VAMOS EM FRENTE

Não gosto do que pensa esse cara lullopetista que, para sensibilizar os beócios, continua se autodenominando de "frei". Agora, o conteúdo de sua entrevista está adequado ao contexto nacional, mostrando que é necessário depurar a discussão, partindo para uma retórica lógica das ideias, dos conceitos e dos conteúdos construtores de uma nova visão do cenário Político, este sim com letra maiúscula, brasileiro, pensando soluções, projetando-as para o futuro de longo alcance e estabelecendo parâmetros para a execução satisfatória para a população nacional.



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Entrevista

Frei Betto: "O Brasil precisa de uma séria alfabetização política"

Na sua avaliação, bate-boca entre militantes de grupos políticos alinhados à esquerda e à direita é sinal de falta de politização da nação e de projetos políticos

Por: Letícia Duarte
12/03/2016 - 13h01min
Frei Betto: "O Brasil precisa de uma séria alfabetização política" Charles Guerra/Agencia RBS
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Autor de dois livros sobre os governos do PT, A mosca azul" e Calendário do poder, ambos editados pela Rocco, Frei Betto analisa a seguir o atual cenário de polarização política. Na sua avaliação, só haverá diálogo se houver projetos políticos. 
 Fora disso, é ofensa, é bate-boca de comadres, é baixaria. 
Embora tenha participado da criação do Partido dos Trabalhadores, ressalta que nunca foi filiado e tem uma visão crítica sobre seu destino:
– Onde anda a comissão de ética do PT? – pergunta.
Ao comentar o mandato coercitivo do ex-presidente Lula, o senhor escreveu: "Quando o emocional se sobrepõe ao racional, faltam pedras para jogar na Geni!". Com o senhor vê a atual polarização da política brasileira? Para onde ela nos conduz?  Por falta de politização da nação _ hoje mais de consumistas que de cidadãos _, o debate político baixou do racional para o emocional. Quem discute em torno de propostas políticas para o país? Como elas não existem, nem da parte do governo, nem da oposição, fica-se na ofensa pessoal, no panelaço, no bate-boca de comadres... Temo que esse clima emotivo crie o caldo de cultura que faça o Brasil se encaminhar do Estado de Direito para o Estado da Direita.
No mesmo texto, o senhor observa que o PT jamais julgou a conduta ética de seus militantes acusados na Lava-Jato, e "que quem cala consente". Por que é tão difícil para o PT reconhecer seus próprios erros?
Há que indagar dos petistas. Nunca fui filiado a partido político.
Um dos argumentos invocados pelos petistas envolvidos em escândalos é que outros partidos/governos também roubaram. O que isso diz sobre a ética na sociedade e na política brasileira? 
Isso não é argumento, é autodelação sem direito a prêmio, e sim a descrédito politico. Nenhum desses partidos safados se propagou como baluarte da ética, como fez o PT. Onde anda a Comissão de Ética do PT?
 
Como o senhor vê o duelo crescente de militantes à esquerda e à direita - seja em ofensas nas redes sociais, seja com agressões nas ruas? Como recuperar a capacidade de diálogo? Só haverá diálogo se houver projetos políticos. Fora disso, é ofensa, é bate-boca de comadres, é baixaria. O Brasil precisa de uma séria alfabetização política.

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