A DELAÇÃO

A DELAÇÃO

Miguezim de Princesa

I
Eu ontem vi um político
Na calçada do mercado:
Vinha mancando de uma perna,
O beiço de baixo inchado,
Com cara de desespero,
Só porque foi delatado.
II
Tremia dos pés à cabeça,
O cabelo arrepiado,
Olhava para os passantes
Com um jeito de coitado,
Acabara de saber
Que havia sido delatado.
III
Parecia uma coruja,
Com o olho esbugalhado,
Com medo da caninana
Que no galho tinha voado,
Telefonaram avisando
Que havia sido delatado.
IV
Léo Pinheiro, da OAS,
Não aguentou o puxado.
Quando viu que a Papuda
Era o hotel reservado,
Mandou dizer ao político
Que o havia delatado.
V
Veio Marcelo Odebrecht,
Com fama de arrochado,
Mas, quando viu Sérgio Moro
Riscando o pronunciado,
Disse: - o Cão que fica preso,
Todo mundo é delatado!
VI
O coitado do político,
Que já vinha desconfiado,
Andando pelas beiradas,
Feito menino cagado,
Não vai mais dormir direito,
Porque quem faz o malfeito
Merece ser delatado!
Miguezim de Princesa

NOVAMENTE O MAU FRUTO DOS DELÍRIOS LULLOPETISTAS

A análise abaixo indica que, a exemplo da "copa das copas", também a "olimpíada das olimpíadas"deixará um fardo cruel para a população brasileira ao longo dos anos. Nem é preciso comentar o ônus já carregado, que estamos carregando e que ainda carregaremos por muito tempo em razão da realização do torneio de futebol. 
No caso da Olimpíada, embora localizado em apenas um ponto do país, o Rio, ainda assim o custo, o rombo, cairá nas nossas costas. 
Apenas discordo da Mônica de Bolle, assim como da maioria dos analistas e críticos da sociedade brasileira, que sempre mencionam Dilma como culpada. Ela é sim, uma das culpas e a mais recente delas. Agora, o erro de tudo está no delírio de um lunático, líder de um grupo fanático que, ambos e todos, sempre almejaram apenas o Poder pelo Poder, por meio da espoliação nacional estabelecida de forma declarada, como nessas duas formas mencionadas, e subjacente, aquele conjunto de outras formas ilegais, imorais e desumanas que enriquecem Napoleão e seus Bichos e afogam na tristeza ou no desespero o povo brasileiro.
(Observação: o Bola-de-Neve do Napoleão, banido no livro, já está preso na vida real. Aguardemos ....)
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Frustrações olímpicas

