Pouco mais de três décadas depois, ambos se encontram numa mesma música do passado. Belos tempos, os de ontem, mas são os de hoje que tocam nossa vida e preparam o futuro.
Aspectos sobre a vida e acerca dos fundamentos humanísticos. Ênfase à explanação e à discussão das ideias, na busca do conhecimento. Relevo ao humanismo, base necessária para nossa época.
BELAS RECORDAÇÕES
MAZELAS DA EDUCAÇÃO
Pouco
antes, postei um texto de Arthur Schopenhauer versando sobre educação,
professorado e erudição. Por aí! Logo depois, sou surpreendido com uma
reportagem da Folha sobre assunto correlato e contemporâneo que, embora com
viés diverso um do outro, ambos têm afinidade, já que tratam da formação dos
alunos. Apenas para lembrar e reforçando meu pensamento, realço um parágrafo do
texto de Schopenhauer, parecendo que ele tenha escrito para hoje, embora
o fez há 160 anos.
Enfim,
tristemente, identificamos que algo não conseguimos aprender com a História ao
insistirmos na prática de costumes e de pensamentos retrógrados apesar de ela
registrar esses fracassos e os atrasos que representam à Humanidade.
______________________________ ______________________________ _____
(Arthur Schopenhauer, +/- 1860)
.........
Diletantes, diletantes! Assim os que exercem uma ciência ou uma arte por amor a ela, pelo seu deleite, são chamados com desprezo por aqueles que se consagram a tais coisas com vistas ao que ganham, porque seu objeto dileto é o dinheiro que têm a receber. Esse desdém se baseia na sua convicção desprezível de que ninguém se dedicaria seriamente a um assunto se não fosse impelido pela necessidade, pela fome ou por uma avidez semelhante. O público possui o mesmo espírito e, por conseguinte, a mesma opinião: daí provém seu respeito habitual pelas “pessoas da área” e sua desconfiança em relação aos diletantes. Na verdade, para o diletante, ao contrário, o assunto é o fim, e para o homem da área como tal, apenas um meio. No entanto, só se dedicará a um assunto com toda a seriedade alguém que esteja envolvido de modo imediato e que se ocupe dele com amor. É sempre de tais pessoas, e não dos assalariados, que vêm as grandes descobertas.
..............
______________________________ ______________________________ ______
Quase 50% dos professores não têm formação na matéria que ensinam
Karime Xavier/Folhapress – 23/01/2017
| ||
Quase a metade dos professores do ensino médio do país dá aulas de disciplinas para as quais não tem formação específica. O problema atinge redes públicas e escolas privadas e é mais grave em algumas matérias, como física.
Dos 494 mil docentes que trabalham no ensino médio, 228 mil (46,3%) atuam em pelo menos uma disciplina para a qual não têm formação. O número de professores com formação adequada em todas as aulas dadas representa 53,7% do total.
Quase um terço (32,3%) só dá aulas em matérias para as quais não tem formação específica. Outros 14% se desdobram entre a área em que são titulados e outras para as quais não são habilitados. Os dados são do Censo Escolar de 2015 e foram tabulados pelo Movimento Todos Pela Educação. Na comparação com 2012, o quadro praticamente não se alterou.
Esse cenário pode representar um desafio para a diversificação prevista na reforma do ensino médio, em trâmite no Congresso Nacional por medida provisória. Pela reforma proposta, as redes e escolas terão que criar linhas de aprofundamento por área de conhecimento.
Os alunos deverão escolher a área de interesse (entre Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens, Matemática e ensino técnico). Essa parte flexível deve responder por 40% da grade. "Essas linhas de aprofundamento exigem um conhecimento além do trivial, o que vai demandar um professor que entenda das disciplinas e seja bem formado", diz a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
MATÉRIAS
Sociologia, filosofia e artes registram os piores resultados. Física e química aparecem na sequência, com um número maior de docentes sem habilitação para a área. Somente 27% dos professores que lecionam física no Brasil, por exemplo, têm a formação na área. Há mais licenciados em matemática dando essas aulas: são 29,8%. Em todo o país, 67,5% dos professores de matemática têm formação na área.
Mato Grosso e Bahia têm os menores percentuais de adequação, na média de todas as disciplinas. Na outra ponta, Paraná e Distrito Federal contam com as melhores condições. A situação de titulação adequada não é muito melhor na rede particular. As escolas privadas têm, na média, 58% dos professores com formação em todas as disciplinas que lecionam.
A rede federal, onde estuda somente 1,9% dos alunos do ensino médio, apresenta os melhores resultados, com 73% dos professores nessas condições. Nas escolas estaduais, o percentual é de 53%. As redes ligadas aos Estados concentram 84% das matrículas da etapa.
Segundo Luís Carlos de Menezes, professor da USP e pesquisador de formação docente, os dados são preocupantes. "As aulas ficam muito comprometidas, porque esses professores não dominam os conteúdos mais interessantes das disciplinas."
