Em vários momentos deste blog, especialmente nas postagens de
outubro de 2010-Aspectos da Espiritualidade, de novembro de 2010-Entre a
Espiritualidade e o Material e na de maio de 2012-A Espiritualidade como base
da Harmonia, trago a preocupação, e análise correspondente, da transcendência
que domina nossa existência. Envolve-nos um passado e uma vida atual
correlacionados, dando sentido aos sucessos, aos desvios, aos percalços
dolorosos, tudo contribuindo para que tenhamos a chance do aperfeiçoamento.
Este virá com o conhecimento, adquirido pelo aprendizado que soubermos inferir com
os fatos alegres e tristes da nossa vida.
Abaixo, então, um texto bem objetivo para que entendamos esse
processo.
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por Patrícia Cândido, para o Luz da Serra
À Terra
chegamos com nosso carma negativo para ser resolvido, ou seja, todas as nossas
“más” escolhas ou decisões incondizentes com a nossa natureza
perfeita geram ligações, conexões com outros seres e, uma vez que essa energia
se forma, ela precisa ser dissolvida, quebrada, transmutada, perdoada, ou seja,
precisamos limpar nossa própria sujeira e aprender com essa experiência. O que
nos espera aqui são os resultados de nossas próprias escolhas.
O
universo é regido por leis naturais que precedem a nossa existência e que
regulamentam o nosso viver. Uma dessas leis diz que, quando adquirimos um
carma, precisamos de uma densidade e de um cenário ideais para podermos
limpá-lo. A densidade do carma negativo compromete e solidifica nosso sistema
energético, que, para evoluir ou ascensionar* precisa estar leve e fluido.
Então, uma vez que um carma negativo é adquirido na Terra e não é limpo dentro
do período de uma vida, temos uma nova possibilidade de voltarmos para
resolvê-lo aqui, que é o lugar ideal onde as situações surgem para nos mostrar
quais são os nossos desafios.
Segundo
os amparadores espirituais Amadeus, Adam e Adamus, a Terra é um sistema
carcerário de altaperformance que nos aprisiona enquanto nossa
densidade física é compatível com ela. Esse sistema foi criado para que a alma
humana pudesse evoluir por meio de experiências, situações e relacionamentos
que proporcionem provas e desafios para chegarmos a um nível purificado de
energia. Quando nossa alma se torna leve, purificada e livre de carma negativo,
evoluímos habitando outros planos por meio da liberação da necessidade de
termos um corpo físico. O corpo físico nos credencia à condição de
espíritos menos evoluídos.
Amadeus,
Adam e Adamus nos esclarecem que corpo físico é somente a parte densa e visível
de uma série de corpos que compõem nossa estrutura integral. Os outros corpos
são invisíveis à maioria dos olhos humanos e, por isso, não damos a devida
importância a cada um dos corpos sutis. O corpo físico é a estrutura
materialmente condensada onde tudo desemboca, onde tudo é descarregado, como se
fosse o para-raios do espírito, para onde direcionamos tudo o que pensamos,
sentimos e desejamos. Cada corpo sutil é vinculado a um centro energético que
se reflete de maneira específica, produzindo uma missão que deve ser cumprida.
Cada corpo sutil possui uma função específica, não sendo nenhum mais importante
que o outro. Todos são essenciais e juntos formam o ser humano de maneira
integral; por isso, somos “muitos seres” com diversas camadas em um único
corpo, como uma cebola,
que é composta de várias camadas. A seguir se faz uma breve descrição de cada
um desses corpos:
·
Corpo etérico: é o corpo mais denso, interpenetrando o corpo físico e
vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como base ou raiz. A
missão desse corpo é aprender a andar sobre a Terra de forma leve,
feliz e harmoniosa. Nosso corpo etérico é vinculado às glândulas suprarrenais e
à produção de adrenalina. Quando está em equilíbrio, produz o espectro
vermelho. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos desenvolver nossa
caminhada em razão de falta de estrutura, por não termos supridas as nossas
necessidades básicas. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem
ocorrer doenças nos ossos, no sangue, na coluna vertebral, nas pernas e nos
pés.
