TORCIDA/FREQUÊNCIA NO FUTEBOL, PELO MUNDO

Muito interessante esse levantamento de torcida/frequência, em relação aos times de futebol pelo mundo. A crítica sutil, contida no texto de apresentação, faz sentido, pois se temos o maior número de campeonatos mundiais, se somos o "país do futebol", se realizamos "a melhor copa do mundo", se construímos estádios de bilhões de reais, embora inviáveis depois, se somos, enfim, uma economia que gira também em torno do futebol, mantermos um time que aparece apenas na 56a. num elenco de 100, no mundo, passa a ser vergonhoso. Isto porque mostramos nossa incapacidade de gerir o lúdico com o negócio, que deveria ocorrer para satisfação de todos.

(observação: e, ainda, depois de tudo, preciso engolir o Internacional na lista e não GRÊMIO, o Imortal.)

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"NÓS SOMOS UMA NAÇÃO DE IDIOTAS, TELEFONES INTELIGENTES E PESSOAS BURRAS"

Além do título que mencionei acima, resgatei mais uma frase do vídeo que, penso, seja fundamental para acordarmos do sono delirante em que estamos e no qual achamos "estar modernizados". Então, "EU TAMBÉM SOU CULPADO DE SER PARTE DA MÁQUINA, ESTE MUNDO DIGITAL, ONDE SOMOS OUVIDOS, MAS NÃO VISTOS", também do vídeo.
Em alguns países, considerados evoluídos e com grau de melhor felicidade, coincidentemente onde o ateísmo progride, o sentimento humano domina e os dogmas são menores, as redes sociais perdem força e ganha impulso a relação pessoal. Assim, recomendo o vídeo.




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A ATENÇÃO

A atenção, estímulo poderoso
São causas da desatenção a ociosidade mental, o há­bito de perder-se em abstrações estéreis e a falta de ideia clara a respeito da responsabilidade que se impõe na con­dução da vida.

Revela falta de atividade mental consciente. O homem que não pensa vive geralmente distraído, coope­rando com isso para seu empobrecimento moral e espiritual.

Esta é uma propensão particularmente negativa, por­quanto intercepta o normal desenvolvimento das atividades ou atuações diárias, sendo evidente que quem não procura destruí-la a tempo termina por sentir seus efeitos de forma acentuada, sendo continuadamente perseguido por percalços, contra­tempos ou outras situações ingratas. 

A desatenção pode tirar defesas do homem, já que subtrai da observação múltiplos detalhes, im­portantíssimos quando se trata de tomar uma resolução, for­mar um juízo, extrair uma conclusão, decidir uma conduta, etc. Além disso, o ser que não está atento a tudo quanto ocorre em torno dele ou no mundo, costuma acolher com temerária ingenuidade qualquer versão que escute, sem prevenir-se contra seus riscos.

Nada construtivo poderá fazer em sua vida quem passa a maior parte do tempo sem consciência da realidade que interpenetra seu ser e move os fios de sua existência indi­vidual.

A atenção é sinal de consciência 

A atenção a tudo o que se faz, a todo acontecimento da vida, não somente é fator de atividade, mas também estímulo po­deroso para o desenvolvimento amplo das aptidões. Se a isso se soma a atenção requerida pelo processo de evolução cons­ciente, que cada ser humano deve realizar para conhecer a si mesmo e a realidade cósmica que o rodeia, assegurar-se-á o concurso permanente da consciência, que é, definitiva­mente, a que deve reger o mecanismo da atenção. 
Extraído do Livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, pág.192 (LOGOSOFIA)