O principal motivo para essa situação é a baixa atratividade da carreira, diz Menezes. "Os profissionais de todas essas áreas existem, mas eles decidem fazer outra coisa da vida, e não dar aulas."
Um estudo de 2014 do professor José Marcelino de Rezende Pinto, também da USP, concluiu que há profissionais titulados em número suficiente para todas as áreas (com exceção de física). As condições da carreira, entretanto, afastam essas pessoas da docência.
Um professor recebe até 39% a menos do que a média das pessoas de outras carreiras com o mesmo nível de escolaridade. A docência atrai, por consequência, os jovens com os piores desempenhos no ensino médio.
No ensino fundamental, 41% dos professores dão aulas em matérias para as quais não têm formação. "É importante ressaltar que essa é uma visão quantitativa, e não dá conta de explicar a qualidade do docente e das aulas", completa Priscila Cruz.
ESFORÇO
O MEC (Ministério da Educação) não tem um plano específico de formação de professores para atender as linhas de aprofundamento previstas na reforma. A pasta ressalta, entretanto, que a situação pode ser melhorada com um esforço dos Estados e dos municípios, com apoio da União, e com cursos de complementação pedagógica.
"Isto resolve, em grande medida, questões ligadas ao conteúdo que os professores precisam dominar, assim como a didática que eles precisam conhecer para poder ensinar", afirmou, por meio de nota, a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro.
META ATÉ 2024
O PNE (Plano Nacional de Educação) prevê que todos os professores da educação básica possuam formação específica, de nível superior, até 2024. Dos 2,2 milhões de professores do país, aproximadamente 24% dos professores sequer possuem formação de nível superior.
Para monitorar essa meta, o Movimento Todos pela Educação fez a análise a partir das disciplinas dadas nas escolas -e não só da titulação dos professores. Considerou, assim, o número considerável de docentes que dá aulas em mais de uma matéria.
Encarar o desafio de ter professores com formação adequada envolve não só melhorias nos salários e na carreira docente, de forma a atrair estudantes para os cursos de licenciatura. Mas também a qualidade e formato das formações inicial e continuada desses profissionais.
"A gente tem de caminhar para uma formação de professores por áreas [de conhecimento]", defende Priscila Cruz, do Todos pela Educação. "Isso garante que esse professor tenha certa flexibilidade e também favorece a abordagem por projetos".
Já há algumas experiências de cursos de formação de professores por área no país, como na Faculdade Sesi de São Paulo. O aluno entra para se formar em ciências da natureza, ciências humanas, linguagens ou matemática.
O PNE descreve a formação ideal como "curso de licenciatura na área de conhecimento". Os dados do Todos Pela Educação também consideram como adequado o bacharelado com complementação pedagógica na área. Aprovado em 2014, o PNE traça metas para a educação a serem alcançadas no prazo de dez anos.
ESCOLHA DE CARREIRA OU NECESSIDADE
O professor da rede estadual paulista Marcos Brites, 50, é formado em biologia e em matemática, mas lecionou física nos últimos três anos. Não foi uma escolha de carreira, mas uma necessidade. Com falta de professores da área na rede estadual, o professor decidiu assumir aulas de física para não ter de se dividir em quatro escolas ao longo da semana. Ele já trabalha em três unidades da rede estadual na região metropolitana de São Paulo.
"Preferia dar aulas na minha área, mas peguei as aulas por necessidade. Tive que voltar a me atualizar, rever vários conceitos para que eu pudesse dar o melhor de mim para os alunos", diz ele, que atua em salas dos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Brites chegou a cursar aulas de física no curso superior de biologia, o que o habilita a pegar aulas da matéria pelas regras vigentes. Mas, mesmo com a experiência de 31 anos de docência na rede pública, ele mesmo avalia que não é a melhor opção. Sobretudo para seus alunos.
"Há vários assuntos da física, como acústica, eletromagnetismo, a parte de ótica, que eu sequer tive no meu curso superior", diz. "Tem sido grande desafio, mas dou o máximo de mim."
No Estado de São Paulo, levando-se em conta rede pública e privada, 45% dos professores do ensino médio não têm formação específica na área em que atuam. Em física, por exemplo, 71% não têm formação específica.
As aulas têm sido dadas por profissionais com outras formações, como é o caso do professor Brites. Sociologia e filosofia apresentam os piores indicadores. Professores sem a titulação adequada representam 88% e 77% dos docentes nas duas disciplinas, respectivamente. Por outro lado, as aulas de educação física no Estado têm 90,4% dos professores com formação adequada. Em língua portuguesa, esse percentual é de 86,4%.
A secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu que uma indicação do Conselho Estadual de Educação permite que docentes com 160 horas de formação em disciplinas correlatas assumam a função em caso de "necessidade". "A prioridade é que os docentes assumam as aulas de sua formação", informou, em nota, a pasta.
