VACCARI: A VACARIA VACANDO

Essa vacaria toda estava vacando na beira do brejo, mastigando o meu dinheirinho que destino todo mês, todo o ano, ao Governo, quando me cobram o Imposto sobre minha Renda. Também vacavam sobre os demais impostos e taxas  que pago rigorosamente para que não cortem o meu direito à água que consumo, à energia elétrica que usufruo, à posse do meu veículo, enfim, sobre cada uma das minhas atividades de lazer e de sobrevivência. Então, essa vacaria toda, esses "vacos" e essas vacas que roubaram o público e enfiaram no seu privado, causando muito do descalabro social, agora estão no brejo. Aliás, penso que a Dilmona preconizava algo, com toda sua delicadeza, ao utilizar na linguagem presidencial um "nem que a vaca tussa". Pode?!
Aliás uma das vacas ainda está foragida, mas logo lhe lançarão o laço e a levarão ao brejo.


http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/mpf-mulher-de-vaccari-recebeu-r-9-mi-em-oito-anos/

VOTAÇÃO DISTRITAL, MAS EM PARCELAS

Bem, está dado um pequeno, mas importante passo para a reforma política. Embora tímida, quanto ao seu contexto, para aplicação apenas em cidades com mais de 200.000 eleitores, já podemos vislumbrar avanços para adoção ampla do voto distrital. Mais que isto, penso que o melhor caminho, junto com a votação distrital, seja a adoção do parlamentarismo como sistema de governo. Embora há aqueles que não acreditam neste modelo como a melhor solução para o Brasil, não vejo outra alternativa, em face do que ocorre no sistema atual.
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Senado aprova voto distrital para eleição de vereadores

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
22/04/2015  15h15
3811106
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O Senado aprovou nesta quarta-feira (22) projeto que institui o voto distrital para a eleição de vereadores nos municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores. Pela proposta, cada município seria dividido em distritos, e cada um deles elegeria um representante para a Câmara de Vereadores.
O número de distritos do município será, pelo projeto, igual ao número de vagas da Câmara Municipal. Cada partido fica autorizado a registrar apenas um candidato por distrito.
De autoria do senador José Serra (PSDB-SP), o projeto foi aprovado em caráter terminativo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Se não houver recurso para ser votado no plenário da Casa, segue diretamente para análise da Câmara dos Deputados.
O projeto altera a lei eleitoral para fixar o sistema de votação distrital às Câmaras de Vereadores. A ideia dos senadores é que o texto seja aprovado pelos deputados até outubro, a tempo de valer para as eleições municipais de 2016.
No modelo que está em vigor, a eleição de vereadores segue o sistema proporcional, em que os votos do partido ou coligação são levados em conta na distribuição dos candidatos eleitos. No sistema distrital, o voto é majoritário, elegendo o candidato que recebe o maior número de votos.
Pela proposta, cabe ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) dividir e fixar os distritos onde ocorrerão as eleições. O tribunal deve seguir critérios como contiguidade territorial e igualdade do voto entre todos os eleitores. O projeto também determina que a diferença entre o número de eleitores do distrito mais populoso e o menos populoso não pode exceder 5% no mesmo município.
Relator do projeto, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afirma que o sistema distrital deve atingir cerca de 90 municípios em todo o país, onde já há segundo turno das eleições. Como são as cidades mais populosas, cerca de 30% do eleitorado nacional deve ser atingido com a mudança, caso o texto seja aprovado pela Câmara. O projeto é um dos que integra o "pacote" da reforma política.
"Por serem capitais e grandes centros, constituem excelente referência para a experimentação e educação política do povo brasileiro", disse o relator.
Líder do PT, o senador Humberto Costa (PE) apresentou voto em separado contrário ao sistema distrital. O petista afirma que o Congresso Nacional vai violar a Constituição ao aprovar um modelo fora do sistema proporcional, previsto pela legislação do país.
"Em tese, ele viola o princípio da representação proporcional presente no artigo 45 da Constituição Federal, que é perfeitamente aplicável às eleições legislativas municipais", afirmou o petista.
Para Serra, o voto distrital é viável porque reduz o número de candidatos, os custos de financiamento das campanhas eleitorais e aumenta a proximidade entre os candidatos e os eleitores.
"As eleições para vereador constituem, por sua importância, uma excelente oportunidade para começar a aplicar esse sistema. Trata-se de uma experiência para comprovar os bons resultados esperados do modelo majoritário e, consequentemente, para servir como base à futura discussão a respeito das eleições para deputados estaduais e federais", afirmou o tucano.

