O GOLPE ESTAVA À VISTA

Finalmente, alguém com espaço na imprensa e credibilidade, fala às claras aquilo que poucos já havia percebido. O lullopetismo preparava um golpe, nos moldes chavista-maduristas e no contexto da proposta anacrônica embandeirada pelo bolivarianismo, inspirada nos fundamentos marxistas e maoistas, já superados pela experiência frustrada e pela História dos povos dos quais foram algozes cruéis. 
Mas, era assim que seria no Brasil se não houvesse ocorrido um processo democrático que possibilitou estancar a corrente populista, patrimonialista e criminosa, vendida de forma messiânica por Lulla e com suporte do dinheiro obtido a partir da organização quase perfeita da rede ilegal, com tentáculos em todos os segmentos da economia nacional, aptos a sugar indefinidamente os recursos que deveriam ser destinados à qualidade de vida dos brasileiros.
O Estadão de 03/09/2017, expõe uma entrevista com Dotti, cuja leitura integral vale a pena, a partir do endereço colocado lá no final. 
Apenas, destaco a parte em que ele fala do golpe.



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“Estadão: O senhor tem 50 anos de criminalista, já deve ter visto de tudo… Algo o surpreendeu no esquema de corrupção descoberto na Petrobrás?

Dotti: Claro. É uma revolução copérnica na criminalidade do País. (Nicolau Copérnico, astrônomo e matemático polonês, viveu de 1473 a 1543, revolucionou a ciência ao mostrar que a Terra gira em torno do Sol). Porque embora houvesse isso antes, nunca houve uma investigação desse tipo, nunca houve um judiciário federal com essa disposição, como o doutor Sérgio Moro. Considero uma mudança tão grande de paradigma, que podemos chamar de uma revolução copérnica da Justiça criminal brasileira. Porque são outros critérios…
A Lava Jato, por exemplo, no meu entendimento, interrompeu um golpe de estado. Um golpe de estado sem violência. Porque um golpe de estado pode ser praticado normalmente com violência, contra o governante, ele é assassinado, toma-se o poder, mas também pode ser praticado sem violência. Por exemplo, a queda do (ex-presidente João) Goulart foi um golpe de estado, a Primeira República foi um golpe de estado de Floriano. E agora, o PT ia fazer um golpe de estado, na medida em que estava corrompendo grande parte do Congresso e colocando gente no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter uma continuidade de poder, um projeto de poder. Porque não havia quem votasse contra.”
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O CONTEXTO DO TEMPO E NÓS

O tempo, ah, o tempo! Nada somos no contexto do tempo e nada deixaremos a não ser lembranças, também estas, morredouras. ___________________...