O texto abaixo mostra um pouco da irresponsabilidade que nos governa, fazendo com que essa turba gerentona tenha que embuçar a cara para não mostrar como está envergonhada pelos erros, desmandos e a ignorante incapacidade de administrar um país. Bem, claro!, ignorância, esta, pelos rumos despropositados impostos à sociedade, mas inteligente do ponto de vista pessoal e grupal, pois lhes farta os bolsos.
Mas, há mais! Sabemos que a inoperância ignorante no setor elétrico, campo da “especialista” Dilma, já fez destinar 9 Bilhões do orçamento de 2014 para cobrir custos com usinas termelétricas e, em razão dos mesmos problemas durante o presente período, já serão necessários mais 12 Bilhões, ou seja, 21 BILHÕES de reais que serão cobrados de nós, os consumidores, a partir de 2015, após as eleições, evidentemente! Tudo isto, por que? Porque o regime petista, tão crítico de outrora, não foi capaz de desenvolver os processos possíveis e disponíveis de geração elétrica, quer o fosse por hidrelétricas, ou por eólicas. Aliás, destas, já há parques geradores instalados mas inoperantes, pois a saliente ignorância não previu o sistema distribuidor. Pode?
Com relação à PETROBRAS, li, hoje, que Dilma já começa a reconhecer que houve erro na negociação daquela petrolífera estadunidense, comprada por toneladas de ouro e vendida por cacho de bananas, que foi uma das razões do início do desmantelamento de uma das maiores empresas do mundo.
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ELIO GASPARI (FOLHA DE SÃO PAULO-19/04/2014)
O comissariado destruidor
O truque do preço da energia custou um Bill Gates mais um Jorge Paulo Lemann, e ainda sobram alguns bilhões
Quando a doutora Dilma assumiu a Presidência, uma ação da Petrobras valia R$ 29. Hoje ela vale R$ 12,60. Somando-se a perda de valor de mercado da Petrobras à da Eletrobras, chega-se a cerca de US$ 100 bilhões. Isso significa que a gestão da doutora comeu um ervanário equivalente à fortuna do homem mais rico do mundo (Bill Gates, com US$ 76 bilhões), mais a do homem mais rico do Brasil (Jorge Paulo Lemann, com US$ 19,7 bilhões). Noutra conta, a perda do valor de mercado das duas empresas de energia equivale à fortuna dos dez maiores bilionários brasileiros.
Se o governo da doutora Dilma deve ser avaliado pela sua capacidade executiva, o comissariado petista contrapõe ao conceito de "destruição criadora" do capitalismo a novidade da destruição destruidora. No caso do preço dos combustíveis, de quebra, aleijou o mercado de produção de álcool.
Há empresas como a Polaroid, por exemplo, que vão à ruína porque vivem de uma tecnologia caduca. Outras cometem erros de concepção, como as aventuras amazônicas da Fordlândia e do Jari. É o jogo jogado. A perda de valor da Petrobras e da Eletrobras está fora dessas categorias. Acusar a doutora Graça Foster pelos maus números da Petrobras seria uma injustiça. A desgraça derivou de uma decisão de política econômica, mas responsabilizar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo que acontece nessa área seria caso de atribuição indevida.
O que agrava o episódio é que tanto a Petrobras como a Eletrobras atolaram por causa de uma decisão politicamente oportunista e economicamente leviana. Tratava-se de vender energia a preços baixos para acomodar o índice do custo de vida, segurando a popularidade do governo. O truque é velho. Mesmo quando deu resultados políticos imediatos, sempre acabou em desastres para a economia.
Vem aí a campanha eleitoral e o governo irá à luta buscando a reeleição de Dilma Rousseff com duas plataformas: a da qualidade de sua gerência e os avanços sociais que dela derivaram. Numa área em que os governos petistas produziram o êxito do Prouni, o ministro da Educação Fernando Haddad criou o novo Enem em 2009. Prometia a realização de dois exames por ano. Nada, mas continuou prometendo. Em 2012 a doutora Dilma anunciou: "No ano que vem [serão] duas edições". Nada. Apesar de ela ter dito isso, o ministro Aloizio Mercadante e seu sucessor, José Henrique Paim, descartaram a segunda prova, que daria à garotada uma segunda chance de disputar a vaga na universidade. (Nos Estados Unidos, o equivalente ao Enem oferece sete datas a cada ano.) O novo presidente do Inep, organismo encarregado de aplicar o exame, dá a seguinte explicação: "É impossível se fazer dois Enens' por ano com esse Enem. O crescimento [de inscritos] foi de tal ordem que a logística se impôs".
É um caso simples de gerência. Quem disse que ia fazer dois exames foi o governo. As dificuldades logísticas não explicam coisa nenhuma, porque elas já estavam aí em 2009 e, desde então, o Brasil não incorporou ao seu território a península da Crimeia.
O que há no governo é mais do que má gerencia. É uma fé infinita na empulhação, ofendendo a inteligência alheia.