Na versão original, o projeto acaba com a propaganda eleitoral dos vereadores, uma vez que seria de difícil implantação em cada um dos distritos. A CCJ, porém, retirou essa proibição, abrindo caminho para que os congressistas definam futuramente como poderá ser realizada a propaganda partidária dos candidatos às Câmaras Municipais. 

O REALISMO FANTÁSTICO É NOSSO

Gabeira é bom naquilo que escreve, traduzindo em suas linhas a empatia com o pensamento ou, melhor, com o sentimento do povo brasileiro. Neste texto, então ... !, ele se superou. Foi um pouco de Poe, pelo lado do horror cômico, assim como foi um pouco de Mayakovski, pelo viés da sátira como crítica. Respeitadas as proporções entre ele e os poetas, claro! Gostei bastante quando ele correlaciona o nosso momento ao realismo fantástico de "Cem Anjos de Solidão". Nada mais oportuno do que esta comparação.
Enfim, boa leitura!
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22/04/2015
 às 20:59 \ Opinião (Augusto Nunes_

Fernando Gabeira: ‘Hora e vez de Sibá Machado’

Publicado no Globo
FERNANDO GABEIRA
Mais uma vez, o povo na rua. Grande parte de nossa esperança está depositada na sociedade. Ela é quem pode dinamizar a mudança. A maioria vai gritar “Fora Dilma”, “Fora PT”. Não há espaço agora para outras palavras. No entanto, a saída de Dilma é apenas o começo. Vai ser preciso um ajuste econômico. Todos deveriam se informar e tomar posição sobre ele. O governo Dilma não se mexe na redução de ministérios e cargos de confiança. Não há um projeto sério de contenção de gastos com a máquina. E sem isso, o impacto do ajuste, aumentando impostos e cortando benefícios sociais, dificilmente será digerido pelo Congresso e pela própria sociedade.
O Congresso é passível de suborno com verbas e cargos. A sociedade, não. Mas um simples ajuste econômico merecia um pouco mais de reflexão para além deste domingo.
Vale a pena retomar um crescimento apoiado no consumo de carros e eletrodomésticos? É possível superar a limitação do voo da galinha na economia brasileira, achar um caminho sustentável?
Os rios brasileiros estão exauridos. Vamos continuar a destruição? A Califórnia luta há anos com a escassez de água. É um estado que sempre soube se reinventar. Abriga a indústria do cinema, o Vale do Silício. Apesar de toda a experiência, a crise atual ameaça seu futuro.
Cada vez que um grande movimento vai às ruas pedindo a saída de Dilma, ela, na realidade, vai saindo aos pouquinhos. Hoje não controla a política, nem a economia. Inaugura, faz discursos para a claque. Apegado à negação de seus erros, o PT é quase um fantasma. Seu líder na Câmara é Sibá Machado. Ele acha que as manifestações do dia 15 e também as de hoje são organizadas pela CIA. E foi ao ministro da Fazenda pedir novos financiamentos para as empreiteiras do Lava-Jato.
A tendência é achar que o Sibá Machado não existe, que é criação de algum escritor dedicado ao realismo fantástico. Mas Sibá existe e ocupa a liderança de um partido com 64 deputados na Câmara. Como foi possível Dilma ser presidente do Brasil? Como foi possível Sibá Machado tornar-se o líder de um partido que está no poder há 12 anos?
Não há espaço para explicar tudo. Mas Dilma é fruto da vontade de Lula, que detesta a ideia de surgirem outros líderes no partido. Sibá é o fruto da disciplina de quem espera na fila a hora do revezamento. Todos podem ser líderes, independentemente de estarem preparados. É a hora e a vez de Sibá Machado.
