CAMUS: a relação vocabulário X tempo


Eis um texto lúcido de Brossard acerca do clima de insegurança que vivenciamos no Brasil. A breve análise dele faz com que lembremos o comparativo de mortos pela violência pessoal, sem contar a de trânsito, no Brasil, anualmente. São dados que superam muitas guerras de muitos países. Embora ele defenda a tese que vivemos uma guerra civil, pelos argumentos que apresenta, eu compreendo ambas as definições, pois se estamos em um conflito aberto, também estamos numa sociedade doente de comportamento.

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Guerra civil ou epidemia, por PAULO BROSSAR DE SOUZA PINTO

(INSTITUTO MILLENIUM)


  
Pouco importa que lhe demos o nome de peste ou febre. O essencial é impedir a morte de metade da população

Se há um fato que entra pelos olhos de qualquer pessoa é o da violência generalizada e crescente; como se ela não bastasse, tem se agravado com requintes de crueldade; a morte não basta e a ela seguem-se mutilações várias nas vítimas, degola inclusive, para não falar em outras; os meios de comunicação dia a dia confirmam essa realidade.
Insisto em acentuar a coexistência de duas espécies de violência, a que vem de tempos imemoriais e a recente, originária ou consorciada ao fenômeno da droga e o que dela decorre, como a reação à ação policial. O número de policiais mortos e feridos não deixa dúvida a propósito das dimensões do problema, tanto que serviços federais vão colaborar com o Estado de São Paulo, não sei em que termos e de que forma, mas a União assumiu publicamente essa posição, e não terá sido por somenos. A verdade é que, nas últimas semanas, tem se agravado o problema em número e intensidade, como vem adquirindo marcas inegáveis da alteração de seu caráter; a meu sentir, a violência passou a ser instrumento de uma ação coletiva com particulares objetivos ilícitos. Em outras palavras, se a violência se expandia empiricamente, hoje se assemelha a uma entidade habilitada a atingir seus objetivos, fossem eles quais fossem. É o que vem ocorrendo à luz do sol, na maior cidade do país e no mais desenvolvido Estado da União, em termos ameaçadores. O número de policiais mortos e feridos fala por si; basta sinalar que os servidores do setor de segurança vêm sendo o alvo predileto da luta armada. Para mostrar que o comando em causa não está a brincar, em dias passados, à frente de sua casa, à tarde, foi morta uma policial que se recolhia, com numerosos balaços. É apenas um dado, mas um dado que resume o que está nas origens do fenômeno e em suas finalidades.
Há pessoas que não simpatizam e até têm repugnância à expressão “guerra civil”; a mim o fato repugna mais que a expressão, e o que está ocorrendo caracteriza o que se chama de “guerra civil”. São forças estranhas à nomenclatura estatal, com recursos próprios, que hostilizam serviços estatais fundamentais, levando à morte pessoas dedicadas à segurança pública, isto me faz lembrar uma passagem de Albert Camus, em A Peste, ao dizer que “a questão não é de vocabulário, mas de tempo. Pouco importa que lhe demos o nome de peste ou febre. O essencial é impedir a morte de metade da população”.
Por tudo que estou a ver, tenho o desgosto de reconhecer a ocorrência de uma forma da guerra civil, calamidade que Gaspar Silveira Martins disse, em texto histórico, ser o maior flagelo que pode cair sobre um povo.
Denomine-se de guerra civil ou se batize com o mais delicado eufemismo, pouco importa, se todas as noites policiais são abatidos no território do maior Estado da federação. A questão não é de vocabulário, é de brasileiros eliminados em sua própria casa.


REENCARNAÇÃO: 5000 anos de conceitos


Penso que o conhecimento, e a aceitação das suas verdades, é fruto das convicções que venhamos a ter. Estas convicções devem estar baseadas na sabedoria ancestral e na ciência e, mesmo nesta última, nos fundamentos irrecusáveis das evidências e da razoabilidade dos fatos da vida.
O entendimento de que a vida, pois, após outras vidas que já tivemos e antes de outras que venhamos a ter, passa a ser  um entendimento inerrante da sequência universal.
Sugiro acessar o endereço abaixo, copiando-o e colando-o no teu navegador:


https://mail.google.com/mail/u/1/?ui=2&ik=9a521e9e28&view=att&th=139b6c21487fa318&attid=0.1&disp=safe&realattid=9077b7543d850b8f_0.2&zw