A ARCA BRASILEIRA

Como prometi em postagem anterior, a fábula que remeto abaixo é a minha preferida. Embora intitulada como fábula, poderia ser uma parábola, ou, mais especialmente, um apólogo, mas isso não importa. Importa a mensagem crítica ali exposta.
Há mais de quarenta anos li no JB a fábula relatada abaixo e a guardei por todos esse tempo, pois sempre a vi como o retrato perfeito da situação administrativa e comportamental dos sucessivos governos pelos quais passamos. Especialmente, neste momento que ainda vivenciamos, quando obras para a copa de futebol que ocorreu há dois anos ainda não estão concluídas, ou nem sequer foram iniciadas, ou, pior que tudo, já estão na segunda e até terceira reforma ou conserto, é pertinente lermos o texto irônico do escriba. Mencionei as obras da copa, por comporem o fato mais escabroso da inoperância e da incompetência governamentais, mas a crítica pode ser estendida a todas as outras malsucedidas iniciativas arrotadas pela grandeza sonhadora dos boquirrotos governamentais de plantão, e que continuam a flagelar os usuários das rodovias, dos aeroportos, dos portos, da saúde pública, da segurança, da falta de água e por aí vai.
Ademais, a fábula tem um quê de crítica à cultura de acomodação e de vivas ao comodismo que entroniza datas comemorativas e feriados religiosos num calendário de um país que precisa trabalhar para formar suas gerações, mas que não faz, pois prefere o ócio. Fico triste quando acompanho movimentos populares, com as consequentes movimentações politiqueiras, que apoiam a criação de feriados disso e daquilo, mas, também, fico alegre quando essas iniciativas não vingam.
O preocupante é que todos os governantes procedem assim e, pelo visto, o atual, de Temer, também o fará pois, além de haver criado,  já está prevendo outras criações de penduricalhos desse tipo.
Já a remeti outras vezes, mas não canso de fazê-lo pois penso que ela sirva de constante crítica ao sistema que nos regimenta.
Assim, lê o texto abaixo e sentirás viver o ontem e o hoje da mesma forma.

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A FÁBULA DE DEUS, DO REI E DA ARCA 