Estamos atravessando uma atmosfera de “Cem anos de solidão”. Sibá pede mais dinheiro público para quem nos roubou. Dilma afirma que sua tarefa é recuperar a Petrobras, que ela e o PT destruíram. Não acredito que sejam cômicos por vocação, embora o Sibá leve muito jeito. Isaac Deutscher, o grande biógrafo de Trotsky, demonstra que muitas vezes os governos fazem bobagem porque já não têm mais margem de manobra.
O buraco em que o PT se meteu é mais grave do que a estreiteza da margem de manobra. É a escolha de quem se agarra à negação para fugir da realidade. Por isso é que, além dos incômodos da crise, do assalto às estatais e fundos de pensão, o PT irrita. São muitas as pessoas simples que se sentem não apenas assaltadas como contribuintes, mas desrespeitadas pelo cinismo oficial.
Já é um lugar comum afirmar que vivemos a maior crise dos últimos tempos. Nela, entretanto, há um dado essencial: aparato político burocrático segue afirmando que a realidade é a que vê e não a compartilhada por milhões de pessoas na rua.
O que pode acontecer numa situação dessas? Collor saiu de nariz empinado e submergiu alguns anos. Ele chamava verde e amarelo, aparecia preto. O PT chama vermelho, aparecem verde e amarelo.
O curto circuito pictórico parece não dizer nada para eles. No fundo, havia em Collor uma espécie de orgulho pessoal. No PT, há uma confiança na manipulação. O partido no poder escolheu o caminho mais espinhoso. Seu líder na Câmara parece delirar, mas apenas quer cumprir suas tarefas elementares de negação.
O assalto à Petrobras não existiu. As manifestações foram arquitetadas pela CIA, e as empreiteiras, coitadinhas, precisam de grana oficial para financiar nossas campanhas. E os marqueteiros nos observam como jacarés tomando sol. Daqui a pouco vão entrar em ação para convencer a todos que o Brasil é maravilhoso e vai ficar melhor ainda.
É assim que a negação se reflete numa alma simples como a de Sibá Machado. Ele vem de uma região marcada pelas experiência místicas com a ayahuasca, planta que provoca visões. Um pouco distante dali, mas também na Amazônia, o pastor Jim Jones comandou um suicídio coletivo.
Na hora e vez de Sibá, o próprio inferno será refrigerado. Ganha-se muito dinheiro quando se passa pela cadeia, como fez José Dirceu. E há sempre Cuba e Venezuela para um recuo estratégico.
Vamos para a rua fingindo que os agentes da CIA nos organizam. No fundo, sabemos que se dependêssemos deles, correríamos o risco de uma grande trapalhada.
Mas pra que contrariar Sibá Machado e o PT na sua fase tardia ? De uma certa forma, já não estão entre nós. Morreram para o debate racional.

ESMAGANDO A PULGA

Não sou daqueles que admiram em 100%  o que escreve Reinaldo Azevedo. Fico aí pelos 70%, se muito! Agora, acompanhando o comentário dele sobre Crivella, em relação à posição deste sobre Fachin, não posso deixar de registrar o debate que ambos estabeleceram na rede, com um massacre de Reinaldo sobre  Crivella. Na coluna de hoje, Reinaldo expõe a carta que recebeu do discípulo de Edir sobre o texto de ontem e, na sequência, mostra a resposta que deu ao "bispo". Esta, a resposta, é um primor de esmagamento da tentativa de reação do universalista, também senador. Ideia por ideia, frase por frase, Reinaldo Azevedo humilha Crivella, com a contraposição argumentativa, a descaracterização da soberba bispal e a ironia, ah!, a fina ironia, a tal ponto que pareceu-me o ato de esmagar uma pulga com a unha, como o fazemos quanto necessário. 
Vale a pena a leitura.
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27/04/2015
 às 20:08

