RESPONSABILIDADE É ISSO

País sério, porquê preocupado com seus cidadãos e com a manutenção do estado de responsabilidade de cada um, age assim. Importa menos sua ideologia e mais, muito mais!, a valorização individual e comunitária. É claro que por lá ocorrem desacertos no trato da cidadania, mas o sentido da responsabilidade ainda é visível. 
Já, por aqui...bem, sabemos o quê ocorre. Enfim, pelo menos nesse ponto, tive inveja dos chineses.
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Autoridades da China prendem 11 pessoas por deslizamento de terra em Shenzen
O ESTADO DE S.PAULO
01 Janeiro 2016 | 10h 55
No mês passado, montanha de resíduos de construção que havia sido levantada contra uma colina desmoronou durante chuvas fortes, matou 12 pessoas e deixou 62 desaparecidos
Pequim - Autoridades do sul da China prenderam 11 pessoas depois que um deslizamento de terra em um local de despejo de resíduos de construção matou 12 pessoas e deixou 62 desaparecidos no mês passado. Promotores da cidade de Shenzhen, em um comunicado na quinta-feira, disseram que um despachante e o supervisor do local, além do gerente chefe e o vice de uma empresa responsável pela operação de descarga, estavam entre os presos.
Em 20 de dezembro, uma montanha de resíduos de construção que havia sido levantada contra uma colina desmoronou durante chuvas fortes, atingindo um parque industrial de Shenzhen. A cidade, que fica perto de Hong Kong, produz bens que vão desde telefones celulares a carros, e atrai trabalhadores de todas as partes da China.
Os promotores disseram que as 11 pessoas foram acusadas da negligência que teria causado o grave acidente. Eles também pediram que a polícia rastreie outros suspeitos.
Um funcionário no distrito onde o aterro foi localizado pulou de um prédio cerca de uma semana após o desastre. Não estava claro se o homem, identificado apenas pelo sobrenome Xu, estava sob investigação a respeito do deslizamento de terra. No entanto, como chefe do Escritório de Gestão Urbana do distrito, suas responsabilidades gerais incluiriam as que regulam as empresas e locais de construção na área.
Especialistas têm chamado o deslizamento de terra de um desastre provocado pelo homem, levantando a possibilidade de sanções duras para qualquer responsável. Apesar da ameaça de prisão sobre acidentes industriais graves, a falta de supervisão regulatória e o corte de custos muitas vezes levam a desastres mortais na China.

CONHECIMENTO COMO ASPIRAÇÃO DO SER HUMANO

A LOGOSOFIA é uma área do conhecimento que deve ser melhor conhecida e compreendida. Abaixo, exponho uma breve artigo  sobre o tema.
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Para dar maior conteúdo à vida
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

O conhecimento é uma das posses a que mais deve aspirar o ser humano

No homem existiu sempre, por lei natural, a inclinação para a posse; possuir uma coisa constituiu-se em todas as épocas um prazer, experimentado desde o momento em que se pensou na posse até seu alcance. Isto, naturalmente, dá um conteúdo à vida durante todo o tempo em que se mantém vivo o pensamento da posse. Há uma sensação agradável, que chega a presidir a vigília e até o sono, sobretudo quando se produz a aproximação ao desejado, e, enquanto dura e se realiza a aspiração, o ser vive feliz.
Apesar de a vida humana ser um constante possuir, a maioria ignora como é possível cumprir este desígnio sem que cada posse produza tormento e aflição, em vez de dar felicidade. Há que saber o que se quer possuir, e saber, também, se tal posse haverá de identificar-se com a vida e será elemento fértil para o cultivo de futuras prerrogativas. Deve-se possuir, então, aquilo que ofereça felicidade com projeções ao eterno, para que ela não seja efêmera. Esta verdade deve ser para cada um o sol que ilumine os dias da existência.
Muitas vezes se tem visto as pessoas sentirem felicidade enquanto buscavam por todas as partes do mundo a posse, por exemplo, de um selo, a qual manteve viva nelas a ilusão de encontrá-lo. Uma vez em suas mãos, é colocado em um álbum que se fecha, acabando ali a posse. Tal fato constitui a própria negação da posse, porque toda coisa nova que se possua deve enriquecer o acervo pessoal e tudo quanto forme a própria vida, aumentando a felicidade, a alegria e oferecendo uma nova possibilidade.
O homem pode traçar para si uma norma de conduta, procurando na posse de algo que lhe embeleze a vida, ou lhe dê conteúdo, o vigor do qual tanto necessita a alma nos momentos difíceis e que tão somente lhe pode dar a felicidade sabiamente experimentada e vivida, e a alegria e a confiança no que possui. Não é olhando para aqui e para lá, dizendo "isto me agrada, e isso também, e aquilo e mais aquilo”, como se poderia encontrar prazer, senão que esse prazer há de achar-se na segurança de sentir-se dono do que já se possui e em saber que ainda se pode chegar a possuir muito mais, com inteligência e bom juízo.
É necessário dar à vida um conteúdo, que pode ser aumentado pela qualidade das posses a que se aspire. O conhecimento é uma das posses a que mais deve aspirar o ser humano, visto que facilita a posse de tudo mais. Ainda que em determinado momento se perca integralmente o material, se conservarão intactas as posses espirituais. O material poderá ser reconstruído, poderá ser novamente possuído; mas nunca caia o homem na aberração da conquista material exclusiva, pois lhe faria perder o patrimônio do espírito, que é de essência eterna. 