A “Olimpíada das Olimpíadas”. Faltam apenas dois meses, dois meses para a abertura dos jogos Rio 2016. A poucas semanas do evento portentoso, evento que chamará a atenção de todo o mundo para as nossas belezas e mazelas, encantos e amarguras, pouco se diz sobre qual será o legado da “Olimpíada das Olimpíadas”. Menos ainda é dito sobre fato de estarmos tão próximos do maior evento esportivo internacional. Quebrando o silêncio que impera nos meios de comunicação nacional sobre os Jogos Olímpicos, afogados em meio aos escândalos e à crise econômica, o Estadão publicou matéria recente sobre decisão do COI, o Comitê Olímpico Internacional. O COI decidiu recentemente adiantar parte dos US$ 1,5 bilhão que viriam em agosto para ajudar a cobrir os gastos da cidade maravilhosa com o evento. Disse Thomas Bach, presidente do COI, que a decisão fora um “gesto de solidariedade”, maneira elegante de reconhecer o estado lastimável das contas públicas do Estado e do município do Rio de Janeiro. Forma gentil de alertar para o fato de que há muitos ingressos que ainda não foram vendidos – é possível, vejam só, encontrar ingressos para a final olímpica do futebol –, além de novos patrocinadores que não foram encontrados. A penúria dos orçamentos do Comitê Organizador, da Autoridade Pública Olímpica, não foi citada diretamente pelo cortês dirigente do COI. Qual o impacto da Olimpíada para a cidade do Rio de Janeiro, para o País? Há literatura vasta sobre o tema, muitos artigos acadêmicos que tentam destrinchar as verdades escondidas por detrás do “glamour” dos jogos, da propaganda, das palavras dos governantes. O que todo esse trabalho mostra é que as razões que levam um País, uma cidade, a pleitear o título de anfitriã da Olimpíada têm pouca ou nenhuma relação com argumentos econômicos. Estudo recente de autoria dos economistas Robert Baade e Victor Matheson publicado na última edição do Journal  of  Economic Perspectives diz, com clareza: “A conclusão contundente é que, na maioria dos casos, as Olimpíadas geram perdas expressivas para as cidades anfitriãs. Sobretudo quando essas cidades pertencem aos países menos desenvolvidos”. Pensemos no caso do Rio de Janeiro, município cujo déficit como proporção das despesas correntes líquidas alcançou exorbitantes 17% ao final de 2015. Estudo comissionado pelo Ministério dos Esportes e preparado pela USP diz que, para cada US$1 de investimento, o País terá retorno de US$ 3,3 até 2027, que o impacto sobre o PIB do País poderá alcançar a extraordinária cifra de 2% do PIB, que cerca de 120 mil empregos serão criados, anualmente, até 2027. Recorrendo à evidência internacional, Baade e Matheson (2016) afirmam que uma boa regra de bolso para avaliar o real impacto da Olimpíada sobre a economia é pegar o que dizem governos e organizadores e mover tudo uma casa decimal para a esquerda. Se fizermos isso com o ganho de 2% do PIB estimado pela USP, concluímos que o melhor que se pode esperar é ganho de 0,2% do PIB, número que não chegaria a pódio algum. Originalmente, a Olimpíada estava orçada em US$ 13,7 bilhões, montante reduzido para US$ 11 bilhões quando o governo federal, responsável por mais de dois terços das obras de infraestrutura para os jogos, percebeu que não conseguiria dar conta do recado em meio à recessão e aos imensos problemas do País. Ainda não será desta vez que o metrô do Rio será concluído. A quantia de US$ 11 bilhões representa, ao câmbio de hoje, cerca de 0,6% do PIB brasileiro.Contudo, dizem Baade e Matheson, geralmente os custos excedem em 150% aqueles anunciados pelo governo. Acreditando nos economistas, somei. Cheguei a um custo final de US$ 16 bilhões, ou cerca de 0,9% do PIB brasileiro. Se subtrairmos do ganho esperado de 0,2% do PIB os custos de 0,9%, a Olimpíada haverá de deixar-nos prejuízo de 0,7% do PIB, ou uns R$ 42 bilhões. Mais perdas em País cujas contas estão mergulhadas em território profundamente vermelho. Chegamos, portanto, à devastadora conclusão. A Olímpíada das Olimpíadas trará o prejuízo dos prejuízos. Mais uma para a conta de D. Rousseff. 

MONICA DE BOLLE - ECONOMISTA, PESQUISADORA DO PETERSON INSTITUTE FOR INTERNATIONAL ECONOMICS E PROFESSORA DA SAIS/JOHNS HOPKINS UNIVERSITY (Escreve para o Estadão das quartas-feiras e este é o texto de ontem, 08/06/2016)

DIDATISMO É ISTO!

Ah, tá!, agora entendi o que são "pedaladas fiscais". Fessôra é isto, com bastante didática, dando exemplos que jamais alguém deu. Aí a gente entendemos melhor!
Bem, o que sobra é o rir para não chorar.


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CONSIDERAÇÕES, APENAS!