Segundo a secretaria, mais de 97% dos professores da rede estadual têm formação superior completa. No entanto, não necessariamente atuam nas disciplinas para a quais são formados. O governo Alckmin autorizou em outubro a convocação de 20,9 mil professores. Eles haviam sido aprovados em um concurso realizado em 2013, mas ainda estavam na fila de espera.
A rede conta atualmente com 210,9 mil docentes, de acordo com dados de dezembro. Os professores da rede estadual paulista não recebem reajuste salarial desde meados de 2014. A regra do Conselho Estadual de Educação com relação à formação adequada dos professores também vale para as escolas particulares.
EDUCAÇÃO, NOVOS FUNDAMENTOS
Raramente li um texto tão instigante e preocupante quanto este que obtive na rede. E erudito, também! Escrito há mais de 170 anos, por um dos grandes pensadores da História, para uma época em que afloravam os conflitos e os questionamentos culturais e intelectuais de outros grandes pensadores, na vivência do contexto da Revolução Industrial com todas suas implicações sobre a vida emergida da Renascença e, antes dela, da Idade Média, mostra o dilema da reconstrução intelectual frente a novos conceitos e visões da sociedade. Percebe-se a preocupação de Schopenhauer com os novos impulsos humanos, baseados na rapidez da evolução, que gera a superficialidade de pensamento e a fraqueza dos princípios da transmissão de conhecimentos.
Isto, naquela época! E hoje, a quantas andamos?
Será que não vale a pena apostar numa profunda remodelação da Educação, deixando de lado a mesquinhez dos interesses político-partidários e adotar um outro eixo educativo que melhore a condição do instrutor e, deste, para o aprendiz, de forma a que ganhemos novamente consistência no conhecimento? Será que os fundamentos propostos ontem, não seriam os mesmos necessários hoje?
Como diz Shopenhauer, CONHECIMENTO, não apenas informação.
______________________________ _____
Sobre a erudição e os eruditos
Arthur Schopenhauer (1788-1860), do livro A Arte de Escrever (Porto Alegre: L&PM, 2012).
Quando observamos a quantidade e a variedade dos estabelecimentos de ensino e de aprendizado, assim como o grande número de alunos e professores, é possível acreditar que a espécie humana dá muita importância à instrução e à verdade. Entretanto, nesse caso, as aparências também enganam. Os professores ensinam para ganhar dinheiro e não se esforçam pela sabedoria, mas pelo crédito que ganham dando a impressão de possuí-la. E os alunos não aprendem para ganhar conhecimento e se instruir, mas para poder tagarelar e para ganhar ares de importantes.
A cada trinta anos, desponta no mundo uma nova geração: pessoas que não sabem nada e agora devoram os resultados do saber humano acumulado durante milênios, de modo sumário e apressado, depois querem ser mais espertas do que todo o passado. É com esse objetivo que tal geração frequenta a universidade e se aferra aos livros, sempre aos mais recentes, os de sua época e próprios para sua idade. Só o que é breve e novo! Assim como é nova a geração, que logo passa a emitir seus juízos.
Em geral, estudantes e estudiosos de todos os tipos e de qualquer idade têm em mira apenas a informação, não a instrução. Sua honra é baseada no fato de terem informações sobre tudo, sobre todas as pedras, ou plantas, ou batalhas, ou experiências, sobre o resumo e o conjunto de todos os livros. Não ocorre a eles que a informação é um mero meio para a instrução, tendo pouco ou nenhum valor por si mesma. No entanto, é essa maneira de pensar que caracteriza uma cabeça filosófica.
Diante da imponente erudição de tais sabichões, às vezes digo para mim mesmo: Ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para poder ter lido tanto! Até mesmo quando se relata, a respeito de Plínio, o Velho, que ele lia sem parar ou mandava que lessem para ele, seja à mesa, em viagens ou no banheiro, sinto a necessidade de me perguntar se o homem tinha tanta falta de pensamentos próprios que era preciso um afluxo contínuo de pensamentos alheios, como é preciso dar a quem sofre de tuberculose um caldo para manter sua vida. E nem a sua credulidade sem critérios, nem o seu estilo de coletânea, extremamente repugnante, difícil de entender e sem desenvolvimento contribuem para me dar um alto conceito do pensamento próprio desse escritor.
Assim como as atividades de ler e aprender, quando em excesso, são prejudiciais ao pensamento próprio, as de escrever e ensinar em demasia também desacostumam os homens da clareza e profundidade do saber e da compreensão, uma vez que não lhes sobra tempo para obtê-los. Com isso, quando expõe alguma ideia, a pessoa precisa preencher com palavras e frases as lacunas de clareza em seu conhecimento. É isso, e não a aridez do assunto, que torna a maioria dos livros tão incrivelmente entediante. Pois, como podemos supor, um bom cozinheiro pode dar gosto até a uma velha sola de sapato; assim como um bom escritor pode tornar interessante mesmo o assunto mais árido.
