"PARALAMENTAR" UMA DAS RAZÕES DA CARGA FINANCEIRA QUE NOS ACOMETE


Afinal, qual é o custo atualizado dos parlamentares, "paralamentar" a minha condição de povo? A matéria jornalística abaixo, da revista Congresso em Foco, esclarece esta dúvida e, assim, todos teremos a razão "paralamentar" os absurdos cometidos por aqueles a quem indicamos como nossos representantes republicanos.
_______________________________ 



https://www.scribd.com/fullscreen/256196594?access_key=key-5hH8p86h6muVHF49SIRK&allow_share=false&escape=false&show_recommendations=false&view_mode=slideshow

CÂNCER: OUTRA VISÃO, DE OUTRO MÉDICO

Eis outra visão do problema tão grave para a vida, de uma perspectiva otimista.


____________________________________________________________________________________________

Minha vida

O neurologista diante da morte 
OLIVER SACKS, COM TRADUÇÃO FRANCESCA ANGIOLILLO
 
Autor prolífico de livros populares de divulgação científica, o neurologista Oliver Sacks descobriu recentemente metástases, não tratáveis, de um câncer que tem há nove anos. Neste texto, ele fala de como quer viver seus últimos meses e dos esforços necessários para fazer o que chama de um acerto de contas com a vida.
Um mês atrás, eu me sentia gozando de boa saúde; diria até que de uma saúde de ferro. Aos 81, ainda nado 1.600 metros por dia. Mas minha sorte se esgotou --há algumas semanas, soube que tinha múltiplas metástases no fígado. Nove anos atrás, descobri que eu tinha um tumor de olho raro, um melanoma ocular. Apesar de as radiações e do laser para eliminar o tumor terem me deixado cego daquele olho, era muito improvável que um tumor daquele tipo se alastrasse. Eu estou entre os 2% desfavorecidos pela sorte.
Sinto-me grato pelos nove anos produtivos e de boa saúde que tive após o diagnóstico original, mas agora estou cara a cara com a morte. A doença tomou um terço de meu fígado e, ainda que seja possível atrasar seu passo, o avanço desse tipo particular de câncer não pode ser impedido.
O que me cabe agora é decidir como viverei os meses que me restam. Devo vivê-los da maneira mais rica, profunda e produtiva que puder. Nisso sou encorajado pelas palavras de um de meus filósofos favoritos, David Hume, que, aos 65 anos, sabendo-se acometido por uma doença mortal, escreveu, em um só dia de abril de 1776, uma breve autobiografia. Ele a intitulou "Minha Vida".1
"Conto agora com uma morte rápida", ele escreveu. "Tenho sofrido pouquíssima dor advinda de minha doença e, o que é mais estranho, apesar do rápido declínio de meu corpo, meu espírito nunca se abateu um momento sequer. [...]Possuo o mesmo ardor de sempre pelos estudos, e a mesma alegria na companhia de outras pessoas."
Tive muita sorte de poder passar dos 80, e os 15 anos que me foram concedidos além das seis décadas e meia que viveu Hume, eu os vivi de forma tão plena de trabalho e amor quanto ele. Nesse período, publiquei cinco livros e terminei uma autobiografia, um bocado mais extensa que a dele, a sair nos próximos meses;2 tenho vários outros livros quase concluídos.
Hume seguia: "Sou [...] um homem de disposição cordial, senhor de si mesmo, de humor franco, social e jovial, capaz de amizade, mas pouco suscetível a inimizades e de grande moderação em todas as suas paixões".
Nesse ponto minha experiência se afasta da dele. Embora eu tenha vivido amores e amizades e não tenha inimizades reais, não posso dizer (nem ninguém que me conhece poderia) que sou um homem de disposição cordial. Ao contrário, meu caráter é veemente, sou capaz de me entusiasmar de forma violenta e sou extremamente imoderado no que diz respeito a qualquer de minhas paixões.
Ainda assim, uma linha do ensaio de Hume me parece especialmente verdadeira: "É difícil", escreve, "sentir maior distanciamento da vida do que este que sinto neste momento".
Ao longo dos últimos dias, eu pude ver minha vida como se a observasse desde uma grande altitude, como se ela fosse uma espécie de paisagem, e com a percepção cada vez mais aguda da conexão entre todas as suas partes. Isso não quer dizer que eu tenha dado minha vida por encerrada.
Ao contrário: sinto-me intensamente vivo, e quero e espero que, no tempo que resta, eu possa aprofundar minhas amizades, dizer adeus aos que amo, escrever mais, viajar, se tiver força para tanto, alcançar novos graus de entendimento e de discernimento.
Isso vai requerer audácia, clareza e franqueza; é uma tentativa de acertar as contas com o mundo. Mas haverá tempo, também, para diversão (e até mesmo para um tanto de tolices).
Sinto uma súbita nitidez de foco e de perspectiva. Não há tempo para nada que não seja essencial. Preciso me concentrar em mim, no meu trabalho, nos meus amigos. Não vou mais assistir ao noticiário na televisão toda noite. Não darei mais atenção alguma à política ou ao aquecimento global.
Isso não é indiferença, mas distanciamento --eu ainda me preocupo muito com o Oriente Médio, aquecimento global, o crescimento da desigualdade, mas esses assuntos não me cabem mais; eles cabem ao futuro. Eu me alegro quando encontro gente jovem e talentosa --inclusive a que fez a biópsia que constatou minhas metástases. Eu sinto que o futuro está em boas mãos.
Fiquei mais e mais atento, nos últimos dez anos, à morte de contemporâneos meus. Minha geração está de saída, e cada uma dessas mortes eu senti de forma abrupta, como se uma parte de mim me fosse arrancada. Não haverá mais ninguém como nós quando todos nós tivermos ido embora, mas é um fato que não há no mundo ninguém igual a outra pessoa, nunca. Quando alguém morre, não existe um substituto possível. Cada um deixa um vazio que não pode ser preenchido, pois é o destino --genético e neural--de cada humano ser um indivíduo único, que deve achar seu próprio caminho, viver sua própria vida e morrer sua própria morte.
Não posso fingir não ter medo. Mas o sentimento que predomina em mim é a gratidão. Eu amei e fui amado; tive muito e dei muito em troca; eu li, e viajei, e pensei, e escrevi. Eu tive com o mundo o relacionamento especial que os escritores e os leitores têm com ele.
Acima de tudo, eu fui um ser senciente, um animal pensante sobre este belo planeta, o que, por si só, já foi um enorme privilégio e uma aventura.

