Ao acompanhar um grande debate nacional recente, busquei na memória algo que, inevitavelmente, estimulava-me a correlacionar personagens atuais com elementos que lembrava da infância. Então, lembrei-me da música folclórica surgida há várias décadas e da qual não se sabe o autor, mas muito comum no interior desse Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, e contemporaneamente amplificada, primeiro por Elis Regina e, depois, por Kleiton e Kledir. A letra está abaixo e, dando saliência a apenas uma frase, lembro de " ... meu boi barroso, meu boi pitanga, o teu lugar, ai, é lá na ganga ...". Pronto, dei o recado do meu pensamento: o BARROSO ESTÁ NA CANGA. A História diz que dela não sairá.
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Boi Barroso
Eu mandei fazer um laço
Do couro do jacaré
Pra laçar meu boi barroso
No cavalo pangaré
Eu mandei fazer um laço
Do couro da jacutinga
Pra laçar meu boi barroso
Lá no alto da restinga
Adeus priminha que eu vou-me embora
Não sou daqui, eu sou lá de fora
Meu boi barroso, meu boi pitanga
O teu lugar, ai, é lá na canga
Meu cavalo malacara
Tem andar de saracura
Não tropeça e nem se espanta
Viajando em noite escura
Hoje é dia de rodeio
De churrasco e chimarrão
Venham ver a gauchada
Reunida no galpão
Adeus priminha...
Eu mandei fazer um laço
Do couro do jacaré
Pra laçar meu boi barroso
No cavalo pangaré
Eu mandei fazer um laço
Do couro da jacutinga
Pra laçar meu boi barroso
Lá no alto da restinga
Eu mandei fazer um laço
do couro da capivara
Pra laçar meu boi barroso
No cavalo malacara
Eu mandei fazer um laço
Do couro do graxaim
Pra laçar meu boi barroso
Mas só lacei o capim
Adeus priminha...
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