Para a imensa maioria dos eruditos, sua ciência é um meio e não um fim. Desse modo, nunca chegarão a realizar nada de grandioso, porque para tanto seria preciso que tivessem o saber como meta, e que todo o resto, mesmo sua própria existência, fosse apenas um meio. Pois tudo o que se realiza em função de outra coisa é feito apenas de maneira parcial, e a verdadeira excelência só pode ser alcançada, em obras de todos os gêneros, quando elas foram produzidas em função de si mesmas e não como meios para fins ulteriores. Da mesma maneira, só chegará a elaborar novas e grandes concepções fundamentais aquele que tenha suas próprias ideias como objetivo direto de seus estudos, sem se importar com as ideias dos outros.
Entretanto os eruditos, em sua maioria, estudam exclusivamente com o objetivo de um dia poderem ensinar e escrever. Assim, sua cabeça é semelhante a um estômago e a um intestino dos quais a comida sai sem ser digerida. Justamente por isso, seu ensino e seus escritos têm pouca utilidade. Não é possível alimentar os outros com restos não digeridos, mas só com o leite que se formou a partir do próprio sangue.
A peruca é o símbolo mais apropriado para o erudito. Trata-se de homens que adornam a cabeça com uma rica massa de cabelo alheio porque carecem de cabelos próprios. Da mesma maneira, a erudição consiste num adorno com uma grande quantidade de pensamentos alheios, que evidentemente, em comparação com os fios provenientes do fundo e do solo mais próprios, não assentam de modo tão natural, nem se aplicam a todos os casos ou se adaptam de modo tão apropriado a todos os objetivos, nem se enraízam com firmeza, tampouco são substituídos de imediato, depois de utilizados, por outros pensamentos provenientes da mesma fonte.
Diletantes, diletantes! Assim os que exercem uma ciência ou uma arte por amor a ela, pelo seu deleite, são chamados com desprezo por aqueles que se consagram a tais coisas com vistas ao que ganham, porque seu objeto dileto é o dinheiro que têm a receber. Esse desdém se baseia na sua convicção desprezível de que ninguém se dedicaria seriamente a um assunto se não fosse impelido pela necessidade, pela fome ou por uma avidez semelhante. O público possui o mesmo espírito e, por conseguinte, a mesma opinião: daí provém seu respeito habitual pelas “pessoas da área” e sua desconfiança em relação aos diletantes. Na verdade, para o diletante, ao contrário, o assunto é o fim, e para o homem da área como tal, apenas um meio. No entanto, só se dedicará a um assunto com toda a seriedade alguém que esteja envolvido de modo imediato e que se ocupe dele com amor. É sempre de tais pessoas, e não dos assalariados, que vêm as grandes descobertas.
O grande público culto busca viver bem e se distrair, por isso deixa de lado o que não é romance, comédia ou poesia. Para, excepcionalmente, chegar a ler algo com o objetivo de se instruir, o público aguarda antes uma carta de recomendação com o selo daqueles que mais entendem do assunto, declarando que de fato se encontra ali um ensinamento válido. E os que mais entendem do assunto, supõe o público, são as pessoas da área. Ele confunde, assim, os que vivem de uma matéria com os que vivem para uma matéria, embora essas duas atividades raramente sejam exercidas pelos mesmos homens. Como Diderot já disse, em O sobrinho de Rameau, a pessoa que ensina a ciência não é a mesma que entende dela e a realiza com seriedade, pois a esta não sobra tempo para ensinar.
Em todo caso, o erudito alemão também é pobre demais para ser honesto e honrado. Por isso, as atividades de torcer, enroscar, acomodar-se e renegar suas convicções, ensinar e escrever coisas em que na verdade não acredita, rastejar, adular, tomar partidos e fazer camaradagens, levar em consideração ministros, gente importante, colegas, estudantes, livreiros, críticos, em resumo, qualquer coisa é melhor do que dizer a verdade e contribuir para o trabalho dos outros – são esses o seu procedimento e o seu método. Desse modo ele se torna, na maioria das vezes, um velhaco cheio de preocupações. Em consequência disso, na literatura alemã em geral e especialmente na filosofia, a deslealdade também se tornou tão predominante, que é de se esperar a chegada a um ponto no qual, sendo incapaz de enganar qualquer pessoa, ela não tenha mais nenhum efeito.
De resto, na república erudita ocorre o mesmo que nas outras repúblicas: todos amam um homem despretensioso que segue seu caminho com tranquilidade e não pretende ser mais esperto do que os outros. Eles se unem contra as cabeças excêntricas que oferecem perigo, tendo a seu lado a maioria (e que maioria!). Na república dos eruditos as coisas se passam, em geral, do mesmo modo que na república do México, onde cada um pensa somente nos seus benefícios próprios, procurando reconhecimento e poder para si, sem nenhuma consideração pelo bem comum, que com isso acaba sendo arruinado. Do mesmo modo, na república dos eruditos, cada um procura promover a si próprio para conquistar algum reconhecimento, e a única coisa com que todos estão de acordo é em não deixar que desponte uma cabeça realmente eminente, quando ela tende a se destacar, pois tal coisa representaria um perigo para todos ao mesmo tempo. Com isso, o modo como o todo da ciência é conduzido fica fácil de prever.