NAGASAKI



Em 1570 os navegadores portugueses que aportaram pela primeira vez no Japão em 1543 — fundaram a cidade de Nagasaki, na baía do mesmo nome, onde passaram a habitar. Criaram um centro comercial que durante muitos anos foi a porta do Japão para o mundo, um porto comercial para os ingleses, holandeses, coreanos e chineses. Mas em 1637 devido a uma grande reação interna, os portugueses foram expulsos. Dotada pela natureza de um belo porto natural, esta cidade foi o cenário da ópera "Madame Butterfly" de Giacomo Puccini. A cidade de Nagasaki só ficou mundialmente conhecida na altura da 2ª Grande Guerra, em 1945, por ter sido quase totalmente destruída no dia 9 de Agosto, após sofrer um ataque com a segunda bomba atómica, lançada pelos Estados Unidos da América.
O espírito de cultivo da Paz, que os Japoneses desenvolveram desde então, encontra em Nagasaki elevada expressão.
Esse período da história japonesa, em que se situa  a fundação dessa cidade, está fielmente descrito nas 1200 páginas  no livro XÓGUM, de James Clavell, onde o autor narra, em forma de romance, os costumes guerreiros, de alimentação e cuidados pessoais, de relação amorosa e social, tudo extremamente valorizado pelo estandarte da honra. Honra, esta, que levava ao que hoje denominamos de suicídio, mas que, na vida do Japão Medieval, podia representar um misto supremo de liberação-castigo.
Nos tempos modernos, Nagasaki, assim como Hiroshima, sua irmã-gêmea da desgraça, foram objeto de uma das maiores vilezas da História, quando William Lawrence, um jornalista judeu-lituano-estadunidense, "especializado" em ciência, escreveu reportagens circunstanciadas provando que não tinha ocorrido radiação em ambas as cidades. Com isto, ganhou o prêmio Pullitzer de 1946.  Pouco mais tarde, descobriu-se que ele estava a serviço, e na folha de pagamento, do governo estadunidense, para essas questões. Em 2004 foi iniciado um movimento cogitando o cancelamento do prêmio que lhe fora dado, com base na absurda afirmação pseudocientífica e na razão de sua escrita, pois estava a soldo da mentira.
Enfim, eis alguns aspectos visuais de Nagasaki que deixam entrever muito da cultura oriental e japonesa. Sugiro acessar o endereço abaixo, copiando-o e colando-o no teu navegador:
https://mail.google.com/mail/u/1/?ui=2&ik=9a521e9e28&view=att&th=139d1dd98fdd1787&attid=0.1&disp=safe&realattid=a945760d5c4d7484_0.1&zw


ALERTA AMBIENTAL


Nas últimas duas décadas vínhamos enfrentando a psicose do aquecimento global e muitas teses eram elaboradas por cientistas, traçando um futuro caótico para Humanidade, do ponto de vista ambiental. Repentinamente, foram pinçadas algumas denúncias de fraude em relatórios científicos, mostrando que a retórica do medo fora construída num contexto de falácias e que aquele cenário aterrador não era mais aceitável. Mas, a ciência, de um lado, e a experiência das pessoas, de outro, mostram que há problema, sim! 

Muitos dados constatam alterações significativas em elementos naturais que influem sobre a vida na Terra. Assim, nos últimos dias, vem sendo noticiado sobre o acentuado degelo no Ártico, com indicativos que não garantem a sobreposição da mesma calota polar nos próximos anos. Estaríamos, então, perdendo significativo suporte para a manutenção da estabilidade térmica da Terra, bem como a recorrente garantia dos níveis atuais dos oceanos.

Abaixo, texto de reportagem estadunidense, reproduzida pelo jornal O Estado de São Paulo.


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Novo recorde de degelo no Ártico soa alerta

O drástico degelo da calota do Oceano Ártico finalmente acabou por este ano, anunciaram na semana passada cientistas, mas não antes de derrubar o recorde anterior e de provocar novos alertas quanto ao ritmo acelerado das mudanças na região.
A reportagem é do The New York Times e reproduzida pelo jornal O Estado de S. Paulo, 24-09-2012.

