CORRUPÇÕES PREDILETAS


O Janer Cristaldo, escritor gaúcho, no texto abaixo, faz o papel de "ferrinho do dentista" no mundo dos escribas. Afinal, por que ninguém fala desses absurdos? Provavelmente, porque a quase toda grande imprensa corresponde uma editora, e a todo o resto, que é a pequena (ô, coisa cruel!) imprensa, corresponde um comprometimento, ou atrelamento, que inibe a crítica. Daí, é que precisamos de destemidos para expor a crueza dos fatos.

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MINHAS CORRUPÇÕES PREDILETAS, por Janer Cristaldo
(texto escrito em dezembro de 2012, para cristaldo.blogspot.com.br)



Leitores querem saber por que não escrevo sobre as grandes corrupções nacionais. Ora, isto está na primeira página de todos os jornais. A crônica é tão vasta que já existem extensas compilações on line, para orientar o leitor no organograma da corrupção. Prefiro falar sobre o que os jornais não trazem. Por exemplo, o Chico Buarque sendo traduzido na Coréia às custas do contribuinte. Não sei se o leitor notou, mas a dita grande imprensa não disse um pio sobre isto. O que sabemos vem da blogosfera.

Prefiro falar de corrupções mais sutis, quase imperceptíveis, mas corrupções. A imprensa denuncia com entusiasmo a corrupção no congresso, na política, nos tribunais. Não diz uma palavrinha sobre a corrupção no santo dos santos, a universidade. Corrupção esta mais difícil de ser detectada, já que em geral foi legalizada. Mordomias para encontros literários internacionais inúteis, concursos com cartas marcadas, endogamia universitária, tudo isto se tornou rotina no mundo acadêmico e não é visto como corrupção.

Tampouco se fala sobre a corrupção no mundo literário, que há muito se prostituiu. Jorge Amado, que passou boa parte de sua vida escrevendo a soldo de Moscou, está sendo homenageado nestes dias no país todo. Devo ter sido o único jornalista que o denuncia – e isto há décadas – como a prostituta-mor das letras tupiniquins.

Corrupção só existe quando em uma ponta está o Estado. Se o dono de meu boteco me cobra 50 reais por uma cerveja e eu pago com meu dinheiro, pode ter ocorrido um abuso, mas jamais corrupção. O dinheiro é meu e a ele dou a destinação que quiser, por estúpida que seja. Mas se um fornecedor de cervejas as vende por 50 reais ao governo, está caracterizada a corrupção. Porque governo não tem dinheiro. Governo paga com os meus, os teus, os nossos impostos. E obviamente alguém do governo vai levar algo nessa negociata.

Escritores, esses curiosos profissionais que querem transformar suas inefáveis dores-de-cotovelo em fonte de renda, adoram subsídios do Estado. Não falta quem pretenda a regulamentação da profissão. O que não seria de espantar, neste país onde até a profissão de benzedeira acaba de ser reconhecida no Paraná.

Em 2002, Mário Prata, medíocre cronista do Estadão, pedia a Fernando Henrique Cardoso o reconhecimento da profissão de escritor: "O que eu quero, meu presidente, é que antes de o senhor deixar o governo, me reconheça como escritor". Claro que não era apenas a oficialização de uma profissão que estava em jogo. Mas o financiamento público da guilda. Cabe observar como o cronista, subserviente, se habilita ao privilégio: “meu presidente”.

Esquecendo que existe um Congresso neste país, o cronista pedia ao presidente a elaboração de uma lei. Mais ainda. Citava a Inglaterra como exemplo de país onde o escritor é reconhecido. Lá, segundo o cronista, toda editora que publicar um livro, tinha que mandar um exemplar para cada biblioteca pública do país. "Claro que os 40 mil exemplares são comprados pelo governo. Quem ganha? Em primeiro lugar o público. Ganha a editora, ganha o escritor. Ganha o País. Ganha a profissão".

E quem perde? - seria de perguntar-se. A resposta é simples: como o governo não paga de seu bolso coisa alguma, perde o contribuinte, que com os impostos tem de sustentar autores até mesmo sem público. É o que chamo de indústria textil. Textil assim mesmo, sem acento: a indústria do texto. É uma indústria divina: você pode não ter nem um mísero leitor e vender 40 mil exemplares. O personagem mais venal que conheço é o escritor profissional. Ele segue os baixos instintos de sua clientela. O público quer medo? Ele oferece medo. O público quer lágrimas? Ele vende lágrimas. O público quer auto-ajuda? Ele a fornece. É preciso salvar o famoso leite das criancinhas.