Entre os professores e os eruditos independentes existe, desde muito tempo atrás, um certo antagonismo, que talvez possa ser esclarecido pela comparação com aquele que existe entre os cães e os lobos. Os professores têm, pela posição que ocupam, grandes vantagens relativas ao reconhecimento por parte de seus contemporâneos. Em contrapartida, os eruditos independentes têm, pela posição que ocupam, grandes vantagens relativas ao reconhecimento por parte da posteridade, porque esse segundo tipo de reconhecimento exige, entre outras coisas muito mais raras, também um certo ócio e uma certa independência. Como demora muito para que a humanidade chegue a descobrir a quem ela deve conceder sua atenção, o professor e o erudito independente podem realizar seu trabalho paralelamente. De um modo geral, a forragem da cocheira dos professores é a mais apropriada para esses ruminantes. Em contrapartida, aqueles que recebem o seu alimento das mãos da natureza preferem o ar livre.
A maior parte de todo o saber humano, em cada um dos seus gêneros, existe apenas no papel, nos livros, nessa memória de papel da humanidade. Apenas uma pequena parte está realmente viva, a cada momento dado, em algumas cabeças. Trata-se de uma consequência sobretudo da brevidade e da incerteza da vida, mas também da indolência e da busca de prazer por parte dos homens. Cada geração que passa rapidamente alcança, de todo o saber humano, somente aquilo de que ela precisa. Em seguida desaparece. Segue-se, cheia de esperanças, uma nova geração que não sabe nada e tem de aprender tudo desde o início; de novo ela apanha aquilo que consegue ou aquilo de que pode precisar em sua curta viagem, depois desaparece igualmente. Assim, que desgraça seria para o saber humano se não houvesse a escrita e a imprensa! As bibliotecas são a única memória permanente e segura da espécie humana, cujos membros particulares só possuem uma memória muito limitada e imperfeita.
O saber humano se espalha para todos os lados, a perder de vista, de modo que nenhum indivíduo pode saber sequer a milésima parte daquilo que é digno de ser sabido. Sendo assim, as ciências adquiriram uma tal amplitude em suas dimensões, que alguém com a pretensão de realizar algum empreendimento científico deve se dedicar apenas a um campo muito específico, sem dar importância a todo o resto. Nesse caso, ele de fato se encontrará acima do vulgo em seu campo, no entanto será como qualquer pessoa em todos os outros. Além disso, torna-se cada vez mais comum hoje em dia o descuido com as línguas antigas, cujo aprendizado parcial de nada serve, contribuindo para a decadência geral da cultura humana. Com isso, frequentemente veremos eruditos que, fora de seu campo específico, são verdadeiras bestas.
Em geral, um erudito tão exclusivo de uma área é análogo ao operário que, ao longo de sua vida, não faz nada além de mover determinada alavanca, gancho ou manivela, em determinado instrumento ou máquina, de modo a conquistar um inacreditável virtuosismo nessa atividade. Também é possível comparar o especialista com um homem que mora em sua casa própria, mas nunca sai dela. Na casa, ele conhece tudo com exatidão, cada degrau, cada canto e cada viga, como, por exemplo, o Quasímodo de Victor Hugo conhece a catedral de Notre-Dame, mas fora desse lugar tudo lhe é estranho e desconhecido. Em contrapartida, a verdadeira formação para a humanidade exige universalidade e uma visão geral; portanto, para um erudito no sentido mais elevado, algo como um conhecimento enciclopédico da história. Mas quem quer se tornar um filósofo de verdade precisa reunir em sua cabeça as extremidades mais afastadas da vontade humana. Pois onde mais elas poderiam ser reunidas?
Espíritos de primeira categoria nunca se tornarão especialistas eruditos. Para eles, como tais, a totalidade da existência é que se impõe como problema, e é sobre ela que cada um deles comunicará à humanidade novas soluções, de uma forma ou de outra. Pois só pode merecer o nome de gênio alguém que assume como o tema de suas realizações a totalidade, aquilo que é grandioso, as coisas essenciais e gerais, e não alguém que dedica os esforços de sua vida a esclarecer qualquer relação específica de objetos entre si.
A abolição do latim como língua geral da erudição e, em contrapartida, a introdução do espírito pequeno-burguês nas literaturas nacionais foram um verdadeiro infortúnio para as ciências na Europa. Em primeiro lugar, porque só por meio da língua latina havia um público geral de eruditos europeus, ao qual cada livro publicado era dirigido diretamente. Agora o número de cabeças que realmente pensam e são capazes de julgar é tão pequeno em toda a Europa que se enfraquece infinitamente a sua atuação quando o alcance de suas ideias é dividido e compartimentado por fronteiras linguísticas.