IMPOSTÔMETRO

Ontem, conhecemos a apuração do Impostômetro, aquele sistema automático que calcula o quanto de impostos já pagamos, a partir de dados obtidos pela média da arrecadação auferida pelos poderes federal, estaduais e municipais. Pois bem! passamos dos 2 TRILHÕES DE REAIS, não milhões, nem tampouco billhões, mas TRILHÕES! Aí, então, vemos lá, no lado oposto, a tabela comparativa, aquela que mede ou confronta os benefícios que recebemos por haver contribuído tanto com o sistema governamental. Esta tabela evidentemente não existe, ela é criada pela nossa memória e da vivência daquilo que queremos, mas não vemos oferecido pelo Governo como contrapartida. Quase nada foram os benefícios a respeito de tudo isso, e não podemos considerá-los benefícios dados, mas obrigatórios do governo, já que nós pagamos por tudo o que deveríamos ter. Acessando a página  http://www.impostometro.com.br/ veremos que há uma tabela do crescimento, ano após ano, dessa parcela que nos é subtraída, assim como, um quadro comparativo de quantos dias anuais são necessários trabalhar para pagar impostos, em relação a outros países. Os dados que veremos correspondem a crescimentos anuais significativos, especialmente no governo petista, aquele com retórica tonitruante ao longo das décadas e dos demais governos brasileiros, contra os impostos exorbitantes, contra a falta de retorno social, contra a ausência de infraestrutura.
Eis, então, a característica enganosa da "lullocracia", pelo lado político, ou da "lullose", pelo lado da doença epidêmica que assola o País. Sugiro, pois, acompanhar os dados apurados no sítio indicado, pois aí estão os absurdos obtidos pelos meios ditos legais, mas imorais, pois pressionam covardemente toda a população. Já com relação aos dados daquilo que deveríamos receber em troca, mas não obtemos e padecemos pela falta desses benefícios, as informações correspondem à nossa vida diária, sem saúde pública adequada, sem segurança nas ruas e nas fronteiras, sem infraestrutura nas rodovias, mas com muito populismo, aquele que possibilita pendurar os paletós nas cadeiras inúteis do serviço público, garantindo o dízimo ao petralhismo. 
Enfim, vivenciamos a exaltação da arrogância canalha e oportunista, ao mesmo tempo que sofremos os resultados da incompetência gerencial sobre uma Nação, que ocorre não sei se apenas pela falta de preparo, ou se pela esperteza em organizar o saque, ou, até, por inapetência total pelo trabalho. 
A união destes três fundamentos é que nos dará a síntese do que é o "lullopetismo".

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O ITAMARATY VESGO E DOMINADO PELO TOP-TOP GARCIA

A informação contida no texto abaixo, mostra como é direcionada a política brasileira no contexto internacional. Nada em favor da sobrevalorização dos Direitos Humanos, nem tampouco contra esses direitos, mas, levando em conta o caráter dito ideológico, mas nem tanto, do governo petista, esperava-se que ocorresse um inflexão mais dignificante da política externa nesse contexto. Afinal, os fundamentos HUMANITÁRIOS são direitos conseguidos pela evolução da Humanidade e nada pode sobrevir que tolha essa evolução. Por esta razão, perder espaços em fóruns opinativos e decisórios sobre o tema deve ser considerado da mais acentuada ambliopia mental, se não canalhice governamental. Neste e em casos do relacionamento internacional, a política externa brasileira tem se mostrado ciclotímica e pusilânime, destruindo uma construção retórico-institucional que punha o Brasil como interlocutor confiável nas relações entre os países.
Vê-se hoje que o tom das propostas contém uma dialética "gramsciana" distorcida, apenas enfatizando o populismo e o oportunismo petista de ser  "pudê". A História registra e mostrará para o futuro o mal que a epidemia de "lullose" fez ao País e a destruição sofrida pela Nação brasileira.

