Schwartsman, para a Folha de 06/11/2016
Divertido e faz pensar. Essas palavras resumem relativamente bem o livro "But What If We're Wrong?" (mas e se estivermos errados), de Chuck Klosterman.
O autor parte de uma inquietação comum entre filósofos da ciência: que garantia temos de que o que hoje tomamos como certo está de fato certo? Nada parecia mais sólido do que a gravitação newtoniana, que, entretanto, foi desbancada por Einstein. Fenômenos análogos aconteceram com o modelo ptolomaico do universo, com a ciência aristotélica etc. Não estará o saber contemporâneo fadado ao mesmo destino? Parte dos filósofos e dos cientistas acredita que sim, parte acha que estamos nos aproximando da "verdade" e que mudanças radicais de paradigma tendem a se tornar mais raras.
O interessante no livro de Klosterman, autor mais bem descrito como um espirituoso especialista em cultura pop do que como um cientista, é que ele aplica esse "insight" a várias áreas do conhecimento. Sua proposta é pensar o presente como se fosse o passado profundo, admitindo que mesmo as nossas ideias mais caras podem não passar de erros grosseiros que farão nossos descendentes rir de nós. Com isso, ele aborda temas tão variados como história, rock, futebol americano, democracia.
Um exemplo interessante das aporias a que Klosterman nos leva são suas reflexões sobre a Constituição dos EUA. Ele se pergunta se, no futuro, depois que os EUA tiverem conhecido o colapso, a queda não poderá ser atribuída à Constituição. Faz sentido. Afinal, é fácil concordar com a ideia de que é impossível criar um documento que resista a vários séculos de evolução social. Mas, neste caso, o zelo com que os americanos tratam sua Carta, o que é visto como uma força do país, ficará mais próximo de um comportamento patológico, que terá levado à ruína da nação.
Mesmo quem não concordar com uma linha de Klosterman vai se divertir com as considerações do autor. 

MODERNIZAÇÃO DO ESTADO

O Estadão, de 06/11/2016, dedica duas páginas do primeiro caderno a uma extensa reportagem sobre as necessidades de modernização da administração pública brasileira. Para os que criticamos tanto a inoperância, os desvios, os entraves e as malvadezas da gestão pública, vale a pena uma boa leitura do texto, bem articulado e com boas opiniões de bons especialistas.
Aliado à perspectiva da efetividade da Justiça, como vem ocorrendo, há esperanças de que os gestores governamentais, nosso representantes, finalmente tomem consciência de que o Brasil deve ingressar no clube dos países modernos. A modernidade da gestão pública, aliás, é uma também uma característica da moralidade. Ambos, estes fundamentos, são a base para o crescimento econômico e social.
Na contramão dessa rota do bem, havia, até pouco tempo atrás, a política do "gastar irresponsavelmente" na busca do bem-estar social. Só que não! Este bem-estar social só é alcançado com a boa base de recursos proporcionada por uma gestão eficiente, baseada na moralidade. 
Ouvindo as gravações do submundo politiqueiro, sempre comandado pelo lulllopetismo, e recentemente liberadas pela Operação Lava Jato, percebe-se que a grande pressão de Lulla e dos demais criminosos envolvidos, era para que Dilma liberasse mais recursos financeiros para garantir o apoio da pelegada da CUT, do MST, dentre outros. Em plena agonia governamental e econômico-financeira do País era esse o tom do discurso subterrâneo. Pode?

CADÊ OS DA LEI?

Desmistificando falácias e mostrando o crime praticado pela ideologização imposta longe da família. 
Já perguntei e devemos todos perguntar, onde estão o Ministério Público, os Conselhos Tutelares e os demais defensores do ECA, sempre tão pressurosos e vocalmente furiosos em criticar a sociedade e os segmentos judiciais quando o jovem é envolvido? Será que todos estes não deveriam ser responsabilizados criminalmente por permitirem a inoculação de ideias nefastas e a transformação de mentes jovens e "incapazes", segundo a Lei?
Recomendo assistir ao vídeo até o fim.

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DIFERENÇAS E IGUALDADE

E no momento em discutimos por aqui, muitos temas sobre cidadãos mais iguais do que outros, vale a pena ler a reportagem e assistir a este vídeo. O conjunto dá uma tristeza por ver onde vivemos, mas, ao mesmo tempo, dá alegria por ver que há gente que pensa como gente.

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AS CIDADES COM MAIOR RENDA DO BRASIL E DE CADA REGIÃO

Tema relevante, especialmente por possibilitar uma visão intrarregiões e, no todo, um comparativo nacional.