·
Corpo emocional: é o nosso segundo corpo, vinculando-se ao centro de
energia (chacra) conhecido como sexual. A missão do corpo emocional é o sucesso
e a harmonia nos relacionamentos, em nossa autoestima e em ter prazer em viver
a vida. O corpo emocional é vinculado às glândulas sexuais e à produção de
testosterona, nos homens, e progesterona, nas mulheres. Quando está em
equilíbrio, produz o espectro laranja. Esse corpo se desequilibra quando não
conseguimos nos relacionar de forma harmoniosa com as outras pessoas e conosco.
Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas na
região dos órgãos sexuais e do baixo ventre.
·
Corpo mental: é o nosso terceiro corpo, vinculando-se ao centro de
energia (chacra) conhecido como umbilical. A missão do corpo mental é exercer
nosso poder pessoal sobre a Terra de forma equilibrada, não permitindo que o
ego negativo vença, mas também impedindo que exista vitimização e autopiedade.
Poderíamos dizer que a missão desse corpo é contribuir para que vivamos a vida
com sabedoria, trilhando o caminho do meio, através da compaixão, da tolerância
e do contexto de eternidade. O corpo mental é vinculado aos órgãos do sistema
digestivo e à produção de insulina e diversos ácidos e outras substâncias
estomacais. Quando está em equilíbrio, produz o espectro amarelo, a cor
vinculada ao poder e à sabedoria. Esse corpo se desequilibra quando não
conseguimos exercer nosso poder de forma harmoniosa e nos descontrolamos nas
emoções, produzindo raiva, medo, mágoa, ansiedade, compulsão, paixões
obsessivas e tantas outras emoções negativas! Quando por muito tempo fica em
desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas nos órgãos vinculados à digestão:
fígado, estômago, intestinos, baço e pâncreas.
·
Corpo astral: é o nosso quarto corpo, vinculando-se ao centro de
energia (chacra) conhecido como cardíaco. A missão do corpo astral é o
equilíbrio entre nosso “eu terreno” e nosso “eu divino”. Esse corpo também está
vinculado ao sentimento de amor, compaixão, sabedoria, paz, equilíbrio e cura.
O corpo astral é associado aos órgãos do sistema cardíaco e respiratório e à
produção de hormônios da glândula timo. Quando está em equilíbrio, produz o
espectro verde, a cor vinculada ao equilíbrio, à cura e ao amor universal. Esse
corpo se desequilibra quando não conseguimos amar com equilíbrio e quando nos
deixamos levar pelos apegos e pelo materialismo excessivo. Quando por muito tempo
fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas nos órgãos vinculados ao
sistema cardíaco e respiratório: coração, sistema vascular e pulmões.
·
Corpo etérico padrão: é o nosso quinto corpo, vinculando-se ao centro de
energia (chacra) conhecido como laríngeo. A missão do corpo etérico padrão é a
comunicação e a expressão de nosso “eu divino”. Esse corpo também está
vinculado à realização de projetos, metas, objetivos e colocar na prática
aquilo que se deseja. Esse corpo é associado à garganta, à glândula tireoide e
paratireóide e à produção de tiroxina, um hormônio que purifica o sangue e
regula o peso do corpo físico. Quando está em equilíbrio, produz o espectro
azul claro, a cor vinculada à paz celeste e à tranquilidade. Esse corpo se
desequilibra quando não conseguimos expressar nossos ideais, seja por meio da
fala, dos gestos, da escrita ou das artes, quando bloqueamos nossas formas de
expressão por vergonha ou timidez. Quando por muito tempo fica em
desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas na região da garganta, dos ombros,
dos braços e das mãos – que são extensões de nossa garganta.
