Segundo o livro “CURSO DE
INICIAÇÃO LOGOSÓFICA” a pergunta ser feita é “por que a cultura vigente apresenta, em
todas as partes, sintomas inconfundíveis que prenunciam sua inevitável decadência.
A resposta é clara, simples e unívoca: porque falha pela base. E a que se deve
o fato de ela falhar pela base? Às seguintes causas:
a)
Não
foi nem é capaz de ensinar ao homem a conhecer a si mesmo.
b)
Não
lhe ensinou a conhecer o mundo mental que o rodeia, interpenetra e influi
poderosamente em sua vida.
c)
Não
lhe ensinou a compreender, amar e respeitar o Autor da Criação, nem a descobrir
sua Vontade, através de suas Leis e das múltiplas manifestações do seu Espírito
Universal.
A ciência logosófica foi
criada para remediar esse lamentável descuido, esse vazio incomensurável que já
transtornou não poucos juízos, levando a humanidade à desorientação e ao mais
agudo pessimismo.”
Neste contexto, trago, então, o
ensinamento abaixo que ajuda a abrirmos a mente para um episódio tão importante
e simples mas que o fazemos tão complicado.
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Deficiência:
Desobediência
Antideficiência: Obediência
Por Carlos Bernardo González Pecotche
(Raumsol)
Partindo também neste caso da infância, na qual têm origem
muitos defeitos psicológicos, surpreendemos a desobediência manifestando-se
geralmente como rebeldia. Isso ocorre porque não se ensinam à criança as razões
pelas quais deve obedecer e os benefícios que tal atitude traz para a vida,
seja como tônica construtiva sob o pátrio poder, seja a serviço do
desenvolvimento harmônico de uma atividade, da execução de uma obra ou das leis
que regem a ordem social.
É um fato comprovado que o instinto suscita prematuramente no
ser humano o problema de sua liberdade, ao confundir este, desde tenra idade,
obediência com submissão e reagir em consequência disso. Mas a criança se faz
homem e, com o tempo, à medida que sofre os embates da vida e que sua
capacidade reflexiva o permite, forçoso é que compreenda que a obediência, e
também outras disciplinas, são necessárias, pois corrigem os desvios em que o
indivíduo poderia continuar incorrendo indefinidamente, tanto com respeito a si
mesmo como à vida de relação e às leis estabelecidas.
O acatamento inteligente do indivíduo a
normas, regras, deveres e leis contribui para estabilizar a harmonia na
convivência humana
|
Para poder enfrentar a tempo esta inclinação defeituosa ou
eliminá-la de si mesmo antes de experimentar seus penosos efeitos, é
imprescindível fazer a criança saber que a obediência está condicionada a
princípios de disciplina e de bem; por conseguinte, ela não
deverá obediência a nada que contrarie esses princípios. Será educada
adquirindo consciência desse dever e será capacitada para cumpri-lo com lucidez
mental. Jamais lhe será imposto o acatamento cego e, para tanto, lhe será propiciado
o lógico discernimento sobre os motivos da obediência a tal ou qual ordem,
indicação ou encargo.
É notório que, quando a desobediência se enraíza na pessoa,
influi decididamente sobre seu ânimo. Um empregado que desobedece
reiteradamente a seu chefe se expõe a perder a confiança nele depositada, e até
mesmo seu emprego. Isso
significa que cedo ou tarde sua conduta lhe acarretará consequências adversas
e, portanto, dolorosas, que abaterão seu ânimo.
Com frequência se desobedece por temor de perder ou diminuir a
própria autonomia, pois se ignora que esta pode ser mantida plenamente, apesar
da obediência observada ante os deveres que as circunstâncias, as obrigações ou
o meio familiar ou social impõem.
Justamente por não levar isso em conta é que o ser sofre, às
vezes, as desvantagens derivadas da deficiência, tão contrária ao bom proceder.
Uma razão equilibrada – salvo nos casos de involuntário descuido
– jamais cometerá a torpeza de desobedecer à ordem social e jurídica, e quem
cientemente o fizesse se declararia menos sagaz que o rato, cujo instinto o
freia no momento em que é tentado peloqueijo da ratoeira, se seu olfato lhe
denuncia que outros de sua espécie deixaram ali o vestígio de seu sangue.
Trechos
extraídos do livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, p. 66
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