LULLA, o falastrão

O assunto abaixo já é conhecido de todos, porém vale a pena revê-lo.


_________________________________________

Revelações que o ex-presidente fez dentro de uma avião, revelam como ele conseguiu “levantar” o Partido dos Trabalhadores

Vídeo alvo de ação judicial, contém informações de Lula explicando como usou a igreja católica para chegar ao poder. Ele mostra detalhadamente como usou as pessoas, as comunidades enfim esse vídeo já foi alvo de ação na justiça contra o Youtube, Google.



MAROLINHAS, novamente



Lembremos da MAROLINHA econômica de 2008 e, agora, da MAROLINHA da corrupção. Pois bem, de marolinha em marolinha o lullopetismo vai sendo engolido.

O PIB DA MAROLINHA

Os brasileiros que sofremos os resultados dos desmandos, dos roubos, na incompetência governamental e da inapetência para o trabalho sério e denso que um Governo Nacional exige, devemos lembrar de um certo apedeuta, hoje enrolado com Justiça, dizendo há alguns anos que o Brasil não deveria se preocupar com a crise internacional, pois por aqui chegaria apenas uma marolinha dela. Pois bem, sabemos todos que vivemos um tsunami e que dele estamos longe de nos vermos livres. Enquanto isso, aqueles países que não arrotaram grandezas, cuidaram dos seus negócios, foram honestos e, principalmente, trabalharam, além de terem humildade e tomarem iniciativas de controle da crise, hoje se dão bem.
A tabela anexa que extraí da coluna escrita do César Maia, mostra isto.
________________________________
OCDE:  PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO DO PIB DE 31 PAÍSES E REGIÕES! 2015, 2016, 2017: EUROPA, EUA, JAPÃO E CHINA!
Foi publicado dia 04/02/2016 em Bruxelas. Mostra a previsão de crescimento econômico para 2016 e 2017 dos países da UE, EUA, Japão e China, com um comparativo de 2015.  Destaco a Espanha, com previsão de quase 3% e Portugal com quase 2% este ano. E para 2017, a Grécia com quase 3%, também. Enquanto isso, o Itaú prevê uma contração de até 5% do PIB brasileiro em 2016.
           
Parágrafo que foi destacado no site da comissão, sobre a situação europeia. "As economias europeias têm se beneficiado da conjugação em simultâneo de inúmeros fatores favoráveis. Os preços do petróleo mantêm-se a níveis relativamente baixos, o crescimento mundial é estável, o euro continua a desvalorizar-se e prosseguem as políticas económicas de apoio na UE. Quanto à vertente monetária, as medidas de flexibilização quantitativa adotadas pelo Banco Central Europeu têm tido um impacto significativo nos mercados, tendo contribuído para a descida das taxas de juro e a criação de expectativas quanto à melhoria das condições de concessão de crédito. Dada a neutralidade geral da orientação orçamental da UE no seu conjunto - nem restritiva, nem expansionista – a política orçamental apoia igualmente o crescimento. A prossecução das reformas estruturais e o Plano de Investimento para a Europa deverão igualmente surtir efeito ao longo do tempo."


PARAR DE TAGARELAR

Nem tudo aquilo que está escrito eu escreveria, mas no que se refere à ausência induzida da participação nas redes, ah!, isso sim eu relataria. Também penso como a autora do texto, colunista do The Guardian e ex-redatora de política do The Observer, ambos jornais britânicos de longa tradição.
Nada contra a rede telemática e o seu necessário, adequado e bom uso, mas tudo contra os exageros e as subordinações totais a que  as pessoas se submetem, deixando de levar vidas abertas e normais para cultivar o ensimesmamento, o isolamento e a adoção de padrões deturpados de linguagem e de pensamento.
Ironicamente, alguém já perguntou: "onde estava armazenado todo esse volume que agora se fala e externa aos telefones celulares e nas redes sociais?" 
Boa pergunta, só que sem resposta!
____________________________

Por  Gaby Hinsliff (The Guardian)