CÂNCER: A VISÃO DE UM MÉDICO

Sem dúvida, eis uma abordagem ousada de um assunto tão crucial para a vida e, por ser polêmico, merece uma leitura atenta, especialmente procurando compreender o dilema do médico em face da inevitabilidade em que está.
__________________________________ 

Entrevista - Richard Smith

Não há melhor forma de morrer do que de câncer

DOENÇA PERMITE SE DESPEDIR, REFLETIR E FAZER PELA ÚLTIMA VEZ O QUE QUISER, AFIRMA MÉDICO
GABRIEL ALVESDE SÃO PAULO
"Você pode dizer adeus, refletir sobre a vida, deixar mensagens, visitar lugares especiais pela última vez, ouvir as músicas favoritas, ler poemas e se preparar, de acordo com suas crenças, para encontrar seu criador ou curtir o esquecimento eterno."
Essa é a visão romântica da morte por câncer, "atingível com amor, morfina e uísque". Com ela, o médico britânico Richard Smith, 62, ex-editor da prestigioso periódico médico "British Medical Journal", causou uma polêmica de proporção global no início deste ano, quando publicou um texto sobre o tema.
"A reação foi maior do que qualquer coisa que eu tenha escrito em 40 anos", afirma.
Richard Smith falou com a Folha a respeito da polêmica e do "gasto excessivo" com pesquisa relacionada a câncer. Veja abaixo a entrevista.
-
Folha - O senhor disse recentemente que a melhor maneira de morrer é pelo câncer. Como foi a repercussão? Você esperava tamanha atenção?
Richard Smith - A reação a isso foi maior do que qualquer coisa que eu tenha escrito em 40 anos de jornalismo médico. Foi uma reação global, e muitas pessoas, particularmente aqueles cujos parentes sofreram e morreram de câncer, se sentiram compreensivelmente ultrajados. Até mesmo recebi ameaças de morte. Não esperava tanta atenção, já que eu estava escrevendo principalmente para médicos.
Mas o senhor não estava tentando convencer o público em geral (ou aos médicos e cientistas) a não procurar uma cura para o câncer?
Não, mas eu penso que muito dinheiro gasto em pesquisas de câncer poderia ser melhor gasto pesquisando, por exemplo, neurociência, demência e problemas de saúde mental. Eu não penso que algum dia cheguemos a curar todos os cânceres. Muitos oncologistas e biologistas moleculares concordam. Em algum sentido, o câncer faz parte da gente.
O senhor acha que médicos geralmente discordam dos pacientes sobre a melhor maneira de morrer. Como?
Muitos médicos concordam comigo de que câncer é a melhor maneira de morrer.
Existem essencialmente quatro maneiras: morte súbita, que vem se tornando pouco comum; de demência, uma morte lenta; de falência dos órgãos, que é geralmente uma morte imprevisível; e por câncer, em que o declínio final ocorre ao longo de semanas, dando tempo para despedidas e toda sorte de preparativos.
Médicos geralmente insistem em tratar os pacientes por tempo demais, mas muitos deles mesmos optam por um tratamento menos agressivo quando é com eles.
Poucos médicos querem, por exemplo, morrer na UTI, onde cada vez mais pessoas morrem em uma morte técnica e sem alma.
O senhor é religioso?
Não. Sou ateu, mas eu me interesso por religiões. Eu gosto de pensar que eu, como tudo mundo, tenho um lado espiritual, que se manifesta para mim através da música, poesia, e longas caminhadas em meio à natureza.
As pessoas muitas vezes tentam não pensar a respeito da morte. O senhor acha que isso traz mais mal do que bem?
Eu tenho certeza que nunca pensar a respeito da própria morte faz mal. Os filósofos estoicos, como Sêneca, mostraram claramente que contemplar a própria morte não só leva a uma morte melhor como a uma vida melhor. Uma aceitação por inteiro da morte significa uma vida plena. Para mim a morte dá significado à vida. É um ciclo natural.
Além disso, pessoas que nunca pensam na morte geralmente estão mal preparadas quando ficam doentes e próximas dela. Eu acho que todas as pessoas devem ter de modo claro o que quer que aconteça com elas quando a morte se aproximar.
O senhor pensa que a formação dos médicos é adequada?
O treinamento de médicos tem que mudar na medida em que os padrões de doenças mudam. Nós vivemos em um mundo de pacientes, a maioria idosos, com múltiplos problemas, muitos crônicos, como diabetes ou hipertensão.
O modelo quando eu estava na faculdade, nos anos 70, era "diagnóstico, tratamento e cura". Quando alguém tem meningite, esse é o modelo: o que o médico faz determina se o paciente sobrevive.
Mas hoje o diagnóstico é menos importante porque nós, em geral, já sabemos o que os pacientes têm, e o tratamento depende mais deles que do médico: mudanças no estilo de vida e adaptação às condições impostas por doenças crônicas. Há pouca cura, a maioria das doenças ficarão presentes por toda a vida.


TREPANDO DE DEGRAU EM DEGRAU

Recomendo a boa e esclarecedora matéria que está no endereço abaixo. Vale muito a pena ler os comentários dos leitores e acessar os endereços indicados, pois, aí sim, poder-se-á sentir o cheiro de uma parte da podridão que ronda o nosso País.



http://www.oantagonista.com/posts/a-val-marchiori-que-apucarana-nao-esquece

LULLA APOIA O IMPEDIMENTO DE DILMA

Por ser LULLA um cidadão pleno de hombridade, de conduta sociopolítica irrepreensível, enfim, um brasileiro além de qualquer dúvida, penso que agora a Dilma vai ao espaço. Não creio ser possível que alguém ético e moral como LULLA dê um passo atrás nas suas palavras.
Brincadeirinha, apenas brincadeirinha, assim como a "escorregadazinha" do LEVY, dita nesta semana.
___________________________

SOBRE AS INCONGRUÊNCIAS DA VIDA

A nossa vida é plena de fatos ininteligíveis, quando pensamos gentil e ingenuamente sobre eles. Mas, como devemos, sempre, saber sobre a esperteza da competição humana em que uns perdem para outros ganharem, então sim, a lógica abaixo faz sentido.


