DIA INTERESSANTE

Hoje foi um dia interessante, muito interessante!, na minha vida. Logo pela manhã recebi uma mensagem de um amigo com uma música pensada para correlacionar aos quadros e à vida de Van Gogh. Espetacular! Na sequência, assisti a uma entrevista com o físico ateu NEIL DE GRASSE TYSON, quando ele fala sobre a possibilidade de viver eternamente, ideia que não lhe agrada, pois se assim ocorrer, perdemos o foco dos nossos dias e para quê dormir a acordar se sabemos não importar nossas ações de amanhã? Para consolidar seu pensamento ele cita um pensamento de Horace Mann, dizendo que "tenha vergonha de morrer até você ter marcado alguma vitória para a humanidade". E, por fim, descobri a frase de Saramago sobre o "não". 
Pronto!, há elementos mais edificantes para um dia só?




(observação: Com relação a Starry Nigth, a música foi composta e escrita por Don McLean, em homenagem a Van Gogh, por volta dos 70, e se refere ao quadro de mesmo nome, do pintor. O autor aproveita a oportunidade para correlacionar a música a outras obras do artista.  A partitura correspondente está no museu, junto com os pincéis, chapéu e outros pertences. Sabe-se que Van Gogh pintou Starry, Starry Night na clínica onde estava e sem a visão do ambiente, apenas de memória, provavelmente durante os dois últimos anos de sua produção. Por razões pessoais entrou em profunda depressão seguida de suicídio. Também, obtive uma tradução, pela qual podemos compreender melhor o objeto da homenagem):


Noite estrelada
Pinte sua paleta de azul e cinza
dê uma olhada em um dia de verão
com os olhos que conhecem a escuridão em minha alma
Sombras nas colinas

Esboce as árvores e os narcisos
sinta a brisa e os calafrios de inverno
nas cores da terra de linho enevoado

Agora eu entendo
o que você tentou me dizer
e como você sofreu pela sua sanidade
e como você tentou libertá-los
ele podem não ter escutado, podem não ter sabido como
talvez ouçam agora...

Noite estrelada
Flores flamejante brilhando em chamas
nuvens circundantes em um embaçamento violeta
refletidas nos olhos azul-claro de Vincent

Cores oscilantes
campos amanhecidos de grãos cor de âmbar
faces deterioradas alinhadas em dor
tornam-se realidade pelas adoráveis mãos do artista

Agora eu entendo
o que você tentou me dizer
e como você sofreu pela sua sanidade
e como você tentou libertá-los
ele podem não ter escutado, podem não ter sabido como
talvez ouçam agora
Para aqueles que poderiam não te amar
mas ainda assim seu amor foi verdadeiro
e quando não havia mais esperança em vista
naquela noite brilhante
Você tirou sua vida como os amantes fazem com
freqüência

Mas eu poderia te te contado,Vincent,
Esse mundo nunca foi significante para alguém
tão lindo como você

Noite estrelada
Retratos pendurados em salas vazias
cabeças disformes em paredes enomeadas
com olhos que observam o mundo e não podem esquecer
como os estrangeiros que você conheceu
O homem calejado em roupas batidas
O espinho prateado das rosas sangrentas
enterrado quebrado e esmagado, na neve virgen

Agora acho que sei o que você tentou me dizer
como você sofreu pela sua sanidade
como você tentou libertá-los
eles não ouviram, eles continuam não ouvindo
talvez eles nunca ouçam...


UM MEIO DE SENSIBILIDADE



"EU NUNCA VOU DIZER ALGO QUE NÃO POSSA SE SUSTENTAR COMO ÚLTIMA COISA QUE EU DIGA"
Minha atenção foi despertada pelo título do vídeo. E, como aprecio música erudita, deixei o vídeo iniciar, apenas para identificar o contexto. Mas, o contexto me atraiu completamente e, além de aprender bastante, também restei muito emocionado, especialmente num dos trechos onde é dita a frase que destaquei antes do texto. Enfim, no âmbito de um evento provavelmente de formação empresarial, é fantástica a correlação estabelecida pelo maestro palestrante entre a música e a iniciativa, por meio da sensibilização transformadora que ali ocorre.
Recomendo!



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"CARNE FRACA" OU, "CARNE PODRE"

Preocupa-me o fato da eventual espionagem para derrubar o produto brasileiro. Mas, no momento, esta não é a questão principal. Primordialmente, deve-se conhecer a verdade, pois, afinal!, houve ou não, o crime? Quais os seus agentes, induzidos ou não, mas, induzidos? Quais os responsáveis do ramo da politicagem nacional que lhes davam cobertura? Desde quando o fato ocorria? Hipotética e aproximadamente, quantas pessoas adoeceram ou morreram por causa do crime? Quanto o Brasil perderá em valores do comércio internacional, com o fato, e como obter indenização dos responsáveis? E mais outras tantas questões!

