LULLA, O "PORRA NENHUMA"

Essa analista do Santander sabia das coisas, mas o Banco é que não sabia de nada. Ou, se sabia, curvou-se, pôs-se de quatro e, agora, deve reaprender a andar ereto. Sei, claro!, que é um grande Banco quanto a seus negócios, mas falo da sua dignidade, pois esta deverá ser resgatada.
Sobre o mesmo assunto, a EMPIRICUS também foi acusada de catastrofista na mesma época, por prever cenário econômico lúgubre caso Dilmona e o PT ganhassem a eleição, Pois bem, ontem a mesma empresa de consultoria divulgou um comunicado desculpando-se pelas previsões erradas que fez, Mas não pelo exagero para mais da crise, mas para menos. Afinal, a crise que aí está é pior do previsto por ela.
Quanto a LULLA, ... bem, deixa prá lá! Como diz o Josias, lá no final, é apenas "porra nenhuma".


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Josias de Souza, 25/07/2015
Em julho do ano passado, em plena campanha presidencial, os clientes do banco Santander com renda mensal superior a R$ 10 mil receberam em seus extratos uma análise premonitória. O texto insinuava que o cenário favorável à reeleição de Dilma Rousseff levaria à deterioração da economia. Haveria alta dos juros, desvalorização do Real frente ao dólar e queda na Bolsa de Valores.
“Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas”, anotava o informe do Santander. “Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos.''

Premonitório: trecho do informe do Santander que gerou polêmica e demissões em 2014
Divulgado pelo repórter Fernando Rodrigues há um ano, em 25 de julho de 2014, o informe do Santander provocou a ira do petismo. Lula execrou em público a analista de mercado Sinara Polycarpo Figueiredo, que chefiava o departamento do banco que produzira a análise: “Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim.”
Dilma também abespinhou-se: “A característica de vários segmentos é especular. Sempre que especularam, não se deram bem. É inadmissível para qualquer país, principalmente um país que é a sétima economia do mundo, aceitar qualquer nível de interferência de qualquer integrante do sistema financeiro, de forma institucional, na atividade eleitoral e política.''
O pedido de Lula foi atendido. Além de desculpar-se por meio de nota, o Santander levou à bandeja os escalpos de quatro funcionários, entre eles Sinara. Dali a três meses, Dilma prevaleceria nas urnas sobre o rival tucano Aécio Neves. Desde então, acentuou-se a ruína econômica.
Nesta sexta-feira (24), sob o impacto da revisão da meta de superávit fiscal do governo, o dólar subiu pelo terceiro dia consecutivo. Bateu em R$ 3,34. É a maior cotação em 12 anos. O Ibovespa, principal índice de ações do país, fechou o dia com uma queda de 1,13%. Foi o sexto declínio consecutivo. A taxa de juros é de 13,75% ao ano e o Banco Central pode elevá-la pela sétima vez nesta semana.
Muita gente no mercado associava a reeleição de Dilma à borrasca econômica. O que distinguiu a equipe do Santander foi a ousadia de instilar o pessimismo nos extratos, como um alerta à sua clientela.
Pressionado pelo petismo na época, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, desembarcou da polêmica levando seus funcionários ao microondas: “Não foi do banco e sim de um analista que enviou o informe sem consultar quem deveria consultar'', disse.
A demitida Sinara saiu de cena com a espinha ereta: “Minha trajetória é impecável e bem-sucedida. Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica. Esse assunto já se esgotou.'' Hoje, Dilma comanda uma presidência hemorrágica. E Lula é candidato a passar à história como um político que não entende “porra nenhuma” de candidaturas presidenciais.

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