Crivella não gostou do que leu aqui e enviou uma mensagem. Eu a publico na íntegra e respondo

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) não gostou do texto que escrevi sobre a indicação do advogado Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. Parece ter gostado menos ainda da forma como o caracterizei. Leiam a sua mensagem. Comento em seguida.
Prezado Reinaldo,
Acabo de ler sua coluna. Leio sempre que posso. Admiro a altivez na apresentação dos argumentos embora nem sempre concorde. 
Na de hoje, permita-me esclarecer que quando você me denomina senador da Igreja Universal e senador do bispo Macedo, comete um equívoco que macula o texto, pela simples razão de que eles não possuem representação nessa Casa da Federação.
Aqui são representados os 26 Estados e o Distrito Federal em igual número de senadores, para que haja o equilíbrio federativo.
 
Eleito e reeleito pelo bravo estado do Rio de Janeiro, já fui inclusive escolhido pela sua prestigiosa empregadora, como o quinto com melhores projetos e, pela Transparência Brasil, o segundo.
Percebi que você está inconformado com a indicação do novo ministro do STF e respeito suas razões. Eu não direi que você é um vendido a serviço das oligarquias com objetivo de desqualificar sua participação no debate. Jamais. Vou respeitá-lo. Bom seria se pudesse contar com a sua reciprocidade. 
Atenciosamente,
MCrivella
Comento
Senador Crivella, tenho apreço pelas palavras. E o convido a agir do mesmo modo. É visível que não sou o seu prezado. Mas a insinceridade é o menor dos males em sua mensagem.
Em primeiro lugar, eu, de fato, o chamei de “senador da Igreja Universal” — além de senador do Rio (releia), mas não de “senador do Bispo Macedo”. Este segundo, digamos, genitivo, não lhe diz respeito, mas sim à igreja. A sintaxe do meu texto é claríssima.
Sou grato pelo seu esforço de me ensinar a essência da representação da Câmara Alta, mas devo dizer que já a conheço. Ao fazer a referência à denominação religiosa, quis relevar o peso que a sua igreja teve na sua eleição. Ou não teve?
Tenho três “empregadoras”, senador. A opinião que cada uma delas tem não corresponde necessariamente à minha. Essas empregadoras me pagam para que eu emita a MINHA OPINIÃO, NÃO A OPINIÃO DELAS. Afinal, assim fosse, por que precisariam de mim?
Definitivamente, não me obrigo a ter a opinião dos meus empregadores, mas, se me permite, eu o aconselharia a ter a opinião do seu. Não me refiro, claro!, a Edir Macedo, mas ao povo do Rio de Janeiro.
De fato, o senhor não teria como dizer que sou “um vendido a serviço das oligarquias” pela simples e óbvia razão de que não apelo ao voto dessas oligarquias para manter o meu emprego ou para conquistar posições. Não são as oligarquias que fazem desta página o blog de política mais lido do país. Não são as oligarquias que fazem do programa “Os Pingos nos Is” líder absoluto de audiência. Não foram as oligarquias que me convidaram para ser colunista da Folha. E, se a minha coluna, no jornal, está entre as mais lidas, certamente não são as tais oligarquias que garantem essa posição.
Mas há mais do que isso: não creio que as oligarquias quisessem comprar a minha opinião porque, até onde acompanho, elas são parceiras do governo de turno.
Ademais, qual é a sua sugestão senador? Que a defesa da família é um fundamento de oligarcas? Que contestar que “mulher” e “amante” estejam em pé de igualdade perante a lei é outro princípio dos plutocratas? E olhe que o pensamento do advogado Fachin ainda não foi deslindado como deve, o que prometo fazer.
Não o desrespeitei, não!, senhor senador. Apenas lembrei o peso que a questão religiosa tem na sua eleição. E isso não me parece desdouro nem vergonha. Ademais, tenho, e me orgulho disto, o respeito da esmagadora maioria dos evangélicos porque respeito a crença religiosa, mesmo quando discordo de seus pressupostos.
Eu reajo, isto sim, a interpretações um tanto largas do texto bíblico. Numa de suas pregações, vi o bispo Macedo, seu líder espiritual, recorrer ao Eclesiastes para defender o aborto, o que considero uma ignomínia — o aborto e a interpretação. É bem verdade que, diante de tal enormidade, a dissolução da família pode até parecer um mal menor. Combato os dois males.
Continuarei fiel a meus empregadores, senador, dizendo com clareza tudo o que penso sem lhes pedir licença. Espero que o senhor seja fiel ao seu e, ao dar o seu voto na questão em particular, pense nos valores daqueles que o elegeram. Seus empregadores o elegeram para representá-los. Os meus empregadores me elegeram para representar-me.
Respeitosamente,
Reinaldo Azevedo
Por Reinaldo Azevedo