As versões feitas por aprendizes literários, às quais os editores dão preferência, são um péssimo substituto para uma língua erudita geral. Por isso a filosofia de Kant, após um curto período de brilho, atolou-se no pântano da capacidade alemã de julgar, enquanto os fogos-fátuos da pseudociência de Fichte, Schelling e finalmente de Hegel desfrutam, sobre esse pântano, de sua vida fugaz. Por isso a doutrina das cores de Goethe não encontrou aprovação. Por isso não me deram atenção. Por isso a nação inglesa, tão intelectual e capaz de julgar, ainda agora é degradada pela beataria e pela mais vergonhosa tutela clerical. Por isso, falta à física da França o apoio e o controle de uma metafísica digna e suficiente. E diversos outros exemplos poderiam ser mencionados.
Além do mais, a essa grande desvantagem está ligada uma segunda, ainda maior: o fim do aprendizado das línguas antigas. Basta notar o descuido com elas na França e mesmo na Alemanha. Já na década de 1830 a 1840, o Corpus juris foi traduzido para o alemão, o que constitui um símbolo inegável da penetração da ignorância na base de toda a erudição, isto é, na língua latina, portanto um símbolo da barbárie. Agora o processo chegou tão longe, que autores gregos, ou mesmo latinos, são publicados com notas em alemão, o que não passa de uma baixeza e de uma infâmia.
O verdadeiro motivo disso (seja qual for a desculpa dos editores) é que o responsável pela publicação não sabe mais escrever em latim, e a amável juventude o acompanha com prazer no caminho da preguiça, ignorância e barbárie. Eu tinha a expectativa de ver esse procedimento ser repreendido como merecia nas revistas literárias, mas me surpreendi ao ver que ele foi recebido sem censura alguma, como se fosse perfeitamente aceitável. Isso mostra que os críticos também são uns ignorantes. Assim, de modo geral, a mais despudorada infâmia sente-se inteiramente em casa na literatura alemã.
Considerando uma vulgaridade especial, que agora se insinua como uma prática cada dia mais habitual, preciso censurar ainda o fato de que, nos livros científicos e em jornais propriamente eruditos, até mesmo nos que são publicados por academias, passagens de autores gregos e latinos são traduzidas para o alemão. Que desgraça! Os senhores escrevem para sapateiros e alfaiates? Acho que sim, e isso para “comercializar” bastante. Então permitam-me observar respeitosamente que os senhores são, em todos sentidos, sujeitos vulgares. Tenham mais honra e deixem os ignorantes sentirem sua inferioridade, em vez de fazer cortesias às suas carteiras.
Se chegamos a tal ponto, então adeus humanidade, gosto nobre e sentido elevado! A barbárie retornou, apesar das ferrovias, da eletricidade e dos balões voando pelos ares. Finalmente perdemos, com isso, uma vantagem de que todos os nossos antepassados tiraram proveito. Ou seja, não é só a antiguidade romana que nos abre as portas para o latim, mas também a Idade Média inteira, em todos os países europeus, assim como do século passado. Desse modo, por exemplo, Scotus Erigenes no século IX, John Salisbury no XII, Raimundo Lullus no XIII, junto com centenas de outros autores, dirigem-se a mim diretamente na língua que consideravam natural e própria, sempre que pensavam em assuntos científicos. Por isso, ainda hoje eles se encontram muito próximos de mim: estou em contato direto com eles e verdadeiramente os conheço.
Contudo, como seria se cada um deles tivesse escrito na língua de seu país, seguindo o estágio em que ela se encontrava na sua época? Seria impossível para mim entender sequer a metade dos seus textos, e um contato espiritual com tais autores se tornaria impossível. Eu os veria como silhuetas no horizonte distante, ou então pelo telescópio de uma tradução. Foi para evitar isso que, como declara expressamente, Bacon de Veralam traduziu ele mesmo seus ensaios para o latim, com o título de Sermones Fideles.
Deve ser mencionado aqui, só de passagem, o fato de que o patriotismo, quando tem a pretensão de se fazer valer no reino das ciências, não passa de um acompanhante indecente, do qual é preciso se livrar. Quando se trata de questões puras e gerais da humanidade e quando a verdade, a clareza e a beleza devem ser os únicos critérios, o que pode ser mais impertinente do que a tentativa de pôr na balança a preferência pela nação à qual certa pessoa pertence e, em nome desse privilégio, ou cometer uma violência contra a verdade, ou uma injustiça contra os grandes espíritos de nações estrangeiras para destacar espíritos inferiores da própria nação? No entanto, encontramos exemplos dessa vulgaridade todos os dias, entre os escritores de todas as nações europeias. Esse traço foi satirizado por Iriarte na trigésima terceira de suas ótimas fábulas literárias.