Foi uma morte tão intensamente privada quanto público foi seu luto. David Bowie, cremado na semana passada em Nova York, sem espalhafato ou fanfarra, após uma doença que conseguiu esconder do mundo, disse não ao circo de olhares sinistros e agourentos de paparazzi perseguindo o choro de rostos famosos sobre sepulturas. Bowie virou as costas para tudo isso anos atrás, optando por expor minimamente sua vida – com exceção de sua música, disponível para consumo.
Simplesmente parar de falar: talvez essa tenha sido a única coisa realmente radical que restou para se fazer em uma era por demais saturada de informação. Fugir do centro das atenções parece ser o que todos estão compulsivamente buscando: desaparecer, desengajar. Não há maior símbolo de status hoje que não ter símbolo de status algum –pelo menos no sentido Facebook do “olhe pra mim”.
“Durante o Natal, em uma área sem conexão para celular e apenas um instável sinal de banda larga, finalmente consegui terminar a adiada leitura dos livros que vinham se acumulando ao longo do ano sobre meu bagunçado criado-mudo”, conta Jonathan Franzen, autor do livro Purity, cuja heroína é criada sem as facilidades da vida moderna, em uma cabana nas montanhas e com uma mãe estilo hippie que aparentemente busca uma existência simples e imaculada.
Mas a vida ali acaba sendo tudo, menos leve e pura, já que praticamente todos os personagens tentam manter um catastrófico segredo. Mas apesar do livro já estar nas prateleiras há alguns meses, seu tema é estranhamente visionário.
Sem revelar nada, não é talvez por acaso que Franzen coloca sua cabana perto da cidade de São Francisco (EUA), um dos lugares mais conectados e tecnologicamente avançados do planeta, mas sujeito ao ocasional ardente desejo por uma vida mais pura e simples. Steve Hilton, tech guru e ex-diretor de estratégia do Primeiro Ministro da Grã Bretanha, David Cameron, explicou ao jornal The Guardian esta semana por que não usou celular por três anos. Apesar de dirigir uma startup do Vale do Silício e ser casado com Rachel Whetstone, vice-presidente de comunicações e políticas públicas da Uber, Hilton ainda fala por que não quer voltar a algo que associa com “estresse, tensão e ansiedade”.
Em seu livro, Mais Humano (More Human), Hilton também admite que não deixa seus filhos possuírem celulares ou tablets – eles usam computadores só na escola. Aconselha, ainda, a proibição de dispositivos que habilitam filmes na internet para menores de 16 anos, para protegê-los da pornografia.
Eddie Redmayne, Oscar em 2015 de melhor ator por A Teoria de Tudo, também admitiu que durante boa parte do ano passado recorreu à velha escola do “telefone mudo”, que só recebe e faz chamadas ou textos e, assim, largar o vício de ficar obsessivamente checando emails.
Depois da onda do decluttering (se livrar de tudo que é desnecessário), do Janeiro Sem Álcool e do eating clean(uma forma de revigorar hábitos alimentares, dando mais peso à ingestão de grupos de alimentos mais saudáveis), o próximo movimento purgativo parece ser o detox Wi-Fi, que funcionará como uma lavagem intestinal para a mente, expulsando toda a sujeira desnecessária. E talvez seja por isso que o ato de carregar algo que tenha toda a funcionalidade de uma casa de tijolos dos anos 90 começou a ser visto muito positivamente em alguns círculos.
Qual é a melhor prova de que você é simplesmente muito descolado e criativo para estar conectado todo o tempo; de que você precisa estar livre para “pensar grandes pensamentos”?
Assim como uma dieta sugere que, para começo de conversa, você está comendo demais, e se desapegar das coisas desnecessárias é para quem as adquiriu inutilmente e além da conta, entrar em abstinência da conectividade é realmente apenas para privilegiados e populares, que tenham se excedido além da conta.
Para não dizer que, talvez, seja muito mais fácil para alguém com secretárias e lacaios, dispostos a lidar com todos aqueles emails tóxicos no seu lugar. Como a Rainha que se recusa a carregar dinheiro, se desplugar pode ser, em certos círculos, um sinal que você, francamente, tem pessoas para lidar com tudo isso.
Aderir à desconectividade tem tudo a ver com a ideia de que a demanda por sua pessoa é tão ardente que você precisa se afastar da loucura. Mas também que você pode se dar ao luxo de fazê-lo. E mesmo que você tenha que jogar duro para conseguir, mesmo assim as pessoas virão correndo atrás de você. Caso Redmayne fosse ainda um desconhecido ator desempregado, desesperado por qualquer fungadela de contratação, e não um ganhador do Oscar, teria, sem dúvida, despendido o ano passado checando freneticamente seus emails.
Por que meros mortais não podem se desconectar? Claro que parte é por conta de um hábito viciante, por causa de empresas ansiosas e para aliviar o tédio. Mas milhões checam seus emails compulsivamente porque talvez haja ali uma proposta de trabalho – e é isso que a oportunidade espera que você faça.
Não são mais apenas os freelances nervosos e empreendedores individuais que se preocupam se um dia ousarão tirar férias ou perder uma chamada: do contrário, o trabalho irá para outra pessoa. Checar mensagens e atender ligações fora do horário do trabalho tornou-se rotina para muitas vidas de escritório.
Dois terços das pessoas pesquisadas recentemente pelo Centro do Trabalho Futuro (Future Work Centre) mantinham ativas 24 horas as notificações em seus celulares – que te avisam quando há uma nova mensagem. Um toque de recolher da tecnologia seria muito mais saudável para o bem de todos nós. Mas cada vez mais são apenas os imprudentes e os extremamente confiantes que se sentem capazes de desligar-se.
Antes de mais nada, não ser fácil de contatar está, muitas vezes, intimamente relacionado com não ser dócil.  Nos tempos dos pagers (lembra dos pagers?), que eram orgulhosamente carregados pelos membros do Parlamento em Westminster, Ken Clarke era o único político proeminente da Inglaterra que conheci que consistentemente se recusou a usar um celular.
Seu raciocínio parecia ser: se tivesse um telefone móvel, algum tipo indesejável iria ligar para ele. Clarke preferia assistir ao noticiário e decidir quando teria algo a dizer. Logo cedo Kate Moss percebeu, em sua carreira de modelo, o poder de não dar entrevistas. Silenciar era mais “classudo”.
Mas poder não é, necessariamente, o único pré-requisito para se desconectar, fechando-se e movendo-se no caminho de uma existência mais simples e limpa. O outro, penso, é felicidade – ou, pelo menos, estar suficientemente confortável em sua própria pele para não precisar da constante validação de outras pessoas. O quão criativamente realizado e o quão pessoalmente feliz você tem que estar para se deixar perder de vista tão quietamente como o fez Bowie, negando a si mesmo uma última abertura de cortinas para dizer ao mundo que estava morrendo?
Desconectar-se é estritamente para os bravos, não para os necessitados, os inseguros ou qualquer um cuja vida talvez seja preocupantemente vazia quando reduzida ao seu desnudado essencial. E é por isso que a maioria de nós considera uma dieta radical da tecnologia assustadoramente difícil de seguir – porque uma vida mais simples continua sendo uma fantasia. Esconder-se do mundo é muito mais prazeroso quando você sabe que ele virá te procurar.