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‘CARNE FRACA’: GOVERNO SUSPEITA DE ESPIONAGEM (CLÁUDIO HUMBERTO)
'CARNE FRACA': ESCÂNDALO PODE BANIR BRASIL DO MERCADO MUNDIAL
O envolvimento de empresas como JBS e BRF na Operação Carne Fraca, acusadas de subornar fiscais para vender produtos adulterados, pode levar o Brasil a ser banido do mercado. No governo há a suspeita até de “espionagem industrial” manipulando gerentes e fiscais corruptos para sabotar o produto brasileiro. Mas, ainda que tenham “armado”, a adulteração criminosa de carnes foi constatada. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O Brasil produz 15% da carne consumida no mundo, por isso seus concorrentes celebraram tanto as notícias da operação de ontem.
Só o grupo JBS tem 235.000 funcionários em 150 países. A subsidiária da JBS nos Estados Unidos emprega 78 mil pessoas.
Já a BRF, dona da Sadia e da Perdigão, tem 54 fábricas em sete países (inclusive o Brasil), somando 105 mil funcionários.
As empresas da JBS-Friboi investigadas na Operação Carne Fraca, fizeram mais de R$ 393 milhões em doações nas eleições de 2014.

DESTEMPERO LULLOPETISTA EM ANDAMENTO, SEMPRE!

Penso que todos já viram o destempero mental, que gera um destempero verbal, tudo contextualizado no âmbito delirante da psicose lullopetista, quando Dilma vaga pelo mundo. Agora, este episódio, da França, possível de assistir no vídeo abaixo, também gerou um comentário na página de editorial do Estadão e que vale a pena ler.

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Dilma, um caso sério
(Estadão,15 Março 2017)
Diante de uma plateia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, a ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva
Não satisfeita com o desastre causado ao País pelos seus cinco anos de governo – cujos efeitos daninhos são ainda sentidos diariamente pelos brasileiros –, a ex-presidente Dilma Rousseff dedica-se agora, assim fazem crer suas ações e palavras, a envergonhar o Brasil mundo afora. Seu comportamento em Genebra, onde participou de palestras e seminários, é sinal de que sua falta de discernimento, seja em questões nacionais, seja em relação às suas capacidades pessoais, não tem fim.
É conhecida sua dificuldade para se expressar na língua portuguesa. Como bem sabem os brasileiros, a beligerância de Dilma Rousseff com o idioma pátrio não exige condições especiais, podendo ocorrer até mesmo em casos de comentários triviais ou argumentos despidos de qualquer complexidade. Ela facilmente se embaralha com palavras e pensamentos, o que muitas vezes deu a eventos oficiais no Palácio do Planalto contornos de show humorístico.
Pois bem, essa mesma Dilma Rousseff, que já tanto maltrata a língua portuguesa, achou que podia, em sua viagem à Europa, dialogar em francês. O programa de televisão no qual a ex-presidente teve a ousadia de usar a língua de Victor Hugo é de incomum constrangimento, com alguns apresentadores em sérias dificuldades para manterem a compostura diante de tamanha agressão ao idioma francês. Mais do que simples gafe, a participação de Dilma no programa de televisão corrobora sua invencível incapacidade de realizar qualquer tipo de autocrítica.
Não falta, porém, a Dilma Rousseff discernimento apenas em questões de idioma. Ela ignora – e alardeia sua ignorância mundo afora – questões institucionais. Diante de uma plateia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, a ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva. “Podem tentar condenar o Lula por duas vezes, podem mudar as regras da eleição presidencial, por exemplo, com introdução do parlamentarismo e, terceiro, podem simplesmente adiar a eleição presidencial do ano que vem”, disse Dilma.
É grave que uma ex-presidente fale de forma tão irresponsável sobre a democracia e as instituições no Brasil. Eventuais discordâncias de Dilma Rousseff com a decisão do Congresso de condená-la por crime de responsabilidade não lhe dão direito a tratar o País da forma vil como ela o tem tratado.
Ainda que imperfeita, a Lei da Ficha Limpa contribuiu para a moralidade das eleições no País, ao barrar candidatos que tenham sido condenados criminalmente em segunda instância. E o Poder Judiciário é independente, não mero instrumento de manobra do Poder Executivo, como dão a entender as palavras da ex-presidente. O que ela indevidamente aplica ao Brasil ocorre em países de seu especial agrado, como é o caso da Venezuela. No entanto, a respeito desse abuso Dilma sempre preferiu o silêncio.
Dilma ainda tratou de duas possíveis manobras para afastar Lula da Silva da Presidência da República: o parlamentarismo e o adiamento das eleições de 2018. A ex-presidente manifesta, assim, seu completo desconhecimento da realidade política e institucional do País. Ainda que seja plenamente legítimo, o parlamentarismo não é um assunto atual do Congresso. E a menção a suposto risco de adiamento das eleições é mais do que simples irresponsabilidade. Trata-se de uma acusação grave, sem qualquer prova ou indício, contra a democracia brasileira. Observe-se, a favor de Dilma, que ela não aventou a possibilidade da restauração da monarquia para manter Lula fora do poder.
Por mais que Dilma Rousseff não goste, há lei e há instituições no Brasil. O panorama é bem diferente do que ela alardeou na Suíça. Já em relação ao retorno de Lula da Silva à Presidência da República, os obstáculos estão bem evidentes, dispensando os tremendos esforços mentais de Dilma Rousseff. O principal óbice é ela mesma, pelo estrago que causou ao País. E, em segundo lugar, o próprio Lula, com sua incapacidade de emendar-se.