É claro que pelas projeções de ocupação do espaço abdicado, há uma clara intenção de valorizar a presença de países com acusações no tema, estando aí valorizado, e acima de tudo, o bolivarianismo retrógrado e pernicioso para as populações latino-americanas.
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Brasil deixa posto no Conselho de Direitos Humanos da ONU
ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO
A partir de 1º de janeiro, o Brasil ficará, pela primeira vez desde a criação do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2006, voluntariamente de fora do grupo de 47 países que deliberam sobre o tema nas Nações Unidas.
O Brasil poderia ter se candidatado a um segundo mandato consecutivo em setembro passado, mas não o fez.
 Para os três lugares que estarão vagos para a América Latina e o Caribe após o dia 31, foram eleitos em outubro Panamá, Equador e Venezuela –os dois últimos países com preocupante histórico de violações de direitos humanos.
A Venezuela também tem seu mandato expirado na próxima quinta (31), mas se candidatou e foi reeleita para mais três anos.
Cada país pode permanecer como membro por seis anos consecutivos –incluindo uma reeleição. Depois disso, deve ficar um ano de fora antes de concorrer de novo.
O Brasil estaria então adiantando de 2019 para 2016 seu ano fora do conselho –já que, segundo o Itamaraty, o país já é candidato para o período entre 2017 e 2019.
"A decisão está em linha com compromisso informal dos Estados de evitar a reeleição imediata, estimulando, assim, maior rotação dentro dos cinco grupos regionais que formam o conselho", justificou, em nota, o Itamaraty.
ANO COMPLEXO
O problema, para ativistas, é o Brasil ter abdicado de seu assento no órgão num período de crises humanitárias sérias, como a grave situação dos refugiados, os conflitos na Síria, no Iraque e no Iêmen, e a repressão a opositores na Venezuela, entre outras.
"Dar espaço para os outros não é uma decisão do Brasil, é uma regra. Esta foi uma decisão política", diz Camila Asano, coordenadora de Política Externa da ONG Conectas.
"Num ano tão complexo, com questões que envolvem desde disputas entre direitos humanos e combate ao terrorismo à questão da migração, o Brasil precisaria ter a voz comprometida com os direitos humanos que diz ter."
Para Fernanda Lapa, coordenadora-executiva do Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos, a decisão do Brasil foi uma "decepção".
"Parece-nos que foi mais para sair desse papel de protagonista, de ser cobrado pelas suas posições", diz, lembrando as críticas que o governo recebeu neste ano por se abster em resoluções sobre violações de direitos humanos no Irã e na Síria.
Em 2016, ocorrerá a revisão periódica da Venezuela no conselho –o que poderia colocar o governo, que quase sempre evita declarações mais duras contra Caracas, numa saia-justa em Genebra.
ATIVO
O Itamaraty argumenta que o Brasil "se manterá ativo no foro por meio de pronunciamentos e manifestações, concertação de posições com os países-membros, o apoio e copatrocínio de resoluções", entre outros.
Outra razão apontada pelo ministério para não se candidatar foi o "elevado número de cargos/posições nos sistemas internacional e regional" preenchidos hoje pelo Brasil.
"[Isso] exige do governo brasileiro, como dos demais, planejamento estratégico e gestão do conjunto de candidaturas apresentadas em todos os foros", diz a pasta.
Brasileiros estão à frente da OMC (Organização Mundial de Comércio), da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
O Brasil foi membro do conselho de 2006 a 2011 e de 2013 a 2015. Em 2017, será sua vez de passar pela revisão periódica. 


"O BANDO"

Lembras da música " A Banda"? Pois bem, agora há " O Bando", também cantada pelo Chico Buarque (uma imitação dele), aquele bêbado que chama de merda os debatedores de rua. Aquele mesmo Chico que, em 1989, durante a campanha política de Collor e Lulla, cercou o jornalista Alexandre Garcia, em plena rua do Rio de Janeiro, agredindo-o verbalmente, pelas mesmas razões políticas e em defesa do vírus que origina a LULLOSE, aquela epidemia que afeta o país.