MIXÓRDIA NACIONAL

O texto de Loyola Brandão é mais um daqueles que expõe uma ínfima parte de uma das mixórdias nacionais do momento. Tudo porquê há muitas mais mixórdias nacionais, das quais conhecemos partes ínfimas delas, de um todo que ainda está por aparecer. Se tudo o quê vem à tona, ocorrem em pleno comando lullopetista, é de se imaginar aquilo que virá quando esse pessoal virar as costas e não conseguir mais deter as rédeas da brincadeira de esconde-esconde dos mal-feitos que ainda não conhecemos, especialmente os conteúdos sigilosos dos gastos com cartões corporativos.
Mas, vale a pena ler o esculacho do escritor sobre o tudo e o todos que envolve a turba lambuzada.
______________________________________
Quero minha cota no tríplex
Por IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO, para o Estadão de 05/02/16

Para lembrar de Julie Christie, que minha geração amou como Lara, e ouvíamos o Tema de Lara e dançávamos ao som das balalaicas (seria isso mesmo?) em Doutor Jivago, tirei o DVD da prateleira, onde repousa há anos. Fui assistindo até que chegou o trecho em que, efetivada a revolução marxista, as pessoas começaram a ocupar e dividir as grandes casas, as mansões suntuosas de Moscou. Jivago se vê perdido naquele momento caótico. Era uma espécie de programa Minha Casa Minha Vida comunista, todos “recebendo” um teto. Não havia mais propriedades, cada pessoa ou família recebia uma “cota” e nela se instalava. 

Foi essa palavra,cota, que me chamou a atenção, ao ler o noticiário do apartamento triplex no Guarujá, tristemente célebre. 

