RESPONSABILIDADE NOSSA

No momento vivido pela sociedade brasileira, no contexto da situação mundial e de suas inter-relações, vale a pena despender poucos minutos para ler e meditar sobre o texto que exponho abaixo. 
A nossa sociedade é feita pela persona individual que somos, situada num meio social composto de outras personas, podendo correr o risco de nos tornarmos um grupo mal direcionado se não mantivermos a capacidade de pensar no próprio, e agir no coletivo. Devemos evitar o efeito manada, que é quando agimos levados somente pelo quê pensa o grupo. Podemos concordar com o coletivo, mas essa concordância deve sair da nossa construção mental e moral, contribuindo para o encaminhamento de soluções gerais. 
Vínhamos evoluindo e a Nação Brasileira começava a ter a noção de abandono das ideias anacrônicas que o mundo havia vivido nos últimos tempos e passou a manter noções das modernidades globais, tanto no campo econômico, como no infra-estrutural e, principalmente, no social, mas tudo dentro de uma visão humanista moderna. Mas, erramos, quando a sociedade brasileira escolheu mal os seus dirigentes e acabamos involuindo décadas, talvez um século, nas nossas concepções de nacionalidade. Felizmente, parece que os brasileiros acordamos e estamos próximos de reverter a anomia brasileira implantada pelo lullopetismo.
Os novos tempos não serão fáceis, nem tampouco mágicos, pois estaremos lidando com a mesma classe política que nos submete há séculos. Mas, confiando, vale a solução que está sendo encaminhada e que ela nos sirva de nova lição histórica da nossa responsabilidade como indivíduos, cidadãos e grupo social.


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Responsabilidades supremas dos homens
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Produzir acertos e não erros é semear o bem, que será tanto para si como para o semelhante

Quando se estende a vista através do panorama que as perspectivas do presente e do futuro da humanidade oferecem, não se pode senão experimentar uma profunda e justificada preocupação. Para poder alcançar as origens e surpreender as causas – cujos efeitos, produzidos a grandes distâncias de tempo, se tornam quase que incompreensíveis, por não se haver encontrado uma explicação que satisfaça a ansiedade com que cada ser humano busca desvendar o mistério –, é necessário remontar a visão a todos os processos seguidos pelos povos que somam a humanidade.
As primeiras perguntas que se abrem com caráter universal são as seguintes: Que força invencível tem arrastado tantas vezes os povos para a guerra? Por que se abatem sobre o mundo presságios de grandes epidemias morais, políticas e sociais? Por que há tanto mal na Terra? Por que tantos padecimentos? Por que essa infinidade de coisas que atentam contra a vida e a felicidade dos homens? E enquanto uns a atribuem a isto ou àquilo, a causa verdadeira pareceria não haver sido encontrada por ninguém. Essa causa é a soma de todos os erros cometidos pelos seres humanos. Todos os males que padeceram, padecem e padecerão, foram e serão sempre consequência de seus erros. 
 E como ninguém está isento de cometer erros, todos têm de sofrer os efeitos. Se é no campo político, por exemplo, os governos fazem alterações, sucedendo-se uns aos outros, sem nenhum corrigir o mal feito por seu antecessor; é lógico então, que por esta causa sobrevenham momentos álgidos, amargos, onde a lei, inexorável, faz cumprir a restituição do equilíbrio. Tantos reajustes aos erros passados e tantos novos erros cometidos se combinam e recombinam, formando-se assim um emaranhado, do qual, às vezes, é muito difícil sair. Também no campo econômico, no comércio, na indústria, por exemplo, quando são dilapidados os fundos, chega um momento em que o capital se esgota e se deve começar de novo, fazendo os naturais reajustes para sanear as finanças. Em todos estes casos se experimentam as consequências dos instantes de grande liberalidade ou desordem. No caso da saúde, se ela é descuidada e até desgastada, sofre-se, igualmente, os consequentes efeitos, manifestados em enfermidades, dores, enfraquecimentos.
A soma de todos os erros humanos é o que faz existir no mundo tanto mal. E isto, é lógico, traz à reflexão que, se no mundo inteiro se tivesse consciência desta verdade e todos se propusessem conduzir-se em concordância com uma conduta superior, tratando de cometer o menor número possível de erros, a humanidade poderia entrar em uma etapa de desenvolvimento evolutivo muito mais feliz que as anteriores. Este seria o único meio de alcançar a paz.
Texto extraído do Livro Introdução ao Conhecimento Logosófico, pág. 247

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O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...