AOS TRAIDORES, A SOLITÁRIA SIM!

Quanta bobagem neste texto do Gaspari! Quanta enganação! Quanto escondimento de uma realidade! Quanto direcionamento para a leitura dos incautos! Pétain foi prisioneiro de um tipo de crime, Darcy foi preso por outras razões e com foco na política. Se ambos agiram contra o Estado, nas condições e nos seus tempos, fizeram-no no contexto ideológico. Já, Lulla, é um criminoso comum, e dos piores, pois comandou o saque a erário brasileiro e, fazendo-o, causou a morte presumida de milhares de pessoas em razão da precariedade dos atendimentos sociais e infraestruturais do País pela falta dos dinheiros necessários para a Nação, mas guardados nas suas contas bancárias e nas de seus asseclas do bando criminoso. Pior ainda que um criminoso-assaltante, ele foi o agente que enganou toda uma população com a retórica moralista de antes, transformada no messianismo de agora. Assim, merece a prisão nas mesmas condições oferecidas a qualquer outro criminoso.
Aliás a prisão a ele deveria ser a pior de todas pois ele reúne no seu crime uma mescla dos que penalizaram Pétain e Darcy. Se o primeiro defendeu regime contrário ao seu País, Lulla também o fez e de forma amplificada. Se Darcy, também ele, propunha adoção baseada em ideologia inaceitável par a Nação, Lulla também o fez e de maneira especializada, por meio da organização internacional ambientada no Foro de São Paulo. Não é do conhecimento que Pétain ou Darcy tenham auferido milhões das moedas da época em favor próprio. Mas, Lulla o fez.
Então, Lulla é o maior enganador, oportunista, ladrão, usurpador da nacionalidade, comprador de mercados políticos  nacionais  e internacionais para sua promoção pessoal. Então traidor, sim!
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Lula não é o marechal Philippe Pétain
Elio Gaspari
Regime de solitária-light imposto a Lula assemelha-se ao que a França deu a um traidor
Passará o tempo, e o regime carcerário imposto a Lula deixará um travo amargo na memória nacional. Algo semelhante ao que resultou do embarque da família imperial para o exílio no meio de uma noite chuvosa, ou a ordem para que o caixão com o corpo de João Goulart percorresse os 180 quilômetros da fronteira argentina a São Borja, sem paradas no caminho. Lula é um ex-presidente da República. Está sozinho numa sala com cama, mesinha e banheiro. Não pode deixá-la, e para se comunicar com os carcereiros deve bater à porta. À primeira vista deram-lhe uma regalia, pois está muito melhor que os detentos do sistema penal brasileiro. As condições da solitária-light de Lula assemelham-se ao regime imposto na França de 1945 ao marechal Philippe Pétain. Ele traíra seu país e presidira uma ditadura pró-nazista. Foi condenado à morte, teve a sentença comutada e morreu no cárcere, em 1951. Indo-se para um exemplo brasileiro, Lula está num regime muito pior que aquele vivido em 1969 por Darcy Ribeiro, ex-chefe da Casa Civil de João Goulart. Ele ficou preso no Batalhão de Comando do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio. Darcy ficava num quarto iluminado e espaçoso. Fazia suas refeições e via a novela “Nino, o Italianinho” com os oficiais. Podia conviver com outros presos e, depois do expediente, circulava no pavilhão onde estava seu alojamento. Pelas paixões da época, Darcy era detestado, uma espécie de José Dirceu de Jango. A prisão de Darcy havia sido ordenada pelo auditor Oswaldo Lima Rodrigues, que mandou-o para o Corpo de Fuzileiros Navais, comandado pelo almirante Heitor Lopes de Souza, um militar duro e direto a ponto de ter ganho o apelido de “Cabo Heitor”. Suas simpatias pelos janguistas, a quem chamava de “gregórios”, eram nulas. Não havia emoções políticas no tratamento dado a Darcy, apenas uma espécie de cavalheirismo. Nessa época, a poucos quilômetros de distância, a Marinha institucionalizara a tortura de presos, massacrando jovens do MR8. Lula passa os dias só, trancado. Sem muito esforço, a Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz Sergio Moro podem redesenhar esse regime carcerário, sem estimular um circo petista. Moro seguiu o manual. Em 1889 não existia protocolo para o embarque de um imperador deposto, e em 1976 improvisou-se uma regra para o transporte de um ex-presidente morto. Nos dois casos os donos do poder fizeram o que achavam certo para a hora, sem perceber que estavam numa esquina da história. Lula é um ex-presidente da República, levado ao poder pelo voto popular. Quando ele vive numa rotina semelhante à de um marechal usurpador e colaboracionista, alguma coisa está errada.
Publicado em: 15/04/2018, na Folha

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O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...