MISTURA EXÓTICA

Deixo de comentar o conteúdo abaixo, pois ele é um misto de comédia, tragédia, sacanagem, roubo ou ... inteligência, claro! Mas, por que não burrice, acima de tudo?


http://www.implicante.org/blog/a-incrivel-historia-da-banca-de-jornal-que-virou-grafica-e-recebeu-r-16-milhoes-da-campanha-de-dilma-rousseff-em-2014/

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Inquestionavelmente, sou daqueles que defendem a redução da maioridade penal. Não que este seja o caminho melhor para a diminuição da criminalidade. Mas é um deles! Não é mais possível conviver com pessoas na faixa de idade inferior a 18 anos que pensam e agem criminalmente como qualquer dos demais adultos. Assim, penso que a mudança da faixa para 16 anos é a saída correta, para o momento. PARA O MOMENTO!
Penso que pelo panorama social que vemos e pela situação sentida, logo haveremos de passar a discutir uma redução mais acentuada.

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A "SOLUCIONÁTICA" DO ENGODO

Pois é! As figuras do pombo enxadrista e do pardal desordenado andam de mãos dadas com o PT e com sua camarilha dirigente. A análise do engodo que está posto à frente da "solucionática" petista para o momento nacional, é perfeitamente esboçada no texto abaixo.