No fundo, saudades da finada União Soviética, onde os escritores eram pagos pelo Estado comunista para louvar o Estado comunista. Seguidamente comento – e creio ser o único a comentar – o livro A Sombra do Kremlin, relato de viagem do jornalista gaúcho Orlando Loureiro, que viajou a Moscou em 1952, mais ou menos na mesma época que outro jornalista gaúcho, Josué Guimarães. Enquanto Josué, comunista de carteirinha, vê o paraíso na União Soviética em As Muralhas de Jericó, Loureiro vê uma rígida ditadura, que assume o controle de todo pensamento. Comentando a literatura na então gloriosa e triunfante URSS, escreve Loureiro:

- A União dos Escritores funciona como um Vaticano para a moderna literatura soviética. O julgamento das obras a serem lançadas obedece a um critério estreito e sectário de crítica literária. Esta função é exercida por um conselho reunido em assembléia, que discute os novos livros e sobre eles firma a opinião oficial da sociedade. A exegese não se restringe aos aspectos literários ou artísticos da obra julgada, senão que abrange com particular severidade seu conteúdo filosófico, que deve estar em harmonia absoluta com os conceitos de “realidade socialista” e guardar absoluta fidelidade aos princípios ideológicos da doutrina marxista. Se o livro apresentar méritos dentro do ponto de vista dessa moral convencionada, se resistir a esse teste de eliminatória, então passará por um rigoroso trabalho de equipe dentro dos órgãos técnicos da União, podendo vir a tornar-se num legítimo best-seller, com tiragens astronômicas de 2 a 3 milhões de exemplares. E o seu modesto e obscuro autor poderá ser um nouveau riche da literatura e será festejado e exaltado e terminará ganhando o cobiçado prêmio Stalin...

Foi o que aconteceu com a prostituta-mor das letras brasileiras. Em 1950, o ex-nazista e militante comunista Jorge Amado passou a residir no Castelo da União dos Escritores, em Dobris, na ex-Tchecoslováquia, onde escreveu O Mundo da Paz, uma ode a Lênin, Stalin e ao ditador albanês Envers Hodja. No ano seguinte, quando o livro foi publicado, recebeu em Moscou o Prêmio Stalin Internacional da Paz, atribuído ao conjunto de sua obra, condecoração geralmente omitida em suas biografias.

Não que hoje se peça profissão de fé marxista ou louvores a Stalin. No Brasil, para ter sucesso, o escritor hoje tem de aderir ao esquerdismo governamental. Não precisa louvar abertamente o PT. Mas se tiver dito uma única palavrinha contra, não é convidado nem para tertúlia nos salões literários de Não-me-toques. Você jamais ouvirá um Luís Fernando Verissimo, Mário Prata, Inácio de Loyola Brandão ou Cristóvão Tezza fazendo o mínimo reproche às corrupções do PT. Perderiam as recomendações oficiais como leituras escolares e acadêmicas... e uma considerável fatia de seus direitos de autor. O livro de Loureiro não mais existe, só pode ser encontrado em sebos. Os de Josué continuam nas livrarias. Et pour cause...

Escritor financiado pelo Estado é escritor que vendeu sua alma ao poder. É o que acontece quando literatura vira profissão. Alguns se rendem aos baixos instintos do grande público e fazem fortuna considerável. Uma minoria consegue exercer honestamente a literatura e manter a cabeça acima da linha d'água.

Uma imensa maioria, que não consegue ganhar a vida nem honesta nem desonestamente, apela à cornucópia mais ao alcance de suas mãos, o bolso do contribuinte. É o caso de Chico Buarque, o talentoso escritor cujo talento maior parece ser descolar financiamento para sua “obra” junto ao contribuinte. Mas Chico está longe de ser o único. Está cometendo algum crime? Nenhum, seus subsídios são perfeitamente legais. Mas por que cargas eu ou você temos de pagar pelas traduções e viagens a congressos internacionais de um escritor que se dá ao luxo de ter uma maison secondaire às margens do Sena?