Em 2012, a menor extensão da camada foi alcançada no último dia 16, segundo o
 Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA. A instituição informou que naquele dia a camada de gelo sobre o mar cobria cerca de 3,42 milhões de km2, ou 24% da superfície de todo o Oceano Ártico. A extensão menor registrada anteriormente, em 2007, foi de 29%.

Quando, no final dos anos 70, começaram as medições por satélite, a menor extensão do gelo registrado no verão cobria cerca da metade do
 Oceano Ártico, embora declinasse havia décadas. "O Ártico é o aparelho de ar-condicionado da Terra, e o estamos perdendo", advertiu Walt Meier, pesquisador do centro, uma agência patrocinada pelo governo.

A agência esperou alguns dias antes de anunciar o recorde para ter a certeza de que o gelo marinho começava a congelar novamente, como acontece normalmente nesta época do ano, quando o inverno se instala rapidamente no
Ártico. Nos próximos meses, uma capa de gelo cobrirá grande parte do oceano, mas muito provavelmente será fina e tenderá a derreter com a volta do verão.
Relatório
Os cientistas consideram o rápido aquecimento da região uma consequência da emissão pelo homem dos gases do efeito estufa, e veem o derretimento como um alerta de grandes mudanças no resto do mundo.

Alguns acreditam inclusive que o colapso da calota ártica já começou a alterar os padrões atmosféricos no Hemisfério Norte,
 contribuindo para maiores extremos das temperaturas nos EUA e em outros países, mas isto ainda não foi comprovado.

O gelo do mar está se reduzindo muito mais rapidamente do que previa o último grande relatório da
 ONU sobre a situação do clima, publicado em 2007. As análises mais sofisticadas deste relatório feitas por computador sugeriam que o gelo não desapareceria antes da metade do século.

Agora, alguns cientistas acham que, já em 2020, o
 Oceano Ártico poderá perder grande parte de sua extensão de gelo nos meses de verão. Por sua vez, os governos não responderam à mudança com uma urgência maior para limitar as emissões dos gases do efeito estufa. Ao contrário, sua reação principal foi planejar a possibilidade de explorar os minérios do Ártico, agora acessíveis, inclusive com operações de perfuração em busca de mais petróleo.

"A comunidade científica se dá conta de que temos uma emergência planetária", disse
 James E. Hansen, especialista do clima da Nasa. "É difícil para o público admitir este fato porque ele põe a cabeça fora da janela e não vê nada disto acontecer."

Em certo momento do verão passado (inverno no Hemisfério Sul), o derretimento da superfície estava ocorrendo em 97% do lençol de gelo da
 Groenlândia, fenômeno que ainda não tinha sido visto na era das medições por satélite, embora a pesquisa geológica sugira que já aconteceu no passado.

Atualmente, o mar está subindo à média de 33 centímetros por século, mas cientistas como
 Hansen acreditam que esta média aumentará à medida que o planeta for aquecendo, colocando em risco toda a linha costeira habitada.

VERDADES SOBRE OS REFRIGERANTES (II)


Anteriormente, efetuei postagem sobre os malefícios dos refrigerantes, assim como os efeitos perniciosos do açúcar para o nosso organismo. Agora, trago o mesmo tema, que foi objeto de reportagem do jornal Folha de São Paulo, de 22/09/2012, no caderno Ciência+Saúde e que fala sobre estudos recentes que relacionam o consumo dos refrigerantes e dos sucos industrializados a doenças. É importante mencionar que há países onde  há alertas ou restrições legais a certo tipo de consumo, em determinados locais. Além, claro, das constantes campanhas educativas e esclarecedoras à população, dos perigos desse consumo.
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Guerra ao refri
Sucos adoçados e refrigerantes viram alvo preferencial do combate à obesidade; novos estudos ligam o consumo frequente a um efeito maior sobre o peso de quem tem risco genético de engordar
DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE “CIÊNCIA+SAÚDE”