_____________________________________________________

A gritante diferença entre os juros que os bancos cobram e os que eles pagam

dinheiro (2)
Você sabe qual é a diferença entre os juros que você ganha do banco quando empresta dinheiro e os que você paga quando toma emprestado? Quando olhamos para os números no curto prazo, já enxergamos um abismo. O CDB (Certificado de Depósito Bancário), o papel que você recebe quando empresta ao banco, está rendendo atualmente 7,8% ao ano, em média. Já o crédito pessoal, aquele dinheiro que você toma emprestado sem nenhuma garantia, rende 73% ao ano para a instituição financeira.
Ao pensarmos em como isso ficaria no longo prazo, então, a diferença é muito mais gritante. O banco que tomou emprestado R$ 100 de uma pessoa física (ou seja, que emitiu um CDB a esse preço) em 1º de julho de 1994, início do Plano Real, teria que devolver, hoje, R$ 2.038 a esse cliente. Descontado o Imposto de Renda, o pequeno investidor poderia resgatar R$ 1.733. Considerando que a inflação foi de 333% no período, a rentabilidade real dessa aplicação foi de 370%. No caminho inverso, se porventura uma pessoa física fizesse exatamente o mesmo que o banco fez, ou seja, tomado emprestados R$ 100 em 1994 e nada ter pago nesse período e nem mesmo renegociado, sua dívida estaria hoje na casa dos milhões. Mais precisamente, ele deveria R$ 7.205.180,78.
A conta foi feita pelo economista Fabiano Guasti Lima, a pedido do blog Achados Econômicos. Ele é pesquisador do Instituto Assaf e professor da USP em Ribeirão Preto-SP. É claro que um banco jamais deixaria a situação chegar a esse ponto. Muito antes de a dívida atingir a casa do milhão, o credor já teria interpelado judicialmente o devedor, de modo que o saldo pudesse ser pago, ainda que após renegociação. Mesmo assim, esses números são mais do que mera curiosidade. São uma forma de mostrar o que é o chamado “spread” bancário, a diferença entre quanto o banco paga para quem lhe empresta e quanto ele cobra quando empresta ao outros. Os números mostram o enorme poder de barganha das instituições financeiras diante dos seus clientes.

O "CATASTROFISMO" DE ONTEM E A REALIDADE DE HOJE

A matéria jornalística abaixo é do "THE ECONOMIST", sobre cuja importância no mundo nada é preciso dizer. Como a data de publicação é para amanhã, 28/02, provavelmente mais tarde já haverá tradução publicada no Brasil, certamente causando o furor da petralhada insana. Aliás, o tema é a análise pontual e projetiva do nosso Brasil varonil, mas tudo isso já foi antecipado em meados no ano passado pela Consultoria  Empiricus, o que levou a críticas de catastrofismo político-eleitoral, declaradas pelo ... PT, claro! Agora, os fatos comprovam tudo aquilo que foi dito e merece a análise ponderada do mundo.
_________________________
 

Brazil’s coming recession

The crash of a titan

Brazil’s fiscal and monetary levers are jammed. As a result, it risks getting stuck in an economic rut