Escrita por Emmir de Castro, para o Jornal do Brasil, em 04/06/1975

Certo dia a divindade chamou o Rei no Céu e disse:
- Rei, não vou te dar maiores detalhes, mas seria bom que você mandasses construir, dentro de um mês, uma grande arca. Bem Grande!
Informado, o Rei voltou e procurou do outro lado das montanhas da Capital um velho fabricante de arcas.
O velho foi chamado ao Salão Dourado e lá o Rei mandou que começasse a fazer uma arca tão grande quanto a vontade de Deus. O ancião, taciturno e silencioso, recebeu aordem e foi embora para a sua tapera, onde já construía as melhores arcas do Reino, ainda durante a vida do bisavô do soberano.
Um dos sábios que cercava e planejava o Reino do monarca que, como bom monarca, também era cercado por sábios, foi ao ouvido do Rei e argumentou:
- Majestade, se é a vontade de Deus, acho que seria temerário colocar todo o projeto da arca na dependência exclusiva do "know-how" do velho, cuja tecnologia, pelos últimos relatórios recebidos, parece obsoleta se comparada com o que se faz nos países que estudam o assunto, apesar de, como sabemos, não fabricarem arcas. Eu aconselharia o Reino a criar um grupo de trabalho para coordenar o "Projarca", como poderíamos chamar o projeto.
O Rei, não gostava de grupos de trabalho, pois sabia que eles dificilmente se agrupavam para trabalhar. Mas, tratando-se de um assunto onde estava a mão de Deus, concordou.
Quinze dias depois o ancião já tinha pronto o estoque de madeira com o qual ergueria a arca. Técnicos do "Projarca", porém, duvidaram da qualidade do lenho e representaram aos sábios do Rei.
Houve um atrito entre o velho e um técnico. Os sábios, preocupados com a ranhetice do ancião, foram ao Rei e solicitaram a criação de uma subsidiária para pesquisar vegetais. Ela haveria de dizer, em pouco tempo, qual o tipo de árvore a ser usado.
Resolveu-se criar a "Peskarca". Ela teria a vantagem adicional de operar no mercado, tornando-se lucrativa. Mas como uma empresa de pesquisas não podia ficar subordinadaa um grupo de trabalho, fechou-se o grupo e fez-se uma superintendência, chamada "Superarca".
No vigésimo dia do prazo descobriu-se uma gigantesca roubalheira no fornecimento de equipamento e na venda de computadores à "Superarca", que já tinha 12 mil funcionários. Como havia pressa, não foi aberto inquérito, mas criou-se uma gerência de controle, entregue a um probo servidor que passou a ter o título de "Gerarca".
Este demitiu 2 mil funcionários, com a ajuda dos 5 mil que contratara, e informou aos sábios que, entre os técnicos da "Superarca", havia até republicanos. Estes foram devidamente processados, com exceção de alguns poucos que desapareceram.
Passados 25 dias do encontro do Rei com Deus, a "Peskarca" já dera um lucro de 2 milhões de estrelas, e a "Superarca", graças à fábrica de bandeirinhas e à criação de pintos que mantinha nas granjas de apoio, renderam outros quatro.
O velho fabricante de arcas, esquecido, deixara de ir à Capital, até que descobriu que suas verbas tinham sido repassadas ao Departamento de Relações de Imagens – “Imarca” - encarregado de defender a imagem da "Superarca" em publicações nerepublicanas.
Foi ao Superintendente, que na época já era Vice-Rei de uma Companhia de Economia Misturada, a "Comarca" e, depois de um diálogo áspero, onde foi acusado de pretender rejeitar o sistema "Proarca", gerado pelos computadores para encaminhar o fluxograma, acabou demitido.
O Rei soube da dispensa do velho no trigésimo dia do prazo, quando foi chamado por Deus.
- E a arca? - perguntou a Divindade.
- O Senhor precisa me dar mais uns 15 dias. Está tudo pronto. Temos 25 mil funcionários trabalhando dia e noite no projeto. Ainda não começamos a montagem, mas em compensação, graças à versatilidade de nossos técnicos e de meus sábios, já ganhamos mais de 50 milhões de estrelas aproveitando os resultados marginais do projeto.
- O Senhor tem mais 15 dias. Pode voltar. Mas cuida para ter tua arca no prazo.
De volta ao Palácio, o Rei reuniu os sábios e determinou que a "Comarca" apressasse seu trabalho. Para isso foi instituído um grupo de trabalho interministerial.
Trabalhou-se dia e noite e, passados 10 dias, a quilha estava montada. No 12º, surgiu o perfil da arca. No 13º, a popa e, no 14º, o chefe dos sábios, numa cerimônia fartamente ilustrada pela "Gazeta da Coroa", pregou a primeira tábua na arca propriamente dita.
Na manhã seguinte, o Rei soube que precisaria conseguir mais 10 dias com Deus.
Irritou-se, tirou duas das três carruagens dos sábios e proibiu-os de usar mais de 32 vestes nas festas de cerimônia.
Ao alvorecer, Sua Majestade já estava à porta de Deus, à procura de um novo adiamento. Foi recebido por um santo que trouxe a má notícia.
- Não haverá adiamento. Deus já te deu uma prorrogação e, afinal de contas, quando mandou que fizesses a arca, já estava sendo benevolente.
Descendo o caminho de seu Reino, o monarca começou a sentir que caía uma chuva fininha.
Três dias depois, continuava chovendo. O Grande Salão Dourado estava inundado, como, aliás, estava inundado todo o país. A corte, reunida, tinha água pela cintura.
Um dos sábios, mais esperto, viu que surgia no horizonte uma pequena mancha. Era um barco, um grande barco, uma arca.
- Mandem parar aquela arca. De quem é aquela arca?
- Não adianta. É do velho Noé, aquele que trabalhava para meu bisavô.
Ele não vai parar - previu o Rei.
Noé, que em sua arca só levava bichos, foi em frente.


MAIS UMA FÁBULA NECESSÁRIA

Sei!,  é "chover no molhado", pois o conteúdo é correlato a inúmeras historietas que criticam o enchimento da organização. Mas, quê fazer?, se sempre podemos aprender algo com as fábulas?  Aliás, tenho a minha preferida que postarei na sequência e também sobre o tema. O problema é que essas organizações pensam se tornarem empoderadas com criação de cargos, funções e manuais, esquecendo-se da valorização da praticidade e da simplicidade de ações, e da criatividade das pessoas. Ah!, principalmente da valorização pessoal.



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Parábola da demissão da formiga desmotivada
Conteúdo da Revista Pazes -
“Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1490094640497Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial…
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer uma pesquisa de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as finanças, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.”

