Anteriormente, efetuei postagem sobre os malefícios dos
refrigerantes, assim como os efeitos perniciosos do açúcar para o nosso
organismo. Agora, trago o mesmo tema, que foi objeto de reportagem do jornal
Folha de São Paulo, de 22/09/2012, no caderno Ciência+Saúde e que fala sobre
estudos recentes que relacionam o consumo dos refrigerantes e dos sucos
industrializados a doenças. É importante mencionar que há países onde há
alertas ou restrições legais a certo tipo de consumo, em determinados locais.
Além, claro, das constantes campanhas educativas e esclarecedoras à população, dos perigos desse consumo.
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Guerra ao
refri
Sucos adoçados e refrigerantes
viram alvo preferencial do combate à obesidade; novos estudos ligam o consumo frequente a um efeito maior
sobre o peso de quem tem risco genético de engordar
DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE “CIÊNCIA+SAÚDE”
EDITORA-ASSISTENTE DE “CIÊNCIA+SAÚDE”
Agora é culpa é do refrigerante. A ligação entre
o consumo da bebida e dos sucos adoçados e a obesidade é tema de três estudos e
de um editorial publicados ontem no periódico "New England Journal of
Medicine".
Os trabalhos aparecem uma semana depois de Nova
York ter aprovado uma norma que vai proibir a venda de bebidas açucaradas com
mais de 437 ml em restaurantes, lanchonetes e cinemas, em uma tentativa de
estancar o crescimento constante dos indicadores de obesidade.
Nos EUA, até 2030, 44% da população será obesa
-hoje 35% estão nessa faixa. No Brasil, 15,8% dos adultos são obesos e quase
metade está acima do peso.
Uma das novas pesquisas, feita pela Escola de
Saúde Pública da Universidade Harvard, analisou o consumo de bebidas adoçadas,
o índice de massa corporal e genes associados à obesidade de três grupos de
pessoas somando 33 mil mulheres e homens.
Eles foram divididos de acordo com a frequência
do consumo de refrigerantes e sucos adoçados.
Segundo os autores, o consumo mais frequente de
bebidas açucaradas foi associado a uma predisposição genética maior a um índice
de massa corporal mais alto e ao risco de obesidade.
A relação entre obesidade e maior risco genético
foi muito maior entre os que bebiam refrigerantes todo dia do que nos grupos
que consumiam menos de uma vez por mês. Isso significa, de acordo com os
pesquisadores, que esse hábito pode ampliar o efeito do risco genético à
obesidade.
Os outros dois estudos publicados ontem mostram
os benefícios de substituir os refrigerantes e sucos com açúcar para reduzir o
índice de massa corporal de crianças e adolescentes.
VILÕES LÍQUIDOS?
Para a nutricionista funcional Daniela Jobst, faz sentido centrar
fogo nos refrigerantes e sucos industrializados no combate à obesidade..
"O refrigerante é importante porque as
pessoas bebem muito e ficam viciadas. Para alguns pacientes que atendo, a
hidratação do dia é refrigerante ou bebida com açúcar."
O açúcar, de fácil absorção, coloca o corpo em
uma "gangorra" metabólica.
"As bebidas adoçadas aumentam muito rápido
a produção de insulina. Essa elevação dá o comando para colocar açúcar nas
células. Quanto mais você estimula a produção de insulina, mais vai colocar
açúcar nas células e armazenar gordura."
A repetição desse processo vezes demais pode
levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, diz a nutricionista. "Outra
preocupação são os corantes e os conservantes dos industrializados, que
estimulam uma resposta inflamatória no corpo."
O nutrólogo Celso Cukier lembra também que o
refrigerante, mesmo contendo carboidratos, não traz a sensação de saciedade,
aumentando o risco de uma ingestão exagerada de calorias.
Mas, para ele, é possível incluir essas bebidas
na dieta de uma forma moderada. "Não acredito na
imposição de uma proibição."
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