Ainda há pouco, eu comentava o absurdo de o contribuinte financiar a tradução de Chico na Coréia. Leio agora que o programa de bolsas de tradução da Biblioteca Nacional vai apoiar mais autores best-sellers no Brasil. O Diário de um Mago, de Paulo Coelho, será lançado na China pela editora Thinkingdom Media Group. Já As Esganadas, de Jô Soares, estará nas livrarias francesas. Ora, Coelho tornou-se milionário graças a suas obras de auto-ajuda, já traduzidas em quase 60 idiomas. Jô, que deve ganhar salário milionário na televisão, tem seus livros entre os mais vendidos, graças ao fator Rede Globo. Será que estes senhores precisam enfiar a mão em nosso bolso para pagarem seus tradutores na China e na França?

É destas corrupções, perfeitamente legais, que prefiro falar. Porque delas ninguém fala. Em verdade, nem mesmo os leitores. Não há quem não chie contra a carga tributária imposta ao contribuinte no Brasil. Mas todos pagam sem chiar as mordomias destas prostitutas das Letras.

CONFIANÇA EM SI MESMO


Vê que bela lição a LOGOSOFIA nos dá! Não temos o direito de tomar decisões ao acaso, sem planejamento e previsão.



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Os perigos de se confiar no acaso

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Esta é uma propensão que inibe o homem no sentido de tomar determinações oportunas e felizes, com parti­cipação ativa de seu esforço e aptidões. Atraído pela parte artifi­ciosa do acaso, prefere confiar em temerários desenlaces, que poucas vezes acabam sendo favoráveis.

Pode-se perceber quanta ilusão, ingenuidade e insensa­tez convivem na pessoa que assim se conduz.

A impossibilidade de conquistar pelos próprios meios o que se deseja, seja por incapacidade, seja por desproporção entre as ambições e as aptidões para alcançá-las, é geralmente a causa desta propensão no homem, cuja mente começa a ativar-se com a ideia de que o acaso pode satisfazer seus desejos, solucionar seus problemas ou convertê-lo da noite para o dia em privilegiado da fortuna. Desta atitude ilógica nasce o que leva tantas pessoas a correr incansavelmente em busca do sugestivo feitiço da sorte.

Quem confia no acaso põe nisso boa parte de especula­ção, pois tende a fazer o menos possível em favor de suas necessidades ou aspirações. É isso o que mostra quem realiza uma operação comercial sem um prévio e criterioso exame dos problemas que essas questões envolvem, e sem assegurar-se da forma de enfrentar eventuais reveses; quem empreende uma longa viagem sem colocar seu veículo em condições; quem pretende sair de uma enfermidade sem fazer de sua parte nada para dela se livrar; quem empresta ou compromete valores, confiando em que haverão de se multiplicar prodi­giosamente; quem confia no jogo para remediar suas precárias economias.
 
A confiança no acaso submete o indivíduo a situações de aperto

Sua vida é insegura, ameaçada pela impre­visão, pois sob o fascínio do acaso ele chega a arriscar tudo, sem pensar nas consequências. Nem as aflições nem a realidade mais convincente curam a pessoa de sua cândida tendência, porque sempre ensaia alguma justificativa, a modo de consolo, para atenuar seu erro. Quantos fracassos, quantos desenganos ela precisa experimen­tar para chegar ao epílogo de sua equivocada conduta.

Para evitar que esta propensão se converta, com o tem­po, em força psicológica dominante, aconselhamos esperar tudo da própria capacidade. Recorde-se que o futuro jamais deve ser deixado nas mãos do acaso, pois com isso se corre o risco de anular as próprias possibilidades.

Confiar em si mesmo, eis aí a chave. Confiar em si mesmo sem recorrer jamais a uma aparente Providência, manifestada sob o signo do acaso. 
Trechos extraídos do livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, p. 195

A ANTIFESTA DO PT


Lamento que a oposição política brasileira não tenha forças consideráveis para fazer frente ao regime atual e que esteja focando como líder dessa resistência, em alguém imaturo, polêmico e duvidoso como Aécio. O discurso dele, semana passada, no Senado, não pode ser considerado uma peça de oratória devastadora da situação política brasileira, pois foi fraca para estabelecer uma trincheira forte ao enfrentamento do adversário, além de, pessoalmente, ele não representar uma figura demolidora dos antagonistas.
Mas, enfim, é o que temos e, tendo-o, cabe destacar os pontos criticados por ele, segundo o jornal Folha de São Paulo. Há inverdades? Não, só fatos!
A Neurologia denomina como AFASIA GLOBAL a perda total das percepções. É o que vivenciamos!
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As 13 críticas ao PT

