O JORNALISMO NOVO É APENAS MÁ ESCRITA

O bom jornalismo, de bela escrita e consistentes conteúdos existe apenas em pequenos núcleos, ainda liderados, formal ou moralmente, por excelentes pensantes, também bons escribas e sólidos críticos, cujas opiniões ainda têm peso significativo na comunicação. No mais, o jornalismo é composto por novas crias, oriundas da linguagem mastigada, dos pensamentos incompletos, dos conteúdos explosivos e dramáticos, sem sê-los, é verdade!, apenas para a torcida de pouca leitura e rara compreensão do entorno. Com isso tudo, e estou no mesmo tom do autor, a grande imprensa vive da publicidade e da propaganda, especialmente esta, quando matérias jornalísticas são geradas por encomenda e, sem parecer, tem tal objetivo. Isso tudo, leva-me a concordar com a proposta, ainda não explicada em detalhes, de Bolsonaro, quando "ameaça" reduzir recursos financeiros para o setor, pois, pensando bem, para quê publicidade do Governo, a não ser aquela cujas ações são necessárias e que dizem respeito à sensibilização da sociedade para questões específicas como, por exemplo, vacinação, prevenção à saúde, etc. 
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A Decadência do Jornalismo Brasileiro
 (por STEPHEN KANITZ)
Um dos grandes problemas do Brasil é a falta de uma instituição que nos informe, que nos guie para o futuro, que nos identifique os problemas com que deveríamos nos preocupar, que nos adiante as tendências do futuro.
Eu pagaria uma fortuna por tudo isso, por exemplo, um jornalista que indicasse que setores e ações terão mais chances no futuro.
Há mais de 50 anos nosso jornalismo está em decadência, desinforma, mente deliberadamente, dizendo, por exemplo, que o juro é de 6,5% por exemplo, quando ele é 1,2% ao ano, bela diferença, e que não compensa o risco, aliás. (6,5 – 20% IR – inflação)
Aliás, nosso jornalismo nem sequer se paga, tal o lixo que é publicado.
Para sobreviverem, nossos jornalistas precisam se prostituir vendendo anúncios.
Ninguém mais paga o preço de mercado pelas informações que nossos jornalistas produzem.
Elas precisam ser subsidiadas por anúncios, que vergonha.
Anúncios vindo do capitalismo que eles tanto odeiam, ingratos.
Estão todos falidos porque nosso jornalismo não fornece informações úteis que consumidores pagariam, porque ele é somente ideologia requentada.
Quantas pessoas cancelaram a Veja e continuam surpreendentemente a receber a revista grátis, isso porque eles estão vendendo é você para os anunciantes.
Eles ganham vendendo você e não vendendo a você informações relevantes.
Em 1972 eu escrevia a coluna de Investimentos da Veja, que foi de 5% para 25% de índice de leitura, quando imediatamente o editor disse, chega.
Cortou a coluna de Investimento, até hoje ela inexiste permitindo, por exemplo, a Empiricus ganhar fortunas em cima dessa omissão da Veja.
Nossos jornalistas são os mesmíssimos de sempre há 50 anos no batente, por falta de renovação, entrevistando os mesmos economistas de sempre, com as mesmas ideias de 200 anos atrás.
São 40 anos que Miriam Leitão, Augusto Nunes, Celso Ming, Rodolfo Kuntz escrevem a mesma coisa, juros de 6,5%.
Jornalismo honesto somente teremos quando jornalistas não ganharem de anúncios e subsídios dos capitalistas, e sim do fruto do seu próprio trabalho.
Não são as editoras, as TVs, e as revistas que estão em crise financeira, é o jornalismo brasileiro que nada informa ao leitor pagante.
E que precisa urgentemente mudar, e começar a fazer sua função social, a de ser útil à sociedade.


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