A denominação “democracia da eficiência”, estabelecida por Temer, significa muito, em especial unida à imagem da bandeira brasileira, relevando o lema positivista Ordem e Progresso.
Fundamentalmente, quer dizer que há necessidade de trabalhar, e trabalhar bastante, mas de forma  eficiente para resultados eficazes.  Assim, a Democracia terá fortalecimento e os atos governamentais gerarão benefícios para o povo nacional, fazendo com que o País tenha resultados econômicos, sociais e culturais positivos que contribuam para todos os índices mensuráveis de qualidade de vida.
Fácil e simples, não é mesmo? Afinal, os governantes têm nas mãos todos os meios para tanto, especialmente quando detêm boa aceitação popular.  Ah!, e, também, quando praticam a honestidade na execução dos seus atos governamentais, sem favorecimento da corrupção sistêmica.
Mas, quando lhes falta honestidade, humildade, dedicação,  vontade, apetência para o trabalho, sobrando-lhes arrogância e vontade desmesurada pelo Poder, então o fim nacional está próximo.
Foi o que aconteceu com o Brasil, sob o governo do lullopetismo (lullo, de Lula, mas os dois LL da excrescência de Collor, já que ambos são fiéis aliados, e petismo, referente ao também abjeto  partido político), em que os seus líderes e os correspondentes subordinados se apossaram dos mecanismos operacionais do Estado brasileiro e o dilapidaram física, financeira, cultural e moralmente, pois o único objetivo que os movia era o Poder para dominar ditatorialmente  as tendências e as vontades adversárias, por meio dos mecanismos imorais da compra de apoios e da venda de favores com recursos roubados dos cidadãos brasileiros. Bem, dizer que os recursos foram roubados é pouco, pois, na verdade, foram resultado de assalto, muitas vezes beirando o latrocínio. Isto porque milhares de pessoas morreram pela falta de recursos físicos para o atendimento à Saúde, pela falta de Segurança, pela falta de Infraestrutura, só para lembrar alguns tópicos.
O lullopetismo, pois, agiu claramente de forma ditatorial nos seus longos treze anos de poder, pois a Democracia restou prejudicada e para comprovarmos isto é só acompanhar a evolução, ou a involução!, dos diversos dados sócio-econômico-financeiros do País e veremos que a quebradeira é geral, com os recorrentes impactos na sociedade. Nada disto surpreende já que a retórica dessa seita messiânico-partidária está atrasada um século, vinculando-se ainda às idéias de Karl Marx, cravadas na cor vermelha do PC soviético e praticadas sob as bandeiras do bolivarianismo e das organizações criminosas colmo PCC, ADA, FARC, dentre outras, sempre tendo o tráfico de drogas pesadas como elemento financiador de ações.
Ao lullopetismo sobrou agilidade, esperteza e expertise para acabar com o Brasil, mas faltou  aos seus fanáticos vontade de trabalhar, ânsia de crescer, deles próprios, do grupo político a que pertencem e da Nação Brasileira, pois assaltar com a arma do Poder na mão era mais fácil que trabalhar.
Enfim, essa é característica dos incapazes e oportunistas.
Se esses novos governantes, oriundos da vontade popular que resultou no impedimento do criminoso regime, surgirem com vinculações às acusações da Operação lava Jato, que respondam pelos eventuais crimes e paguem por isso, mas que, pelos menos, no momento crucial em que vivemos trabalhem com afinco para resultados eficazes em favor da sociedade brasileira.
Que esta sociedade, a nacionalidade brasileira, não esqueça do mundo ilusionista e criminoso de onde surgiu o lullopetismo, desde suas origens, nascido para enganar e empobrecer o Brasil. Não nos esqueçamos do saque sofrido e do enriquecimento dos boquirrotos que ainda pregam a igualdade social, enquanto vivem do butim roubado.

DOCUMENTO "OCULTO", DO JUDICIÁRIO. PODE!?!?!

Pois é!, na república bolivariano-bananeira comandada pelo lullopetismo, é assim que as "negociações" sujas ocorrem, parecendo seguir um hipotético manual criminoso com origem nas FARC, PCC, Máfia, Camorra, Yakuza, dentre outras. 
Talvez devêssemos chamar o italiano Roberto Saviano para que escrevesse um livro tal o "Gomorra", só que seria sobre uma Gomorra Lullopetista no Brasil.
Impressiona o grau de ousadia atingido por essa ORCRIM brasileira que foi criada de forma inteligente e que surfou no messianismo de um santo do pau-oco, sem limites para o planejamento e a execução de seus crimes. Foram envolvidas nesse processo criminoso, pessoas de mente fraca, pusilânimes da vida, ciclotímicas morais e éticas, inaceitáveis, portanto, para participarem da vida democrática de uma República ainda em formação. 
Faz parte desta minha perplexidade em frente desses fatos, a ausência de notícias, assim, como esta, detalhadas, mostrando um documento de processo "oculto", vê só!, envolvendo um magistrado presidente da penúltima instância do Judiciário do País. A imprensa brasileira parece fazer parte do negócio, ou, no mínimo, mostra sua incompetência. 
Enquanto isso, surgem decisões frequentes, do próprio Judiciário, recomendando e obrigando a publicidade de todos os atos públicos, pois de acordo com a Constituição.
Essa é a razão pela qual faço questão de recomendar o texto contido no endereço abaixo.

PARADOXOS DA FORMAÇÃO HUMANA

Quando falamos que a geração atual evolui, em relação às anteriores que ficaram "passadas", talvez estejamos estabelecendo um paradoxo. Este, o paradoxo, ocorre quando imaginamos válido um conceito, mas ele não corresponde à realidade que os fatos expõem. Assim, formamos a opinião de que, hoje, a população mais jovem que a nossa faixa etária, está mais evoluída. Só que não! Segundo o psiquiatra que assina o texto abaixo, ocorre o contrário, segundo a sua tese baseada em dados da UNESCO.
Portanto, recomendo a leitura que, certamente, gerará amplas conjecturas.