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Frente Ampla do Atraso

Por  em 11/04/2015
Observando o que acontece com o PT, fica-se a pensar na possibilidade desse partido não ter construído sozinho suas estratégias para alcançar o poder e lá permanecer. Afinal, parece não haver mentes brilhantes na grei petista.
Lula_Diadema_discursoTampouco Lula da Silva é um gênio do jogo político ou um estadista como exageram alguns. Sem dúvida, foi escolhido pela cúpula petista e algo acima por sua retórica verborrágica que faz dele um enganador bem-sucedido. Além disso, Lula se ajustou hipoteticamente à ideologia marxista como uma espécie de proletário. Ajudou sua origem simples e o fato de ter passado rapidamente pelas lides metalúrgicas. Construiu-se, então, a imagem do homem comum tão bem aceita pela massa por transmitir aquela agradável sensação de identidade: ele é um de nós que chegou lá.
Habilmente, a propaganda consumou o culto da personalidade que ampliou o poder de enganação do “pobre operário”, contra o qual toda crítica foi tomada como preconceito e heresia. Lula da Silva consagrou o detestável politicamente correto que inibiu os que poderiam arranhar seu santo nome.
Com medo de sua popularidade, qualquer oposição, partidária ou institucional, calou-se diante de seus desmandos, de suas gafes, de seu linguajar chulo e insultante à língua portuguesa. E essa aceitação incondicional, mais a propaganda de fazer inveja a Goebells deram aos “mandarins” petistas e a Lula da Silva a força que parecia os tornar invioláveis.
No entanto, se Lula foi hábil como orador de porta de fábrica, perito como politiqueiro, nunca administrou o País. Seu negócio foi jogar futebol, comer churrasco e fazer viagens dignas de um emir. Em suma, Lula é um falsário e uma fraude construída não só pelo PT, mas por uma organização internacional, o Foro de São Paulo, fundado por Lula, Fidel Castro e outros do figurino esquerdista. O objetivo do Foro é promover a integração da América Latina e formar a Pátria Grande Comunista através de partidos, entidades de classe, ONGs, movimentos sociais.
Na quarta tentativa, o PT chegou ao poder mais alto da República. Não foi preciso dar um tiro sequer. Lula vestiu Prada, mudou o discurso, deslumbrou a hoje achincalhada classe média composta por intelectuais, estudantes, professores, artistas, religiosos, profissionais liberais, jornalistas, funcionários públicos, que fizeram de sua ideologia uma religião, do PT uma seita e sentiram-se guerreiros imortais da luta de classes. Lula prometeu tirar os pobres da pobreza. Aos ricos garantiu mais lucros.
Ao tomar posse, a nova classe dirigente deu continuidade à política macroeconômica do governo anterior, antes criticado de modo estridente, inclusive, aos berros de ‘fora FHC’. Não foi dado calote no FMI nem se rompeu com os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, utilizou-se a política econômica antes xingada de entreguista e neoliberal.
Por outro lado, avançou a centralização do PT que dominou o Legislativo, o Judiciário e significativa parcela dos meios de comunicação. Na mesma linha intervencionista e autoritária, houve várias tentativas de censurar a imprensa, como as Comissões de Redação, a criação da ANCINAV (Agência Nacional de Cinema e Áudio Visual) e a instituição do CFJ (Conselho Federal de Jornalismo). Agora, o governo petista fala em regulação da mídia e Rousseff apontou a necessidade de punir os “crimes” cometidos na Internet.
Mas se o Foro de São Paulo é comunista, como poderia dar certo se esse sistema fracassou em todo o mundo? Quer melhor exemplo de fracasso econômico e social do que o da Venezuela, Bolívia, Argentina? Quanto a Lula da Silva, se surfou por 12 anos na demagogia, encontrou o fim de todo malandro: foi engolido por sua esperteza. Isso se deu quando ele elegeu o “poste” Rousseff. Nos quatro anos em que continuou como presidente de fato, ele e sua criatura que não consegue juntar uma frase com outra, detonaram a economia brasileira, enquanto a corrupção desenfreada atingia seu auge com o escândalo do petrolão.
O PT tenta resistir, fala em hegemonia do partido, propõe tirar verbas da imprensa não domesticada, proclama-se inocente. Entretanto, não há governo que resista quando a economia vai mal. Em pânico, os dirigentes petistas percebem que até Lula da Silva não é mais o mesmo. Rousseff, a incompetente, totalmente desacreditada, é descartável e já foi substituída por seu vice Michel Temer (PMDB), mas sem Lula o PT acaba, pois quem poderá substituí-lo em 2018? Mercadante? Haddad? Marco Aurélio Garcia? Rui Falcão? Impossível.
Então, quem sabe se, por inspiração do Foro de São Paulo, Lula da Silva já sonha com a criação de uma Frente Ampla, que esconderia o PT desmoralizado e englobaria partidos de esquerda, ONGs, ditos movimentos sociais, enfim, tudo que compõe a tranqueira esquerdista do Brasil? Os candidatos não sairiam pelo PT, mas da Frente Ampla do Atraso. Uma ideia engenhosa. Resta saber se vai dar certo.

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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