            
1  -  Um biênio perdido com o PIB per capita avançando o minúsculo 1%.
2 - O PAC da propaganda e do marketing. O crítico problema da infraestrutura permanece absolutamente intocado.
3  -  A indústria está sucateada. O setor não tem gerado empregos e, agora, começa a desempregar.
4  -  O PT jamais valorizou a estabilidade da moeda. Na oposição, combateu ferozmente o Plano Real.
5  -  A má gestão econômica obrigou o PT a malabarismos contábeis que estão jogando por terra a credibilidade fiscal conquistada pelo país.
6  -  A destruição do patrimônio nacional, a derrocada da Petrobras e o desmonte das estatais.
7  -  A atenção para o eterno país do futuro. Do mito da autossuficiência e a implosão do etanol.
8  -  A absoluta ausência de planejamento e o iminente risco de apagão.
9  -  O desmantelamento da federação, os interesses do país subjugados a um projeto de poder.
10 - A insegurança pública e o flagelo das drogas.
11 - O descaso na saúde e a frustração na educação.
12 - O PT estimula a intolerância como instrumento de ação política.
13 - Complacência do PT com práticas que afrontam a consciência ética do país.

SARAMAGO


Conhecer, ou relembrar, pensamentos de grandes pensadores, é incorporar conhecimentos para que possamos bem viver.
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Lições de Saramago
"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia".
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar".
"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo".
"O que as vitórias têm de mal é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas".
"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".
"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".
"O talento ou acaso não escolhem, para manifestar-se, nem dias nem lugares".
"Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória".
"O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio".

HÁ ASPECTOS EM QUE SOMOS INSUPERÁVEIS


Levemos em conta que a nossa Constituição estabelece como uma das garantias do cidadão, a Segurança. Nem consideremos os demais itens como Educação e Saúde, apenas Segurança! Na outra ponta, demos relevo ao nível de corrupção reinante, que está vinculada ao desaparecimento dos recursos financeiros previstos para esses fins; consideremos, também, o aparelhamento do Estado, caminho pelo qual outras tantas centenas de milhões de reais se esvaem para grupos políticos que pretendem manter o  poder por décadas, para ... praticar maleficências, claro!, em favorecimento de poucos; e, finalmente, visualizemos a inapetência de trabalhar governando e a inépcia nos parcos momentos quando isto é feito.
Pronto, na notícia abaixo, está o resultado desse corolário trágico da ação governamental, e apenas neste segmento, pois dentre as cinquenta cidades mais violentas do mundo, temos a “honra” de ter 15 delas, ou, aproximadamente, 30%.
Observo, ainda, que há um parágrafo analisando a questão do desarmamento, salientando que é uma medida que não resolve o problema, mas, apenas, põe a descoberto os inocentes.