A melhora da qualidade dos estudantes, às custas de sua quantidade já exagerada, deveria ser determinada por lei: Nenhum deles teria permissão para frequentar a universidade antes de completar vinte anos, idade em que passaria por um examen rigorosum nas duas línguas antigas antes de fazer a matrícula. Com isso, todavia, o estudante seria liberado do serviço militar e obteria suas primeiras doctarum praemia frontium [recompensas das frentes doutas]. Um estudante tem muita coisa para aprender, por isso não pode estragar um ano ou mais de sua vida com o manuseio de armas, um trabalho tão heterogêneo em relação ao seu. Sem contar que essa atividade arruína o respeito que todo iletrado, seja ele quem for, do primeiro ao último, deve ao erudito. Por meio da isenção natural do serviço militar para a classe erudita, os exércitos não seriam prejudicados; diminuiria apenas o número de maus médicos, maus advogados e juízes, professores escolares ignorantes e charlatães de todo tipo. Pois é certo que cada momento da vida de soldado exerce efeito desmoralizante sobre o futuro erudito.
Deveria ser determinado por lei que todos os estudantes universitários, no primeiro ano, fizessem exclusivamente os cursos da faculdade de filosofia, e antes do segundo ano não tivessem permissão para assistir aos das três faculdades superiores. Em seguida, os teólogos teriam de dedicar dois anos a esses cursos, os juristas, três, os médicos, quatro. Em contrapartida, nos ginásios, o ensino poderia ser limitado a línguas antigas, história, matemática e alemão, com um estudo especialmente aprofundado das línguas antigas. Em todo caso, como o talento para a matemática é algo muito especial e próprio, que não corre paralelamente às outras capacidades mentais, nem tem nada em comum com elas, deveria valer para a aula de matemática uma classificação específica dos alunos. Desse modo, alguém que frequentasse nas outras matérias a primeira turma poderia fazer parte da terceira no curso de matemática, sem nenhum prejuízo. Assim cada um poderia aprender de maneira proveitosa, segundo a medida de suas capacidades.
Como os professores se preocupam mais com a quantidade dos estudantes do que com sua qualidade, é certo que eles não apoiarão tais propostas, e o mesmo vale para a seguinte: as promoções a professor [Promotionen] deveriam ser feitas gratuitamente, para que a dignidade de doutor, desacreditada pelo afã de lucro dos professores, voltasse a ser uma honra. Para isso, os doutores deveriam ser dispensados dos exames estatais.
ANTOLOGIA DA CRIMINALIDADE
O lullopetismo é feito de momentos, frases, conceitos políticos e teorias sociais antológicas. Antológicas por serem risíveis e ridículas, mitômanas e doentiamente enganadoras, sempre para construir um mundo sonhático mas nunca realizável. Mas, é interessante como as manifestações dos seus líderes, ocorridas às centenas nos anos do regime podre e destruidor da Nação Brasileira, sempre foram EXALTADAS em favor dos criminosos de hoje.
Assistindo ao vídeo indicado abaixo, somos levados ao riso, mesmo que involuntariamente.
Todo o vídeo contém elementos que confluem para os fatos que ocorrem esta semana, mas é apartir do minuto 4 que se torna interessante, quando Dilma "estabanada" Russef fala.
1984 É HOJE
Como sabemos, George Orwell vem sendo vendido massivamente nos Estados Unidos, durante Trump. Normalmente mantemos a visão de que o escritor era contra o comunismo. Sim, mas não só! Ele era contra a tirania em suas formas amplas e, por isso, a busca pela obra "1984", por lá. Para quem ainda não leu "1984", recomendo a leitura, assim como "A Revolução dos Bichos", pois esta última tem tudo a ver com o Brasil recente e as guinadas enganosas do lullopetismo.
Sobre o autor, penso valer a pena assistir ao documentário indicado abaixo, pois ali há muitos detalhes desconhecidos, ou aos quais não demos a devida importância sobre ele.
O RETORNO
Extraí da rede o texto abaixo, chamando minha atenção o retorno mostrado por ele que as pessoas vão adotando ao saírem do delirante delírio da exposição pessoal e da ânsia xereta em visualizar o quê os outros fazem de bom ou de ruim, sempre sofrendo, ou merecendo, a crítica ou elogio sem sentido porquê distante, desconhecido, descompromissado. Pela informação contida no escrito percebe-se que há uma esperança de bom senso no ar.
Quem sabe, as pessoas retomarão a boa escrita das longas mensagens do correio eletrônico, (lembras dele?), ou das conversas pessoais, mesmo que pelo telefone, abandonando os excessos do "feicibuque" e do "uátizapi". Aliás, estas, boas ferramentos para um tipo de comunicação, em momentos pontuais das nossas vidas. Pode ser que o ano de 2017 reafirme essa saudável tendência. Pode ser!
No mais, vivas para o retorno.
___________________________________
Desconectados: A
Interessante Tendência da Europa em Abandonar a Internet
Muitas pessoas estão
desconectando-se da Internet para passar tempo conectando-se com o mundo
real
A Internet, com todas suas maravilhosas promessas de ilustração intelectual e conexão social, tornou-se um grande vício. Passamos mais tempo do que precisamos on-line e não nos damos conta do quanto perdemos em termos de capacidade de prestar atenção, conexão com o redor e tempo para realizar outras atividades.