Feb 28th 2015 | RIO DE JANEIRO | From the print edition
  • Timekeeper


IT IS easy for a visitor to Rio to feel that nothing is amiss in Brazil. The middle classes certainly know how to live: with Copacabana and Ipanema just minutes from the main business districts a game of volleyball or a surf starts the day. Hedge-fund offices look out over botanical gardens and up to verdant mountains. But stray from comfortable districts and the sheen fades quickly. Favelas plagued by poverty and violence cling to the foothills. So it is with Brazil’s economy: the harder you stare, the worse it looks.   
Brazil has seen sharp ups and downs in the past 25 years. In the early 1990s inflation rose above 2,000%; it was only banished when a new currency was introduced in 1994. By the turn of the century Brazil’s deficits had mired it in debt, forcing an IMF rescue in 2002. But then the woes vanished. Brazil became a titan of growth, expanding at 4% a year between 2002 and 2008 as exports of iron, oil and sugar boomed and domestic consumption gave an additional kick. Now Brazil is back in trouble. Growth has averaged just 1.3% over the past four years. A poll of 100 economists conducted by the Central Bank of Brazil suggests a 0.5% contraction this year followed by 1.5% growth in 2016.
In this section
Related topics
Both elements of that prediction—the mild downturn and the quick rebound—look optimistic. The prospects for private consumption, which accounted for around 50% of GDP growth over the past ten years, are rotten. With inflation above 7%, shoppers’ purchasing power is being eroded. Hefty price rises will continue. Brazil is facing an acute water shortage; since three-quarters of its electricity comes from hydroelectric dams, this is sapping it of energy. To avoid blackouts the government plans to deter use by raising prices: rates will increase by up to 30% this year. With the real losing 10% of its value against the dollar in the past month alone, rising import prices will bring more inflation.
There is little hope of disposable income keeping pace. One reason is that Brazilian workers’ productivity does not justify further rises. In the past ten years wages in the private sector have grown faster than GDP; cosseted public-sector workers have done even better (see chart 1). Since Brazil’s minimum wage is indexed to GDP and inflation, a recession will freeze real pay for the millions who earn it.
Austerity will bite, too, as Brazil’s new finance minister, Joaquim Levy, tries to balance the books. Higher taxes on fuel are being phased in, a blow for a car-loving country. If Mr Levy reforms the generous state pension, the incomes of older Brazilians will stall.
Debt payments add to the woes. Total credit to the private sector has jumped from 25% of GDP to 55% in the past ten years. With total household debt at around 46% of disposable income, Brazilian households are much less indebted than those in Italy or Japan. Yet the price of this borrowing is sky-high. Four-fifths of it is punishingly costly consumer credit (the average rate on new lending is 27%, according to the Central Bank). Once hefty principal payments are added in, debt service takes up 21% of disposable income. With the economy slowing and the Central Bank reluctant to cut interest rates because of high inflation, consumers will feel the pinch, says Arthur Carvalho of Morgan Stanley. On February 25th a survey put consumer confidence at a ten-year low.
There are few compensating sources of demand. Investment, which rose in eight of the ten years to 2013, often substantially, will sink in 2015. Petrobras, the partially state-owned oil giant that is Brazil’s largest investor, is mired in a corruption scandal that has paralysed spending: the affair may cost up to 1% of GDP in forgone investment. On February 24th Moody’s, a credit-rating agency, cut its debt to junk status; if Petrobras fails to publish audited results soon it may be unable to borrow at all.