Agora é culpa é do refrigerante. A ligação entre o consumo da bebida e dos sucos adoçados e a obesidade é tema de três estudos e de um editorial publicados ontem no periódico "New England Journal of Medicine".
Os trabalhos aparecem uma semana depois de Nova York ter aprovado uma norma que vai proibir a venda de bebidas açucaradas com mais de 437 ml em restaurantes, lanchonetes e cinemas, em uma tentativa de estancar o crescimento constante dos indicadores de obesidade.
Nos EUA, até 2030, 44% da população será obesa -hoje 35% estão nessa faixa. No Brasil, 15,8% dos adultos são obesos e quase metade está acima do peso.
Uma das novas pesquisas, feita pela Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, analisou o consumo de bebidas adoçadas, o índice de massa corporal e genes associados à obesidade de três grupos de pessoas somando 33 mil mulheres e homens.
Eles foram divididos de acordo com a frequência do consumo de refrigerantes e sucos adoçados.
Segundo os autores, o consumo mais frequente de bebidas açucaradas foi associado a uma predisposição genética maior a um índice de massa corporal mais alto e ao risco de obesidade.
A relação entre obesidade e maior risco genético foi muito maior entre os que bebiam refrigerantes todo dia do que nos grupos que consumiam menos de uma vez por mês. Isso significa, de acordo com os pesquisadores, que esse hábito pode ampliar o efeito do risco genético à obesidade.
Os outros dois estudos publicados ontem mostram os benefícios de substituir os refrigerantes e sucos com açúcar para reduzir o índice de massa corporal de crianças e adolescentes.
VILÕES LÍQUIDOS?
Para a nutricionista funcional Daniela Jobst, faz sentido centrar fogo nos refrigerantes e sucos industrializados no combate à obesidade..
"O refrigerante é importante porque as pessoas bebem muito e ficam viciadas. Para alguns pacientes que atendo, a hidratação do dia é refrigerante ou bebida com açúcar."
O açúcar, de fácil absorção, coloca o corpo em uma "gangorra" metabólica.
"As bebidas adoçadas aumentam muito rápido a produção de insulina. Essa elevação dá o comando para colocar açúcar nas células. Quanto mais você estimula a produção de insulina, mais vai colocar açúcar nas células e armazenar gordura."
A repetição desse processo vezes demais pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, diz a nutricionista. "Outra preocupação são os corantes e os conservantes dos industrializados, que estimulam uma resposta inflamatória no corpo."
O nutrólogo Celso Cukier lembra também que o refrigerante, mesmo contendo carboidratos, não traz a sensação de saciedade, aumentando o risco de uma ingestão exagerada de calorias.
Mas, para ele, é possível incluir essas bebidas na dieta de uma forma moderada. "Não acredito na imposição de uma proibição."


UM POUCO DA SABEDORIA LOGOSÓFICA


Segundo o livro “CURSO DE INICIAÇÃO LOGOSÓFICA” a pergunta ser feita é “por que a cultura vigente apresenta, em todas as partes, sintomas inconfundíveis que prenunciam sua inevitável decadência. A resposta é clara, simples e unívoca: porque falha pela base. E a que se deve o fato de ela falhar pela base? Às seguintes causas:

a)      Não foi nem é capaz de ensinar ao homem a conhecer a si mesmo.

b)     Não lhe ensinou a conhecer o mundo mental que o rodeia, interpenetra e influi poderosamente em sua vida.

c)      Não lhe ensinou a compreender, amar e respeitar o Autor da Criação, nem a descobrir sua Vontade, através de suas Leis e das múltiplas manifestações do seu Espírito Universal.

A ciência logosófica foi criada para remediar esse lamentável descuido, esse vazio incomensurável que já transtornou não poucos juízos, levando a humanidade à desorientação e ao mais agudo pessimismo.

Neste contexto, trago, então, o ensinamento abaixo que ajuda a abrirmos a mente para um episódio tão importante e simples mas que o fazemos tão complicado.

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Deficiência: Desobediência
Antideficiência: Obediência