Tristemente porque me incluo no rol dos lesados pela famigerada cooperativa dos bancários. Anos atrás, até compareci a uma comissão de inquérito na Assembleia Legislativa, onde um deputado de nome Mentor, ou coisa semelhante, cada vez que ia me fazer uma pergunta, começava: “Senhor Luiz Ignácio de Loyola Brandão...”. Não respondi, ele insistiu irritado: “Estou fazendo uma pergunta ao senhor”. “Não, o senhor está perguntando ao presidente. Deve amá-lo sobremaneira. Não sou Luiz Ignácio. Sou apenas Ignácio de Loyola.” “Pois então me diga, o senhor é cooperado da Bancoop?” “Não, minha mulher é.” “Então, não há perguntas, o senhor nem devia estar aqui. Quem paga a mensalidade é ela.” “Talvez o senhor não tenha noção do que se chama família. Muito menos renda familiar.O contrato está em nome de minha mulher, mas decidimos comprar a unidade depois de conversas, avaliações financeiras, discussões, considerações conjuntas. A mensalidade sai de nossa renda familiar. Portanto, somos ambos cooperados.” “Não tenho nada a perguntar, desconsidero sua presença aqui, senhor Luiz Ignácio de Loyola Brandão...” 

Aquela CPI deu em nada. Nem sei se anda por aí. O que sei é que perdemos o apartamento, o grupo conseguiu se reunir, se desvincular da quadrilha formada, contratou-se uma construtora e, após anos, estamos pagando de novo o que já tínhamos pago. O PT nos deve uma boa quantia. Ainda vamos pagar mais um ano de mensalidades. Ao ler o noticiário, a palavra cota do triplex me intrigou. Se o apartamento do Guarujá foi dividido em cotas, cadê os outros compradores? Quantas são as cotas? Posso trocar o que me devem por uma cota? Por que nós, roubados, não podemos ficar com uma cota no triplex? O cinismo e a ironia são escárnios em cima dos brasileiros. Falar que o sítio do homem é um puxadinho? Eles sabem o que é um puxadinho? 

Revirando esses excrementos de nossa vida pública me lembrei de um episódio passado com o ex-presidente Harry Truman, quando deixou o posto nos Estados Unidos. Retirou-se para sua casa no interior, em Independence, Missouri, casa que ele e a mulher  Bess  tinham comprado quando se casaram. Ele era procurado por grandes empresas que ofereciam cargos altíssimos e recusava: “Vocês estão oferecendo esse cargo ao presidente da nação. Não sou mais, fui”. Ao deixar a presidência, Truman recebia um salário de US$ 112,56 (cerca de R$ 500,00, hoje). O parlamento soube um dia  que ele respondia a centenas de cartas e pagava os selos do próprio bolso. Foi quando se criou um Fundo de Aposentadoria para ex-presidentes no valor de US$ 25.000 anuais. Um dia, ele foi homenageado em Washington. Foi em avião de carreira, pagou a passagem e o hotel, recebeu a honraria e regressou. 

Talvez não tenha sido grande estadista, como muitos dizem. Mas era íntegro.

NOSSA PEQUENEZ NO COSMOS

O vídeo a seguir, produzido pela NASA, dá-nos a noção de  como somos insignificantes no contexto cósmico, tanto o nosso planeta Terra quanto nós individuais. Enquanto o raio da Terra é de pouco mais de 6 mil quilômetros o do Sol é de quase 170 mil quilômetros. Por outro lado, os ventos solares e suas tempestades seguidamente nos afetam. Há previsões de que nesta década ocorra um novo EVENTO CARRINGTON, tal como ocorrido há 150 anos, devastador e com efeitos transformadores na vida terráquea, segundo estudos acerca da dinâmica da vida solar. Nesse momento previsto, muitos dos serviços públicos poderão entrar em colapso por vários dias e seu modelos deverão se reconstruídos para voltar a funcionar. Os EUA já calculam apenas para si um prejuízo que ronda os 10 trilhões de dólares com o possível evento.
Enfim, e apenas para ilustrar o tamanho da encrenca, remeto o vídeo anexo, que é bastante longo, mas pode nos dar a noção da força que ronda nossa periferia.
______________________________

VIRA-BOSTA, CHOPIM OU LULLA, TUDO A MESMA COISA.

Guardadas as proporções e as diferenças, principalmente sem querer ofender o chopim, pássaro, a vida do LULLA tem parecença, não é mesmo? Dá braçadas na piscinas de dinheiro ganho de forma suspeita; lambuzou-se nos luxos da moradia oficial, como nem sequer FHC, o "príncipe", ousou; os filhos, a mulher, as amantes e ele próprio aproveitaram sôfrega e exaustivamente dos benefícios que antes sempre criticou; sujou-se na corrupção; levou amigos ao fundo do poço enquanto ele próprio "não sabia das coisas ao seu redor"; enfim, ousou e abusou, mas, sempre, revirou o ninho dos outros. 
Obama talvez quisesse ser irônico quando o denominou de "o cara", prevendo, ou já sabendo, que esse personagem seria identificado como o grande chefe oculto de uma imensa quadrilha que saquearia o Brasil. Então, é isso, "o cara" fatura mais de 50 milhões de reais em oito anos e não tem bens significativos no seu nome? Que montagem é essa que permite que ele viva de ninho em ninho que não lhe pertencem?  
É estarrecedor que esse "o cara" tenha enganado milhões de brasileiros por tanto tempo e ainda o faça de forma descarada. Cabe-nos, pois, a esperança que a Lei o vença e não o contrário que ele sempre buscou, vencer a Lei.
___________________________________
CORRUPÇÃO (DIÁRIO DO PODER)
NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS DE LULA FORAM SEMPRE REVESTIDOS DE SUSPEITAS