O jornal espanhol El Mundo, relata sobre uma interessante tendência que está se manifestando na França, na qual muitas pessoas estão decidindo abandonar as redes sociais e desconectar-se da Internet. Em 2012, 3,4% dos franceses haviam decidido abandonar voluntariamente a Internet, um número que parece estar crescendo.
Uma das vozes líderes neste movimento que também ocorre na Espanha, é Enric Puig Punyet, doutor em filosofia da Universidade Autônoma de Barcelona, quem decidiu desconectar-se da Internet e, além disso, documentar a vida das pessoas que optam por esta estratégia de higiene mental em seu livro La Gran Adicción (O Grande Vício). Como sobreviver sem internet e não desligar-se do mundo. Puig Punyet relata como foi inclinando-se à desconexão:
A Internet, com todas suas maravilhosas promessas de ilustração intelectual e conexão social, tornou-se um grande vício. Passamos mais tempo do que precisamos on-line e não nos damos conta do quanto perdemos em termos de capacidade de prestar atenção, conexão com o redor e tempo para realizar outras atividades.
O jornal espanhol El Mundo, relata sobre uma interessante tendência que está se manifestando na França, na qual muitas pessoas estão decidindo abandonar as redes sociais e desconectar-se da Internet. Em 2012, 3,4% dos franceses haviam decidido abandonar voluntariamente a Internet, um número que parece estar crescendo.
Uma das vozes líderes neste movimento que também ocorre na Espanha, é Enric Puig Punyet, doutor em filosofia da Universidade Autônoma de Barcelona, quem decidiu desconectar-se da Internet e, além disso, documentar a vida das pessoas que optam por esta estratégia de higiene mental em seu livro La Gran Adicción (O Grande Vício). Como sobreviver sem internet e não desligar-se do mundo. Puig Punyet relata como foi inclinando-se à desconexão:
Sentia saturação após
horas e horas navegando, pulando de uma página para outra à toa, viajando de um
link para outro, aparentemente fazendo tudo, mas no fundo, não fazendo
absolutamente nada, porque com muita frequência a informação que obtemos depois
de um dia colados à tela é desigual, em ocasiões contraditória e logo nos
esquecemos.
Há somente 10 anos, a
Internet era uma ferramenta de consulta. Fazia-se uma pergunta e somente depois
buscava-se a resposta na rede. Mas hoje a dinâmica mudou por completo. O tempo
vazio se encheu de nada. Muitas vezes é a Internet quem formula a perguntas,
roubando o indivíduo de novos marcos de referência. A Internet é onipresente
porque está sempre ativa e em todas as partes. Ao ocupar grande parte de nossa
vida, com frequeência faz com que descuidemos das pessoas ao nosso redor.
Em seu livro, Puig Punyet mostra como muitas pessoas que estavam utilizando a Internet por mais de 1 década diariamente, e que acreditavam que seu trabalho dependia das ferramentas digitais, descobriram que a vida sem a Internet continua e sua renda não era afetada. "Pelo contrário: o grande paradoxo é que os desconectados sentem-se como se reconectassem com o mundo real".
O El Mundo também relata o caso de uma blogueira australiana chamada Essena O´Neill, que tinha centenas de milhares de seguidores no Youtube e Instagram e decidiu apagar todas suas imagens escrevendo:
Sou a mulher que teve tudo e quero dizer que, ter tudo nas redes sociais não significa nada na vida real. Deixei que me definissem pelos números e a única coisa que realmente me fazia sentir bem, era conseguir mais seguidores, mais likes, mais repercussão e visitas. Nunca era suficiente,
E é assim, a fama digital vem com o preço de estar enchendo a demanda dos seguidores ou fãs e existir de maneira fragmentada on-line e no mundo real, administrando a personalidade que criamos para nossos perfis. Fazer isso pode nos deixar esgotados para realizar nosso trabalho fora da Internet. Às vezes temos que escoher entre um e outro.
MAIS UM ENCANTONADO NO FUNDO DO CHIQUEIRO
Que vergonha para o meu País! Que vergonha para o Judiciário do meu País! Que vergonha para a minha Maçonaria! Sim, pois esse Zveiter domina a maçonaria (assim, com letra minúscula) carioca.
É o fim! Vou juntar os cacos.
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Levando em conta os debates a Inteligência Emocional, sugiro a leitura do texto abaixo. É um novo campo de inflexão de estudos da mente e do...
-
A nossa vida é plena de fatos ininteligíveis, quando pensamos gentil e ingenuamente sobre eles. Mas, como devemos, sempre, saber sobre a e...
-
Quando falamos de Democracia, sempre inflectimos nosso pensamento para a liberdade total, o campo onde ocorrem os debates e as boas ideias...
-
O texto abaixo foi extraído do saite da SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPÍRITAS, www.sbee.org.br , e por pensá-lo adequado ao momento, l...