Exporting is no answer, despite the falling real. Five countries—China, America, Argentina, the Netherlands and Germany—buy 45% of Brazil’s exports. Ten years ago these economies’ average GDP growth, weighted by their heft in Brazilian trade, was 12%; this year 5% would be good.
Yet the biggest worry is not that Brazil has a bad year, but that its broken policy levers mean that it gets stuck in a rut. Brazil spent 311.4 billion reais (6% of GDP) on interest payments in 2014, a 25% increase on 2013. This means that even if Mr Levy’s fiscal drive works—he is aiming for a primary surplus of 1.2% of GDP—Brazil will be nowhere near the black. The state’s outgoings have proved hard to control, with benefits payments rising despite falling unemployment. In a recession it will be harder still.
Brazil’s parlous finances leave no room for debt-financed stimulus. At 66% of GDP its gross public debt is the highest of the BRIC countries. Its bonds yield 13%—more than Russia’s. Rates could rise further. Fitch, a credit-rating agency, puts Brazil one notch above junk, but it has more debt, bigger deficits and higher interest rates than most countries in that category. If growth evaporates, a downgrade would be a certainty, raising debt costs even more.
Such predicaments are not uncommon, but Brazil’s monetary problems are. The governor of the Central Bank, Alexandre Tombini, must choose between two nasty paths. The first is a hard-money approach: keeping interest rates high despite the weak economy. This would prop up the real and boost the bank’s inflation-bashing credentials. But it is not just households that are hurt by high rates; firms are, too. In aggregate the big Brazilian firms Fitch rates have had negative cashflow since 2010. They have plugged the gap by running down savings and issuing debt. Borrowing is up by 23% in five years. With the risk of default rising, a fifth of these firms face a downgrade, in many cases imminent.
In reality, a tough monetary stance would have to be softened by an extension of Brazil’s lavish financial subsidies. State-owned banks like BNDES, a development bank, and Caixa Econômica Federal, a retail one, made 35% of loans in 2009. Today their share is 55%. Since many Brazilian firms cannot pay private market rates (the average rate for new corporate loans is 16%) BNDES lends at a concessionary rate, currently 5.5%. That makes banking in Brazil a fiscal operation, says Mansueto Almeida, an expert on the public finances. The funding comes from the state, which borrows at a much higher rate than firms pay. The difference, a loss, is borne by taxpayers.
The alternative path for Mr Tombini to go down is to cut rates despite rising inflation—a daring move given Brazil’s history. The cause of price increases, after all, is not an overheating economy, but the real’s fall, rising taxes and the drought. The textbook response would be to “see through”—ie, ignore—this inflation.
But soft money would hurt, too. It would cause the real to fall further, and thus accelerate increases in the prices of imported goods. Foreign debts, which Brazilian firms and local governments have accumulated due to the lower interest rates on offer, would become harder to bear. Data collected by the Bank for International Settlements show dollar debts rising from $100 billion to $250 billion over the past five years. But the burden in local-currency terms has jumped much more, from around 210 billion reais to 655 billion reais (see chart 2). The state lends a hand here too, with the central bank offering swap contracts to insure firms against a falling real. The scheme cost the bank 38 billion reais in the second half of last year alone.
Faced with these poisonous options, a middle path is most likely. Interest rates will be too high for households and firms, so subsidised funding will grow. But they will be too low to protect the real, so swap costs will rise, too. Both subsidies put extra pressure on the government’s finances. By mixing monetary and fiscal policy in this way, Brazil is slowly rendering both ineffective. In an economy heading for recession, that is not a good place to be.
From the print edition: Finance and economics

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...