DIA INTERESSANTE

Hoje foi um dia interessante, muito interessante!, na minha vida. Logo pela manhã recebi uma mensagem de um amigo com uma música pensada para correlacionar aos quadros e à vida de Van Gogh. Espetacular! Na sequência, assisti a uma entrevista com o físico ateu NEIL DE GRASSE TYSON, quando ele fala sobre a possibilidade de viver eternamente, ideia que não lhe agrada, pois se assim ocorrer, perdemos o foco dos nossos dias e para quê dormir a acordar se sabemos não importar nossas ações de amanhã? Para consolidar seu pensamento ele cita um pensamento de Horace Mann, dizendo que "tenha vergonha de morrer até você ter marcado alguma vitória para a humanidade". E, por fim, descobri a frase de Saramago sobre o "não". 
Pronto!, há elementos mais edificantes para um dia só?




(observação: Com relação a Starry Nigth, a música foi composta e escrita por Don McLean, em homenagem a Van Gogh, por volta dos 70, e se refere ao quadro de mesmo nome, do pintor. O autor aproveita a oportunidade para correlacionar a música a outras obras do artista.  A partitura correspondente está no museu, junto com os pincéis, chapéu e outros pertences. Sabe-se que Van Gogh pintou Starry, Starry Night na clínica onde estava e sem a visão do ambiente, apenas de memória, provavelmente durante os dois últimos anos de sua produção. Por razões pessoais entrou em profunda depressão seguida de suicídio. Também, obtive uma tradução, pela qual podemos compreender melhor o objeto da homenagem):


Noite estrelada
Pinte sua paleta de azul e cinza
dê uma olhada em um dia de verão
com os olhos que conhecem a escuridão em minha alma
Sombras nas colinas

Esboce as árvores e os narcisos
sinta a brisa e os calafrios de inverno
nas cores da terra de linho enevoado

Agora eu entendo
o que você tentou me dizer
e como você sofreu pela sua sanidade
e como você tentou libertá-los
ele podem não ter escutado, podem não ter sabido como
talvez ouçam agora...

Noite estrelada
Flores flamejante brilhando em chamas
nuvens circundantes em um embaçamento violeta
refletidas nos olhos azul-claro de Vincent

Cores oscilantes
campos amanhecidos de grãos cor de âmbar
faces deterioradas alinhadas em dor
tornam-se realidade pelas adoráveis mãos do artista

Agora eu entendo
o que você tentou me dizer
e como você sofreu pela sua sanidade
e como você tentou libertá-los
ele podem não ter escutado, podem não ter sabido como
talvez ouçam agora
Para aqueles que poderiam não te amar
mas ainda assim seu amor foi verdadeiro
e quando não havia mais esperança em vista
naquela noite brilhante
Você tirou sua vida como os amantes fazem com
freqüência

Mas eu poderia te te contado,Vincent,
Esse mundo nunca foi significante para alguém
tão lindo como você

Noite estrelada
Retratos pendurados em salas vazias
cabeças disformes em paredes enomeadas
com olhos que observam o mundo e não podem esquecer
como os estrangeiros que você conheceu
O homem calejado em roupas batidas
O espinho prateado das rosas sangrentas
enterrado quebrado e esmagado, na neve virgen

Agora acho que sei o que você tentou me dizer
como você sofreu pela sua sanidade
como você tentou libertá-los
eles não ouviram, eles continuam não ouvindo
talvez eles nunca ouçam...


UM MEIO DE SENSIBILIDADE



"EU NUNCA VOU DIZER ALGO QUE NÃO POSSA SE SUSTENTAR COMO ÚLTIMA COISA QUE EU DIGA"
Minha atenção foi despertada pelo título do vídeo. E, como aprecio música erudita, deixei o vídeo iniciar, apenas para identificar o contexto. Mas, o contexto me atraiu completamente e, além de aprender bastante, também restei muito emocionado, especialmente num dos trechos onde é dita a frase que destaquei antes do texto. Enfim, no âmbito de um evento provavelmente de formação empresarial, é fantástica a correlação estabelecida pelo maestro palestrante entre a música e a iniciativa, por meio da sensibilização transformadora que ali ocorre.
Recomendo!



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"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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