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O BANDO
Estava à toa na classe o professor me chamou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Me encheu de frase de efeito destilando rancor
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
O mensaleiro que contava dinheiro parou
E o blogueiro que levava vantagens pirou
A Namorada que gostava de Beagle
Parou para retocar a maquiagem
O Sakamoto que odiava o sistema curtiu
A Marilena que andava sumida Chauiu
A esquerdalha toda se assanhou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Estava à toa na classe o professor me chamou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Me encheu de frase de efeito destilando rancor
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Não tive saco pra encarar Bakunin nem Foucault
Gosto do Chico e acho que ele é um grande cantor
O Professor falou que a coisa mais bela
Era explodir bomba feito o Marighella
A Marcha rubra se espalhou e a direita não viu
O Paulo Freire virou santo e fudeu com o Brasil
A Faculdade toda se enfeitou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Eu vi que o capitalismo era feio e cruel
Eu vi que em Cuba era bom e que eu amava o Fidel
Anotei tudo no iPad e pus no computador
Depois eu vou te ensinar porque eu virei professor

COMPARATIVOS ABSURDOS DE UM (DES)GOVERNO PETISTA

Ontem soube da notícia que Dilma havia autorizado a portentosa quantia de 6,6 milhões de reais para ajuda aos municípios e as famílias respectivas, afetados pela enchente no Rio Grande do Sul. Agora, pela manhã, busquei os dados aferidos mais proximamente no tempo e verifiquei que são 40 municípios e 2204 famílias atingidas pela enchente. Aí, então, calculei os valores equivalentes na média a cada uma das cidades: 165.000 reais. Mas, se fôssemos destinar às famílias, teríamos: 2.995 reais, por família. Em qualquer um dos casos, parece chacota, não é mesmo? BRINCADEIRA, ENGANAÇÃO, IRRESPONSABILIDADE! Quanto fará um município com sua infraestrutura despedaçada, com 165.000 reais? Quanto comprará, e o quê, cada família que perdeu tudo, com 2.995 reais? 
Pus-me a pensar que, afinal, no Brasil, a coisas são assim mesmo, irresponsáveis, especialmente neste (des)governo petista, dominado pela epidemia da doença "LULLOSE". 
Mas, avançando minha memória, lembrei-me que na recente reunião do COP21, em Paris, Dilma ocupou uma suíte do hotel mais caro da capital francesa e os seus 900 (SIM!, 900 ACOMPÁNHANTES, ocuparam hotéis também caríssimos e todos de 5 estrelas.
Aí, então, parei de pensar e entrei em parafuso.

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Mais de 2,2 mil famílias são afetadas pelas chuvas no RS
Presidente Dilma Rousseff sobrevoou áreas atingidas neste sábado, antes de voltar a Brasília
(Correio do Povo e Rádio Guaíba)
 Novo balanço sobre os temporais divulgado pela Defesa Civil do Estado, no final da tarde deste sábado, eleva de 1.795 para 2.204 o número de famílias atingidas no Rio Grande do Sul. Dessas, 1,8 mil estão em casas de amigos ou parentes e cerca de 150 são acolhidas em abrigos públicos. A lista de municípios afetados também aumentou, de 38 para 40, com a inclusão de Rio Pardo e São Gabriel. Até agora, 12 prefeituras encaminharam decretos de emergência ao órgão estadual.

• Dilma: “Prioridade é resgatar as pessoas”

O relatório também aponta que o rio Uruguai subiu ainda mais na Fronteira Oeste, de 11m para 11,05m durante a manhã de sábado. As cidades da região, principalmente Uruguaiana, Quaraí e São Borja, acumulam os maiores estragos na última semana. Em Alegrete, o rio Ibirapuitã estava mais de 12m acima do nível normal. Na cidade, o Exército auxilia na retirada das famílias atingidas com 10 equipes operacionais percorrendo as zonas alagadas. Com botes infláveis percorrem os locais atingidos.

O escoamento das águas preocupa, agora, as regiões dos vales e Metropolitana. O rio Caí subiu em São Sebastião do Caí e o Gravataí teve elevação em Gravataí e Alvorada. Já o Guaíba, na Capital, apresenta estabilização, embora com nível alto.