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Partindo também neste caso da infância, na qual têm origem muitos defeitos psicológicos, surpreendemos a desobediência manifestando-se geralmente como rebeldia. Isso ocorre porque não se ensinam à criança as razões pelas quais deve obedecer e os benefícios que tal atitude traz para a vida, seja como tônica construtiva sob o pátrio poder, seja a serviço do desenvolvimento harmônico de uma atividade, da execução de uma obra ou das leis que regem a ordem social.
É um fato comprovado que o instinto suscita prematuramente no ser humano o problema de sua liberdade, ao confundir este, desde tenra idade, obediência com submissão e reagir em consequência disso. Mas a criança se faz homem e, com o tempo, à medida que sofre os embates da vida e que sua capacidade reflexiva o permite, forçoso é que compreenda que a obediência, e também outras disciplinas, são necessárias, pois corrigem os desvios em que o indivíduo poderia continuar incorrendo indefinidamente, tanto com respeito a si mesmo como à vida de relação e às leis estabelecidas.
O acatamento inteligente do indivíduo a normas, regras, deveres e leis contribui para estabilizar a harmonia na convivência humana
Para poder enfrentar a tempo esta inclinação defeituosa ou eliminá-la de si mesmo antes de experimentar seus penosos efeitos, é imprescindível fazer a criança saber que a obediência está condicionada a princípios de disciplina e de bem; por conseguinte, ela não deverá obediência a nada que contrarie esses princípios. Será educada adquirindo consciência desse dever e será capacitada para cumpri-lo com lucidez mental. Jamais lhe será imposto o acatamento cego e, para tanto, lhe será propiciado o lógico discernimento sobre os motivos da obediência a tal ou qual ordem, indicação ou encargo.
É notório que, quando a desobediência se enraíza na pessoa, influi decididamente sobre seu ânimo. Um empregado que desobedece reiteradamente a seu chefe se expõe a perder a confiança nele depositada, e até mesmo seu emprego. Isso significa que cedo ou tarde sua conduta lhe acarretará consequências adversas e, portanto, dolorosas, que abaterão seu ânimo.
Com frequência se desobedece por temor de perder ou diminuir a própria autonomia, pois se ignora que esta pode ser mantida plenamente, apesar da obediência observada ante os deveres que as circunstâncias, as obrigações ou o meio familiar ou social impõem.
Justamente por não levar isso em conta é que o ser sofre, às vezes, as desvantagens derivadas da deficiência, tão contrária ao bom proceder.
Uma razão equilibrada – salvo nos casos de involuntário descuido – jamais cometerá a torpeza de desobedecer à ordem social e jurídica, e quem cientemente o fizesse se declararia menos sagaz que o rato, cujo instinto o freia no momento em que é tentado peloqueijo da ratoeira, se seu olfato lhe denuncia que outros de sua espécie deixaram ali o vestígio de seu sangue. 
Trechos extraídos do livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, p. 66

ASPECTOS DA ESPIRITUALIDADE (II)


Em vários momentos deste blog, especialmente nas postagens de outubro de 2010-Aspectos da Espiritualidade, de novembro de 2010-Entre a Espiritualidade e o Material e na de maio de 2012-A Espiritualidade como base da Harmonia, trago a preocupação, e análise correspondente, da transcendência que domina nossa existência. Envolve-nos um passado e uma vida atual correlacionados, dando sentido aos sucessos, aos desvios, aos percalços dolorosos, tudo contribuindo para que tenhamos a chance do aperfeiçoamento. Este virá com o conhecimento, adquirido pelo aprendizado que soubermos inferir com os fatos alegres e tristes da nossa vida.
Abaixo, então, um texto bem objetivo para que entendamos esse processo.
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por Patrícia Cândido, para o Luz da Serra