            
            
    

"A FARRA DAS PASSAGENS"

Sugiro a leitura do conteúdo escrito no endereço abaixo, da revista Congresso em Foco, de hoje. A matéria trata do escândalo das passagens aéreas, identificado em 2009, quando Temer era presidente da Câmara. Naquela época, o blog www.dialogotrivium.blogspot.com, postou o comentário datado de 29/04/2009, que considero válido ainda hoje. Especialmente porque Temer é o Presidente da República.

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“quarta-feira, 29 de abril de 2009
Após as idas e vindas ciclotímicas, a Câmara, pela sua mesa diretora, tomou a decisão de modificar em parte a questão das passagens aéreas. Só que, como não podia deixar de acontecer, o presidente Temer cometeu barbaridades na sua fala, demonstrando a pusilanimidade e, ao mesmo tempo, cinismo com que esses elementos vêm enfrentando a opinião pública.
Há, sim, uma grande farra de passagens, nessa fuzarca do congresso e que gerou a bandalheira institucionalizada. Temer diz que nunca houve. Houve e continua havendo, pois se forem desconsiderados todos os fatos anteriores, ela continua a ocorrer, enquanto não se desvendar e punir os erros cometidos até agora. Quer ele classificar como ação normal viagens às custas do contribuinte, para Miami, Milão, Roma, enfim, sempre lugares que os vãos mortais sonham em ir e não podem fazê-lo? Ou a transferência de direito às passagens, para segundos, terceiros, quartos...? Ou a apropriação dessas passagens, para negociatas em agências de viagens? Tudo isso não é farra? Ora, vamos redefinir conceitos, pois! Esses politicóides têm é que rever suas pessoalidades e encarar o mundo moral praticando ações éticas, sociais e humanas, além, claro, de cumprir o papel para o qual foram indicados pelo povo.
Além do mais, na sua fala, ele diz que medidas foram tomadas para "minimizar o noticiário a respeito". Quer dizer, então, que as providências foram tomadas apenas para isso? Esse é um argumento que ele nem deveria ter ousado proferir! Cadê a racionalização de custos da câmara? Onde ficou o respeito ao contribuinte brasileiro que paga para existir fiscalizador e legislador em seu nome, os deputados? Vindo de quem veio, a fala de Temer é uma temeridade para a cidadania, pois demonstra que os parlamentares, assim como o presidente da casa, não conseguem ter a visão holística da questão. Eles ainda continuam vendo apenas o seu entorno, os seus interesses, o seu corporativismo e o clientelismo consequente. Temer deveria ter maximizado a importância do noticiário que desnudou o corpo fétido do congresso e relevado as medidas tomadas, correlacionando-as ao interesse republicano e democrático das instituições e do processo eleitoral. Mas, tanto ele, quanto os demais congressistas não compreendem isso. É triste, muito triste! Cabe a nós evitar que essa visão míope e distorcida vire lugar comum da retórica congressual e eleitoral.
O Povo temos saudade de voltar a escrever Congresso, Senado, Câmara, Governo, Política com letra maiúscula.

CONTRASSENSO

Espanta que tenhamos de discutir se é mais importante parar a corrupção ou deixá-la em "laissez-faire" para que a Economia não reste prejudicada. Esta tem sido a proposta dos criminosos do lullopetismo político, desde que foram flagrados roubando com os do lullopetismo empresarial, acorbetados pelos do lullopetismo do Direito. O conceito dessa discussão já um crime de per si, pois violenta a Moral do País  e enfraquece o "sistema imunológico" da Ética, tentando levar à descaracterização do crime, por meio de uma dialética vil de salvação dos criminosos. Mas, posta a discussão absurda na roda, é necessário que teóricos se debrucem sobre ela e se dediquem a desmanchá-la, esfarelá-a, vilipendiá-la, tudo em nome dos sentimentos maiores e melhores da Nação brasileira.
É o que faz a escriba do texto abaixo, valendo a pena uma leitura.