·
Corpo celestial: é o nosso sexto corpo, vinculando-se ao centro de energia
(chacra) conhecido como frontal. A missão do corpo celestial é a sincronização
de nossa mente com os ideais e os objetivos da Mente Divina para que possamos
realizar, por meio de nossos pensamentos, os projetos divinos. Esse corpo
também está vinculado à consciência espiritual e à criação de realidades
supremas. Esse corpo é vinculado ao lobo frontal, aos olhos, aos ouvidos e às
narinas, conectando-se ao corpo físico por meio da glândula hipófise ou
pituitária, controlando a produção das glândulas de todos os corpos antes
citados. Quando está em equilíbrio, produz o espectro azul índigo, a cor
vinculada à consciência, à Mente Divina, ao conhecimento e ao discernimento.
Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos organizar nossos pensamentos,
quando há confusão mental e ideias fúteis, desconectadas da Mente do Grande
Criador. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças
físicas na região dos ouvidos, do nariz, dos olhos e do cérebro.
·
Corpo causal: é o nosso sétimo corpo, vinculando-se ao centro de
energia (chacra) conhecido como coronário ou da coroa. É também conhecido
como corpo akhásico,
ou seja , o corpo onde reside nosso akasha,
a morada do espírito, onde constam nossos registros, nossas memórias, nosso
inconsciente e nosso DNA espiritual. A missão do corpo causal é a conexão com a
Fonte Divina, nosso relacionamento espiritual, com o sentimento de amor divino
e a fé. Esse corpo é vinculado ao cérebro, conectando-se ao corpo físico por
meio da glândula epífise ou pineal, controlando a produção das glândulas de
todos os corpos antes citados. Quando está em equilíbrio, produz o espectro
violeta, branco ou dourado, cores vinculadas à Divindade. O corpo causal
desequilibra-se quando não conseguimos desenvolver a espiritualidade, quando existe
ceticismo, falta de fé e de relação com o Divino. Quando por muito tempo fica
em desequilíbrio, podem ocorrer doenças degenerativas do cérebro, síndrome do
pânico, depressões e tendência suicida.
Aprendendo
sobre os corpos sutis, podemos concluir que cada um deles representa um “eu”
separadamente, e unidos formam o ser humano integral, possuindo muitos desafios
em cada um desses aspectos.
Tudo o
que acontece nesses seis corpos não materiais é refletido no corpo físico. E
tudo aquilo que fazemos ao nosso corpo físico é gravado nos corpos sutis e ecoa
pela eternidade. Embora abandonemos nosso corpo físico no final de cada vida,
ele deve ser honrado, cuidado e preservado, para que os corpos sutis estejam
sempre saudáveis.
Quando
conseguimos realizar a missão de cada um desses corpos, nosso corpo físico é
queimado no éter espiritual e somos dispensados do processo de reencarnação,
não necessitando mais habitar em um corpo físico, pois, cumprindo a missão de
nossa alma, dominamos a experiência humana e vencemos os desafios terrenos. É
como tirar uma boa nota em uma prova: isso nos libera da obrigação de repeti-la
até obter um “dez”. Costumo dizer, em cursos e workshops, que a
Terra é uma escola e nossos testes são nossos corpos sutis, com toda a sua gama
de desafios a serem vencidos, limpos, transmutados. Uma vez que os desafios
forem cumpridos, aprontamo-nos para experienciar mundos mais sutis, pois a
etapa da Terra foi vencida!
Embora
essa questão, para a maioria das pessoas, seja simples de compreender, nem
sempre é fácil de colocá-la em prática, pois nossa educação e treinamento na
vida são voltados somente para o Plano Material, esquecendo-nos dos outros Seis
Planos, que são tão importantes quanto o plano físico ou denso.
Entretanto,
existem muitos caminhos para evoluir, para melhorarmos os aspectos nos quais
ainda não obtivemos uma boa nota! Como em uma escola tradicional, a escola da
vida exige estudo, conhecimento, experimentação, prática e implementação. E é
isso que veremos a seguir.
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