À Terra chegamos com nosso carma negativo para ser resolvido, ou seja, todas as nossas “más” escolhas ou decisões incondizentes com a nossa natureza perfeita geram ligações, conexões com outros seres e, uma vez que essa energia se forma, ela precisa ser dissolvida, quebrada, transmutada, perdoada, ou seja, precisamos limpar nossa própria sujeira e aprender com essa experiência. O que nos espera aqui são os resultados de nossas próprias escolhas.
O universo é regido por leis naturais que precedem a nossa existência e que regulamentam o nosso viver. Uma dessas leis diz que, quando adquirimos um carma, precisamos de uma densidade e de um cenário ideais para podermos limpá-lo. A densidade do carma negativo compromete e solidifica nosso sistema energético, que, para evoluir ou ascensionar* precisa estar leve e fluido. Então, uma vez que um carma negativo é adquirido na Terra e não é limpo dentro do período de uma vida, temos uma nova possibilidade de voltarmos para resolvê-lo aqui, que é o lugar ideal onde as situações surgem para nos mostrar quais são os nossos desafios.
Segundo os amparadores espirituais Amadeus, Adam e Adamus, a Terra é um sistema carcerário de altaperformance que nos aprisiona enquanto nossa densidade física é compatível com ela. Esse sistema foi criado para que a alma humana pudesse evoluir por meio de experiências, situações e relacionamentos que proporcionem provas e desafios para chegarmos a um nível purificado de energia. Quando nossa alma se torna leve, purificada e livre de carma negativo, evoluímos habitando outros planos por meio da liberação da necessidade de termos um corpo físico.  O corpo físico nos credencia à condição de espíritos menos evoluídos.
Amadeus, Adam e Adamus nos esclarecem que corpo físico é somente a parte densa e visível de uma série de corpos que compõem nossa estrutura integral. Os outros corpos são invisíveis à maioria dos olhos humanos e, por isso, não damos a devida importância a cada um dos corpos sutis. O corpo físico é a estrutura materialmente condensada onde tudo desemboca, onde tudo é descarregado, como se fosse o para-raios do espírito, para onde direcionamos tudo o que pensamos, sentimos e desejamos. Cada corpo sutil é vinculado a um centro energético que se reflete de maneira específica, produzindo uma missão que deve ser cumprida. Cada corpo sutil possui uma função específica, não sendo nenhum mais importante que o outro. Todos são essenciais e juntos formam o ser humano de maneira integral; por isso, somos “muitos seres” com diversas camadas em um único corpo, como uma cebola, que é composta de várias camadas. A seguir se faz uma breve descrição de cada um desses corpos:
·         Corpo etérico: é o corpo mais denso, interpenetrando o corpo físico e vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como base ou raiz. A missão desse corpo é aprender a andar sobre a Terra de forma leve, feliz e harmoniosa. Nosso corpo etérico é vinculado às glândulas suprarrenais e à produção de adrenalina. Quando está em equilíbrio, produz o espectro vermelho. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos desenvolver nossa caminhada em razão de falta de estrutura, por não termos supridas as nossas necessidades básicas. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças nos ossos, no sangue, na coluna vertebral, nas pernas e nos pés.
·         Corpo emocional: é o nosso segundo corpo, vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como sexual. A missão do corpo emocional é o sucesso e a harmonia nos relacionamentos, em nossa autoestima e em ter prazer em viver a vida. O corpo emocional é vinculado às glândulas sexuais e à produção de testosterona, nos homens, e progesterona, nas mulheres. Quando está em equilíbrio, produz o espectro laranja. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos nos relacionar de forma harmoniosa com as outras pessoas e conosco. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas na região dos órgãos sexuais e do baixo ventre.
·         Corpo mental: é o nosso terceiro corpo, vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como umbilical. A missão do corpo mental é exercer nosso poder pessoal sobre a Terra de forma equilibrada, não permitindo que o ego negativo vença, mas também impedindo que exista vitimização e autopiedade. Poderíamos dizer que a missão desse corpo é contribuir para que vivamos a vida com sabedoria, trilhando o caminho do meio, através da compaixão, da tolerância e do contexto de eternidade. O corpo mental é vinculado aos órgãos do sistema digestivo e à produção de insulina e diversos ácidos e outras substâncias estomacais. Quando está em equilíbrio, produz o espectro amarelo, a cor vinculada ao poder e à sabedoria. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos exercer nosso poder de forma harmoniosa e nos descontrolamos nas emoções, produzindo raiva, medo, mágoa, ansiedade, compulsão, paixões obsessivas e tantas outras emoções negativas! Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas nos órgãos vinculados à digestão: fígado, estômago, intestinos, baço e pâncreas.