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A corrupção ajuda ou prejudica a economia? 
É preciso partir do que já foi consolidado no mundo para construir eventuais contribuições
Surgem, aqui e ali, argumentos de que o combate à corrupção ignora como a economia funciona no “mundo real”. Afinal, propinas para acelerar “autorizações” para investimentos seriam favoráveis ao crescimento. Não cabe aqui falar das descobertas importantes e pioneiras acerca do fenômeno da corrupção vindas da sociologia, da ciência política, da História ou do Direito Penal. Vou discutir tal proposição com argumentos econômicos. Nos últimos 30 anos, os economistas entraram nesse campo e é salutar que se comece a discutir, também no Brasil, os custos ou benefícios da corrup- ção. Porque a análise dos seus efeitos aumenta a compreensão dos mecanismos por meio dos quais ela opera e ajuda a espantar desde ideias esdrúxulas até o desconforto que a simples menção da palavra corrupção ainda provoca em muitas pessoas. Curiosamente, a primeira defesa da corrupção como “lubrificante” da economia foi inspirada no Brasil, a partir de uma visita de Nathaniel Leff, na década de 1960. Ele relata que o Chile e o Brasil haviam imposto controle de preços dos alimentos para combater a inflação. No Chile, o controle teria sido obedecido e a oferta de alimentos teria caído, prejudicando a população, enquanto no Brasil a corrupção da burocracia estatal teria tornado tal controle ineficaz e a oferta de alimentos teria aumentado. Apesar da fragilidade do exemplo, suas ideias encontraram eco, levando outros economistas a buscar fundamentos mais sólidos. Vou examinar dois dos principais casos defendidos por essa antiga corrente – o speedy money e os leilões. A propina paga por empresários a agentes do governo para acelerar processos burocráticos que retardam a abertura de empresas, renegociações de contratos, ou mesmo para direcionar editais de leilões, seria o speedy money. Todavia, a partir das contribuições de Anne Krueger sobre rent seeking, em 1974, e em seguida as de Rose Ackerman, Tanzi e Aidt, entre outros, as proposições acerca da corrupção útil foram refutadas e superadas, como veremos a seguir, conservando hoje em dia apenas um interesse histórico. Para que o speedy money favoreça a economia devem existir entraves burocráticos e distorções que prejudiquem a sua eficiência. Ora, em vez de “tolerar” a corrupção para evitar suas consequências, o melhor seria remover tais entraves e tais distorções. Em outras palavras, a corrupção surge quando alguém, agindo em nome do governo, cria uma restrição ou uma distorção e usa seu poder discricionário para removê-la mediante o recebimento da propina. Consequentemente, quanto maior for o poder discricionário para criar distorções, maior será o incentivo para fazê-lo, maximizando as propinas. Ou seja, quando há tolerância à corrupção, a geração de propinas se eleva endogenamente, acentuando as distorções e prejudicando a economia. Além disso, vários estudos levantam dúvidas quanto à capacidade de o speedy money aumentar, de fato, a velocidade dos negócios. No caso dos leilões, argumenta-se que, diante da existência de licenças escassas impostas pelo governo, é indiferente se essas licenças forem distribuídas aos empresários num leilão competitivo e aberto ou obtidas via pagamento de propinas aos agentes do governo: em ambos os casos elas seriam obtidas pelos empresários mais eficientes e a corrupção não provocaria danos à economia. A suposição é de que a licença seria obtida pelo empresário disposto a pagar o maior lance ou propina e só quem é mais eficiente teria mais lucro, por isso seria aquele com maior incentivo a pagar mais pela licença. Tanzi, porém, mostrou que os que podem pagar as maiores propinas não são necessariamente os mais eficientes do ponto de vista econômico, e sim os mais eficientes na extração de vantagens indevidas (rent-seeking) – isto é, tem maiores chances de vencer o “leilão informal” por meio de propina quem cultivar melhores relações com os funcionários corruptos, não as empresas mais eficientes. Indo além: até mesmo as empresas tidas como eficientes o seriam ainda mais se não participassem da corrupção, uma vez que recursos reais são gastos para manter o acordo corrupto em segredo e na busca de “parceiros para o crime”. Do mesmo modo, os contratos firmados entre corrupto e corruptor não são defensáveis na Justiça, causando insegurança e tornando o pagamento de propina menos eficiente do que o pagamento de lances num leilão. Faz, também, enorme diferença para o País se o recurso é recebido pelo setor privado ou pelo Tesouro. Também no caso dos “leilões informais”, a corrupção não ajuda a economia. Ainda é preciso ressaltar a importância das distorções e dos custos microeconômicos impostos pela corrupção. Alguns deles são: seleção adversa – nem sempre as empresas mais eficientes vencem as concorrências feitas pelo governo; alocação ineficiente de recursos – recursos públicos são desperdiçados em obras superfaturadas, desnecessárias e de baixa qualidade; redução da competição – empresas eficientes, mas honestas, ficam fora dos pseudoleilões púbicos; alocação ineficiente de talentos, desviados de funções produtivas e inovadoras para perseguição de propinas, lavagem de dinheiro, etc. Tudo isso reduz a eficiência da economia, dificultando o crescimento e prejudicando as condições de competitividade. Construir uma catedral no deserto e assim gerar propinas pode até estimular a economia no momento em que isso é feito. Porém imobiliza capital com produtividade social nula, prejudicando a eficiência e o crescimento da economia. A corrupção vem sendo estudada e combatida no mundo há muito mais tempo que no Brasil. Não haverá progresso enquanto se tentar reinventar a roda. É preciso partir do que já foi consolidado teórica e empiricamente no resto do mundo para construir eventuais contribuições. 
MARIA CRISTINA PINOTTI, Economista, para o Estadão de 01/11/2016

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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