TRÍPLEX NO GUARUJÁ E SÍTIO EM ATIBAIA NÃO SÃO PRIMEIROS CASOS




O provérbio "amigos, amigos, negócios à parte" não vale para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o fim dos anos 1980, ele e seus filhos se utilizam de amizades para emprestar ou adquirir imóveis. Quase sempre, nos negócios, surge alguma relação que gera suspeita de órgãos de fiscalização.

Na semana passada, o Ministério Público decidiu que vai ouvir o ex-presidente sobre o negócio envolvendo um apartamento tríplex no Guarujá (SP) construído pela OAS Empreendimentos. Por meio de nota, Lula confirmou que visitou o imóvel ao lado do então presidente da empresa, Léo Pinheiro.

Há 18 anos, Lula teve de explicar à Polícia Civil e ao MP como comprou um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, com a ajuda do advogado Roberto Teixeira. Compadre do ex-presidente, ele ajudou Lula a adquirir dois outros imóveis na cidade.

Em 1989, Teixeira ficou conhecido nacionalmente por emprestar uma casa para Lula morar quando ele disputou pela primeira vez a Presidência da República. Entre 1996 e 2001, Teixeira ajudou Lula a adquirir três imóveis em São Bernardo do Campo. Em todos os casos, há o envolvimento de empresas em situação falimentar para as quais Teixeira prestou serviços advocatícios.

Moradia oficial dos Lula da Silva, o apartamento de cobertura no edifício Green Hill foi comprado por sugestão de Teixeira. Ele trabalhava para Dalmiro Lorenzoni, dono da empreiteira que fez o prédio.

Em 1998, o Ministério Público abriu um inquérito para apurar um suposto crime de sonegação fiscal envolvendo Lula, Teixeira e a empresa. Na oportunidade, suspeitou-se que a incorporadora foi beneficiada por uma decisão da prefeitura de São Bernardo do Campo, anos antes, em 1991, quando administrada pelo PT. Então prefeito interino, Djalma Bom (PT) revogou a desapropriação de uma área de 3,3 mil da empresa de Dalmiro.

Quatro anos depois, parte da área legalizada foi comprada pelo então vice-presidente nacional do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh. Um ano depois, em 1996, Lula comprou um apartamento em construção pela mesma Construtora Dalmiro Lorenzoni Construções.

Lula comprou o imóvel de Luiz Roberto Satriani, que prestava serviços de terraplenagem para Dalmiro. Em 1997, questionado na época, Satriani afirmou que vendeu o apartamento porque não tinha dinheiro para pagar o restante das parcelas.

Aberto a pedido do Ministério Público em 1998, o inquérito policial só foi encerrado em 2003, quando Lula já havia tomado posse como presidente da República e Greenhalgh era deputado federal. Por conta disso, os autos foram remetidos para o Supremo Tribunal Federal.

Um ano depois, a Procuradoria-Geral da República solicitou o arquivamento e o STF atendeu ao pedido. Em 2005, o caso foi arquivado. Nem Teixeira nem Lorenzoni sofreram ações. Procurados pela reportagem nesta quarta-feira, dia 3, Lula e Greenhalgh não quiseram se manifestar. Lorenzoni não foi encontrado.

Defesa

Procurado pela reportagem, o advogado Roberto Teixeira afirmou, por meio de nota, que "nunca houve intermediação" de imóveis para Lula. "Atuo como advogado do presidente e foi nessa condição que o orientei na aquisição dos imóveis", disse.

Sobre negócios com empresas em situação falimentar, Teixeira afirmou que "não houve nenhum problema jurídico na aquisição dos imóveis". O advogado disse ainda ser alvo de "um claro movimento que busca atacar" sua "honra"

"BABY BOOMER", COM ORGULHO!

  ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Sim, ...