SEGURIDAD, JUSTICIA E PAZ



Por segundo año consecutivo, San Pedro Sula (Honduras) ocupa el primer lugar mundial en el ranking de las 50 ciudades más violentas del mundo, con una tasa de 169 homicidios dolosos por cada 100 mil habitantes. A la ciudad mexicana de Acapulco correspondió el segundo sitio con una tasa de 143 en 2012 y a Caracas el tercer sitio, con una tasa de 119.
Del ranking de 2012 salieron las siguientes ciudades que figuraron en el de 2011: Durango, Mazatlán, Tepic, Veracruz de México; Mosul de Irak; Panamá de Panamá y Johanesburgo de Sudáfrica.
Al ranking de 2012 ingresaron las ciudades de Valencia y Maracaibo (Venezuela); Santa Marta (Colombia); Puerto Príncipe (Haití); Victoria (México); Oakland (Estados Unidos) y Brasilia (Brasil).
Respecto a las ciudades hondureñas de San Pedro Sula y Distrito Central encontramos, a diferencia de anteriores ocasiones, una gran dificultad para obtener información para realizar los cálculos necesarios. No nos sorprendería que esta falta de información de fuentes oficiales respondiera al propósito de intentar de ocultar la realidad de las ciudades del país que es, hoy por hoy, el más violento del mundo (aunque seguido muy de cerca por Venezuela).
En tal sentido llama la atención que se haya dado a conocer el número de mujeres asesinadas en Honduras, por departamento y por ciudad, y en cambio no se haya hecho lo mismo con los totales de homicidio. Si las autoridades hondureñas saben cuántas mujeres fueron asesinadas, también sabe cuántos homicidios de hombres hubo.
Por tanto, tomamos una decisión: repetimos las cifras oficiales de 2011 (que son, por cierto, superiores a las que calculamos para el ranking de ese año), pues resulta obvio que si hubiera habido una disminución -por pequeña que fuera- las autoridades hondureñas se habrían apresurado a dar a conocer ese logro. Pero por la información que puede leerse todos los días, en las ciudades hondureñas la situación no mejora, sino que empeora.
Autoridades de San Pedro Sula nos han reclamado que el haber colocado a esa ciudad en el primer lugar en el ranking perjudica su imagen. También han argüido que nuestras cifras son erróneas. Pero nos basamos en cifras oficiales y respecto al efecto del ranking, que no hace sino reconocer la realidad, no es éste el que daña la imagen de la ciudad, sino su violencia y la incapacidad de los gobernantes para contenerla y reducirla. Ocultar los problemas jamás los resuelve.
Si se comparan los rankings de 2011 y 2012 hay evidentes mejoras y retrocesos en el control de la violencia en varias ciudades de diferentes países. El mayor deterioro de la seguridad pública y el escalamiento de la violencia se ha producido en los últimos años en Honduras, Venezuela y México.
Respecto a las mejoras están ahí los casos de las ciudades que salieron del ranking y la disminución de las tasas en varias urbes aunque hayan permanecido en esta lista. En México durante 2012 hubo reducciones importantes de los homicidios en ciudades de los estados de Chihuahua, Sinaloa, Durango, Veracruz y Nayarit, pero ha empeorado en los estados de Guerrero, Coahuila y Tamaulipas.
El caso más relevante de reducción de los homicidios es el de ciudad Juárez, Chihuahua, urbe que durante tres años consecutivos (2008, 2009 y 2010) ocupó el primer lugar mundial entre las urbes más violentas del mundo y que en 2011 pasó al segundo lugar y en 2012 a la posición 19. Mientras que en 2010 Juárez alcanzó una tasa de 229 homicidios dolosos por cada 100 mil habitantes, en 2012 fue de 56: una baja de casi el 76%.
En 2011 la ciudad mexicana de Tijuana, que en 2010 ocupó el lugar 22, salió del ranking.
Descarga ESTUDIO COMPLETO
Otro caso notable de reducción es el de San Salvador y en general de El Salvador. La razón de la baja es la tregua pactada por las pandillas rivales con los auspicios del gobierno salvadoreño. La capital de ese país pasó de una tasa de 59 homicidios dolosos en 2011 a una de 32 en 2012, lo cual es una muy buena noticia.
En principio estamos a favor de todo aquello que permita una reducción de la violencia e impida la pérdida de vidas humanas, todas valiosas. Pero en este caso compartimos el fundado temor de muchos salvadoreños de que la tregua no se mantenga. Pero además, el punto no es la tregua entre grupos criminales, sino la existencia misma de estos.