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MERCANTILISMO NA MEDICINA

O texto abaixo foi extraído do saite da SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPÍRITAS, www.sbee.org.br, e por pensá-lo adequado ao momento, levo-o ao teu conhecimento. É necessário que a medicina resgate o olhar humanista do tratamento, "trabalhando a prevenção da doença, aperfeiçoando arte da cura, tudo situado no indivíduo, mas tendo o foco do ambiente físico e social em que ele vive" (Fritjof Capra).
Está aí, então, uma leitura instigante de um texto voltado ao meio espírita, mas escrito por médicos que pensam a inserção da medicina no contexto humano da sua prática.
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Mercantilismo na Medicina


O médico deve ser promotor de saúde, buscando sempre a excelência em técnica e ética, sem perder a humildade, o desprendimento, a busca constante da empatia com seu cliente, além do aprimoramento científico.  Deve ser um pesquisador da alma do seu paciente. A prevenção, o controle, e se possível a cura das doenças, devem ser os grandes objetivos, os focos de cada ato médico.A medicina é ciência e arte; é a profissão que mais relação tem com a vida humana em todas as suas esferas: física, moral, emocional e espiritual. Ao profissional médico é permitido, e para isto foi orientado, ensinado, instruído, o ingresso nessas áreas tão íntimas do paciente que o procura; é o profissional a quem é possibilitado tocar no paciente sem afrontá-lo, passando tranquilidade e energia positiva.
Num momento em que a medicina é baseada em evidências científicas, o médico não deve se eximir da busca pela essência do seu paciente, que muito vai lhe acrescentar à verdadeira prática médica.
Desde a descoberta pelo homem de que poderia exercer o poder através do ouro, procurou amealhar bens materiais.
O poder sobre seus semelhantes, resultado do orgulho e do egoísmo, é praticado pelos homens desde tempos imemoráveis.
No início, o poder era exercido pela força, depois pelo ouro, e ultimamente pela inteligência. Homens dotados de inteligência e ambição desenvolvem mecanismos para seu enriquecimento. Através do dinheiro exercem poder sobre outros homens, estendendo seu domínio sobre eles.
Essa forma de aristocracia pelo dinheiro se encontra disseminada em todos os campos das atividades humanas e a medicina não consegue permanecer imune a essa doença social.
Existem muitas formas de tornar os atos médicos e paramédicos fontes de obtenção de vantagens financeiras, relegando a segundo plano o objetivo primordial da medicina que é o de assistir e atenuar o sofrimento do homem, vendo em cada paciente um irmão que necessita do seu carinho e consolo, objetivando sempre a credibilidade e a ética.
O médico jamais deve enveredar pelo caminho do comércio com a saúde de seu semelhante. Mercantilizar a medicina é vulgarizar a opção pela doação do conhecimento adquirido para auxílio ao próximo.
Muito triste é a percepção de que o dinheiro fala mais alto que a ética e de que alguns profissionais de saúde tornam-se intermediários de empresas que visam somente o lucro.
É justo que haja uma remuneração pelo trabalho médico, porém ela deve ser consequência e secundária à finalidade primária, que é levar socorro aos que dele necessitam. O que não se pode admitir, mesmo que revestida de caráter legal, é a obtenção de recursos materiais através de procedimentos imorais.
Uma indústria farmacêutica ou um grupo de pesquisadores que invistam recursos vultosos para se atingir um patamar de progresso na ciência médica, devem ser recompensados financeiramente pelos esforços intelectual e material despendidos. O que não se pode admitir é  a utilização desses conhecimentos alcançados para a obtenção de resultados financeiros desproporcionais aos investimentos.
O investimento pessoal dos profissionais autônomos em educação continuada também deverá ter uma retribuição financeira. Porém, da mesma forma, proporcional àquele investimento.
Quando desse objetivo de ganho materialista resulta algum prejuízo à saúde de alguém, não existe justificativa para o ato imoral.
É preciso ter sempre em mente que o conhecimento adquirido resultou do trabalho de outras pessoas que precederam na caminhada de estudos e pesquisas e que é preciso transformar os conhecimentos adquiridos em sabedoria. E utilizar-se desses conhecimentos para obter vantagens materiais imorais não é conduta sábia.
Aos profissionais de saúde sérios, não ligados apenas aos bens materiais, compete o combate e a fiscalização do uso abusivo da medicina com a finalidade única de obtenção de vantagens financeiras. Essa regulação, obrigatoriamente, deverá ser encaminhada dentro dos preceitos éticos que a profissão exige. Além da coragem há que se ter retidão de conduta.
O primeiro passo deverá ser na direção da conscientização dos médicos e dos estabelecimentos que estejam infringindo os bons preceitos da medicina. Isso deverá ser realizado dentro de uma conduta de urbanidade e civilidade, apresentando o fato como contribuição sincera e bem intencionada.          
A medicina terrena deve cuidar da higidez do corpo físico para que haja o melhor aproveitamento possível do capital de vida programado para aquele corpo, sem esquecer que o homem que está sendo atendido pelo médico é um espírito eterno que necessita também de auxílio para os seus pesares, permitindo assim a evolução proposta ao mesmo para a presente encarnação.
A utilização de orientações da Doutrina dos Espíritos, como argumento, é válida. Uma boa parte dos profissionais materialistas, que se desviam do caminho missionário da profissão, se sensibiliza ao tomar consciência da sua condição de espírito encarnado e da lei de causa e efeito.
Num primeiro momento poderá até haver alguma reação contrária, porém a semente estará plantada. Em muitos solos ela germinará.
Os exemplos de profissionais da área que se tornaram ilustres modelos de dignidade moral e profissional também costumam ser fortes argumentos.
Para o espírita que é médico, a sua própria conduta profissional, obrigatoriamente, deverá servir de espelho sem mancha, a refletir o exercício honesto e dedicado da medicina.
É preciso voltar os olhos para o futuro, vivendo da melhor forma o presente e aprendendo com as lições do passado, dos vários mestres encarnados e desencarnados, de todos os mundos habitados, que ajudaram e ainda ajudam a moldar a nossa trajetória.
Dr. Roberto Pinotti
Dra. Maria Cristina Singer Wallbach