·         Corpo astral: é o nosso quarto corpo, vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como cardíaco. A missão do corpo astral é o equilíbrio entre nosso “eu terreno” e nosso “eu divino”. Esse corpo também está vinculado ao sentimento de amor, compaixão, sabedoria, paz, equilíbrio e cura. O corpo astral é associado aos órgãos do sistema cardíaco e respiratório e à produção de hormônios da glândula timo. Quando está em equilíbrio, produz o espectro verde, a cor vinculada ao equilíbrio, à cura e ao amor universal. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos amar com equilíbrio e quando nos deixamos levar pelos apegos e pelo materialismo excessivo. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas nos órgãos vinculados ao sistema cardíaco e respiratório: coração, sistema vascular e pulmões.
·         Corpo etérico padrão: é o nosso quinto corpo, vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como laríngeo. A missão do corpo etérico padrão é a comunicação e a expressão de nosso “eu divino”. Esse corpo também está vinculado à realização de projetos, metas, objetivos e colocar na prática aquilo que se deseja. Esse corpo é associado à garganta, à glândula tireoide e paratireóide e à produção de tiroxina, um hormônio que purifica o sangue e regula o peso do corpo físico. Quando está em equilíbrio, produz o espectro azul claro, a cor vinculada à paz celeste e à tranquilidade. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos expressar nossos ideais, seja por meio da fala, dos gestos, da escrita ou das artes, quando bloqueamos nossas formas de expressão por vergonha ou timidez. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas na região da garganta, dos ombros, dos braços e das mãos – que são extensões de nossa garganta.
·         Corpo celestial: é o nosso sexto corpo, vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como frontal. A missão do corpo celestial é a sincronização de nossa mente com os ideais e os objetivos da Mente Divina para que possamos realizar, por meio de nossos pensamentos, os projetos divinos. Esse corpo também está vinculado à consciência espiritual e à criação de realidades supremas. Esse corpo é vinculado ao lobo frontal, aos olhos, aos ouvidos e às narinas, conectando-se ao corpo físico por meio da glândula hipófise ou pituitária, controlando a produção das glândulas de todos os corpos antes citados. Quando está em equilíbrio, produz o espectro azul índigo, a cor vinculada à consciência, à Mente Divina, ao conhecimento e ao discernimento. Esse corpo se desequilibra quando não conseguimos organizar nossos pensamentos, quando há confusão mental e ideias fúteis, desconectadas da Mente do Grande Criador. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças físicas na região dos ouvidos, do nariz, dos olhos e do cérebro.
·         Corpo causal: é o nosso sétimo corpo, vinculando-se ao centro de energia (chacra) conhecido como coronário ou da coroa.  É também conhecido como corpo akhásico, ou seja , o corpo onde reside nosso akasha, a morada do espírito, onde constam nossos registros, nossas memórias, nosso inconsciente e nosso DNA espiritual. A missão do corpo causal é a conexão com a Fonte Divina, nosso relacionamento espiritual, com o sentimento de amor divino e a fé. Esse corpo é vinculado ao cérebro, conectando-se ao corpo físico por meio da glândula epífise ou pineal, controlando a produção das glândulas de todos os corpos antes citados. Quando está em equilíbrio, produz o espectro violeta, branco ou dourado, cores vinculadas à Divindade. O corpo causal desequilibra-se quando não conseguimos desenvolver a espiritualidade, quando existe ceticismo, falta de fé e de relação com o Divino. Quando por muito tempo fica em desequilíbrio, podem ocorrer doenças degenerativas do cérebro, síndrome do pânico, depressões e tendência suicida.
Aprendendo sobre os corpos sutis, podemos concluir que cada um deles representa um “eu” separadamente, e unidos formam o ser humano integral, possuindo muitos desafios em cada um desses aspectos.
Tudo o que acontece nesses seis corpos não materiais é refletido no corpo físico. E tudo aquilo que fazemos ao nosso corpo físico é gravado nos corpos sutis e ecoa pela eternidade. Embora abandonemos nosso corpo físico no final de cada vida, ele deve ser honrado, cuidado e preservado, para que os corpos sutis estejam sempre saudáveis.
Quando conseguimos realizar a missão de cada um desses corpos, nosso corpo físico é queimado no éter espiritual e somos dispensados do processo de reencarnação, não necessitando mais habitar em um corpo físico, pois, cumprindo a missão de nossa alma, dominamos a experiência humana e vencemos os desafios terrenos. É como tirar uma boa nota em uma prova: isso nos libera da obrigação de repeti-la até obter um “dez”. Costumo dizer, em cursos e workshops, que a Terra é uma escola e nossos testes são nossos corpos sutis, com toda a sua gama de desafios a serem vencidos, limpos, transmutados. Uma vez que os desafios forem cumpridos, aprontamo-nos para experienciar mundos mais sutis, pois a etapa da Terra foi vencida!
Embora essa questão, para a maioria das pessoas, seja simples de compreender, nem sempre é fácil de colocá-la em prática, pois nossa educação e treinamento na vida são voltados somente para o Plano Material, esquecendo-nos dos outros Seis Planos, que são tão importantes quanto o plano físico ou denso.
Entretanto, existem muitos caminhos para evoluir, para melhorarmos os aspectos nos quais ainda não obtivemos uma boa nota! Como em uma escola tradicional, a escola da vida exige estudo, conhecimento, experimentação, prática e implementação. E é isso que veremos a seguir.

O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...