La escalada de violencia, sobre todo en América Latina, ha servido para que diferentes actores culpen del fenómeno a la posesión y portación de las mismas y promuevan prohibiciones y campañas de desarme. Nosotros no compartimos ni el diagnóstico ni el supuesto remedio propuesto.
La posesión y portación de armas y su uso, que es parte del derecho fundamental de todo individuo a la autodefensa (cuando en un momento y lugar concretos no esté la policía para protegerlo), no es la causa de la violencia. En México la portación de armas está prohibida y la posesión muy restringida, sin ello haya impedido la escalada de violencia de los últimos años. En países con menos restricciones a las armas hay mucha menor violencia que en otros donde prevalecen las prohibiciones y las restricciones.
Las prohibiciones y el “desarme” no detienen a los delincuentes violentos que siempre tienen forma de obtener armas. Las prohibiciones sólo desarman a las personas inocentes y las dejan más inermes ante los criminales.
El siguiente paso en la política de desarme, una vez establecidas las prohibiciones, son las requisas masivas de hogares, centros de trabajos y vehículos, propias de los Estados totalitarios y genocidas.
La solución a la violencia consiste en dos tipos de acciones principales: el creciente y sistemático abatimiento de la impunidad y el hacer que la policía cumpla con sus tareas de prevenir y perseguir los delitos, con escrupuloso respecto de los derechos fundamentales de los individuos. Eso es lo que demuestra la larga experiencia universal y lo que ha seguido comprobando eficaz en recientemente lo mismo en Colombia y que Brasil.
Finalmente aprovechamos la oportunidad para reiterar que el propósito del ranking que realizamos no es eminentemente académico. Lo que perseguimos es contribuir al reclamo que los diferentes pueblos del mundo hacen a sus gobernantes para que cumplan con su obligación de proteger los derechos de los individuos a la vida, la propiedad y la libertad.
Posición
Ciudad
País
Homicidios
Habitantes
Tasa
1
San Pedro Sula
Honduras
1,218
719,447
169.30
2
Acapulco
México
1,170
818,853
142.88
3
Caracas
Venezuela
3,862
3,247,971
118.89
4
Distrito Central
Honduras
1,149
1,126,534
101.99
5
Torreón
México
1,087
1,147,647
94.72
6
Maceió
Brasil
801
932,748
85.88
7
Cali
Colombia
1,819
2,294,653
79.27
8
Nuevo Laredo
México
288
395,315
72.85
9
Barquisimeto
Venezuela
804
1,120,718
71.74
10
João Pessoa
Brasil
518
723,515
71.59
11
Manaus
Brasil
945
1,342,846
70.37
12
Guatemala
Guatemala
2,063
3,062,519
67.36
13
Fortaleza
Brasil
1,628
2,452,185
66.39
14
Salvador (y RMS)
Brasil
2,391
3,642,682
65.64
15
Culiacán
México
549
884,601
62.06
16
Vitoria
Brasil
1,018
1,685,384
60.40
17
New Orleans
Estados Unidos
193
343,829
56.13
18
Cuernavaca
México
359
640,188
56.08
19
Juárez
México
749
1,339,648
55.91
20
Ciudad Guayana
Venezuela
578
1,050,283
55.03
21
Detroit
Estados Unidos
386
706,585
54.63
22
Cúcuta
Colombia
346
637,302
54.29
23
São Luís
Brasil
509
1,014,837
50.16
24
Medellín
Colombia
1,175
2,393,011
49.10
25
Kingston
Jamaica
568
1,171,686
48.48
26
Belém
Brasil
1,033
2,141,618
48.23
27
Cape Town
Sudáfrica
1,722
3,740,026
46.04
28
Cuiabá
Brasil
380
839,130
45.28
29
Santa Marta
Colombia
209
461,810
45.26
30
Recife
Brasil
1,656
3,717,640
44.54
31
Valencia
Venezuela
977
2,227,165
43.87
32
Chihuahua
México
367
843,844
43.49
33
San Juan
Puerto Rico
185
427,789
43.25
34
Goiânia
Brasil
547
1,302,001
42.01
35
Puerto Príncipe
Haití
495
1,234,414
40.10
36
Victoria
México
126
333,517
37.78
37
Pereira
Colombia
167
462,230
36.13
38
Nelson Mandela Bay
Sudáfrica
415
1,152,115
36.02
39
Maracaibo
Venezuela
784
2,212,040
35.44
40
ST. Louis
Estados Unidos
113
319,294
35.39
41
Baltimore
Estados Unidos
217
619,493
35.03
42
Curitiba
Brasil
597
1,751,907
34.08
43
Oakland
Estados Unidos
131
395,817
33.10
44
San Salvador
El Salvador
744
2,290,790
32.48
45
Macapá
Brasil
160
499,116
32.06
46
Durban
Sudáfrica
1,065
3,442,361
30.94
47
Monterrey
México
1,305
4,230,716
30.85
48
Belo Horizonte
Brasil
1,452
4,882,977
29.74
49
Brasilia
Brasil
764
2,570,160
29.73
50
Barranquilla
Colombia
349
1,186,640
29.41


GATILHOS CORPORAIS DA SAÚDE MENTAL

A publicação abaixo, traduzida automaticamente, é do THE ECONOMIST, uma respeitável e antiga publicação inglesa. Publico-a por pensá-la útil...