Dilma retorna a Brasília após sobrevoar região afetada

Neste sábado, a presidente Dilma Rousseff sobrevoou cidades com maiores prejuízos na Fronteira Oeste e se comprometeu a auxiliar financeiramente na recuperação de estradas e lavouras. O saque do FGTS para famílias que ainda não haviam requisitado o benefício em enchentes anteriores também deve ser agilizado. A longo prazo, prefeitos e a presidente concordaram em trabalhar para que a população ribeirinha seja realocada para áreas de menor risco, através de projetos habitacionais.

Pouco antes das 17h, Dilma deixou sua residência na zona Sul de Porto Alegre e voltou para Brasília. Na ocasião, ela não conversou com os jornalistas. 

PENSAMENTOS QUE ANDAM POR AÍ

Apenas para conhecermos pensamentos que andam por aí. Só para conhecermos!


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O PENSAMENTO DO CLUBE MILITAR:

 ”UMA SESSÃO PRA

LÁ DE SUSPEITA”


Gen Gilberto Pimentel
Presidente do Clube Militar
21 de dezembro de 2015
Uns dizem que o Supremo comportou-se como um autêntico tribunal bolivariano. Outros, que o STF exorbitou da sua competência constitucional e invadiu os poderes inerentes ao Legislativo. Terceiros acrescentam, ainda, que ao dar pleno poder de decisão ao Senado, a mais alta instância do poder judiciário desmereceu o regimento da Câmara quando por várias vezes fez valer o seu próprio.
Percebo muito de factível nas críticas dos analistas. Acrescento que essa sessão, jogando por terra a autorização da Câmara para abertura de um processo de impeachment contra a presidente da República, certamente ficará tristemente marcada na história daquela casa pela desilusão que causou a cerca de 93% de brasileiros, segundo pesquisa, que anseiam ver questionado o comportamento do governo petista. Irá para os anais da casa também como a mais suspeita de todas quantas já assistimos.
E bota suspeição nisso. Ficou no ar a clara impressão de que as cartas estavam marcadas. Isso é muito preocupante, pois no Supremo, mesmo que com um pé atrás, estavam depositadas nossas expectativas de mudanças atendendo com rigor aos preceitos legais. Difícil crer, agora, que o Senado aprove o prosseguimento da ação.
Recordemos que no primeiro dia da sessão plena, o ministro relator da matéria, Luiz Edson Fachin, em alentado relatório de quase duas horas, para surpresa geral, aprovou ponto por ponto a proposta do Congresso. Ora, Fachin é aquele mesmo que só teve seu nome aprovado para o STF em face do empenho total da máquina do Executivo, o que foi visto até como a caracterização de interferência indevida de um Poder em outros.
A partir dali, a certeza da aprovação do que o Congresso deliberara foi tanta que o comentarista político Merval Pereira chegou a afirmar num jornal da noite tudo indicar que a tese seria acatada por unanimidade pelos magistrados. Que nada, o primeiro a votar no dia seguinte, o ministro Luís Roberto Barroso, famoso por sua atuação no processo do Mensalão, sempre favorável aos réus petistas, rebateu ponto por ponto as teses de Fachin. Ninguém entendeu.
A partir daí, na realidade, passou a relator da matéria, pois os votos seguintes, nos aspectos essenciais, seguiram os seus. E todos, antes de rechaçar o trabalho de Fachin, parece que combinado, teciam misteriosos elogios ao seu relatório qualificando-a como excepcional, “verdadeira obra de arte”. Houve um que até elogiou sua “perfeita dicção”, qualidade que ele não possui mesmo! Ora, como um trabalho tão perfeito pode ser rejeitado de ponta a ponta! Falsidade ou acerto prévio?
Outro disse que concordava com o relator em tudo, “menos em quatro pontos apenas”. Rematado cinismo, pois eram exatamente os pontos que, uma vez rejeitados, tornavam nulo o trabalho do Congresso e jogavam para o espaço a autorização para a abertura do processo de impeachment.
O mais estranho, porém, aumentando a perplexidade que tomou conta de todos, foi o voto de Dias Toffoli, este, indubitavelmente, o mais ligado ao petismo seguindo quase que na íntegra o voto de Fachin, sobretudo no essencial. Mas percebam que quando Toffoli votou o destino do pleito da Câmara já estava sacramentado.
Coerentes com o que era lógico só os votos de Gilmar Mendes e de um ou outro ministro mais próximo ao petismo. No mais, ficou uma sensação de prévio acerto, se isso é possível, condenável sob todos os aspectos, mais ainda quando se trata do judiciário.

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

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