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Eduardo Aquinopsiquiatra

Atenção os nascidos entre 1978 e 1999: Podem até não ter sido avisados, mas, entre vocês, existem os líderes que nos guiarão num futuro próximo. Favor se apresentarem com urgência, pois, como um bom mineiro, direi que o “trem tá feio”! Infelizmente, estudos comportamentais insistem em caracterizar esse período como a “geração perdida”.
A Unesco chegou a dizer que é a primeira geração em 200 anos que corre o risco de ser pior que a dos pais. A razão seria o descaso em se comunicar e receber a herança das sabedorias e conhecimentos dos mais velhos; o deslumbramento em crescer em meio às incontáveis e inesgotáveis inovações tecnológicas, que não só os viciaram em telas e smartphones, mas substituíram a curiosidade, a admiração aos mais velhos e sábios, como fonte de conhecimento – sejam familiares, professores, referências no entorno –, bem como interferiram no diálogo intergeracional.
TERMOS TECNOLÓGICOS
Enquanto os jovens usam e abusam de termos tecnológicos, geralmente em inglês, os pais e os idosos, desajeitados e lentos na manipulação dos eletrônicos, são negligenciados em suas preciosas experiências existenciais. Mas o mundo será comandado pela geração milênio, isso é claro.
Fico feliz ao ver na República de Curitiba, ou na esquerda combativa, jovens promotores, delegados e professores. Bem-vindos! Para vocês desejo que retidão, honestidade e cidadania sejam algo natural, não só uma virtude. Mas não nego que estudos mostram um lado preocupante: Sobra vaidade, preocupação excessiva com corpo e aparência e crítica feroz às imperfeições físicas. Neuroses em dieta, corpos de academia, plástica, medo de julgamento alheio e necessidade de aprovação. Ênfase exagerada em enriquecer rápido e constante insatisfação com o trabalho (atualmente medo de não tê-lo ou de ser demitido).
SEM CASAMENTO
Chama atenção também o horror ao casamento. Quase dois terços andam adiando ou simplesmente não querendo casar. Filhos? Nem pagando, ou no máximo um, se tiver, lá na frente. Adiar o início profissional justificando o fato de nunca sair da casa dos pais (sugiro assistir a uma série chamada “Master of None”, que mostra a geração milênio no dia a dia), para quê? Para não ter que assumir responsabilidades, IPTU, IPVA, condomínio e compra do mês?
Corre o risco de ser uma geração que morará em casa obtida por herança. Prioridade é lazer, ou poupar para o futuro que já chegou. Vive-se o hoje como se não houvesse o amanhã. E haja novidade, que no ano que vem, já está obsoleta.
TUDO É PASSAGEIRO
Tudo sai rápido de moda. Modinha. Qual o sucesso do YouTube mesmo? Cadê o coreano daquela música? Sei lá. Tudo é rápido, passageiro e deletável. Namorados, ficantes, estágios.
Envelhecemos, e isso é fato. Está na hora de passarmos o poder. Envergonhados, pois assistimos aos nossos heróis e líderes, varridos por escândalos e à modificação do caráter – aliás, uma epidemia de mau-caratismo de doer. Aprendam o que não fazer, mas façam. Chega de preguiça e reclamação. Chega de memes e zoações. O mundo é de vocês! Sejam melhores, e se possível, ouçam mais. Afinal, ainda vale aquela máxima: “Os jovens podem, os velhos sabem”.

RODA VIVA, COM DELCÍDIO

Espero que tenhas assistido ao programa Roda Viva, cujo entrevistado foi Delcídio do Amaral, mas, se tal não foi possível, recomendo o programa todo, pois vale a pena em face do contexto vivido pelo Brasil. Há pontos que devemos desconsiderar, embora importantes para compreender o mundo dos lamentáveis bastidores políticos, mas há muitos aspectos esclarecidos, enfatizados e comprovados por ele. A correlação feita de algo que ele disse, em algum dos tempos da crise, e que já ocorrem em razão do andamento da Operação Lava Jato, faz-nos acreditar que muitas outras comprovações ocorrerão nas investigações. É importante, pois, acompanhar esta e outras manifestações de outros personagens da trama criminosa para podermos constatar, sem nos surpreender, com o desfecho previsível.
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O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...