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

Levando em conta a abordagem atual sobre Inteligência Emocional, sugiro, a leitura do texto abaixo. Além da Inteligência Emocional, a Inteligência Espititual é um novo campo de inflexão de estudos da mente e do comportamento, renovando as expectativas de crescimento pessoal, relacionado ao global. Podemos ver que, no elenco de características, a décima é a Compaixão, tão ausente nos dias atuais. É importante mencionar o  pensamento de Daniel Goleman,  precursor dessa visão que permite a abertura de se ver a Inteligência não apenas como conhecimento acumulado, mas, especialmente, como o cérebro detentor desse conhecimento atua no contexto em que vive. Como conseqüência, agora é discutida a tal da Inteligência Espiritual que, sem dúvida complementa esse novo SER que vive em dias conturbados por mudanças comportamentais individuais e sociais muito rápidas e, às vezes, drásticas. O contexto desse pensamento pode ser lido na breve entrevista de Dana Zohar, abaixo.
Se o assunto interessar, sugiro, também, a importante  leitura, para quem ainda não o tenha realizado, do livro “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman.

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O que é inteligência espiritual?

No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas, de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".
Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para o português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela falou a EXAME, em Porto Alegre, durante o 300 Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento, da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suíça, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo. Eis os principais trechos da entrevista:
O que é inteligência espiritual?
É uma terceira inteligência, que coloca nossos actos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efectivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direcção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas acções.
De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?
Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.
Qual a diferença entre QE e QS?
É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligênciaespiritualme permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afectam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.
No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um génio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.
Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:
    1.  Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo
  2.  São levadas por valores. São idealistas
  3.  Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
  4.  São holísticas
  5.  Celebram a diversidade
  6.  Têm independência
  7.  Perguntam sempre "por que?"
  8.  Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
  9.  Têm espontaneidade
10. Têm compaixão

SURUBA À BRASILEIRA


"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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