Sem dúvida, somos todos postes! Postes, aqueles equipamentos plantados,
imóveis, incolores, frios, enfim, e que carregam silenciosamente para frente do
tempo, fios que, estes sim, levam energia e informação para o progresso. Então,
somos todos postes que carregamos a energia louca e irresponsável da seita
petista e de suas falanges comandadas por Lulla, ao dar-lhes de forma reiterada
a primazia do nosso voto, que os leva ao comando da Nação carregados da energia
perniciosa, traiçoeira e retrógrada.
Não sabemos sair do buraco em que fomos plantados; não aprendemos a nos
movimentar para a reação; não temos conhecimento para colorir nossas faces,
pelo menos com a vermelhidão da vergonha; e não temos o calor da energia que
nos faça pensar nas estratégias para vencer a canalhice dos oportunistas que
saqueiam o País das reservas de honra e progresso que ainda temos.
Então, somos todos postes e não vejo possibilidade de sairmos desse estado, pois tudo indica que a ignorância superará a razão.
Então, somos todos postes e não vejo possibilidade de sairmos desse estado, pois tudo indica que a ignorância superará a razão.
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OS POSTES
Maria Lucia Victor Barbosa
25/09/2014
Maria Lucia Victor Barbosa
25/09/2014
No meu primeiro livro, O Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – A Ética da
Malandragem, editado por Jorge Zahar, escrevi:
“É necessário que o candidato em seus discursos aborde problemas cotidianos e
use uma retórica exaltada, eivada de ideologia cabocla de justiça social, pois
é necessário ressaltar a diferença entre ricos e pobres e clamar por vingança
contra os que no momento ou no passado não conseguiram satisfazer as aspirações
populares”.
Focando na figura de Lula da Silva compreende-se que foi graças a tais
artimanhas que ele, na quarta tentativa, chegou lá. De um lado agradou a
maioria composta pela pobreza. De outro, convenceu aos que depois chamou de
“zelite”, que não ia mexer no mercado ou desagradar banqueiros, empreiteiros,
grandes empresários. Aquela linguagem revolucionária de esquerda era só de
brincadeirinha.
No poder Lula deu migalhas aos pobres e agiu como “coronel”, daqueles do “voto
de cabresto”. Aos ricos proporcionou lucros inimagináveis e eles, agradecidos,
sustentaram suas campanhas e a de seus companheiros. A classe média, onde entre
outras categorias se inserem artistas, intelectuais, universitários,
profissionais liberais que costumam ostentar ser de esquerda, Lula provocou
aquele embasbacar pueril que faz a alegria dos demagogos.
Lula fez da presidência da República seu palanque de politicagem no qual achincalhou
a língua pátria e se deliciou ao utilizar pesada retórica onde não faltaram
palavrões, impropriedades e estultices. Louvado pela obra de ficção descrita
pelo marketing como o Brasil transformado em paraíso reinou absoluto sem
nenhuma oposição, quer partidária, quer institucional.
O saldo do seu longo período é a herança maldita que se sente no caos
econômico, na corrupção presente em escândalos que permearam seus oito anos de
governo, mais os quase quatro de Rousseff em que ele foi o presidente de fato.
O último e mais estrepitoso escândalo está sendo escancarado pelo detento,
Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobrás, o companheiro Paulinho. Na
tentativa de diminuir sua pena, Paulo Roberto está mostrando que se roubou não
em milhões, mas em bilhões e dá nome aos poderosos que se locupletaram,
sobretudo, aos companheiros do PT e aos amigões do PMDB e do PP. Lula e
Rousseff durante anos não viram nada, não souberam de nada e se alguma coisa
houve a culpa foi dos Estados Unidos, de Fernando Henrique e da crise
internacional.
Mantém ainda Lula o mesmo poder? Seu primeiro poste, a criatura Rousseff, é um
retumbante fracasso e tem conduzido o Brasil à bancarrota. Seu segundo poste,
Fernando Haddad, eleito por Lula prefeito de São Paulo, tem uma das piores
avaliações entre os prefeitos de todo o país. O terceiro poste, o ex-ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, amarga o último lugar na campanha ao governo de
São Paulo.
O teste das urnas, que inclui outros candidatos do PT Brasil afora
mostrará se Lula continua poderoso ou não. Para alegria dos petistas pesquisas
do momento estão dando esperança ao PT, que estava sentindo medo. O chamado
escândalo do pretrolão que fez empalidecer o mensalão não sensibilizou o povo.
Inflação acelerada junto com inadimplência, indústria afundando, piora no
emprego, o Brasil entrando em recessão, nada disto é notado pelos eleitores que
continuam otimistas.
Se os brasileiros não ligam mais para seu bolso, que como dizem é a parte mais
sensível do corpo, seria difícil imaginar a maioria assistindo ou entendendo a
recente entrevista concedida por Rousseff ao Bom Dia Brasil. Naquela ocasião a
governanta esbanjou prepotência, cinismo e total ignorância de dados do seu
próprio governo e do panorama internacional.
A última da governanta se deu na ONU, dia 23, antes de seu discurso de
autoelogio feito na abertura do evento. Não se sabe se por inspiração de Lula
da Silva, que sempre defendeu a pior escória mundial ou se por instrução do
chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, Rousseff se posicionou contra os
Estados Unidos e aliados, e a favor do Estado Islâmico. Uma aberração
diplomática capaz de matar de vergonha os brasileiros que têm informações e
senso das medidas.
De fato, com bem disse uma autoridade israelense, somos um anão diplomático.
Afinal, apoiamos terroristas fanáticos cujas ações contra os que consideram
infiéis são a degola, a crucificação, o enforcamento, o estrupo, a flagelação e
o apedrejamento de mulheres. A governanta certamente ignora que pelas leis do
IE é uma infiel e, que por isso, merece perder literalmente a cabeça ou no
mínimo ser obrigada a usar burca.
Diante de tantos descalabros e ao ver o poste Rousseff subindo nas pesquisas, a
pergunta a se fazer não é mais que país é esse, mas que povo é esse, que não se
envergonha da incompetência e da corrupção internas e da repulsiva política
externa. A resposta estará contida no teste de poder de Lula quando as urnas
mostrarem os resultados.
Maria Lucia é socióloga.
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